Juros dificultam acesso ao crédito, segundo CNI

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Pesquisa mostra que 71% das indústrias apontam as taxas de juros como principal entrave no crédito de curto ou médio prazo

Agência Brasil

As taxas de juros foram o principal entrave de indústrias para a obtenção de crédito de curto ou médio prazo, na visão de 71% das empresas entrevistadas em estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Ao mesmo tempo, 25% dos entrevistados criticam as exigências de garantias reais e 16% apontaram a falta de linhas adequadas à necessidade da empresa.

Além disso, 47% das empresas não buscaram contratar nem renovar seus financiamentos de curto ou médio prazo, 6% não conseguiram contratar nem renovar e apenas 28% contrataram ou renovaram linha de crédito.

No caso do crédito de longo prazo, o cenário é pior: 58% não procuraram contratar nem renovar e apenas 14% conseguiram contratar ou renovar.

Entre as empresas que afirmaram ter tentado contratar ou renovar o crédito, 19% não conseguiram, no caso do crédito de curto ou médio prazo. E no caso do crédito de longo prazo, o percentual de frustração foi de 37%.

A pesquisa ouviu 2.022 empresários sobre as condições de crédito em um período de seis meses, entre setembro de 2022 e fevereiro de 2023.

Crédito para capital de giro

Pagamento de fornecedores e despesas com funcionários e adquirir matéria-prima foi a principal finalidade das operações de crédito de curto e médio prazo de 60% das empresas, entre setembro de 2022 e fevereiro de 2023.

Depois de capital de giro, 21% das empresas apontaram que precisava do recurso para investir, seja em máquinas e equipamentos, instalações ou pesquisa e desenvolvimento.

No crédito de longo prazo, 43% das empresas industriais apontaram que os recursos se destinavam a investimentos (sendo que 28% apontaram investimentos em máquinas e equipamentos, 13% em instalações e 2% em pesquisa e desenvolvimento). Em seguida, 28% das empresas industriais apontaram o capital de giro como finalidade dos recursos.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Várias dificuldades se somam à questão dos juros, uma delas é a experiência de sobrevivência no período de hiperinflação onde as empresas passaram a vivenciar um grau de improvisos na condução do negócio que acabou permanecendo, e deu essa resiliência em sobreviver em condições difíceis para todos esses segmentos (micro, pequenas, médias e grandes). Essa acomodação, do outro lado retirou muito da organização afetando os cenários de longo prazo, em que estão os investimentos potencializadores do próprio negócio. Com isso foi prejudicada a construção do mercado interno no País. Não houve quase resistência para a aceitação de um abandono na industrialização do Brasil. Considerando o tanto de esforço pra conseguir continuar, muitos venderam suas empresas a grupos internacionais. O estrangulamento do crédito traz o aumento das dificuldades para receber esses financiamentos e diante da necessidade de reagir a economia é preciso dar uma solução a esse tema dos juros; senão o País vai ter problemas de estar posicionado em relação ao próprio crescimento e desenvolvimento. Como parece absorvido que isso precisa ser feito, todas as pontas precisam se mexer.

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