Pedidos de bens duráveis à indústria norte-americana caem em julho

Indústria automobilística americana continua em alerta, apesar das perspectivas mais otimistas

Jornal GGN – Pedidos de bens duráveis caíram drasticamente nos EUA (Estados Unidos) no mês de julho, de acordo com o governo local. A demanda por aeronaves comerciais despencou, e empresas têm gastado menos com computadores e equipamentos elétricos. O ministério do comércio norte-americano declarou, nesta segunda-feira (26), que o índice de encomendas caiu 7,3% em julho, a pior queda em um ano. Excluindo a categoria de transportes, que caiu apenas 0,6%, este é o primeiro mês de declínio, após três seguidos de aumento.

Os bens duráveis são itens manufaturados que funcionam por cerca de três anos. Com o começo de um ano fraco, os economistas agora se concentram sobre as encomendas de bens de capital, que também registraram queda de 3,3%, mas em meio a quatro meses de franca recuperação e ganhos. Esses bens são considerados uma boa medida de confiança das empresas na economia local, já que incluem itens chamados de expansão, como máquinas, computadores e caminhões pesados – excluem-se encomendas de aviões e defesa.

Especialistas advertem que a queda de julho pode ser temporária, já que a indústria norte-americana vinha de meses seguidos contabilizando aumento nos pedidos. Mas, de acordo com eles, deve ser um lembrete e um alerta para que a esperada retomada no segundo semestre do ano será apenas gradual, e não completamente reversível, em relação à crise recente.

Entre os pontos positivos, os pedidos alcançaram seu número mais elevado desde que o registro de encomendas foi criado, em 1992. Esse aumento sugere saída de produtos do país no longo prazo, apesar do mês fraco. Automóveis e autopeças, por exemplo, subiram 0,5%, e as vendas de carros subiram 14% em comparação com julho de 2012. A fabricação apresentou queda em 2013, mas há sinais de que a atividade pode avançar nesta segunda metade do ano. Especialmente no momento em que a Europa finalmente emerge da recessão também nesta época do ano.

Pesquisa realizada pelo Instituto de Supply Management dos EUA afirmou que a atividade em fábrica expandiu-se em julho no ritmo mais rápido dos últimos dois anos. Empresas contrataram mais trabalhadores, e novas encomendas subiram, sinais de que a saída de produtos deve mesmo aumentar nos próximos meses. Já a produção em fábrica escorregou em julho, segundo dados do Federal Reserve, porém, após dois meses seguidos de aumento. O declínio de 0,1% reflete uma diminuição na produção de automóveis, mas que deve ser temporária, segundo os pesquisadores.

A economia expandiu-se a apenas uma taxa anual de 1,7 % no trimestre abril-junho. A maioria dos economistas espera que isto seja revisto até uma taxa anual de 2,2% – principalmente por conta do salto nas exportações de junho. O governo lançou sua segunda estimativa para o crescimento do segundo trimestre na última quinta-feira (22).

A maioria dos analistas prevê que o crescimento pode flutuar sobre uma taxa anual de 2,5% no segundo semestre do ano. Eles observam que crescimento do emprego estável deve ser um combustível a mais para o consumo, e o impacto de mais impostos e cortes de gastos do governo estão propensos a recuar.

Com informações do jornal The Washington Post

Redação

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