Urariano Mota
Escritor, jornalista. Autor de "A mais longa duração da juventude", "O filho renegado de Deus" e "Soledad no Recife". Também publicou o "Dicionário Amoroso do Recife".
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Os 70 anos de Soledad Barrett*, por Urariano Mota

Urariano Mota

Esta semana, no Luis Nassif Online foi lembrado o que eu sabia, mas não estava desperto: no mais recente 6 de janeiro, Soledad Barrett Viedma completaria 70 anos.  Quem chamou  a atenção foi um pessoa, de nome Mara L. Baraúna, a quem ainda não conheço. Mas como ela  foi oportuna.  Para quem não sabe, Soledad Barrett Viedma foi uma socialista paraguaia, grande e bela mulher,  que viveu no Recife. Ela foi companheira, esposa do Cabo Anselmo, que a entregou, grávida, para a repressão da ditadura em 1973.

Sobre o livro que escrevi inspirado na sua pessoa, posso agora falar três coisas:

A primeira delas é que o livro “Soledad no Recife”, publicado em 2009, é a soma de várias buscas, derrotas e terror. Buscas num sentido maior que o de pesquisas, entrevistas, descobertas e enganos. A maior busca foi achar o tom, a fala, o caminho que me fizesse correr sem tropeços na escrita. Isso não foi nem é fácil, porque significa o escritor achar a voz da narração, a voz do narrador. No dia em que observei que o narrador – para o caso de “Soledad no Recife” – devia falar na primeira pessoa, usando o pronome eu, foi um acontecimento na minha vida. Quando percebi que o livro andava então sem artifício, sem artificialismos, a vontade que tive foi de soltar fogos, soltar uns foguetes, que no sudeste do Brasil chamam de rojão. Eu fiquei contente e feliz, a ponto de anotar na margem do caderno: achei o caminho!

As derrotas acumuladas vêm antes e durante o processo da escrita de Soledad. Quando trabalhei no romance anterior, “Os Corações Futuristas”, o clímax se dava na repressão e assassinatos do ano da desgraça de 1973. E tentei, ali, abordar a figura e espectro do Cabo Anselmo. Fracassei. Meu amigo Mário, que não é crítico literário, mas é um leitor inteligente, militante provado daqueles anos, foi quem me chamou a atenção, dizendo que o Cabo Anselmo, nas páginas de “Os corações futuristas”, estava muito abaixo do traíra na vida real. Eu não gostei de ouvir isso, é claro, mas travei, travei amargo e fiquei repassando na boca essa fruta tamarina, ácida, mas indispensável. E quando tentei escrever sobre Soledad pela terceira vez, pude ver que a tragédia de Sol se unia ao papel do vilão Anselmo. E em vez de condená-lo de modo apriorístico, alertado que estava pela crítica de Mário, pus-me a estudá-lo –pus-me, a palavra é própria, pus – e o persegui em reflexões e vídeos e livros e entrevistas. O resultado parece que não foi mal, ao tentar flagrar o processo da sua consciência. Sim, até Anselmo tem consciência. Esperta, egoísta e canalha.

Já o terror veio, primeiro,  porque aqueles anos da ditadura Médici são o máximo do terror de Estado no Brasil. Hoje, quem é jovem não sabe o que é isso. O terror é um rapaz de 22 anos  – “era um rapaz de 25 anos”, cantava Gil no tropicalismo – é você não ter projeto para os próximos 5 anos, porque os seus amigos e conhecidos estão sendo mortos e caçados, porque as pessoas mais altas na sua afeição caíram na clandestinidade, e ninguém sabe se morreram ou se já estão sendo torturados, e abriram o seu nome sob tortura. Ora cinco anos… você não se projetava nem um ano mais de vida. Você poderia ser o próximo.  O terror era também o terror da neurose, era andar pelas ruas decorando placas de carros, para ver se se repetiam mais adiante, ou se batiam com placas anotadas por outros companheiros, de veículos que sequestravam militantes.  O terror, ainda, era extrair dentes sem anestesia no dentista, para se acostumar á dor quando fosse preso. Eram tantas formas de terror, que lembradas hoje chegam às raias do cômico. Mas o cômico era trágico, real e doía muito, até a degradação humana. E mais: o  terror também continuou na escrita do livro, porque as pessoas que testemunharam o massacre de 1973, que conheceram o Cabo Anselmo e Soledad Barrett,  se negavam a falar, desconversavam, porque ainda hoje Anselmo e sua gang estão ativos.

