Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
[email protected]

Recessão e reformas, missão impossível, por André Araújo

Foto SGA Notícias

Recessão e reformas, missão impossível

por André Araújo

O pacote econômico como bandeira do governo de transição que se seguiu ao impeachment  apresenta duas plataformas: uma politica monetária recessiva  centrada na “meta de inflação” e um conjunto de reformas econômicas importantes. Apresentou-se como capa um ajuste fiscal retórico e inviável porque  a esmagadora maioria das despesas da União são inflexíveis e não tem como ser cortadas, tanto que invés de caírem em 2016 subiram muito mais que a meta prevista do déficit orçamentário. Portanto o ajuste é fictício em meio a recessão, enquanto por causa dela cai a arrecadação abrindo um déficit bem maior do que o anunciado de inicio, o que revela grave incapacidade de avaliação da equipe econômica mesmo no curto prazo.

Esse projeto foi um grande erro estratégico porque:

1. Um  governo de transição não tem normalmente capital politico para fazer reformas que, mesmo necessárias, tem o perfil de REFORMAS IMPOPULARES porque restringem direitos e benefícios  no tempo presente. Esse tipo de reformas são de difícil vendagem  em qualquer governo,  a PERCEPÇÃO que elas apresentam é de serem “ contra o povo” mesmo que tenham lógica econômico-financeira para o futuro. Não se discute aqui a necessidade das reformas mas sim sua viabilidade politica em governos transitórios. Reformas desse perfil são  factíveis apenas em regimes autoritários ou COM A ECONOMIA  EM CRESCIMENTO.  Fazer esse tipo de reforma em plena crise de desemprego é muito difícil politicamente em qualquer Pais, mesmo nos países ricos.

2. Um plano mais factível seria ENFRENTAR  A CRISE ECONÔMICA com estímulos monetários, jogar dinheiro na economia para diminuir o deseemprego, deixando as reformas para um novo governo eleito. Tal politica é inversa  ao  projeto recessionista que vem sendo praticado, que só aumenta a crise econômica e não tem chance de diminuir a recessão.

A atual politica econômica parte de um erro de diagnóstico, a de que a recessão vem do excesso de gastos públicos. EXCESSO DE GASTOS causa muitos problemas MAS não recessão.

Geralmente causa INFLAÇÃO e não recessão. A causa da recessão é a politica monetária contracionista que atrai capital especulativo, privilegia o rentista, valoriza o Real contra a indústria e contra a exportação, não é excesso de gastos, embora esses devam ser corrigidos.

O remédio foi o pior possível, o único objetivo é a META DE INFLAÇÃO, não há nenhum incentivo à economia produtiva, não há qualquer politica de rendas e emprego, a demanda seca por falta de renda e com isso a cada etapa aumenta a recessão. Combater a recessão através de baixa de inflação é aprofundar a recessão, combate-se inflação quando há excesso de dinheiro na economia e não quando falta dinheiro na economia.

É uma POLITICA errada baseada em um diagnostico equivocado e a prova é que não está dando certo, anuncia-se agora AUMENTO DE IMPOSTOS porque a recessão fez cair ainda mais a arrecadação, é um FRACASSO COMPLETO, como eu previ  aqui desde quando esse programa econômico foi apresentado, são mais de vinte artigos demonstrando o equivoco.

A politica econômica do Governo Dilma não pode ser usada como contraprova de que a atual politica está certa,  não serve como contraponto, no governo Dilma  não havia estratégia certa ou errada, apenas uma serie de improvisos. A grande FARSA é dizer que a atual politica é o contrário da anterior politica do governo Dilma.  NÃO É. Não existe no mundo das formulações de politica econômica apenas duas politicas, há infinitamente mais, não existe apenas o modelo Mantega e o modelo Meirelles, há muito mais opções  possíveis.

Uma politica econômica é um CONJUNTO DE VARIÁVEIS COMBINADAS, essas combinações são infinitas, não existem apenas duas. O fato do governo Dilma ter errado, e de fato errou, não significa que a atual politica está certa. Esta politica NÃO é um contraponto da politica do governo Dilma, É UMA OUTRA POLITICA ERRADA e dois erros não fazem um acerto.

O erro está na  escolha de pessoas identificadas com o sistema financeiro internacional no comando da economia, com um programa de especuladores e rentistas e sem nenhum compromisso com um projeto de Pais a partir dos objetivos do Estado nacional brasileiro.

Na esteira da liderança de representantes do sistema financeiro são empossados notórios privatistas como Pedro Parente para a Petrobras e Maria Silvia Marques para o BNDES,  ícones emblemáticos do neoliberalismo de cartilha e  que são ideologicamente contrários a projetos de desenvolvimento a partir do Estado, foi a eles dado o comando d empresase simbolos do CAPITALISMO DE ESTADO, exatamente  aquilo que eles condenam em suas teses de mestrado. Então nessas presidências o viés ideológico é para ENCOLHER essas empresas estatais, diminuir sua influencia e importância,  tirar-lhes o papel de motor do crescimento pois acreditam que só o mercado resolve, já que não podem vender a Petrobras e o BNDES vão encolher  sua presença na economia, que é o que está ocorrendo. Pergunta-se, qual a logica dessas nomeações? Serão  liquidantes de estatais? É para preparar a privatização?

