Os juros suicidas

Por Bruno

Deflação de 0,85% do IGP-10 é o menor da história. Ou seja, queda 0,5 ou 0,75 na Selic servirá apenas para manter o nível de taxa de juros real.
Absurdo. Absurdo. Absurdo.

Clique aqui

Por Romanelli

e o BCE reduz NOVAMENTE a taxa de juros pra 2%

seguiu a Inglaterra, que seguiu os EUA …que seguiu o Japão, a Australia, a China, a Asia inteira …as menores da história

enquanto isso, “nozotros”, aguardamos a reunião do Copom.  Clique aqui.

Luis Nassif

23 Comentários

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  1. Nassif, existe o risco do
    Nassif, existe o risco do Brasil passar por uma crise ‘deflacionária’ neste ano?

    Se a deflação se instalar na economia brasileira, quais seriam as consequências disso? a recessão não poderia se aprofundar ainda mais, já que as pessoas e as empresas deixariam de comprar um produto ‘hoje’, acreditando que ele estará mais barato ‘amanhã’?

    Neste caso, não é hora do BC promover uma redução de juros bastante agressiva, algo como uns 2 ou 3 pontos de uma única vez, a fim de estimular o crescimento e ‘matar no ninho’ qualquer possibilidade de uma ‘crise deflacionária’ se instalar no país?

  2. Nassif, o Paulo Nogueira
    Nassif, o Paulo Nogueira Batista Jr. (que deveria ser o presidente do Banco Central) escreveu um ótimo artigo sobre a necessidade de se enquadrar o sistema financeiro.

    Texto:

    Paulo Nogueira Batista: O sistema financeiro deve ser enquadrado

    O leitor conhece, acredito, a minha “marcação” com a turma da bufunfa. A implicância não é nada gratuita. A crise atual mostra, de maneira escandalosamente clara, o potencial destrutivo dos bufunfeiros em escala global. Aqui no FMI, desde outubro, passamos grande parte do tempo tentando recolher os cacos e destroços da devastação produzida por esse pessoal.

    A crise é de uma violência espantosa. Poucos foram capazes de antecipar a sua intensidade e seu alcance. Mas estava claro, havia bastante tempo, que a hipertrofia do sistema financeiro constituía um dos grandes problemas da economia brasileira e internacional. Nas décadas recentes, aumentou muito o peso dos bancos e de outras instituições financeiras. Os fluxos financeiros, especialmente internacionais, cresceram exponencialmente. A dimensão financeira da atividade econômica adquiriu proporções gigantescas.

    Cresceu, também, o poder político da turma da bufunfa. Dizia Nelson Rodrigues: “Dinheiro compra tudo – até amor verdadeiro”. Governos, parlamentares, tribunais, mídia, universidades, economistas etc. – todos sofreram, em maior ou menor grau, a influência avassaladora dos bufunfeiros.

    http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=49550

  3. A desinformação no que diz
    A desinformação no que diz respeito à oportunidade e à necessidade de derrubar a Selic para padrões aceitáveis é tão grave quanto aquela praticada pela mídia ocidental quando o assunto é o conflito no Oriente Médio. Estou com muita curiosidade para ver a justificativa da redução da Selic, se ela vier abaixo de 0,75% na próxima reunião do COPOM. Quero ver aonde chegará o histórico cinismo das autoridades monetárias do Brasil? Qual balela eles vão contar para a opinião pública desta vez?

  4. Não entendo nada de economia,
    Não entendo nada de economia, mas, pelo comportamento do banco central, nem precisa.
    Se já foram feitas algumas concessões às partes interessadas, principalmente liberação de crédito e ajuda aos bancos, o que mais pode ser feito para evitar que o país pare?
    Uma vez que o Banco Central insiste em não atribuir valores às demais constantes de acordo com as medidas acima mencionadas, ou seja, uma vez que ele insiste em não atuar em sintonia com o governo, mas sim de acordo com visões particulares, ao que tudo indica, acredito que nada mais pode ser feito para precaver o país contra a crise mundial. Tudo indica que é mesmo defesa de interesses
    E lá fora já estão comentando que o Brasil é realmente um espanto…tem tudo pra se dar bem ou não ser muito afetado pela crise mundial, mas parece que o seu banco central adora correr riscos desnecessários !!!

