Inflação avança em todas as faixas de renda, diz Ipea

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Embora índice tenha fechado dezembro em alta, acumulado anual aponta queda para todos os segmentos ante 2022

Foto de Kelly Sikkema na Unsplash

A inflação de dezembro de 2023 subiu na margem em todas as faixas de renda, segundo o indicador calculado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Em termos absolutos, os destaques ficaram com as famílias de renda alta e muito baixa, com variações de 0,62% e 0,61%, respectivamente, enquanto as famílias de renda média alta tiveram a menor variação, de 0,51%.

A alta dos preços dos alimentos e bebidas foram os principais responsáveis pela inflação das famílias de renda mais baixa em dezembro, com destaque para os cereais (6,8%), os tubérculos (8,1%), as frutas (3,4%) e os óleos e gorduras (2,4%). O grupo habitação também influenciou, puxado pela alta de 0,54% na energia elétrica.

As famílias de renda alta sentiram mais o impacto do grupo transportes, por causa do aumento de 8,9% dos preços das passagens aéreas, cujo efeito anulou o alívio vindo da queda dos preços dos combustíveis (-0,50%).

A inflação acumulada no ano recuou para todos os segmentos de renda em relação a 2022, mas a queda foi mais intensa para as faixas de renda mais baixas, que passaram de 6,4% para 3,3%. A faixa de renda alta teve uma desaceleração mais modesta, de 6,8% para 6,2%.

As famílias de renda mais baixa se beneficiaram da queda ou da menor alta dos preços dos artigos de limpeza (-0,10%), do vestuário (0,70%) e da higiene pessoal (0,19%), que ficaram bem abaixo dos valores de 2022 (1,3%, 1,5% e 3,7%).

Em relação às faixas de renda mais elevadas, a alta mais intensa da inflação ante 2022 veio do desempenho das passagens aéreas, cuja variação de 8,9% em 2023 contrasta fortemente com a apurada no ano anterior (0,89%), além de uma queda menos intensa dos combustíveis em dezembro de 2023 (-0,50%), em comparação com a registrada no mesmo período em 2022 (-0,90%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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