Painel internacional

Os custos da guerra

Do Blog Economix
Casey B. Mulligan
Com as eleições intercalares se aproximando, democratas e republicanos tentarão nos convencer de que seus partidos desperdiçaram menos dinheiro de impostos do que o outro. A lei de estímulo e a Guerra do Iraque serão os exemplos favoritos. Portanto, vamos examinar alguns princípios econômicos para avaliar o custo humano da guerra. Mais de 4.000 tropas norte-americanas foram mortas no Iraque e mais de 30.000 feridas. E estes números não contam as perdas humanas entre o pessoal civil e as forças armadas de outros países.

Ao mesmo tempo, o Escritório de Orçamento do Congresso estimou recentemente que o Tesouro dos Estados Unidos gastou US$ 700 bilhões em operações militares no Iraque entre 2003 e 2010. Esse total inclui alguns custos humanos, mas outros não. Os Estados Unidos têm um exército de voluntários, o que significa que aquele efetivo escolheu servir seu país e aceitar os riscos associados a uma ocupação militar em troca de salário, treinamento, benefícios e quaisquer vantagens não peculiares que o serviço militar oferece.

Seria dupla contagem se o valor monetário de mortes de militares e lesões fossem adicionados à folha de pagamento marcial, salvo se uma subtração fosse feita para as centenas de milhares de soldados que receberam salários e benefícios e cumpriram seu dever no Iraque sem ferimentos. Ao mesmo tempo, o prazo para os gastos militares norte-americanos deveriam refletir o período durante o qual o efetivo foi compensado pelos riscos que aceitou.

Alguns comentaristas notaram que as despesas futuras do Departamento de Defesa com a saúde e outros benefícios aos veteranos do Iraque devem ser contabilizadas, e eu concordo. Parte do acordo com o pessoal militar voluntário é de que eles e suas famílias receberiam benefícios de aposentadoria e ajuda com despesas médicas para o resto de suas vidas. Neste contexto, os gastos com a guerra no Iraque poderiam continuar por mais de 100 anos, embora presumivelmente a uma taxa reduzida (a viúva do último veterano da Guerra Civil de 1861 a 1865 morreu em 2004!).
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Estímulos da China podem ser uma maldição disfarçada – Yongheng Deng and Bernard Yeung
Preocupações com dívida soberana pesam sobre a Europa
Os 50 melhores websites de 2010
CIA vê no Iêmen ameaça crescente da al-Qaeda

EstímEstímulos da China podem ser uma maldição disfarçada

Yongheng Deng and Bernard Yeung
A crise financeira e a recessão global viu bancos centrais e governos reagirem com intervenções monetárias e fiscais. Embora os resultados destes estímulos nas economias avançadas tenham sido limitados, as políticas chinesas de estímulo emitiram respostas incrivelmente significativas e efetivas. Depois de abrandar as suas políticas monetárias, a taxa de crescimento anualizado da base monetária da China saltou abruptamente de 14,9% no quarto trimestre de 2008 para 26,2% e 30,4% nos dois primeiros trimestres de 2009, em comparação ao crescimento de apenas 14,5% entre 2000 e 2008.

Por que o pacote de estímulo econômico chinês é tão eficaz? Não é uma mera questão de tamanho. A resposta está no comando e controle da economia da China. Os bancos da China podem ser classificados em política estatal, comerciais estatais, comerciais de investimento estatais e outros como associações de cooperação de crédito rural, bancos comerciais da cidade e estrangeiros. O Estado controla os 18 maiores bancos que, de acordo com dados de 2009, tem ativos totais de 58,6 trilhões de yuans, constituindo 73% dos ativos bancários na China.

No lado corporativo, o censo 2008 mostra que 142 empresas estatais (EE) controladas representam mais de 30,5% dos ativos da empresa. Várias formas de empresas estatais controladas representam mais de 70% dos ativos das empresas. (O ponto de atenção vem do setor imobiliário) Primeiro, as EE são ainda muito ricas. Em segundo lugar, os requisitos de 30% a 40% para pagamento na China minimizam a possibilidade de uma moratória de grande escala em hipotecas. Em terceiro, ter um imóvel na China proporciona melhores benefícios sociais, como acesso à educação e melhor status social. Isto reduz a probabilidade de pessoas abandonando suas moradias e faltando com seus empréstimos hipotecários, mesmo se os ativos subjacentes se tornarem patrimônio negativo (ou seja, se a taxa de valor do empréstimo hipotecário for maior do que um).