  5. Desculpa repetir, mas é nessa
    Desculpa repetir, mas é nessa notícia que o comentário se encaixa..
    #

    Seu comentário está aguardando moderação.
    15/01/2009 – 15:44 Enviado por: Júlio Locher

    O Lobby pelos juros altos, aquele mesmo que nos últimos anos (16) criou a patrulha ideológica dos financistas, onde ningúem podia se expressar dizendo que os nossos maiores juros reais do mundo eram absurdos, é tão eficiente, que nem na situação exdrúxula desse Jan/2009 consegue desativar-se. Competência técnica traz credibilidade. Comprometimento o lobby pró selic estratosférica, traz desconfiança. Daqui a um tempo, será o BC mantém a credibilidade, ou as piadas portuguesas sobre os nossos juros vão predominar? Sem falar na responsabidade pela transferência de patrimônico público sem contra-partida ao estado na forma de super-serviço-da-dívida-pública. O famoso subsídio aos rentistas ensinado pelo Bresser Pereira..

  6. A Selic não é a causa de
    A Selic não é a causa de todos os males e sua eliminação não têm o efeito de corrigi-los.

    O problema que enfrentamos é sistêmico e assim dentro desta categoria é que se encontra suas propriedades.

    Para restaurar a confiança perdida com a crise é necessário uma ação que restabeleça os pressupostos éticos e morais dentro da unidade geradora de confiança externa, dê o nome que quiser, eu vou usar EGRÉGORA.

    A SELIC é número relativo, depende do binômio Inflação/Deflação e com a vinda da hyperinflação ela se torna irrelevante visto que a moeda de sinalização vai para o lixo.

    Nós continuamos a debater sobre o pão e o circo, mas que dá um gostinho bom ver o Banco Central ter de baixar os juros na marra , dá.

  7. Permita-me martelar o último
    Permita-me martelar o último prego do caixão “Absurdo. Absurdo. Absurdo.”

    Comentário de Nouriel Roubini em 14/01/2009:

    “I have been predicting for a while that the most recent bear market sucker’s rally would lose its steam and – like the previous bear market rallies in the last 18 months – US and global equities prices would head again towards new lows.”

  8. Nassif,

    Se um motorista de
    Nassif,

    Se um motorista de ônibus conduz com imprudencia, imperícia ou negligencia ele pode ser processado, caso a conduta redunde em acidente e morte, por homicídio culposo. Pode até responder por dolo, caso haja evidencia de ato premeditado…

    Podemos enquadrar esta quadrilha nisso?

  9. Nem se abaixar em 5 pontos a
    Nem se abaixar em 5 pontos a Selic a economia se recupara a tempo de voltar a crescer esse ano. O BC estava dormindo quando o cavalo passou. MAS TEM QUE ABAIXAR E REZAR para que as m… que eles fizeram seja minimizadas e eles ainda possam sair com o ar de que estavam “certos” (?) e “competentes” (?).

  10. Caro Alexandre Weber,

    Não
    Caro Alexandre Weber,

    Não foi a Selic na estratosfera que elevou a cotação do real frente ao dólar?

    Não foi por causa dessa valorização do real que empresas exportadoras foram se proteger em opoerações com derivativos?

    Não foi por causa das perdas com os derivativos que a procura pela liquidez em dólar aqui tornou-se a principal forma de contágio da crise global na economia brasileira?

    E não é por causa da desvalorização do real diante do dólar, provocada pelas perdas com derivativos, que temos agora as demissões e o risco de forte desaceleração na economia interna?

