Ipea divulga estudo citado em plano do governo federal

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Análise sobre depreciação acelerada foi citada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin sobre cenários de estímulo; leia estudo na íntegra

Foto de Ant Rozetsky na Unsplash

O processo de elaboração do plano de política industrial Nova Indústria Brasil teve como ponto de debate um estudo sobre depreciação acelerada elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O estudo, inclusive, foi destacado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante a apresentação do plano nacional.

“Há um estudo do Ipea mostrando que a depreciação acelerada é uma das ações mais efetivas para melhorar produtividade”, disse o vice-presidente em referência à Nota Técnica 23 da Dimac.

Na ocasião, Alckmin usou como exemplo a depreciação tradicional, em que equipamentos depreciam, em média, em 15 anos, e explicou alguns dos efeitos previstos da política alternativa contida no trabalho publicado pelo Ipea.

“Estamos lançando uma depreciação em dois anos. Então, redução de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e da Contribuição Social Sobre Lucro Líquido. (Estamos dizendo para as empresas que) renovem o parque industrial, troquem as máquinas, para ganhar eficiência energética e para melhorar produtividade. Essa é uma das principais políticas para alcançarmos dois objetivos: atrair mais investimento e melhorar produtividade”, afirmou o vice-presidente.

Investimento via depreciação acelerada

Segundo a pesquisa do Ipea, a depreciação acelerada diz respeito à prática de permitir que as empresas deduzam uma porcentagem maior do custo de ativos tangíveis no início de sua vida útil para incentivar investimentos.

Desta forma, espera-se um estímulo a renovação e modernização do capital produtivo, com efeitos positivos sobre a demanda agregada e sobre a capacidade de oferta da economia, impulsionando o crescimento econômico.

Em uma das conclusões do estudo, os setores que são vendedores e compradores de bens de capital são os mais afetados positivamente, dentro da perspectiva de uma análise setorial dos impactos da depreciação acelerada, com destaque para os segmentos de eletro/eletrônicos e indústrias diversas, incluindo máquinas e equipamentos.

Outra análise setorial avaliou os impactos de cada setor quando cada um deles, de forma isolada, é estimulado via depreciação acelerada. Ao fim de quatro anos após a depreciação acelerada, as áreas de construção e cimento e de automóveis e indústrias diversas são as que produzem os maiores ganhos de PIB com o menor custo fiscal.

O estudo realizou simulações com modelo multissetorial de ciclos econômicos reais (RBC, do inglês Real Business Cycle), desenvolvido para projetar impactos desse tipo de política, para dimensionar os ganhos e custos em termos de variáveis agregadas da economia: variação de Produto Interno Bruto (PIB), emprego, produtividade, investimento e arrecadação de tributos envolvidos.

Clique abaixo e acesse o arquivo na íntegra

NT_23_Dimac_incentivo_ao_investimento

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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