No entanto, uma queda nos preços dos imóveis significaria uma perda significativa de riqueza para muitos chineses. Eles têm instrumentos muito limitados para armazenar riqueza. À exceção de contas bancárias, muito de sua riqueza é investida no setor imobiliário. Assim, tornaram-se dependentes do preço da habitação. A queda nos preços iria corroer riqueza e demanda agregada, possivelmente de forma pior que nos EUA.
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Preocupações com dívida soberana pesam sobre a Europa

Os ativos europeus não puderam ganhar força depois da venda de terça-feira e permaneceram no vermelho na manhã de quarta-feira. Os principais índices acionários de Londres, Paris e Frankfurt caíram em média 0,2% em Paris ao meio-dia, apesar de os dados econômicos da Alemanha virem melhor que o esperado. Os operadores parecem estar mais preocupados com o ritmo da recuperação econômica nos Estados Unidos, agravada por uma diminuição aparente no mercado de habitação, juntamente com os problemas da dívida soberana na Europa.

Eles surgiram na manhã de quarta-feira, com a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixando a dívida soberana da Irlanda, citando o crescente custo para o governo em apoiar o setor bancário do país. A S&P estima que o governo irlandês vá gastar 90 bilhões de euros (US$ 101 bilhões) na recapitalização dos bancos, que é superior ao estimado anteriormente. No entanto, a agência respondeu que a análise de dívida da Irlanda era “falha”, segundo a BBC online, e que as perspectivas da agência foram
baseadas em um cenário “extremo” de custo de sustento dos bancos irlandeses .

Entretanto, as preocupações sobre um leilão de títulos portugueses empurrou os rendimentos dos bônus de 10 anos para acima de 10 pontos-base na quarta-feira, para 5,34%, o que representa um spread de 315 pontos base em relação ao título alemão. Mesmo assim, o leilão foi bem-sucedido: a agência da dívida de Portugal vendeu 1,3 bilhão de euros em bônus com vencimento em 2016 e 2020, mais do que o 1,25 bilhão de euros indicado anteriormente.
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Os 50 melhores websites de 2010

Do útil à distração, dos grandes sucessos aos desconhecidos, este é o mapa da Time sobre o melhor que a Web tem a oferecer. Na categoria Notícias & Informações, os melhores foram o Guardian, The Onion, The Daily Beast, National Geographic e Wikileaks. Em Finanças & Produtividade: Mint, WikiInvest, StockMapper, Springpad e Wakerupper.

Em Música & Vídeo, os vencedores foram o Vimeo, Movieclips, Grooveshark, MOG e Labuat. Na categoria Esportes, os eleitos foram o Sports-Reference, Rotoworld, Yardbarker, Total Pro Sports e Citizen Sports.
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CIA vê no Iêmen ameaça crescente da al-Qaeda

Pela primeira vez desde os ataques de 11 de setembro de 2001, os analistas da CIA (agência de inteligência dos EUA) vêem uma das ramificações da al-Qaeda – mais do que o núcleo agora baseado no Paquistão – como a ameaça mais urgente para a segurança dos EUA, disseram as autoridades. A mais recente avaliação da filial da al-Qaeda no Iêmen ajudou a induzir altos funcionários da administração Obama a apelar por uma escalada de operações dos EUA por lá – incluindo uma proposta de armar aviões não tripulados da CIA para uma campanha militar de ataques clandestinos, disseram os oficiais.

“Estamos avaliando aproveitar todos os recursos à nossa disposição”, disse um alto funcionário da administração Obama, que descreveu os planos para uma “escalada (militar) durante um período de meses.” As autoridades, que falaram sob condição de anonimato para discutir assuntos de inteligência, salientaram que aqueles analistas continuam a ver a al-Qaeda e seus aliados nas áreas tribais do Paquistão como adversários extremamente perigosos. Os funcionários insistiram que não haveria trégua na busca por Osama bin Laden e outras figuras importantes que se presume estarem escondidas no Paquistão.

De fato, os funcionários disseram que isso foi em grande parte porque a al-Qaeda foi dizimada pelos ataques dos aviões Predator no Paquistão, e a franquia no Iêmen tem emergido como uma ameaça mais potente. Um ataque da CIA matou um grupo de agentes da al-Qaeda no Iêmen em 2002, mas as autoridades disseram que a agência não tinha essa capacidade na península durante vários anos.
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Luis Nassif

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