 Como resultado a PETROBRAS está em um feirão de ativos e o BNDES, segundo queixas de lideranças empresariais,  está paralisado com R$ 100 bilhões em caixa, depois de ter devolvido outros R$100 bilhões ao Tesouro, tudo indicando um apequenamento de suas atividades.

Como  coro de confirmação dessa politica ultra neoliberal se alinha  um grupo compacto de “economistas do mercado  com acesso a mídia e ligados a consultorias e gestoras de fortunas,  em eterna  porta giratória,  estão hoje em departamentos de economia de bancos e amanhã em fundos de investimentos, depois em consultorias,  todos umbilicalmente conectados com o MUNDO RENTISTA,  com uma visão sem nuances de um economia madura e estática, POLITICA DEFLACIONISTA que atende ao interesse de seus clientes e patrocinadores.

Esse grupo tem seu Vaticano na escola de economia da PUC RIO e se espalharam para orgãos públicos e escolas como FGV-EPGE, Insper, Ibmec, IPEA, Casa das Garças, FAAP, bem como para bancos de investimentos e gestoras como XP, BTG, Gavea, Maua.

São todos iguais no gestual, na visão de mundo , no ideário politico, sem matizes de adaptação a cenários cambiantes e flexíveis, usam eternamente a mesma cartilha como se a economia fosse uma ciência matemática inatingível por tempos sociais e políticos.

Esse coro gregoriano endossa a politica recessionista de inflação zero e desemprego ao infinito, sua ligação com Wall Street é absoluta, abominam qualquer ideia de Pais com politica própria de desenvolvimento, seu sonho é um Pais inserido nas cadeias produtivas globais em papel secundario, sem tecnologia própria ou planos  de autonomia em qualquer setor. Rejeitam assim projetos de Pais dos grandes emergentes como China, India e Russia, que  mesmo conectados no sistema global retem considerável capacidade de manobra econômica e geopolítica que só é possível a países com projeto nacional de Estado.

Toda politica econômica é uma APOSTA no futuro, há apostas com viés de resultados e outras que claramente são apostas ideológicas, de crença no manual.

A aposta na reversão do processo recessivo através da expansão monetária oferece o RISCO de inflação, apenas  risco pois há grande probabilidade de não haver inflação dado o excesso de capacidade ociosa nos meios de produção e na mão de obra.

A aposto do aumento da recessão para combater a recessão, que é a politica de METAS DE INFLAÇÃO, não tem chance alguma de reverter a recessão, basta um simples exercício de logica elementar. Sem estimulo monetário não há poder de compra para justificar investimento, não se faz investimento se não tem para quem vender.

A atual politica pretende induzir investimentos sem que estes tenham justificativa de existir. Ninguem investe com uma economia parada, a demanda vem antes do investimento, isto explicado pela economia clássica, ortodoxa, pela escola austríaca ou keynesiana, não há divergências entre as grandes escolas, é a demanda que gera o investimento e não o contrario.

Pior ainda, uma crença absurda no INVESTIMENTO ESTRANGEIRO como guia do Pais, quando esse SEMPRE foi acessório e nunca principal. Nenhum Pais, nem a India ao tempo da colonização britânica, se constroe a partir do investimento estrangeiro. É o investimento NACIONAL a base politica e econômica do crescimento, o estrangeiro é marginal, não é o centro da economia, como faz crer o discurso torto do Governo hoje.

3.As REFORMAS que são parte do plano econômico afetam a vida da maioria da população e só podem ser legitimadas com um razoável consenso politico. Reformas feitas com  votos de ocasião viram colchas de retalhos pelo excesso de concessões a grupos e partidos. O ambiente politico conturbado não favorece a aprovação de reformas duradouras.

Ao fim as REFORMAS não são pensadas como parte de um projeto nacional mais amplo e sim como exigência do sistema financeiro  representado pela equipe econômica com o objetivo final de GARANTIR O PAGAMNTO DA DIVIDA PUBLICA, esse é o alvo das reformas, reduzir a despesa do governo central para  dar folga ao Tesouro visando  a segurança dos credores financeiros.

A ordem natural de um projeto politico e econômico é o inverso do plano do governo de transição. A logica seria em primeiro lugar fazer a economia andar por estímulos monetários para DEPOIS fazer as reformas em um ambiente  politico mais relaxado e mais amistoso.

Fazer reformas que  reduzem direitos e benefícios em ambiente de recessão é algo historicamente irracional porque pioram no curto prazo o que já estava péssimo.

O Presidente Temer é um homem experiente em sobrevivência na politica. Intriga-me saber quem foi o “ tutor” que indicou um medíocre como Meirelles, sem histórico de formulador  e um cabeção de planilha como Goldfajn para comandar uma politica econômica nesse ambiente extraordinariamente complexo da Historia do Brasil. Dois “beans conter”, contadores de feijão, expressão que significa pessoas pequenas, de visão pequena.