    Moral da história: as distorções geradas pelo patamar exageradamente elevado da Selic têm efeitos maléficos para a economia brasileira. Se aqui o patamar de juros fosse compatível com o do resto do mundo, não teríamos tais distorções.

    Por isso, ninguém aqui está defendendo o fim da Selic, mas sim o fim da era das altas taxas, que apenas alimentam vícios adjacentes ao processo de financiamento do déficit público e provocam erosão desnecessária e criminosa de recursos públicos, que são “legalmente” desviados para mãos privadas (bancos e rentistas), mas poderiam ser usados para atender às carências do país em saúde, educação, segurança e infraestrutura. E é por isso que classifico estas distorções e o exagero na taxa de criminosos. Não existem mais justificativas técnicas para a manutenção de uma Selic elevada. Acho que até o BC vai se render a tal obviedade.

  11. A Turquia que tem condições
    A Turquia que tem condições externas muito piores do que a do Brasil (déficit em CC muito mais elevado, dívida externa bem maior e reservas bem menores) e inflação o dobro da meta, que atingiu 10% no ano passado reduziu em 2 pontos percentuais para 13% os juros hoje. Lá as reuniões são mensais. Dessa forma, mesmo se a cada reunião reduzir o mesmo que o Brasil a velocidade da queda seria 50% maior.
    http://www.tcmb.gov.tr/yeni/eng/

    http://oglobo.globo.com/economia/miriam/post.asp?t=ate-turquia-tem-taxa-de-juros-menor-que-do-brasil&cod_Post=154002&a=73

    Porque a Turquia pode fazer uma redução tão grande e o Brasil não? Não há qualquer explicação técnica para isso. Mesmo com a maior taxa de juros real do mundo e um crescimento medíocre do PIB temos uma das relações dívida/PIB do mundo muito menor do que as principais economias do mundo. Não há qualquer motivo em qualqeur teoria para os juros (inflação dentro da meta, reduzido nível de taxa de juros, forte desaceleração do PIB e situação externa melhor que a grande maioria dos emergentes que tem mantido taxa de juros real negativa).

  12. Nassif, o ataque é direto a
    Nassif, o ataque é direto a minha pessoa e você como leitor do meus posts sabe que estão falando bobagem, não quero polemizar sobre mim, prefiro discutir idéias.

    Mas se for para responder, você vai deixar as mensagens passarem?

    Depende do nível.

  13. Caro Felipe Pugliesi,

    Como a
    Caro Felipe Pugliesi,

    Como a discussão é moderada e este assunto já sofreu percalços pelo caminho, minha primeira mensagem no blog do Nassif foi em cima deste ponto – a saber o motivo da desvalorização do Real e dos outros ativos frente ao Dollar – e o Nassif disse que eu o perdi nas resposta, encurtando, eu nunca o vi na tela.

    Você escreveu –
    ****************
    Não foi a Selic na estratosfera que elevou a cotação do real frente ao dólar?
    ****************
    E o petróleo ? caiu a US$30,00 o barril por causa da SELIC também ?

    Na minha humilde opinião, o que está a derrubar o valor relativo do Real e empurrando o Dollar Index neste bear rally é outro motivo.

    Interessante é que o Dollar é o dinheiro dos dinheiros no mundo de hoje, e poucos aqui se dispõe a discutir a eidética deste, no Forum, na aba de economia, existe uma discussão sobre isto,

    http://blogln.ning.com/forum/topics/2189391:Topic:43934

    Sem um entendimento claro do que é dinheiro e como ele funciona fica muito difícil de explicar.O assunto é complexo e recomendo aos que não assistiram ainda ao vídeo no YouTube – The Money Masters, o assistam. Lá existe uma explicação sobre o que acontece com o dinheiro fiduciário no nosso mundo.

