Jornal GGN – Laura Carvalho, professora de economia da USP, diz que é possível atribuir a atual “irracionalidade da política econômica” a um cenário de dominânica política. Para ela, recurso às projeções de crescimento do FMI, publicado em nota por Tombini, desnuda o caráter político de uma decisão que poderia ter sido técnica. Laura diz que uma política econômica construída com base somente em apoios políticos não será bem-sucedida, já que pretende atender a objetivos diversos e relega para o seu segundo planoseu impacto sobre o crescimento econômico e o bem-estar da população. Leia mais abaixo:
Da Folha
Laura Carvalho
Alguns economistas atribuíram a não elevação da taxa Selic na mais recente reunião do Copom a um cenário de dominância fiscal, no qual os sucessivos deficit orçamentários do governo estariam forçando o Banco Central a manter a taxa de juros em um patamar abaixo da que controlaria a inflação, para impedir uma explosão da dívida pública.
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Quase a metade dos deputados são herdeiros de familiares cujo poder político, em alguns casos, remonta ao período colonial. A discussão ilustra um mecanismo muito antigo da política nacional e especialmente significativo na atual legislatura na Câmara. De teor fortemente conservador, ela é também a que possui maior porcentual de deputados com familiares políticos desde as eleições de 2002.
Coordenador do levantamento que analisou as três primeiras eleições deste século, o professor de ciência política da UnB Luis Felipe Miguel observa que em diversas áreas é comum que os filhos sigam a carreira dos pais. O problema no caso da política é que ela não deveria ser considerada uma profissão. “Na política, isso é mais sério, pois ela deveria ser uma atividade aberta a todos os cidadãos”, diz. Diferentemente de outras áreas, continua o professor, nem sempre há isso de os filhos se aproximarem pela familiaridade com as profissões dos pais. “Há, sim, estratégias das próprias famílias para manter os espaços de poder, com filhos ou parentes que são muitas vezes empurrados para ocupar essas posições, quem sabe até contra as próprias inclinações. Isso é sim ruim pra democracia.”
Para Miguel, as estratégias de manutenção dos clãs no poder acabam por torná-los uma espécie de empreendimento – uma vez que a política também é vista em muitos casos como forma de enriquecimento pessoal –, com projetos bem definidos para a ocupação até mesmo de espaços que credenciam para a disputa eleitoral.
Mais que isso, o sistema eleitoral e político é estruturado de tal forma que muitos partidos novos acabam se moldando ao modo de funcionamento das velhas oligarquias. “O perfil de representação parlamentar petista, por exemplo, mudou muito. As primeiras bancadas eram compostas em grande parte por lideranças vindas diretamente dos sindicatos. Depois, chegou o padrão de carreira eleitoral mais gradativa – com eleições sucessivas de um candidato a vereador, depois deputado estadual e federal. E já começam a surgir famílias políticas no PT.”
Na dominância política, a fragilidade das bases de sustentação do governo é tão exacerbada que a necessidade de costurar acordos traz o atendimento às pressões dos setores com alta representação para o centro da formulação da política econômica. A avaliação do seu impacto sobre o crescimento econômico, a inflação e o bem-estar da população fica relegado ao segundo plano.
A situação politica brasileira chegou num ponto que não interessa mais nem mesmo aos que se beneficiaram dela este tempo todo. A reforma politica que realmente permita representatividade popular esta se tornando cada vez mais premente. Não realiza-la é levar o barco de encontro aos rochedos.
O negócio é… Quem da o primeiro chute. O governo de plantão que conseguir realizar a façanha, entra pra historia.
é um dilema – .com ou sem a
é um dilema – .com ou sem a interferencia política.
pelo jeito conviveremos com isso para sempre….
talvez,, no fundo,seja melhor, porque com a hegemonia desses economistas
neoliberias tipo os financerizadores da banca, aí é que estaremos perdidos mesmo…