Investimento estrangeiro direto no Brasil aumentou 8% entre janeiro e agosto

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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da ONU Brasil

Investimento estrangeiro direto no Brasil aumentou 8% entre janeiro e agosto de 2014, afirma CEPAL

Em geral, os investimentos estrangeiros diminuíram na América Latina, mas Brasil, Panamá, República Dominicana, Colômbia, Uruguai e Guatemala conseguiram índices positivos.

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O fluxo de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 13 países da América Latina e do Caribe caiu 23% durante o primeiro semestre de 2014 em relação ao mesmo período em 2013, alcançando apenas um total de 84 bilhões de dólares, informou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), nesta quinta-feira (23), ao divulgar a atualização dos dados do relatório anual sobre o IED na região.

Entre os fatores que explicam este declínio estão a ausência de grandes aquisições empresariais durante o primeiro semestre de 2014, bem como a diminuição dos investimentos em mineração devido à queda dos preços dos metais.

Grande parte da queda se concentra no México, país que recebeu investimento de apenas 9 bilhões de dólares em 2014, uma queda de 66% do fluxo do IED em relação ao mesmo período no ano anterior. A diferença de investimentos no México, entre 2013 e 2014 no mesmo período, é de mais de 19 bilhões de dólares.

Entre janeiro e agosto de 2014, o fluxo de IED caiu 16% no Chile. No primeiro semestre, o IED caiu 18% no Peru, 21% na Costa Rica, 67% em El Salvador, 54% na Venezuela e 101% na Argentina. Por outro lado, o fluxo aumentou 26% no Panamá, 20% na República Dominicana, 10% na Colômbia, 9% no Uruguai e 3% na Guatemala.

O Brasil também registrou um aumento de 8% no fluxo de Investimento Estrangeiro Direto entre janeiro a agosto de 2014, alcançando assim mais de 42 bilhões de dólares. Estimativas oficiais indicam que a receita anual do Brasil neste ano será semelhante à registrada no ano anterior, que encerrou 2013 com mais de 64 bilhões de dólares.

Globalmente, o documento da CEPAL afirmou que os fluxos de IED aumentaram 10% em 2014, devido, principalmente, ao investimento recebido pelos países desenvolvidos.

Investimento direto da América Latina e o Caribe no exterior em alta

Em contrapartida, a CEPAL informou que os investimentos dos países da América Latina e do Caribe no exterior, embora tenha caído em 2013, aumentaram significativamente durante o primeiro semestre de 2014, com exceção do México.

Segundo a Comissão, os investimentos brasileiros no exterior de janeiro a agosto de 2014 foram positivos pela primeira vez desde 2010. Embora os fluxos negativos das dívidas entre empresas sedes e filiais continuem em ritmo semelhante ao de 2013, o que indica que a prática das empresas brasileiras de contrair dívidas no estrangeiro não tenha mudado, essas saídas foram compensadas com um aumento de 48% de contribuições para o capital do país.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

8 Comentários

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  1. Dinheiro estrangeiro entrando

    Dinheiro estrangeiro entrando no Brasil, índices recordes de emprego, Dilma vencendo nas pesquisas…

     e dizem que o Brasil vai mal…

      1. Inatividade?

        Prezado AL,

        Não sei aonde você mora por isso talvez não perceba certas nuances em relação às atividades. No meu trabalho eu viajo muito pelo Brasil e o que observo é um ritmo frenético de movimentação de cargas por todo país. Recentemente estive em Macapá hospedado em frente ao porto e o que se via era um moviemento quase que 24 por 7 de mercadorias, tanto chegando quando partindo. No RS a rodovia que liga POA a Serra é cheia de caminhões transportando cargas. Na rodovia que liga o RJ a Resende e região percebi a mesma coisa. Estive na complexo da Maré e o comércio na comunidade é algo insano. Se isso for “inatividade” devo perceber as coisas com uma certa miopia ideológica.

  2. pleno emprego e investimentos

    pleno emprego e investimentos estrangeiro subindo, inflação na meta a deste no, de janeiro até agora.

    onde a crise tão decantada pelos

    pessimistas,pela casa grande e pela grande míia dita golpista?

  3. Olhem só… o querido México

    Olhem só… o querido México teve queda de IED de 66%. O “pérfido” Brasil, com seu intervencionismo e “desorganização” econômica avança 8%.

    Explicam aí aecistas.

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