Mas um escritor não tem o direito de ser covarde na escrita. Um escritor pode ser covarde como pessoa física, nas ruas, na briga do trânsito, ou n briga do bar. Mas ele não pode se acovardar quando escreve. Ou será apenas um burocrata, um escrevente de cartório, um corrompido na alma. A pior forma de corrupção.  

Então, meus amigos, por entre um mar de terror e fracassos, escrevi “Soledad no Recife”.

E para reconstruir essa paixão do narrador por Soledad Barrett, que os leitores percebem e dão fé e testemunho, tive que reconstruir as dezenas de mulheres guerreiras que eu conheci na vida dura, de belíssimas mulheres guerreiras. Mulheres cuja beleza vinha mais do que faziam do que das formas físicas.

E confesso que fiquei até meio corajoso, porque para falar sobre o livro e ir a lançamentos, cheguei a andar de avião, logo eu, que não suporto nem roda-gigante. Então, este escritor que é ateu, rascunhei um dia,  num diário,  lá em cima. Eu não podia rezar um oração enquanto o avião balançava entre as nuvens, como se fosse um carro passando por buracos na estrada. Anotei, como quem reza: a que coisas me expõe o amor à literatura.

*Áudio na Rádio Vermelho http://www.vermelho.org.br/noticia/256876-35

 

Urariano Mota

Escritor, jornalista. Autor de "A mais longa duração da juventude", "O filho renegado de Deus" e "Soledad no Recife". Também publicou o "Dicionário Amoroso do Recife".

18 Comentários

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  1. Lindissima homenagem,

    Lindissima homenagem, Urariano!

     

     

    (E a Mara eh a Fera Residente Oficial do blog…  exceto se voce tentar morder a Analu, claro. ai eu viro a FRO!  Abracao.)

  2. Indigente

    A militante paraguaia foi enterrada como indigente, sem qualquer identificação, no cemitério da Várzea, no Recife. O cantor e compositor Daniel Viglietti, espécie de Geraldo Vandré uruguaio, quando se apresenta em turnês mundiais, sempre canta a canção que compôs em homenagem a Soledad Barrett. Além disso, o poeta maior do país vizinho, Mario Benedetti, escreveu para ela um belo poema, “Muerte de Soledad”.

    A filha de Soledad com Urariano Mota, no lançamento do seu livro em São Paulo, em 29 de julho de 2009.

    Muerte de Soledad Barret

    Mário Benedetti

    Viviste aqui por meses o por años
    trazaste aqui uma recta de melancolia
    que atravesó las vidas y las calles
    hace diez años tu adolescencia fue notícia
    te tajearon los muslos porque no quisiste
    gritar viva hitler ni abajo fidel

    era otros tempos y otros escuadrones
    pero aquellos tatuajes llenaron de assombro
    a certo uruguay que vivía em la luna

    y claro entonces no podías saber
    que de algún modo eras
    la prehistoria de ibero

    ahora acribillaron em recife
    tus veintisiete años
    de amor templado y pena clandestina

    quizá nunca se sepa como ni por qué

    los cables dicem que te resististe
    y no habrá más remédio que creerlo
    porque lo certo es que resistías
    com sólo colocárteles enfrente
    sólo mirarlos
    sólo sonreir
    sólo cantar cielitos cara el cielo

    con tu imagen segura
    con tu pinta muchacha
    pudiste ser modelo
    actriz
    miss paraguay
    carátula
    almanaque
    quién sabe cúantas cosas

    pero el abuelo rafael el viejo anarco
    le tironeaba fuertemente la sangre
    y vos sentías calada esos tirones

