Indústria fecha 2023 com crescimento de 0,2%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Maioria dos segmentos registrou queda ao longo do ano, diz IBGE; indústrias extrativas, derivados de petróleo e alimentos puxam dados

Foto de Anamul Rezwan via pexels.com

A produção industrial brasileira encerrou o ano de 2023 com um crescimento de 0,2%, abaixo dos 0,7% acumulados durante o ano anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“Quando avaliamos o ano de 2023, observamos dois períodos distintos”, diz André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal. “O primeiro semestre foi marcado por um comportamento predominantemente negativo da indústria geral, com uma queda de 0,3% no período. Já no segundo semestre, há, claramente, uma melhora de ritmo na produção industrial, resultando num crescimento de 0,5%”.

A pesquisa destaca que, em linhas gerais, o ano foi marcado pelo predomínio de atividades industriais no campo negativo, uma vez que somente nove dos 25 ramos mostraram crescimento na produção.

Os destaques positivos foram registrados por indústrias extrativas, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis e produtos alimentícios – no caso das indústrias extrativas, o crescimento tem sido sustentado pela extração de petróleo e de minérios de ferro.

Já a indústria de transformação, que tem a maior parte dos ramos industriais no campo negativo, teve um comportamento de menor intensidade e fechou o ano com um recuo de 1,0%, queda mais intensa do que a verificada em 2022, quando havia recuado 0,4%.

Entre as atividades com indicadores negativos destacam-se veículos automotores, produtos químicos, máquinas e equipamentos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.

Recuperação gradual

Segundo Macedo, os dados da indústria em 2023 têm sido afetados pela melhora dos indicadores macroeconômicos, além da queda na taxa de desocupação, aumento da massa de rendimentos e uma inflação mais controlada, em especial no segmento alimentício.

“Vale destacar também a contribuição positiva das exportações, especialmente no que se refere às commodities. Também se observa, ao longo do ano, o início da flexibilização na política monetária com a redução na taxa de juros. São fatores importantes para se entender o movimento recente da indústria para o campo positivo. Mas vale a ressalva que é um resultado muito próximo da estabilidade”, ressalta Macedo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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