Todo ciclo de economia tem seu “inspirador”, aquele que dá o tom e a linha. Nos dois governos de Vargas o lendário Osvaldo Aranha, que sequer era economista,  inventou esquemas cambiais sofisticados que garantiram a solvência brasileira nos anos 30 e nos anos 50, no governo militar de 64 tres cerebros, Campos, Delfim e Simonsen, grandes formuladores, cultos, pensadores do ciclo histórico em que estavam inseridos, no governo Sarney Bresser Pereira inventou os “ bônus Brady” para renegociar a moratória, foi ele e não Nicholas Brady, que chupou a ideia e batizou os “bonds” que foram criação de Bresser e não dele.

Mas e a tutoragem do sistema financeiro? No governo Sarney quem dava o tom, o “tutor” era o Citibank, então maior banco dos EUA e o mais internacional entre os americanos, que presidiu todos os comités da divida externa com o imperial William Rhodes ditando as regras. No governo FHC o maestro era o Goldman Sachs, de onde Arminio puxou o notório Paulo Leme, economista chefe de mercados emergentes para ser Diretor do Banco Central.

Leme só não assumiu porque enquanto voava para o Brasil Luis Nassif o derrubou em sua coluna da FOLHA, mostrando uma palestra onde Leme praticava seu esporte preferido, falar muito mal do Brasil, a nomeação foi cancelada, provando que Arminio também erra.

No governo FHC o Goldman Sachs criou o “Global Bonds” para o Brasil, emissão de bônus de médio e longo prazo que reabriu o mercado para papeis federais brasileiros e com isso o Goldman passou a ser a “voz” do sistema financeiro internacional no Brasil, “tutor” e voz imperial a pairar sobre a politica econômica desse período Iramar-FHC.

Nos Governos do PT o Bradesco foi o banqueiro amigo do Rei para o bem ou para o mal, culminando com Joaquim Levy, alto executivo do Bradesco como Ministro da Fazenda, antes Luis Trabuco, o CEO do banco,  tinha sido convidado. A associação do Bradesco com o PT lhe valeu uma mega e absurda imputação no CARF, como punição.

No governo Temer claramente o banqueiro é o Itau, a quem estão ligados o Ministro da Fazenda, cujo banco de origem hoje faz parte do Itau e o presidente do BC, antigo economista chefe do Itau,  maior e mais lucrativo banco brasileiro,  um banco que se orgulha de ser o banco da elite brasileira, o banco PERSONALITÉ, hoje um banco de tamanho global em ativos e excepcional em lucros.

Saber quem indicou a equipe que comanda a economia  é um exercício de curiosidade. Nenhum deles tem as qualificações de liderança e carisma para puxar o Pais fora do abismo da recessão, o Ministro é um executor e nunca um formulador, o presidente do BC é um cabeça de planilha até a centésima casa decimal, fascinado pela Meta de Inflação como se isso fosse o total da economia, acima de tudo. E no entanto é um clássico da historia econômica do Brasil que o papel politico do Ministro líder da economia é FUNDAMENTAL, Delfim era muito mais que um economista quando comandava a economia, era um líder inconteste, Roberto Campos criou tantos instrumentos e mecanismos como FGTS, sistema financeiro da habitação, lei de alienação fiduciária, o Banco Central, antes tinha criado o BNDE, eram grandes operadores políticos com credibilidade interna e externa, produziram o maior crescimento de um Pais nesse período, entr todos os países do mundo.

A curiosidade é pertinente porque o plano RECESSÃO COM REFORMAS é contra o interesse não só do Pais, de sua população mas também é um plano ruim para o Presidente, que dificilmente atingirá uma saída da recessão e menos ainda um conjunto eficiente de reformas.

Reformas no papel podem ser feitas mas terão que ser refeitas em pouco tempo porque  desfiguradas pelo arranjo politico necessário para ter os votos de aprovação.

A politica recessiva por sua vez beneficia extraordinariamente os bancos nacionais  ao sustentar um REAL supervalorizado a custa de swaps cambiais que custam mais que o déficit no Orçamento Federal, a supervalorização do REAL  garante que os créditos do bancos convertidos em dólar sejam muito mais valiosos do que seriam com o REAL no seu cambio natural e ao mesmo tempo sustentam um extraordinário fluxo de capital especulativo intermediado pelos bancos que tomam dinheiro no exterior a 2% ao ano e aplicam no Brasil a 12% ao ano com a segurança de que o cambio lhes favorece na saída.

Estrangeiro que vem aqui para tirar proveito dos juros altos, varias vezes mais altos em números reais do que o que obteriam nos EUA ou Europa, são  piratas de nossa economia.

A TOTALIDADE da politica econômica do Governo se destina a garantir esses dois grupos, o SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL e o GRUPO DE CAPITAL ESPECULATIVO, ambos precisam de inflação abaixo da meta e de um REAL VALORIZADO para garantir o retorno do capital.

Uma POLITICA DESASTROSA par a economia produtiva e para os empregos é implantada a ferro e fogo contra o interesse nacional, embalada numa lenda de que “há sinais de melhora na economia” posta em circulação nos noticiarios por comentaristas que são ou ignorantes ou a serviço  dos grupos que se beneficiam dessa politica, nos noticiários das grandes redes e nos colunistas de jornal NÃO HÁ A MINIMA CONTESTAÇÃO à aberração dessa politica economia, qualquer cirtica a resposta é imediata? “Então você quer de volta  o tempo da Dilma”.

