Uso de itens importados bate recorde na indústria

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A utilização de bens importados na indústria brasileira atingiu níveis recordes. Levantamento elaborado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostra que a participação de itens estrangeiros no período de 12 meses até junho chegou a 21,1%, um aumento de 0,1 ponto percentual sobre o registrado nos primeiros três meses deste ano e o décimo terceiro aumento consecutivo.

Em relação à Indústria de Transformação, foi observado o mesmo crescimento, de 0,1 ponto percentual na comparação com o primeiro trimestre do ano. O coeficiente de 19,7% – novo recorde da série trimestral – manteve a trajetória contínua de crescimento desde o primeiro trimestre de 2011. Em relação à Indústria Extrativa, houve recuo de 0,5 ponto no segundo trimestre do ano frente ao anterior, registrando 51,9% no período.

O estudo aponta um crescimento do coeficiente de penetração das importações em 12 setores da indústria de transformação, em especial nos segmentos farmacêuticos, químicos, informática, eletrônicos e ópticos, mesmo num cenário de menor dinamismo da economia brasileira. “A valorização do câmbio nos últimos meses amenizou o ímpeto importador, mas o contínuo aumento do coeficiente de importação reflete a perda da competitividade da indústria nacional frente a seu concorrente estrangeiro”, diz o economista da CNI Marcelo Azevedo, em relatório. No entanto, a alta recente do câmbio, poderá reduzir o ímpeto importador da economia brasileira nos próximos meses, o que favoreceria a recuperação da produção industrial interna, podendo reverter essa tendência.

Além do aumento das importações no consumo doméstico de bens industriais, a participação das exportações no faturamento das empresas caiu. O coeficiente de exportação registrou 19,2% no segundo trimestre de 2013, uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre deste ano. Essa é a segunda queda consecutiva. De acordo com a CNI, a fraca demanda externa pelas manufaturas brasileiras e a queda dos preços internacionais explicam a perda no coeficiente de exportação no segundo trimestre.

Houve queda no coeficiente de exportação em nove setores produtivos da Indústria de Transformação no segundo trimestre de 2013, em comparação com o trimestre anterior, com destaque para as quedas observadas em Máquinas e equipamentos (-0,9 ponto percentual), Têxteis (-0,9 ponto), Derivados de petróleo e biocombustíveis (-0,5 ponto) e Máquinas e materiais elétricos (-0,4 ponto). De outro lado, houve forte elevação do coeficiente no setor Outros equipamentos de transporte (+6,3 p.p) em virtude da exportação de uma plataforma de petróleo, no valor de US$ 1,6 bilhão.

Elaborada em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), a pesquisa da CNI analisa, desde o segundo trimestre de 2007, os valores de exportações, importações e produção industrial acumulados.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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