IPCA: Custo dos alimentos mantém trajetória de alta

Alimentação dentro e fora do domicílio subiu durante o mês de outubro; energia elétrica impulsionou grupo habitação

Jornal GGN – A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no mês de outubro também foi afetada por outros fatores, como questões climáticas e a bandeira tarifária na energia elétrica.

A inflação apurada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) chegou a 1,25% em outubro, a maior taxa para o mês desde 2002 (1,31%).

Após a alta dos combustíveis, o segundo grupo que mais contribuiu para a inflação foi alimentos e bebidas, com uma variação de 1,17% e contribuição de 0,24 ponto percentual.

A alimentação domiciliar subiu 1,32% no período, sendo que os destaques ficaram com a alta do tomate (26,01%) e na batata-inglesa (16,01%).

Outros produtos que subiram de preço no período foram café moído (4,57%), o frango em pedaços (4,34%), o queijo (3,06%) e o frango inteiro (2,80%).

Por outro lado, recuaram os preços do açaí (-8,64%), do leite longa vida (-1,71%) e do arroz (-1,42%).

“Esse aumento no tomate e na batata decorre da redução da oferta devido ao frio e às chuvas”, observa Pedro Kislanov, gerente do IPCA e responsável por divulgar os dados de inflação.

No caso da alimentação fora do domicilio, a variação de preços passou de 0,59% em setembro para 0,78% em outubro, principalmente por conta do lanche (1,31%), revertendo a deflação vista no mês anterior (-0,35%). A refeição (0,74%), por sua vez, desacelerou frente ao resultado de setembro (0,94%).

Energia elétrica impulsiona grupo Habitação

O grupo Habitação chegou a 1,04% no mês de outubro, e mais uma vez foi influenciado pelo aumento da energia elétrica(1,16%) por conta da manutenção da bandeira Escassez Hídrica.

Contudo, a variação ficou bem abaixo do visto em setembro, quando o percentual foi de 6,47%.

O gás de botijão (3,67%) também subiu pelo 17º mês consecutivo em outubro, acumulando alta de 44,77% desde junho de 2020.

Entre os outros grupos que formam o IPCA, destaque para o vestuário (1,80%), que teve a segunda maior variação do índice no mês, com altas em todos os itens pesquisados.

Já os artigos de residência variaram 1,27%, contribuindo com 0,05 ponto percentual. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de educação e o 0,75% de despesas pessoais. Todas as áreas pesquisadas tiveram alta nos preços em outubro. As maiores variações ficaram com a região metropolitana de Vitória e no município de Goiânia, ambos com 1,53%. A menor variação ocorreu na região metropolitana de Belém (0,64%).

Redação

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