Nada tem a ver, a atual politica NÃO É CONTRAPONTO À MÁ POLITICA  anterior, é apenas uma OUTRA POLITICA RUIM e pior ainda, não é por incompetência e sim por intenção.

 

 

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

35 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. a realidade é

    Prezado AA, injetar dinheiro via QE ou jogar de helicóptero com este empresariado é temeridade, nem um centavo para investimentos e produção, mas sim aplicado nos títulos do governo.

    O QE na velha Europa não teve sorte muito melhor.

  2. É como se o Brasil, sendo um

    É como se o Brasil, sendo um paciente que estivesse com hemorragia interna, tivesse sendo tratado por uma junta médica que acredita no uso da sangria – feita com sanguessugas. E a midia, como mostrou o Nassif num blog, devidamente recompensada pelo apoio ao governo, ainda fala que esse o tratamento mais sofisticado possível. 

    Sobre o Temer, ele pode até achar que está levando o país ao precipício – mas, André, o  poder que o colocou lá já deixou claro que ele terá todo o salvo conduto que precisar pra se livrar de qualquer problema desde que ele acabe com a CLT e com a previdência, faça que o andar de baixo quase não tenha direito a nenhuma ajuda do estado, mas que o andar de cima não perca um centavo dos privilégios que possui. E se o avião cair de vez, Meirelles, Ijan, Temer e gangue, todos têm grana pra sair do país e dar uma boa vida até a sua décima terceira geração. 

    1.  
      Eu usei essa figura, pegar

       

      Eu usei essa figura, pegar sangue de um paciente de hospital para pagar a conta do hospital, quando o Nassif defendeu a recriação da CPMF para aumentar a arrecadação no governo Dilma.

  3. O must do INET desta semana x Teco-RicardoAmorim-CBN-FariaLima

    https://www.ineteconomics.org/perspectives/blog/the-paradoxes-of-fiscal-austerity-in-brazil

    O artigo de maior destaque desta semana no Institute for New Economic Thinking é um bem imputando coup-de-poing nas tagarelices diárias a que somos midiaticamente sobmetidos sobre a defesa intransigente da austeridade fiscal e da meta de inflação (só ela) como objetivos centrais de política econômica (e dane-se o desenvolvimento, pois “causa inflação”).

    O fato de ter sido escrito por dois JOVENS ECONOMISTAS brasileiros (um da IE-UFRJ e outro de Cambridge) dá um alento, na medida em que, enfim, os jovens economistas PENSANTE saíram de suas as baias e começaram a fazer contraponto ao badalados  e badaladas dos bancos de investimentos e das assets houses. Trata-se de um resumo-síntese, sem dó nem piedade, desde o Plano Levy até a Plano Insper-Goldfajn-Temer, das consequências nefastas do fábula do “resgatando a confiança do mercado, voltamos a crescer”. E, é claro, uma síntese de tudo o que já foi postado antecipadamente aqui no blog.

     

     

     

    1. Meu caro, fui aqui no blog o

      Meu caro, fui aqui no blog o primeiro que trouxe o INET  como fonte de uma nova sião da economia e ficou animado em saber que o Instituto tem outros seguidores no blog. Espero que aqui surjam mais artigos sobre o grupo de 700 economistas filiados ao INET, como Krugman, Stiglirz e Sehn. Nossos  ” !economistas de mercado” estão defasados vinte anos, o manual deles é do começo dos anos 90 e nunca mais se atualizaram.

  4. Comentar  últimos parágrafos

    Comentar  últimos parágrafos é uma indelicadeza com o autor. Inevitável agora, pois estava eu nessa parte final do texto quando ao fundo a Globonews atormentava –  Perdão aos correligionários puristas e moralmente equilibrados – fazendo exatamente isso que o autor citou. Na tentativa de justificar os 10% de aprovação  de Temer, o cidadão com microfone lembrava que Dilma no pior momento tinha 7% ( como se fosse verdade inquestionável  naquele momento de massacre midiático em potência máxima ) , lembrando que o próprio Temer afirmava que com esses índices de aprovação seria inviável a governabilidade, mas que agora – atentem para a piada pronta – mas que agora, a situação era diferente e o país está muito melhor e com sinais de melhora da economia – mais ou menos nesses termos. Ponto. Enfim. Não há salvação para isso. É uma total simbiose. Assim como a simbiose dos governos com as diversas facções de conhecimento dentro do Estado. 

  5. As últimas palavras do texto

    As últimas palavras do texto dizem tudo: não é por incompetência e sim por intenção. A verdade, mil vezes repetida, é que os donos do capital financeiro e empresários abutres são perversos e cruéis, sugam como vampiros a riqueza do país. O Estado brasileiro foi sequestrado. 

  6.  André Araújo, vez ou outra

     André Araújo, vez ou outra vem com seus textos wall a criticar a política economica.

