Vale registra lucro trimestral de R$ 6,311 bilhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Companhia consegue recuperar ganhos apurados ao fim de 2015

Jornal GGN – A mineradora Vale apresentou um lucro líquido de R$ 6,311 bilhões durante o primeiro trimestre, revertendo assim a perda de R$ 33,156 bilhões no quarto trimestre. Em dólares, o lucro da empresa no primeiro trimestre deste ano foi de US$ 1,776 bilhão no período.

“O aumento de R$ 39,467 bilhões no lucro líquido deveu-se principalmente pelo maior LAJIDA (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização – EBITDA na sigla em inglês) no trimestre e pelos impairments de ativos não circulantes e de investimentos registrados no quarto trimestre de 2015. O lucro básico recorrente foi de R$ 1,892 bilhão no primeiro trimestre de 2016, contra um negativo de R$ 6,695 bilhões no quarto trimestre”, diz a companhia, em comunicado ao mercado.

A empresa encerrou o ano de 2015 com uma perda de R$ 44,213 bilhões, a maior já registrada pela empresa desde 1986, segundo dados da consultoria Economatica, devido ao desastre ambiental de Mariana (MG). A Vale é uma das donas da mineradora Samarco, responsável pelas barreiras que se romperam e devastaram o distrito de Bento Rodrigues no ano passado.

A receita líquida totalizou R$ 22,067 bilhões no primeiro trimestre, uma redução de R$ 614 milhões em comparação com o período imediatamente anterior, em função dos menores volumes de venda de finos de minério de ferro (R$ 2,355 bilhões), metais básicos (R$ 418 milhões), e fertilizantes (R$ 199 milhões). Essa redução na receita foi parcialmente compensada por maiores preços de venda de finos de minério de ferro (R$ 2,051 bilhões) e pelo impacto positivo da desvalorização do BRL no trimestre (R$ 342 milhões).

Os custos e despesas totalizaram R$ 17,698 bilhões, uma redução de R$ 3,719 bilhões quando comparado aos R$ 21,417 bilhões registrados no 4T15. Os custos e despesas diminuíram principalmente em razão dos menores volumes e menores despesas com SG&A (vendas, administrativos e gerais, na sigla em inglês), P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e despesas pré-operacionais.

Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (LAJIDA, ou EBITDA) ajustado foi de R$ 7,685 bilhões no 1T16, 43% acima do quarto trimestre principalmente como resultado do melhor LAJIDA do segmento de minerais ferrosos (R$ 1,208 bilhão) e de metais básicos (R$ 832 milhões). A margem do EBITDA ajustado foi 34,8% no primeiro trimestre, aumentando da margem registrada de 23,7% no quarto trimestre.

Os investimentos totalizaram US$ 1,449 bilhão no primeiro trimestre, uma redução de US$ 744 milhões em comparação com o 4T15. Os investimentos na execução de projetos totalizaram US$ 920 milhões no 1T16, com investimentos relacionados ao projeto S11D representando 69% deste total. Os investimentos na manutenção das operações existentes totalizaram US$ 529 milhões, uma redução de US$ 298 milhões dos US$ 827 milhões registrados no período imediatamente anterior.

A dívida bruta totalizou R$ 111,997 bilhões em 31 de março de 2016, registrando uma diminuição de R$ 669 milhões dos R$ 112,666 bilhões registrados em 31 de dezembro de 2015, principalmente pela depreciação ponta a ponta do real contra o dólar. A dívida líquida totalizou R$ 98,439 bilhões em 31 de março de 2016 contra R$ 98,535 bilhões em 31 de dezembro de 2015, com uma posição de caixa de R$ 13,558 bilhões. 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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