    soledad no viviste em soledad
    por eso tu vida no se borra
    simplemente se colma de señales

    soledad no moriste en soledad
    por eso tu muerte no se llora
    simplemente la izamos em el aire

    desde ahora la nostalgia será
    um viento fiel que hará flamear tu muerte
    para que así aparezcan ejemplares y nítidas
    las franjas de tu vida

    ignoro si estarías
    de minifalda o quizá de vaqueiros
    cuanda la ráfaga de pernambuco
    acabó com tus sueños completos

    por lo menos no habrá sido fácil
    cerrar tus grandes ojos claros
    tus ojos donde la mejor violência
    se permitia razonables tréguas
    para volverse increíble bondade
    y aunque por fin los hayan clausurado
    es probable que aún sigas mirando
    soledad compatriota de tres o cuatro pueblos
    el limpio futuro por el que vivías
    y por el que nunca te negaste a morrir

    O Tributo de Daniel Viglietti e Mario Benedetti a Soledad Barrett

    [video:http://youtu.be/oiCnHj40yOc width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/21Kb1–a7Sk width:600 height:450]

    Mais: http://zurdo-zurdo.blogspot.com.br/2009/08/soledad-como-um-poema-o-livro-soledad.html

  3. O Massacre da Granja São Bento

     

    Comissão da Verdade de Pernambuco articula convocação de delegado de São Paulo

    TÉRCIO AMARAL | 12/12/2013

    Soledad Barret Viedma foi assassinada no massacre da Granja de São Bento, onde seis pessoas foram mortas por agentes da repressão militar. Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press

    A Comissão da Memória e da Verdade de Pernambuco vai recorrer à Comissão da Memória e da Verdade Nacional para intimar o delegado do estado de São Paulo Carlos Alberto Augusto. Na época do regime militar (1965-1985), o mandatário teria agido como colaborador do aparelho de estado com o nome de Carlinhos Metralha e seria uma testemunha chave para desvendar o massacre da Granja São Bento, em Paulista. A chacina, ocorrida em janeiro de 1973, vitimou cinco militantes de esquerda, entre eles, a paraguaia Soledad Barret Viedma, raptada um dia antes numa loja de roupas femininas no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

    O delegado já havia sido convocado, mas negou o pedido. As comissões da Verdade de Pernambuco e de São Paulo, inclusive, chegaram a pedir o afastamento do profissional, mas tiveram o pedido negado pelo governo de São Paulo. Apenas a Comissão Nacional, que é regida por uma lei federal, tem o poder de intimá-lo. A iniciativa foi anunciada depois da Comissão de Pernambuco coletar dois depoimentos após uma sessão pública, realizada nesta quinta-feira (12) no Ministério Público de Pernambuco, no bairro do Espinheiro, no Recife. Os membros da Comissão reforçaram a tese de que Carlinhos seria um dos braços de apoio de José Anselmo dos Santos, conhecido como Cabo Anselmo.

    Na época, o Cabo era uma agente infiltrado na Vanguarda Popular Revolucionária (VRP) e se passava como “Daniel”, um simples fotógrafo atrás de novas experiências no Recife. “Mantive contato com Daniel em São Paulo, quando fui morar lá e perdi o direito de estudar no curso de medicina veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Ele sempre pedia para eu continuar no movimento estudantil, colaborar. Um dia ele pediu um encontro e mandou, no seu lugar, Carlos Alberto Augusto, para pegar uns jornais”, comentou o advogado José Moura, que por pouco não se converteu numa das vítimas do caso. “Mas, eu só soube que Carlinhos era um agente infiltrado quando eu estava na prisão em São Paulo. Pensei, agora me dei mal, prenderam um cara que eu conheço. Aí, os colegas na prisão advertiram que ele era um torturador famoso”.

    A funcionária pública aposentada Sonja Maria Cavalcanti é uma das principais testemunhas do caso. Foi em sua loja, em Boa Viagem, que cinco homens sequestraram duas militantes de esquerda, Pauline Philippe Reischtul, de 26 anos, e Soledad Barret Viedma, de 28. Ela confirmou que Soledad teria ido, algumas vezes, em seu estabelecimento, com o Cabo Anselmo. No dia do sequestro, porém, ela argumentou que ele não estava. “Eram cinco homens, três entraram, quando meu marido apareceu no terraço da casa, eles apresentaram como policiais. Somente Soledad foi espancada”, relatou.