    Quanto a valorização do Dollar, para mim e até hoje ninguém contestou este raciocínio, o que ocorreu foi o que eu expliquei no histórico da crise no meu blog,

    “O que aconteceu nas finanças planetárias foi algo que para os que não estavam participando do debate INFLAÇÃO X DEFLAÇÃO ou não são investidores maciços em ouro passou praticamente despercebido. A discussão já é bem antiga e precede à guerra do Iraque, mas como tinha forças financeiras poderosas penduradas na fraude ficou oculta da imprensa durante a maior parte do tempo.

    O parto para o público ocorreu em 15 de março de 2008 com a quebra e nacionalização da Bears Stern, e se tornou na crise sistêmica financeira internacional com a quebra da Lehman Brothers, percebam o caldo já tinha entornado em 15 de março, mas discutiu-se à exaustão uma forma de se manter o planeta crescendo e progredindo enquanto se formularia algo novo, com a substituição da atual moeda internacional por outro instrumento mais eficiente. Desnecessário dizer que os 6 meses de prazo não levaram a nada, e assim em 15 de setembro todos os créditos que giravam nas altas finanças foram considerados nulos de valor, é a tal da crise de confiança que se estende aos balanços corporativos.

    O significado desta crise é interessante e não trivial, afinal poucos estão afeitos ao jargão técnico com que se referem a isto na imprensa, mas os efeitos são bastante sensíveis a todos os seres humanos deste planeta, assim vou tentar trazer ao cotidiano alguns destes efeitos para ilustrar o problema.

    Um aspecto do comércio que poucos conhecem é o de que somente 3% (três porcento) das transações se resolvem com dinheiro, os outros 97% (noventa e sete porcento) necessitam de crédito para se concretizarem.

    Como o mercado (visto aqui como um instrumento de precificação) está sujeito à lei da oferta e procura, se você retira 97% do que faz as mercadorias circularem, você, INSTANTANEAMENTE deflaciona o dinheiro que sobra para acessar as mercadorias, resultado disto foi a valorização do Dollar em 40%, mesmo com toda a intervenção possível e imaginável por parte de governos e bancos centrais.

    Esta deflação é uma tragédia para a economia, pois destrói na cadeia produtiva todos os segmentos não-elásticos , assim, salários e produção de bens duráveis sofrem um golpe mortal. Vou dar um exemplo:

    Produção automobilística. Para fazer um carro você precisa de aço laminado, mas para ter o aço você precisa de minério de ferro. Como o minério, o aço, a montadora de carros e o comprador estão todos em locais diversos é preciso organizar a produção para que o empreendimento se torne viável economicamente, como o minério que sai da Vale lá em Minas só vai virar carro no Japão e ser comprado nos USA depois de um longo período é necessário financiar as diversas etapas da produção.”

    Mais aqui:

    http://blogln.ning.com/profiles/blogs/minha-versao-da-crise

    Já ficou muito longo e ninguém lê, assim, paro aqui.

  14. O governo quer um crescimento
    O governo quer um crescimento de 4% do PIB para este ano, meta que só será cumprida se os juros caírem senão o pesadelo vai continuar e as demissões também. O juro mais caro esta no Brasil, e a cada que passa aumenta ao invés de diminuir.É preciso que o governo abaixe os juros para o comércio e a indústria reagir.

  15. PUGLIESI

    …fico com sua
    PUGLIESI

    …fico com sua análise

    Ninguém esta afirmando que outras medidas não devam ser tomadas (aliás, até pelo contrário), e nem que a SELIC é culpada de tudo, mas que a SELIC esta errada, esta ! e muuuuito

    …o que insisto é que os desequilíbrios e desperdícios de recursos e esforços com a manutenção desta SELIC (desde set/07) já passou dos limites

    …no caso do BR, pelo tipo de carga tributária (regressiva), há aspectos sociais, como de concentração de renda e pobreza, que nunca são computados

    Em épocas de fluxo financeiro mundial livre o diferencial entre as diversas taxas básicas praticadas pelas nações faz toda a diferença entre o sucesso e o fracasso de qq política

