Nota do Grupo Prerrogativas
Marchemos juntos contra o ódio, a intolerância e o autoritarismo
O Estado Democrático de Direito não pode tolerar ações presidenciais dessa natureza. Da mesma forma que abusos aos direitos individuais são intoleráveis quando praticados por juízes, membros do Ministério Público e autoridades policiais, devendo ser denunciados e punidos com o máximo rigor, não se pode seguir o caminho inverso, aparelhando-se órgãos do Estado para serem complacentes com aliados, amigos e parentes, ou arbitrários com adversários políticos e inimigos ideológicos.
Por isso, com o mesmo vigor que nos erguemos para defender as ofensas aos direitos de todos os cidadãos e as garantias estabelecidas na nossa Carta Constitucional de 1988, nos erguemos agora para buscar impedir que um Presidente da República desapegado às instituições democráticas e aos princípios republicanos aparelhe o estado brasileiro na defesa das suas posturas extremistas e ditatoriais. É intolerável que o Chefe do Executivo apoie e participe de atos e manifestações que defendem o fim da Constituição que jurou cumprir no seu ato de posse. É intolerável que o Chefe do Executivo incentive práticas de desrespeito às regras da saúde pública, no curso de uma grave pandemia, e ainda utilize seu cargo e sua máquina de comunicação para influenciar a população a crer em soluções não recomendadas pela ciência. É intolerável que o Chefe do Executivo tente aparelhar politicamente a Polícia Federal para que ela se transforme em um braço da execução da política de ódio que dissemina por todo país.
Basta! Que todos os defensores da democracia e do Estado de Direito se unam, independentemente de divergências passadas, na defesa do que temos em comum. É hora de impedir que o autoritarismo e a intolerância destruam as nossas instituições democráticas e o respeito à pluralidade e à diversidade. Que nos marcos da lei sejam tomadas as medidas necessárias para que essa situação abusiva seja, de pronto, interrompida.
De imediato, conclamamos o Congresso Nacional para, em caráter de urgência, convocar o ex-Ministro Sergio Moro para prestar esclarecimentos sobre as suas declarações, as pressões que recebeu , negociações que empreendeu para assumir o Ministério e os eventuais atos omissivos que tenha praticado ao longo da sua atuação ministerial, com o intuito de embasar uma investigação parlamentar e outras medidas que, a partir das novas denúncias, se afirmem como necessárias para a defesa da Constituição de 1988, da democracia e da legalidade.
Marchemos juntos contra o ódio, a intolerância e o autoritarismo.
Grupo Prerrogativas, 24 de abril de 2020.
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Fala sério, o “grupo de prerrogativas” engole a isca e ainda pede tempero.
Por não ter interferido politicamente na PF e por ter “morgado” no Ministério da Justiça, caiu a Dilma, prendeu-se o Lula, desintegraram-se as forças de oposição ao fascismo que ora enfrentamos e elegeu-se o beócio que nos governa, com as graças do bode.
Que se sepulte o moro, se derrube o bozo e seus “acepipes” e se convoquem novas eleições, COM TODOS OS CANDIDATOS que o povo queira votar, inclusivamente o Lula.