Produção industrial termina julho com queda de 1,5%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A produção da indústria brasileira diminuiu 1,5% entre os meses de junho e julho, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com os dados do mesmo mês de 2014, a queda chegou a 8,9%. Em 2015, o Brasil acumula perdas de 6,6% na produção industrial. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 5,3% em julho de 2015, assinalou perda mais intensa do que a verificada em junho último (-4,9%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%).

A redução da atividade industrial na passagem de junho para julho teve predomínio de resultados negativos, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência negativa foi registrada por produtos alimentícios, que recuou 6,2%, eliminando a expansão de 4,3% observada no mês anterior.

Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de bebidas (-6,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%) e de indústrias extrativas (-1,5%). Houve perdas também nos setores de produtos de madeira (-7,6%), de produtos de borracha e de material plástico (-2,2%), de produtos diversos (-5,5%) e de produtos de metal (-1,8%).

Por outro lado, entre os dez ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância foi registrado por máquinas e equipamentos, que avançou 6,5%, interrompendo cinco meses consecutivos de taxas negativas, período em que acumulou redução de 11,9%. Outros impactos positivos foram observados nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,4%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,2%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não-duráveis, ao recuar 3,4% na comparação com junho, mostrou a redução mais acentuada, eliminando a expansão de 3,1% acumulada nos meses de maio e junho últimos. Os setores produtores de bens intermediários (-2,1%) e de bens de capital (-1,9%) também registraram taxas negativas, com ambos marcando o sexto mês seguido de queda na produção e acumulando nesse período perdas de 4,4% e 17,7%, respectivamente. Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis, ao avançar 9,6%, assinalou o único resultado positivo nesse mês, após acumular perda de 25,2% entre outubro do ano passado e junho de 2015.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral recuou 0,6% no trimestre encerrado em julho de 2015 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (-2%), bens intermediários (-0,9%) e bens de consumo duráveis (-0,5%) mostraram as reduções mais acentuadas. O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) também registrou taxa negativa nesse mês, após ligeiro acréscimo de 0,2% no mês anterior quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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