    No nosso caso, a irradiação deste fluxo para o cambio, e deste para a economia real, deu-se numa velocidade estonteante (2007) …afetando VIDAS e agentes como nunca antes

    …e aqui tb ninguém esta negando a responsabilidade da parte dos EUA no “preço” das moedas

    NÃO podemos nos valer por muito tempo de artificialismo (cambio represado por ex) pra segurarmos outros desequilíbrios

    EXISTEM diversas outras ferramentas pra serem usadas no controle da inflação, nível de atividade, FLUXO CAMBIAL… hoje mesmo o governo não esta se valendo de algumas pra acelerar? Pq não usou-as antes, em sentido contrário, pra desacelar?

    …há outras medidas legais, sérias, já testadas, mais eficientes, mais baratas, socialmente mais justas, rápidas, de menos efeitos colaterais …e tantas outras a serem INVENTADAS SIM …mas que podem não ser tão previsíveis aos tubarões FINANCEIROS …eis a causa de boa parte da gritaria

    com juros alto a ELITE nunca paga, ou paga muito menos da conta do que deveria

    em tempos de crise O CAPITAL é covarde, se não for empurrado, fica entesourado

    O capital financeiro é como a água, sempre busca o caminho mais fáci, se não for bem conduzido corre-se o risco de vê-lo empossado (sem liquidez e alto spread), ou caído dum precipício (calote)

    e isso não quer dizer que tenhamos que praticar juros negativo ..entendo que o capital financeiro …assim como a poupança das famílias …TAMBÉM são um importante elemento de desenvolvimento

    enfim ..há que SEMPRE dosar, calibrar

    Tudo que é demais faz mal (by minha avó)

    ALEXANDRE

    fica bravo não …a turma aqui gosta de provocar …mas …mas …a SELIC esta errada sim …se deixar, dqui a pouco o BC a recomenda até pra gripe

  16. em tempo

    após divulgarem a
    em tempo

    após divulgarem a inflação de 2008, junto vieram as analises

    Tirando as tarifas e preços dos cartéis, como escolas, TARIFAS PUBLICAS indexadas ao IGP (e não a índices próprios), DOIS outros vilões da inflação foram o FEIJÃO e o TOMATE

    …ítens que, pelo jeito, sofrem toda sorte de influência da SELIC, não ?

  17. Caro Romanelli,

    O problema é
    Caro Romanelli,

    O problema é o Banco Central, O Dep. Ron Paul , candidato derrotado dos republicanos ia extinguir o FED e o IRS no primeiro dia de governo.

    Uma nação independente e soberana não precisa pagar seignoriagem, isto é o maior golpe.

    A Selic e a consubstanciação presente desta mazela, e o seu grau de açambarcamento de riquezas nacionais a maior vergonha a que Lula está exposto.

    Isto posto, afirmo que venho levantando argumentos contra esta pornográfica taxa de juros a mais de 30 anos.

    Por mim, fazia-se uma faxina no tesouro nacional e extinguia-se o Banco Central, no Panamá não tem e não faz falta.

  18. Caro Alexandre
    Caro Alexandre Weber,

    Compreendo seu argumento sobre a definição de “dinheiro” e também as causas intrínsecas para a queda do dólar no mundo inteiro. O problema é que sua análise não considera o efeito que a taxa Selic nas alturas teve para potencializar o efeito intríseco em relação ao Real.

    Em outras palavras: em passado recente, o real havia se valorizado cerca de 30% em relação ao dólar, enquanto outras moedas como Euro e Ien, sofrendo os mesmos efeitos a que vc se refere, variaram bem menos. Não tenho os números exatos agora, mas lembro-me de ter lido sobre essa comparação na imprensa. O real foi a moeda que sofreu maior valorização neste período. Por que será, hein?

    E agora, o real foi a moeda cuja cotação mais desabou em relação ao dólar. Essas coisas estão interligadas, sim. Não é mera coincidência. Um exagero na taxa Selic pode explicar tanto a variação a mais para cima, quanto a variação a mais para baixo do real.