    Ele parte do pressuposto errado de que a crise economica brasileira veio de fatores economicos, de um pacote desastroso imposto ao brasil pela recem-reeleita Dilma Roussef.

    Na verdade a crise economica brasileira veio da total quebra de credibilidade do país com seus governantes.

    Ela inclusive se escondeu, logo após as eleições para conversar com a nação e explicar o que aconteceu e o que teria de ser feito.

    Ela achou que bastaria alguns meses de ajuste fiscal e só retornaria a falar com a nação quando a situação já começasse a dar sinais de melhoras.

    Tivemos quase 9 meses de ausencia total de governo vendo o Brasil se dirigindo e caindo no precipício e a presidente acuada pelo medo, completamente ausente.

    Ela só quebrou o silencio para se defender do processo de impeachment que foi o que restou ao país sem o qual a situação do país estaria, hoje, muitíssimo pior.

    O divorcio total entre o povo e seus goernantes empurrou o Brasil para a crise, essa é a verdade.

    Eu falei e repeti, nem mesmo se a Dilma fizesse as coisas certas daria certo.

    A crise que o Brasil experimenta vem de um arco curto, a quebra da confiança e ajuste fiscal feito de forma equivocada, com um arco longo, que foi o de o governo petista, nos tempos de bonança, não ter feito nenhuma reforma, seja trabalhista, política, tributária, equalização das dívidas dos estados, previdenciária, etc, e que se juntaram numa onde que varreu o Brasil como um tsunami.

    O que ele critica a atual equipe economica ele o faz de forma equivocada. Não tem outro caminho possível senão o governo recuperar a credibilidade.

    E sim, o governo transitório deve sim fazer as reformas mesmo que as custas da sua popularidade, porque o Brasil não está preparado para um candidato que, na campanha eleitoral, fale que a coisa está ruim e que precisaremos fazer sacrifícios.

    Cabe ao governo atual fazer as maldades.

    O Brasil já provou que não tem a capacidade de prever o futuro e agir para evitar o desastre. A soberba, hoje, é o nosso principal pecado. O brasileiro “se acha o tal”.

    Enquanto não se tocar que ele é uma porcaria, e que precisa estudar, trabalhar e principalmente, mudar a sua mentalidade, reconhecer as suas fraquezas e trabalhar para superá-las vamos continuar a ser um país de terceira, ou quarta categoria.

    Não há outra saída que essa. Recobrar a credibilidade e fazer as reformas impopulares.

    E fica para o próximo presidente colocar o carvão na fornalha e fazer o Brasil voltar a andar.

    1. A maior cirtica a politica

      A maior cirtica a politica economica atual é a TRAJETORIA DA REALIDADE, desmentindo a campanha “há sinais de melhora na economia” propagada pela GLOBONEWS e pela JOVEM PAN. Escrevi mais de 20 artigos desde o primeiro dia da gestão Meirelles prevendo que essa politica iria aprofundar a recessão porque o modelo só pode piorar o que já esta ruim.

      1. Sim, eles falam que vem

        Sim, eles falam que vem aumentando a confiança dos mercados e isso trará dinheiro ao país. Um país deste tamanho que fica dependendo totalmente de investimento estrangeiro é o caminho da tragédia. 

        Aliás, como a globonews falou que a confiança está em alta, eu fui à padaria comprar um pão usando confiança, mas o insensível do padeiro diz que o que ele aceita é real rss 

        Ontem, sem querer, ouvi o jênyo Teco, do hora de expediebte, cbn, e ele disse que a tragédia econômica atual (aumentou quase 1 ponto porcentual o desemprego ) é totalmente culpa do governo Dilma, que o governo Temer não tem culpa ainda. Das duas uma = ou ele é um economista de terceira categoria ou é mau-caráter. Talvez uma mistura das duas (rs). E eu diria que o Meirelles é o Tico. Tamos fudido rsss 

         

        1. O Governo Dilma cometeu erros

          O Governo Dilma cometeu erros evidentes MAS um novo governo de dois anos e meio TEM TEMPO suficiente para MUITO MAIS RAPIDAMENTE reverter a trilha errada da economia. Na historia economica brasileira há muitoas situações de heranças ruins revertidas em pouco tempo e em situações MUITO PIORES do que as legadas pelo governo Dilma, que deixou quase 400 bilhões de dolares de reserva internacional., Quando Roberto Campos e Bulhões herdaram o comando da economia que vinham dos governos Janio e Jango a crise economica era muito maior, em UM ANO estava revertida e SEM RESERVAS EM DOLARES, enorme deficit orçamentario, muito maior que o atual em percentagem.

          Os “economistas de mercado” dizem que a herança do Governo Dilma só se resolverá em DEZ ANOS. É uma aberração

          completa de analise. Um bom MINISTRO rsolve em dois anos no maximo, Schahct na Alemanha em 1933 pegou um desemprego de 40% e o eliminou em dois anos e a Alemanha NÃO TINHA NENHUMA RESERVA  EM MOEDA ESTRANGEIRA, mas com essa politica de METAS DE INFLAÇÃO a recessão não se resolve nem em 50 anos.

