Vendas de veículos caem em 2015, diz Fenabrave

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – As vendas de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários, e outros) no Brasil apresentaram queda acumulada de 21,85% em 2015 no comparativo com 2014, segundo dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Ao todo, foram emplacadas 3,982 milhões de unidades em 2015, ante as 5,096 milhões registradas no ano anterior. As concessionárias encerraram o ano com um estoque médio de veículos de 50 dias de vendas, índice considerado alto pelo setor.

Na comparação entre dezembro e novembro, ambos com 20 dias úteis, os emplacamentos apresentaram alta de 19,11%. Foram emplacadas 370.996 unidades em dezembro, contra 311.464 em novembro. Já em relação a dezembro de 2014 (512.577 unidades), houve retração de 27,62%.

Conforme os dados consolidados pela entidade, os segmentos de automóveis e comerciais leves também apresentaram queda no acumulado do ano, com uma redução de 25,59% sobre o ano anterior. Foram emplacadas 2,476 milhões de unidades em 2015, contra 3,328 milhões em 2014. Já no mês de dezembro (220.656) houve crescimento de 16,54% para os segmentos, se comparados ao mês novembro (189.343 unidades). Com relação a dezembro de 2014 (353.563 unidades), no entanto, o resultado aponta uma baixa de 37,59%.

Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, a queda foi acentuada em função das crises econômica e política que o Brasil atravessa e que vêm comprometendo a oferta de crédito, níveis de emprego e renda e, fundamentalmente, os índices de confiança por parte dos investidores e consumidores.

“A baixa atividade econômica, com PIB negativo, inflação alta – provocada pelo aumento dos preços administrados, em especial energia elétrica –, taxas de juros e dólar elevados, e a retração dos níveis de emprego e renda resultaram numa bomba de fabricação caseira para a nossa economia. Somado a isso, temos enfrentado uma política com sérios entraves e notória necessidade de apoio para que os ajustes sejam praticados pelo governo. Estamos diante de uma equação difícil”, diz, em nota.

As projeções da entidade para 2016 sinalizam para um período difícil no primeiro semestre, mas com viés de recuperação a partir do terceiro trimestre, dependendo do encaminhamento político. Com base nos estudos realizados pela entidade, o setor como um todo deverá apresentar queda de 5,2%.

Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, a expectativa inicial aponta para uma queda de 5,9%. Já para caminhões, ônibus e implementos rodoviários, a Fenabrave projeta retração de 2,7% para caminhões, 3,2% para ônibus e 1,8% para implementos rodoviários. O segmento de motocicletas, que vem sofrendo sucessivas quedas desde a crise de 2008, deverá permanecer com retração, estimada em 4,1%. Para tratores e máquinas agrícolas, considerando a safra recorde de 209 milhões de toneladas, a previsão é de manter os índices de 2015 ou apresentar um leve crescimento de 2% em 2016.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador