IPCA fecha setembro no maior patamar mensal desde 1994

Índice oficial de inflação já passa dos dois dígitos nos últimos 12 meses, segundo IBGE; oito dos nove grupos pesquisados subiram no período

Foto: Reprodução

Jornal GGN – A taxa de inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 1,16% em setembro, o maior percentual para o mês desde 1994, quando o índice foi de 1,53%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, o indicador acumula altas de 6,90% no ano e de 10,25% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (9,68%). Em setembro do ano passado, a variação mensal foi de 0,64%.

Oito dos nove grupos pesquisados subiram no período, com destaque para habitação (2,56%), que foi puxado pelo aumento de 6,47% na conta de energia elétrica – em especial devido ao acionamento da bandeira tarifária “escassez hídrica”, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

Com esse reajuste, a energia elétrica teve de longe o maior impacto individual no índice no mês, com 0,31 ponto percentual, acumulando alta de 28,82% em 12 meses. Os preços do gás de botijão (3,91%) também continuaram subindo em setembro, e acumula 34,67% de alta em 12 meses.

O grupo dos transportes (1,82%) acelerou, mais uma vez, por conta dos combustíveis, que subiram 2,43%, influenciados, pela gasolina (2,32%) e o etanol (3,79%). Em 12 meses, a gasolina já aumentou 39,60% e o etanol, 64,77%. Também subiram no mês o gás veicular (0,68%) e o óleo diesel (0,67%).

As passagens aéreas (28,19%) tiveram a maior alta entre os itens não alimentícios no mês, após queda de 10,69% em agosto, exercendo o terceiro maior impacto individual no índice geral. Os preços dos transportes por aplicativo avançaram 9,18% em setembro, e já tinham subido 3,06% no mês anterior.

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Alimentação e bebidas (1,02%) tiveram uma leve desaceleração em relação a agosto (1,39%) por conta do recuo das carnes (-0,21%), o que acabou puxando a alimentação no domicílio para baixo (1,19%), frente ao resultado de 1,63% no mês anterior. Também recuaram os preços da cebola (-6,43%), do pão francês (-2,00%) e do arroz (-0,97%).

Por outro lado, o preço da alimentação dentro do domicílio continua apresentando altas expressivas, como acontece com as frutas (5,39%), que contribuíram com 0,05 p.p. no índice de setembro, do café moído (5,50%), do frango inteiro (4,50%) e do frango em pedaços (4,42%). Os preços da batata-doce (20,02%), da batata-inglesa (6,33%), do tomate (5,69%) e do queijo (2,89%) também subiram.

A alimentação fora do domicílio passou de 0,76% em agosto para 0,59% em setembro, afetado pelo recuo do lanche (-0,35%), que havia subido 1,33% no mês anterior. A refeição teve alta de 0,94%, acima do 0,57% observado em agosto.

O aumento dos preços ocorreu em todas as áreas pesquisadas em setembro. O maior índice foi registrado em Rio Branco (1,56%), influenciado pelas altas nos preços da energia elétrica (6,09%) e do automóvel novo (3,57%). Já o menor resultado ocorreu em Brasília (0,79%), por conta da queda nos preços da gasolina (-0,81%) e do seguro de veículo (-3,36%).

Redação

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