Ministro acredita que programa de exportações pode ajudar economia

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Sétima economia do mundo, o Brasil ocupa apenas 25ª posição no ranking de países exportadores. Reduzir as barreiras aduaneiras, aperfeiçoar os regimes tributários especiais para o setor e fortalecer instrumentos de financiamento, seguro e garantia são algumas das iniciativas do governo para aumentar as vendas de produtos brasileiros. Em audiência nesta quinta-feira (25) na Comissão de Relações Exteriores (CRE), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, apostou no incentivo à exportação como saída superar a retração no consumo interno.

Para ele, a desvalorização cambial deve ser vista como oportunidade para as empresas brasileiras. “Se não apostarmos no canal de comércio exterior, o Brasil estará condenado a uma situação de isolamento econômico e também vai assistir a uma perda progressiva de espaço da indústria no próprio mercado doméstico”, apontou.

Segundo maior parceiro comercial do Brasil — atrás apenas da China — os Estados Unidos estão no centro das estratégias do governo para fortalecer as vendas no exterior. Enquanto vendas para a China são dominadas por produtos básicos, as negociações para os Estados Unidos têm maior participação de bens manufaturados e semimanufaturados, que representarem valor agregado mais elevado.

“Nós temos uma corrente de comércio com os Estados Unidos de US$ 62 bilhões. Exportamos US$27 bilhões no conjunto dos bens, entre básicos, manufaturados e semimanufaturados. Desses US$ 27 bi, US$ 17 bilhões são bens manufaturados. É um comércio que tem interesse, que representa para o Brasil algo muito importante”, afirmou.

De olho nesse mercado, o ministro tem trabalhado na redução de barreiras não tarifárias com os Estados Unidos. Segundo ele, é fundamental harmonizar as normas técnicas e regulatórias para garantir mais embarques de produtos brasileiros para o mercado norte-americano.

“Essa agenda de convergência regulatória é prioritária para ampliarmos o acesso dos produtos brasileiros a esse mercado”, disse Monteiro, ao relatar que órgãos regulatórios e normatizadores dos dois países têm trabalhado juntos desde o início do ano para unificar exigências e padrões de produtos. O ministro defendeu ainda maior integração com os países da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México, Peru e Costa Rica) e a conclusão do acordo dos blocos Mercosul-União Europeia. “Temos que reposicionar a política comercial brasileira e integrá-la a fluxos comerciais com maior dinamismo”, afirmou.

Na fase de debates, os senadores oposicionistas Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) elogiaram o ministro, mas criticaram a condução da política econômica do governo. Além disso, mostraram-se preocupados com o clima de desânimo e desconfiança entre os empresários e com o grande número de reclamações trabalhistas no país.

“Nos EUA, são 200 mil ações por ano. No Brasil, são 3 milhões. Agora já há empresas brasileiras migrando para o Paraguai por conta disso”, lamentou Caiado.

O ministro Armando Monteiro lembrou que houve presença maciça de empresários no lançamento do Plano Nacional de Exportações pela presidente da República, Dilma Rousseff, na quarta-feira (24), quando mais de 45 entidades setoriais estiveram no Palácio do Planalto. “De modo geral, o plano foi bem recebido pelos empresários, porém reconheço que o momento não é de euforia, mas de queda da atividade econômica. Temos então que apostar no comércio exterior. Se a demanda doméstica caiu, temos que contratar demanda externa”, disse o ministro, que conferiu ao Congresso a responsabilidade de tratar das questões trabalhistas.

As informações são da Agência Senado.

 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. Ver meus comentarios

    Ver meus comentarios aqui:

    https://jornalggn.com.br/fora-pauta/a-iso-9000-garante-qualidade-e-nao-teime-comigo

    O que o Brasil exporta?  Um ou outro produto com qualidade internacional?

    E porque razao?  Eh porque ja que os brasileiros nao merecem qualidade, o cliente do mercado internacional nao a merece tampouco?

    Note se que tudo brasileiro que eu conheco de exportacao aqui nos EUA eh baratissimo aqui e carissimo ai.

    Sim, tem razoes especificas pra isso (exportacao de ambos dinheiro e bens) mas nao vai dar pra entrar nelas agora.  Se o Brasil eh tao baozao assim na exportacao, porque nao tenta exportar seus eletrodomesticos de merda ou seus carrinhos de merda?  Advinhem.

    Eh por causa do governo nao incentivar a tecnologia nacional.

    APEZAR do que diziam os militares a respeito da Zona Franca, era tudo mentira -tanto que a Zona Franca nao tem unzinho cliente internacional de exportacao desde sua criacao(!!!!) pois seus clientes sao todos do Brasil.

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