    Sonja relatou, ainda, que procurou a delegacia de Boa Viagem na época, mas os agentes não quiseram registrar a ocorrência. Ela achava que teria sido vítima de um assalto. “No outro dia, quando eu li os jornais vi que terroristas internacionais foram mortas. Achei muito estranho. Meu marido então procurou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para registrar o caso, que não avançou”. Este depoimento de Sonja, em parte, já era esperado, mas a testemunha contribuiu com um ponto importante nas investigações do colegiado.

    Membros da Comissão da Verdade apresentaram uma foto de época do delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo, Sérgio Paranhos Fleury, já falecido, que teria vindo ao Recife para coordenar o massacre. Sonja observou a foto, viu detalhes no rosto do agente e disse que teria 70% de chances dele estar entre os agentes que teriam ido à sua loja no dia do sequestro. As suspeitas são que os agentes, além de ganharem dinheiro por cada prisão e morte dos militantes de esquerda, ainda procuravam um dinheiro roubado de um político de São Paulo, fruto de corrupção.

    http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2013/12/12/interna_politica,479264/comissao-da-verdade-de-pernambuco-articula-convocacao-de-delegado-de-sao-paulo.shtml

  4. As Revelações de Jorge Barret

     

    Sobrevivente da “Chacina da Chácara de São Bento” reaparece e faz novas revelações sobre o caso.

    DOCUMENTOS REVELADOS | ALUIZIO PALMAR | 11 DE MARÇO DE 2012

    No dia 16 de novembro de 2008 fui procurado por Jorge Barrett, irmão de Soledad e sobrevivente da chacina ocorrida em Pernambuco onde morreram seis militantes da Vanguarda Popular Revolucionária – VPR.

    Áudio da entrevista com Jorge Barret01.wavOK2

    Na ocasião gravei uma longa entrevista com o Jorge. Segurei durante esses três anos e quatro meses esse material arquivado em fitas K7 por achar que a entrevista tem algumas falhas técnicas e revelações polêmicas. Porém, às vésperas da instalação da Comissão da Verdade julgo ser importante divulgar a entrevista com o irmão de Soledad Barrett.

    “Meu pai fez parte do grupo que fundou o Partido Comunista Paraguaio”

    “Nazistas uruguaios marcaram com a cruz suástica as coxas de Soledad. Isso marcou a vida dela”

    “Soledad me pediu pra alugar um apartamento em São Paulo, para onde ela se mudou  e ficou esperando ordens de Onofre Pinto”

    “Onofre marcou ponto em São Paulo entre Anselmo e Soledad  por meio de uma carta”

    “Eu aluguei o apartamento em São Paulo em meu nome e Soledad usava seu nome legal”

    “Certa ocasião saí de São Paulo e fui ao Chile levar uma carta do Anselmo para Onofre Pinto. Voltei com 20 mil dólares e levei para Olinda”

    No dia 16 de novembro de 2008 fui procurado por Jorge Barrett, irmão de Soledad e sobrevivente da chacina ocorrida em Pernambuco onde morreram seis militantes da Vanguarda Popular Revolucionária – VPR.

    A última vez que eu havia estado com Jorge foi em maio de 1973, no apartamento de sua irmã Nany, em Santiago do Chile.

    Portanto, eu não via o “Mitaí” há 36 anos. Quando eu o conheci o apelido em guarani, que significa menino, encaixava muito bem. Naquela época Jorge era magro, tinha os cabelos compridos, um projeto de barba e, logicamente, tinha cara e voz de adolescente. Era o próprio Mitaí.

    Ele era, pode-se dizer o “pombo-correio”, o apoio de sua irmã. Foi Jorge que alugou o apartamento em São Paulo, onde Soledad foi morar quando entrou no Brasil como militante da VPR. E foi Jorge que levou do Chile para Pernambuco as cartas que desencadearam as prisões e mortes em Pernambuco.

