Vendas do comércio varejista caem (-1,5%) em janeiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Levantamento do IBGE aponta queda generalizada entre os segmentos pesquisados

Jornal GGN – As vendas no varejo recuaram 1,5% durante o mês de janeiro em relação ao visto no mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Nesse mesmo confronto, a variação da receita nominal foi de 0,1%. Com isso, a variação da média móvel trimestral amplia em janeiro (-1,2%) o ritmo de queda do volume de vendas, em relação ao resultado obtido no mês anterior (-0,5%), enquanto a taxa para receita nominal permanece estável (0,1%).

Na série sem ajuste sazonal, o total das vendas caiu 10,3% em relação a janeiro de 2015, sua décima variação negativa consecutiva nesse tipo de comparação. Com isso, o resultado para o volume de vendas registrou perda de ritmo em relação ao segundo semestre de 2015 (-6,3%). A taxa acumulada nos últimos 12 meses foi de -5,2%, a perda mais intensa da série iniciada em 2001, e manteve a trajetória descendente observada a partir de julho de 2014 (4,3%). A receita nominal apresentou taxas de variação de 1%, em relação a janeiro de 2015, e de 2,8% nos últimos doze meses.

O recuo de 1,5% no volume de vendas do comércio varejista na passagem de dezembro de 2015 para janeiro de 2016, série ajustada sazonalmente, teve predomínio de resultados negativos entre as atividades que compõem o varejo. Setorialmente, os principais destaques negativos vieram do recuo de 4,3% registrado no setor de Móveis e eletrodomésticos, seguido por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%); e Combustíveis e lubrificantes (-3,1%). Os demais resultados foram: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,8%); Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%); e Livros, jornais, revistas e papelarias (-0,1%). Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com variação de 0,1%, praticamente mantém estável o volume de vendas, em relação a dezembro de 2015.

Considerando o varejo ampliado, a redução de 1,6% amplia o ritmo de queda frente ao registrado no mês anterior (-1,0%). O resultado de janeiro teve influência, principalmente, das vendas em Material de construção, (-6,6%), após crescimento de 3,2% no mês anterior, seguido por Veículos e motos, partes e peças (-0,4%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o volume do comércio varejista mostrou recuo de 10,3%, décima taxa negativa seguida, sendo esse o recuo mais acentuado desde março de 2003 (-11,4%) – o efeito calendário influenciou os dados, uma vez que janeiro de 2016 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21 dias).

As oito atividades do varejo registrando variações negativas, por ordem de contribuição à taxa global os resultados, foram os seguintes: Móveis e eletrodomésticos (-24,3%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,8%); Combustíveis e lubrificantes (-14,1%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,5%); Tecidos, vestuário e calçados (-13,8%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-24,0%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-13,3%). Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com -0,2%, ficou praticamente estável em relação a janeiro de 2015.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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