O pinhão manso

De Guilherme Ferreira, do Projeto Brasil

Com membros da Embrapa, Epamig e Petrobrás, comissão prospecta novas tecnologias

Em 2006, uma comissão formada por quatro pesquisadores brasileiros foi à Índia para conhecer a tecnologia agrícola do maior produtor mundial de mamona. Os brasileiros entrevistaram pesquisadores, visitaram universidades, viveiros de mamona e de pinhão manso. Na volta, condensaram todo o material prospectado em um único documento intitulado Viagem á Índia para Prospecção de Tecnologias sobre Mamona e Pinhão Manso.

Entre os dados coletados pelos representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas (Epamig) e Petrobrás está o salto de produtividade da Índia rumo ao topo do ranking de produção da mamona. Em 1970, a produtividade era de 350 kg/ha, hoje, é de 1.972 kg/ha. Combinado com melhoramentos genéticos e boas práticas agrícolas, atualmente a Índia é responsável por 70% da produção mundial.

Sobre o pinhão manso, os brasileiros ouviram de pesquisadores locais que, na Índia, a produtividade não passa de 2.500 kg/ha/ano em condições de sequeiro, mas que pode chegar a 5.000 kg/ha/ano em condições irrigadas. Segundo Vinayak Patil, produtor há 17 anos, os primeiros quatro anos da planta são de colheitas fracas e ainda não existe colheita mecanizada.

De acordo com o documento, o programa de biodiesel da Índia, que importa 81% do petróleo que consome 2.500.000 hectares de pinhão manso para adicionar 5% de biodiesel ao diesel.

Luis Nassif

10 Comentários

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  1. Um importante é manter o
    Um importante é manter o acompanhamento técnico, a experiência vai indicar a planta ou as plantas que se melhor se adaptarem ao Biodiesel nas diversas regiões do Brasil.

  2. Evidente que a produtividade
    Evidente que a produtividade de plantas que rendam álcool não é o único critério. Mas e a batata doce que com investimentos módicos na cultura rende 25000 kg/ha? É planta rústica, resistente à competição de ervas daninhas, pouco exigente em solo e que não demanda muita água. Além do mais é interessante alternativa alimentar e os resíduos de seu processamento em etanol podem ser usados como ração sem maior processamento. A colheita, a exemplo da batata comum, pode ser totalmente mecanizada. Tocantins, aliás, já tem planta piloto.

  3. O Biodiesel esta em fase de
    O Biodiesel esta em fase de implantação no Brasil, é necessário comparar os custos de todas as etapas desde da preparação do solo, clima, resistência as pragas, manuseio, ciclo da plantação, mecanização, extração do óleo, destino dos residuaos, refino, transporte,etc.

    Os primeiros estudos já indicam grande potencial para o sucesso do programa do Biodiesel.

  4. O pinhão manso parece ser uma
    O pinhão manso parece ser uma das melhores opções para o semi-árido do nordeste. Pouco exigente em solo e água. Tem vida de 40 anos, atingindo maturidade de produção aos 3 anos. Plantar uma só vez é uma das vantagens. Seu resíduo é tóxico e presta-se para fertilizar o solo.

  5. Oi Nassif
    Você mencionou um
    Oi Nassif
    Você mencionou um ponto muito favorável ao pinhão manso, que é a recuperação de áreas degradadas. O principal risco ambiental do biodiesel é sacrificar áreas nobres ou até desmatar para plantar as matérias-primas do óleo.

    O pinhão manso pode unir o ganho ambiental de um biocombustível com a recuperação de solos degradados.

    Um abraço

  6. Caro leitor que posta com o
    Caro leitor que posta com o nick THINKER,leio sempre os seus lúcidos e sábios comentários sobre economia,e acredito que são pessoas como você,que fazem deste espaço,um fórum de debates inteligentes e educativo.Entretanto suas citações de têxtos copiados de outros jornais extrangeiros,e no idioma original,soa falso,e com ares de quem considera-se “superior” o que não duvido,que você seja,porem não precisa disto,para ser considerado um emérito conhecedor de economia.A simplicidade na exposição de ideias,é melhor entendida e muitíssimo mais simpática,perdão !

  7. A cultura do pinhão
    A cultura do pinhão manso,talvez possa ser uma das saídas para o pleno desenvolvimento do semi-árido nordestino,conforme atestam os conhecedores “in loco”daquela região.Por ser uma área muito parecida com a citada na Índia,e por não termos aqui os obstáculos lá existentes,este tema,deve ser melhor debatido por quem é desta região,ou que tenha conhecimentos,que possa ser útil neste projeto.O fórum de discussões do Projeto Brasil,está disponível,para acolher as ideias dos debatedores,certo Nassif ?

  8. Alvíssaras, Nassif, bela
    Alvíssaras, Nassif, bela tarde, “faz de conta que ainda é cedo…”

    Parece que o negócio aqui da aba economia normalizou. Assim, vou botar minha “”contribuição”” no lugar certo.

    Uma boa notícia, correlata, li na Folha de ontem. A reportagem, horrorosa na forma, por sinal, fals de desenvolvimento, na UNICAMP, de fabricação de biodíesel utilizando álcool etílico no lugar do atual álcool metílico, que, além de tóxico, é derivado do petróleo.

    Só para constar.

    Abraço

    “E deixa tudo por conta da emoção…”

  9. A explicação dada é que a
    A explicação dada é que a produção específica para óleos finos é mínima e não tem preço de mercado: são vendas diretas.

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