          A herança da Era Dilma é muito menor do que alardeiam, dá para resolver em pouquissimo tempo COM GENTE COMPETENTE e não com esses mediocres que discutem o,oo2% na meta de inflação como se isso fosse a economia.

          1. A dimensão do desastre do

            A dimensão do desastre do golpe. Por Gustavo Castañon*

            POR FERNANDO BRITO • 01/04/2017

             

            FHC pegou o Brasil com uma dívida pública de 34% do PIB. Doou metade do patrimônio público sob a alcunha de “privatização”. Duplicou a dívida externa. Quebrou o país três vezes, precisando recorrer ao FMI. Entregou o país a Lula sem reservas e devendo 76% do PIB. Já a dívida líquida, que leva em conta os créditos (e não só os débitos) do governo e ele recebeu em 29,5%, deixou em 60,4% do PIB.

            A imprensa diz que ele modernizou a economia.

            O PT pegou o Brasil com a dívida pública em 76% do PIB, recapitalizou a Petrobrás a transformando na segunda maior petrolífera do mundo, não privatizou nada, “pagou” a dívida externa (sim, transformando-a em interna), e entregou, no último ano do primeiro mandato de Dilma, a dívida pública em 63% do PIB. Já o resultado mais importante sobre o endividamento do país, a dívida líquida, diminuiu a 34,9% do PIB.

            A imprensa diz que a gastança do PT quebrou o país.

            O déficit público de 2014 que motivou o desastre Levy e os jornais falando de “quebra” do país foi de somente 17 bilhões. Diminuir 0,5% os juros teria resolvido. O déficit dos golpistas só em fevereiro de 2017 foi de 26 bilhões.

            A imprensa diz que Temer está consertando a economia.

            Mesmo que você considere o último ano de mandato de Dilma, ainda assim o PT teria entregue a economia menos endividada do que recebeu do deus criado pela imprensa nacional, FHC. No final de 2015 a dívida estava em 73%.

            Só que 2015 foi o ano de Cunha e Aécio vandalizando o país, em que o único ato de governo de Dilma foi nomear Levy para executar o programa que a oposição defendeu e a imprensa e a banca exigiam. Ela não governou e teve que enfrentar um congresso golpista criando despesas e proibindo aumentar receitas, destruindo as expectativas da economia de um lado enquanto a Lava-jato, de outro, só neste ano, afundava sozinha 2,5% do PIB.

            Depois de um ano de governo temer fazendo tudo o que a mídia e a banca mandam, a dívida já passou, mesmo com a repatriação, os 76% de FHC (alcançados no final de 2016) e atingirá 81% este ano, no mínimo.

            Temer é o maior desastre da história do Brasil, exatamente porque sua escola econômica é a Globo News.

            Ninguém pode negar que esse desastre, no nível em que foi, começou em 2015 com o receituário suicida de austeridade combinado com os maiores juros do mundo de Levy, as pautas bombas do Congresso e a destruição da indústria nacional causada pela Lava Jato.

            Só completos ignorantes podem achar que foi a “roubalheira” em obras que quebrou o país, com um governo que não investe nem 4% do PIB.

            A única roubalheira que quebra esse país há vinte e dois anos são as taxas de juros mais altas do mundo.

            *Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora.

          2.  
            Quando você diz que FHC

             

            Quando você diz que FHC “quebrou” o país 3 vezes, esse quebrou é A.D. ou D.D?

            Isso porque A.D. ou antes de Dilma, quebrar o país significa falta de dólares para fechar as contas externas. Embora problemática, o país continuava a crescer, as contas internas estavam em ordem, a arrecadação com impostos eram suficientes para pagar as contas e ainda sobravam um superávit primário. As pessoas tinham esperança de um futuro melhor.

            Já o quebrar D.D. ou Depois de |Dilma significa, hoje, acabar com as contas públicas, déficit primário gigantesco,queda de arrecadação com impostos, depressão economica, queda do PIB, empresas estatais quebradas, empresas privadas quebradas, pessoas físicas quebradas, desemprego e a desesperança de um futurocada vez mais sombrio.

             

          3. Os Homodoxos

            Os homodoxos possuem uma cosmologia própria.

            Eles vivem uma outra realidade. Completamente desprovida de lógica.

          4. O Governo da ex Presidenta
            O Governo da ex Presidenta Dilma,especialmente o segundo,era tão ruim,mas tão ruim,que nem você dava jeito se tivesse substituído,com seu magnífico conhecimento, o Angorá na pasta da Aviação Civil.

  7. Caríssimo André

    Vou pedir um esclarecimento. Teno em vista teu texto:”Como resultado a PETROBRAS está em um feirão de ativos e o BNDES, segundo queixas de lideranças empresariais,  está paralisado com R$ 100 bilhões em caixa, depois de ter devolvido outros R$100 bilhões ao Tesouro, tudo indicando um apequenamento de suas atividades.” e como canso de ler que o empresariado fica mamando nas tetas do governo, que prefere aplicar em títulos, e por aí vai, fica a pergunta: que lideranças são essas?

  8. AA a verdade é q falam qq
    AA a verdade é q falam qq coisa tipo essa balela de “meta da inflação”para o povo aceitar,como o povo não entende nada,se conforma,são tremendamente mal intencionados e manipuladores,pq vc acha toda esta mudança na educação e na partilha do pré sal ?Para manter-nos na “prisão!”