    É um absurdo que sujeitem a nossa economia – e as empresas – a variações cambiais tão intensas, tudo em nome de uma austeridade e de uma ortodoxia desnecessárias, que provoca ainda uma forte concentração de renda no país.

  19. Um BC deve existir para
    Um BC deve existir para preservar a liquidez, mas também para supervisionar e regular o sistema financeiro.
    O que temos visto é um BC que é o executor de uma política monetária encomendada pelos bancos.
    O BC pergunta aos banco o que eles preveem para a economia e em seguida adota as medidas para concretizar essa previsões.
    A questão é: o BC existe para fazer do sistema financeiro um instrumento para o desenvolvimento da sociedade/economia ou é o contrário?

  20. Da Carta Capital divulgado
    Da Carta Capital divulgado pelo Último Segundo

    http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/01/16/meirelles+diz+a+lula+que+deixara+banco+central++3420904.html

    Meirelles diz a Lula que deixará Banco Central
    16/01 – 18:12 – Carta Capital

    Henrique Meirelles já comunicou ao presidente Lula que deixará o comando do Banco Central em breve, depois de seis anos no cargo. O goiano de Anápolis, de 62 anos, passará um curto período de quarentena e muito provavelmente disputará o governo de seu estado nas eleições de 2010. Seu sonho é um dia subir a rampa do Planalto e tornar-se presidente da República.

    A conferir. Um fato é inegável: a capacidade de sobrevivência de Meirelles no governo. É o único integrante da equipe econômica intocado desde o início da gestão de Lula, em 2003. Uma espécie de estranho no ninho, uma vez que o aliado Antonio Palocci foi forçado a deixar o Ministério da Fazenda, em março de 2006, chamuscado por denúncias.

  21. Da Carta
    Da Carta Capital
    http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=7&i=3125

    Bye, bye, Meirelles
    16/01/2009 11:20:15
    Redação CartaCapital

    Bye, bye, Meirelles

    Henrique Meirelles já comunicou ao presidente Lula que deixará o comando do Banco Central em breve, depois de seis anos no cargo. O goiano de Anápolis, de 62 anos, passará um curto período de quarentena e muito provavelmente disputará o governo de seu estado nas eleições de 2010. Seu sonho é um dia subir a rampa do Planalto e tornar-se presidente da República…………….
    ……….Para a sucessão, o mercado discute uma “solução interna”. Trata-se mais de um wishful thinking. Os candidatos naturais ao cargo seriam o diretor de Normas do BC, Alexandre Tombini, e o diretor de Política Econômica do banco, Mário Mesquita. Não representariam ruptura alguma.

    Os economistas críticos da atuação do BC preferem colocar as fichas em Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para o qual os executivos financeiros torcem o nariz. Seria um sinal de que os tempos de ultraortodoxia viraram passado.

    Meirelles foi alçado ao BC por falta de alternativa do presidente. Os nomes cogitados no fim de 2002 não aceitaram a empreitada. O presidente teria preferido Fabio Barbosa, então executivo máximo do Banco Real e eleitor do PT. Mas ele declinou do convite.
    Em um ato de desespero, Lula chegou a sondar o então titular da pasta, Arminio Fraga, para permanecer alguns meses no cargo e realizar uma transição suave. O ex-operador de George Soros optou por voo próprio, ao fundar a Gávea Investimentos e partir para aquisições de empresas.

    Restava Meirelles, introduzido no Planalto pelo senador Aloizio Mercadante. Era pegar ou pegar. Lula tem uma dívida de gratidão com o goiano, pois ele enfrentou o rescaldo do terrorismo financeiro praticado pelo mercado, que não suportava a ideia de um metalúrgico e nordestino comandar o País. Foi elogiado nos primeiros meses de mandato, mas parece ter tomado gosto por excessos.

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