Pesquisador da FGV diz que “existe vida após o ajuste”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Agência Brasil

Por Vinícius Lisboa

O ajuste fiscal é uma fase de transição e, para superá-lo, o Brasil vai precisar de uma agenda positiva em que a iniciativa privada terá um papel maior, analisou o diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carlos Langoni. Ele participou na manhã de hoje (8) do seminário Brasil: Perfil de Competitividade, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.

“Existe vida após o ajuste. O Brasil vai sobreviver, ultrapassar essa fase de transição. E o grande desafio é como retomar os investimentos, porque sem isso não há crescimento”, argumentou Langoni. Ele defendeu uma economia que estimule mais investimento privado. “A crise está empurrando o Brasil para um caminho de eficiência, baseado não no governo, mas no setor privado”.

Ele defendeu a adoção de concessões para atrair o investimento privado, e comparou-as às privatizações. “A concessão é uma privatização envergonhada. Uma concessão de 25 anos, renovável por mais 25, é uma privatização”.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio, Carlos Mariani, destacou dificuldades da indústria e pediu a desoneração da produção, com redução da carga tributária e da burocracia. Mariani defendeu também a regulamentação das terceirizações e disse que a medida vai resolver o problema da insegurança jurídica.

O projeto de lei que prevê a regulamentação das terceirizações, inclusive na atividade-fim das empresas, sofre forte oposição de sindicatos, que veem precarização das relações de trabalho com a medida.

Fernando Blumenschein, economista da FGV, apresentou um estudo sobre a competitividade. Destacou que a pesquisa mostra acentuadas disparidades na entre as microrregiões brasileiras, e também entre setores da economia.

Apesar disso, quando são analisados todos os setores e dimensões da competitividade de cada microrregião, explica Blumenschein, é possível identificar pontos fortes que podem nortear políticas públicas. 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

9 Comentários

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  1. Uma no cravo e outra na

    Uma no cravo e outra na ferradura.

    É claro que o tal ajuste proposto, de 1,2%, é muito menor do que a oposição faria – o Armínio já falou em 3%.

    E também menor do que os 4,5% que o FMI obrigava com o dedo na cara em outros tempos…

    O resto é retórica, como equiparar concessão à privatização. Só se toranja for igual a laranja também: privatização significa transferência de patrimônio público para agentes privados; concessão, não.

    1. Prezado Lucinei
      Este é mais

      Prezado Lucinei

      Este é mais um representante dos “abutres” do sistema financeiro.

      Como disse Marc Tourneuil no filme O Capital de Costa Gravas.

      A banca adora tirar dos pobres para dar aos ricos.

      Abração

  2. O mesmo?

    “Carlos Geraldo Langoni (Nova Friburgo24 de julho de 1944) é um economista formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, faz seu doutorado na Universidade de Chicago, atua como professor e diretor da EPGE/FGV, e como consultor na área de economia. Atualmente é Consultor Senior da Vale e Diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas. Foi membro do Conselho Monetário Nacional e presidente do Banco Central do Brasil de 1983 a 1985.”

    Como totos sabemos, 1983/1985 foram aureos tempos da economia brasileira…

  3. Langoni non mi piace. ma è vero!

    “A concessão é uma privatização envergonhada. Uma concessão de 25 anos, renovável por mais 25, é uma privatização”

    A verdade que todos os dilmistas abominam.

    Pior: dita por um salty water!

  4. Conheço de longa data esta cara

    Apesar do perfil acadêmico impressionar ele não nada mais do que um ultra liberal, o que quer dizer –  um finacista sem amor ao povo ou a sua pátria. Só ama o dinheiro. 

  5. O cara veio só para dizer que

    O cara veio só para dizer que o PT privatiza, de acordo com a visão dele.

     

    Não consegue nem enganar….

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