    No dia 7 de janeiro de 1973 foram presos e torturados até a morte, Pauline Reichstul, Evaldo Luiz Ferreira de Souza, Eudaldo Gomes da Silva, Jarbas Pereira Marques, José Manoel da Silva e Soledad Barret Viedma.

    Pauline foi golpeada com golpes de culatra na cabeça no ato de sua prisão na butique da amiga Sonja Maria Cavalcanti, em Boa Viagem. Ela fora à butique acompanhando Soledad Barret, numa entrega de  artesanato. Estavam conversando com Sonja quando cinco homens entraram no estabelecimento.

    Pauline morreu em conseqüência das pancadas e Soledad foi jogada num camburão junto com o corpo sem vida da companheira de organização.

    Jarbas Pereira Marques foi preso na Livraria Moderna, em Recife,  Manoel da Silva num Posto de Gasolina, no município de Toritama, localizado a170 quilômetrosde Recife. Evaldo Luiz Ferreira foi preso na residência de Soledad, localizada em Rio Doce, bairro de Olinda e Eudaldo Gomes da Silvo, num hotel de Recife onde havia ido trocar dinheiro.

    Soledad, Jarbas, Evaldo, Eudaldo e  Manoel, foram presos pela equipe do delegado Sérgio Fleury, que os torturou até a morte. Seus corpos, juntamente com o de Pauline, foram levados para o sítio de São Bento, em Abreu e Lima, cidade localizada a16 quilômetros de Recife.

    Os torturadores e assassinos crivaram de balas os cadáveres dos seis combatentes, jogaram várias granadas na casa da referida chácara, com o objetivo de aparentar um violento tiroteio, dizendo que lá se realizava um suposto congresso da VPR.

     

    A ação repressiva foi possível devido a colaboração do “Cabo” Anselmo, infiltrado na VPR.

    Jorge, que mora atualmente em Assunção, me procurou para falar, para desatar o nó na garganta que o atormentava desde que saiu da prisão no Brasil.

    Foi assim que liguei um gravador de fita k7 e gravei. Gravei o que foi possível. Foram 7 fitas em total. Eu pensei em degravar a entrevista, mas por fim mantive o áudio com todas suas imperfeições e os vai e vem da entrevista.

    A entrevista está dividida em cinco faixas.

    Entrevista com Jorge Barret01

    http://www.documentosrevelados.com.br/geral/sobrevivente-da-chacina-da-chacara-de-sao-bento-aparece-e-faz-novas-revelacoes-sobe-o-caso-parte-1/

  5. Soledad Barret, Stuart Angel

    Soledad Barret, Stuart Angel e Eduardo Leite (Bacuri), para mim, EM HOMENAGEM À TODOS OS DEMAIS, simbolizam, no seu sacrifício, o calvário daqueles que enfrentarasm a ditadura. Se houver, algum dia, o propósito de se mudar o Hino Nacional, eu sugeriria a citação de seus nomes. 

  6. .

    “… porque ainda hoje Anselmo e sua gang estão ativos.”

    E porque alguns acham que administrar o passado e punir criminosos seria “bulir em feridas”. Não sabem que feridas sem tratamento jamais cicatrizam.

     

  7. Vertigem

    A escrita do Urariano é daquelas que persegue fantasmas insones, mais vivos que os vivos, que nos fitam com os olhos de uma eternidade a que foram involuntariamente condenados. É desse outro lado do espelho que vem a vertigem. E que nos abre o precipício diante de nossas escassas vidas para contá-la.

    A sua bênção, mestre.

  8. Viva Soledad!!!!!

    E pensar que eu conhecia a história dela, mas não sabia das datas. Foi um amigo, Luiz Alberto Barreto Leite Sanz, que ao postar uma homenagem a Soledad no Facebook me inspirou a pesquisar e, então, eu fiz o post. Pedi o texto que ele usou, da Letra Livre, mas não consegui trazer pra cá.

    Abraços

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