  9. Já faz 41 anos desde que

    Já faz 41 anos desde que comecei a ler, que vejo governo incentivar os “empresários”. 

    Por que acorre uma crise?

    Preço. Sem preço não a consumo nem demanda.

    Se você não sabe o preço de vender ou comprar, você não faz a compra e a venda. E o dinheiro não anda. 

    E que poupança, nada?

     

     

     

    1. Já repararam que desde que
      Já repararam que desde que assumir a referência do Blog,todo mundo quer que eu veja.No que diz respeito a André Araújo,fechei um olho para os comentários dele,desde que afirmou peremptoriamente,que a Lavanderia do HSBC eram legais,por quê tinham passado pelo crivo do Banco Central.Fechei o outro olho,depois que ele fez um artigo antológico e sui generis sobre o acidente que vitimou o Ministro Teori,baseado exclusivamente numa viagem que fez no King Air do sogrão.Cobrei-lhe explicações,jogou a bomba para a editoria do Blog.Os artigos dele que versam sobre assuntos além mares,leio a manchete e toco a rir.Eu e a alma de Newton Carlos.Agora me aparece “Rommullus”,solicitando que tomara que eu veja.Das coisas delle,impregnadas de boçalidade,me limitava ver as figuras.Depois da parceria empreendida com AA,nem isso.A fama caiu em meu colo e eu nem precisei mudar meu pseudônimo para Roberval Taylor.

  10. https://www.bloomberg.com/new

    https://www.bloomberg.com/news/articles/2016-09-28/pemex-to-announce-debt-restructuring-plan-cfo-newman-says

    A MIDIA ECONOMICA vem repetindo continuamente que a divida da PETROBRAS, de US$96 bilhões, e a maior divida de uma petroleira no mundo, para justificar a venda de ativos. É FALSO. Não é a maior divida de uma petroleira. A mexicana PEMEX deve muito mais, quase o dobro e continua captando com facilidade no mercado financeiro, assim como a PRTROBRAS,

    vide noticia acima da Bloomber, com o totl de dividas da PEMEX e de suas novas captações.

    A PEMEX deve US$189 bilhões, quase o dobro da PETROBRAS e produz menos petroleo do que a PETROBRAS.

     Grandes petroleiras estatais NÃO divulgam balanço, como a NIOC-National Iranian Oil Co., a IRAQ National Petroleum Co., a SAUDI ARAMCO Oil Co., a KUWAIT Oil Co.., PORTANTO NÃO SE SABE SE DEVEM MAIS OU MENOS QUE A PETROBRAS.

    1. Valor nominal da divida

      O valor nominal da divida pouco importa quando se esta sentado sobre uma reserva comprovada de 30 trilhões de dolares em petróleo.

      Vale a pena relembrar Ildo Sauer em entrevista com Fernado Moraes dizendo que qualquer banco no mundo teria interesse em fianciar a petrobras dado o tamanho de suas garantias

       

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=u9PaO8TgngY align:left]

       

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=DOiaJarrOVU align:left]

    2. Valor nominal da divida

      O valor nominal da divida pouco importa quando se esta sentado sobre uma reserva comprovada de 30 trilhões de dolares em petróleo.

      Vale a pena relembrar Ildo Sauer em entrevista com Fernado Moraes dizendo que qualquer banco no mundo teria interesse em fianciar a petrobras dado o tamanho de suas garantias

       

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=u9PaO8TgngY align:left]

       

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=DOiaJarrOVU align:left]

  11. Eu tinha o colobarador
    Eu tinha o colobarador Romulus como interessante,apesar desse nome meio boçalizado.Mas essa canelada nesses comentários de AA,obriga-me a abrir mão do interessante.Alias,tenho a certeza absoluta que se a direção da LAMIA optasse pelos conhecimentos de Araújo sobre aviação civil,duvido que aquele avião tivesse caído,tal a precisão cirúrgica dos seus comentários.

  12. Seria interessante fazer uma

    Seria interessante fazer uma avaliação do desempenho do cavalheiro abaixo tambem:

    Pablo Emilio Escobar Gaviria

    Se precisar de ajuda, apostamos que vocês sabem prá quem solicitar. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  13. desculpe-me se for repitido

    O que achas do texto abaixo:

    Cena 1 – Brasil: classes e castas
    Nesta quinta-feira passada o presidente Temer recebeu em audiência no Palácio do Planalto uma parte ponderável da elite empresarial industrial do país. A agenda única dos empresários era o BNDES. Pressionaram para obter: i) a demissão imediata da presidente do banco, a economista Maria Silvia Bastos Marques; ii) a manutenção da TJLP (taxa de juros de longo prazo) subsidiada, da ordem de 4% ao ano (a taxa Selic, que regula os juros de mercado, é da ordem de 10 a 11% ao ano); iii) a retomada imediata da liberação de créditos para investimento empresarial, cuja liberação estaria sendo dificultada pela presidente do banco; iv) a não alteração da TJLP.
    Pois bem. No dia seguinte (ontem), Temer ligou para Maria Silvia e a fortaleceu na presidência do BNDES. Nesse mesmo dia, Maria Silvia deu entrevista à imprensa e anunciou: i) a TJLP subsidiada deixa de existir; ii) em seu lugar, passam a vigorar contratos de empréstimo com juros subsidiados de longo prazo para micro, pequenos e médios empresários (significa o fim da concentração das liberações em benefício de grandes empresários); iii) doravante os empréstimos do BNDES somente serão liberados se o contratante assinar um termo de “compliance” (compromisso de legalidade dos atos ou dos negócios) e com taxa de juros de longo prazo, quase igual à taxa Selic.
    Eis, portanto, as “razões” da animosidade da casta cartorial-estamental-empresarial com a presidente do banco.
    Esse registro, de especial relevância, é, também, um louvor ao economista Edmar Bacha, um dos autores do Plano Real. Foi ele o primeiro analista a criticar o fato de que o BNDES operava os financiamentos empresariais promovendo redistribuição de renda às avessas, dos trabalhadores para os grandes empresários. Como? Uma das fontes de provisão financeira do BNDES é o Fundo de Assistência ao Trabalhador (FAT). O banco remunerava o FAT com uma taxa de mais ou menos 4% ao ano, isto é, abaixo da Caderneta de Poupança. Edmar Bacha fez essa crítica há aproximadamente 8 anos. Obviamente, não foi ouvido. A segunda fonte de provisão dos recursos do BNDES é o Tesouro. o governo captava os recursos no mercado pela taxa Selic (acima de 10% ao ano) e repassava ao BNDES pela TJLP, abaixo da Caderneta de Poupança. Esse segundo subsídio aos empresários era pago pelo governo, em detrimento de destinações sociais e outras. Esses mecanismos foram utilizados à exaustão e conduzidos ao paroxismo nos governos Lula e principalmente nos governos Dilma. Em quatro anos, Dilma transferiu R$ 500 bilhões ao BNDES.
    Maria Silvia informou que se não fosse assim a inflação já teria caído há mais tempo; com a queda da inflação teríamos a queda da taxa de juros; com essa combinatória, mais investimentos e pelo menos mais 3,5 milhões de empregos poderiam ter sido gerados.
    No entanto, as esquerdas brasileiras que pretendem exercer o monopólio da titularidade do que sejam as esquerdas nesse país, assim como o movimento sindical, jamais se manifestaram sobre esse assunto. Muito menos demonstraram indignação. Está em tempo, ainda que um tanto tarde!

    João Batista dos Mares Guia

    1. Essa analise está, no meu

      Essa analise está, no meu ponto de vista, COMPLETAMENTE ERRADA. Hoje não há tomadores para emprestimos do BNDES com qualquer taxa de juro, nem de graça, tanto que o banco tem R$100 bilhões em caixa e depois do inicio da gestão Maria Silvia o desembolso foi  baixissimo, não chegou a R$10 bilhões e por conta de contratos anteriores a sua gestão.

      A inflação como desculpa de qualquer variavel da politica economica deve ser eliminada, ela serve de base ficcional de muitas decisões burras de economistas de manual,. A inflação cair a mais tempo e os juros não cairem, É FICÇÃO. A inflação ja caiu de 10% ao ano para menos de 4% e os JUROS NÃO CAIRAM no sistema bancario. VIVEM DE LENDAS E MITOS. Os bancos NÃO ESTÃO REDUZINDO JUROS PORQUE CAIU A SELIC E NÃO VÃO REDUZIR, VÃO AUMENTAR. A economista Monica de Bolle, essa é economista DE VERDADE e não empinadora de curriculo, comprovou que os juros REAIS da economia estão SUBINDO nos ultimos 6 meses, só caem no Beletim Focus. Maria Silvia é ícone das “economistas de mercado” que rezam pela cartilha ortodoxa, com esse tipo de liderança o Brasil não da recessão nem em cem anos.

      1. Andre Araujo corretissimo de novo

        A taxa de juros reais vem subindo no periodo de maior recessão porque a inflaçao cai numa velocidade muito maior do que a taxa de juros e a inflação cai porque o governo corta todos os investimentos e esteriliza R$100bi do BNDES e outros R$100 antecipando divida da Petrobras alem do mais quando acaba com o conteudo nacional o governo aumenta o desemprego na cadeia de oleo e gas e o empresario deixa de investir porque nao tem mais a garantia de participaçao no mercado futuro. 

        Antes mesmo da crise ja era muito dificil obter emprestimos do BNDES devido as garantias reais que o banco exigia e cadeias como a produção de software por exemplo onde a garantia esta no conhecimento apenas ficavam excluidas da possibilidade de financiamento. Quando o governo retira a TJLP  está praticamente liquidando a possibilidade de investimentos de longo prazo e o transformando o mecanismo de financiamento em banco privado operando sob taxas de juros que não consegue ou nao quer controlar para induzir desenvolvimento.

        Jamais ouvi  tamanha estupidez quanto a fada magica da confiança que este governo quer fazer valer a ferro e fogo, muito menos experiencia de sucesso no mundo de crescimento exclusivamente com poupança externa, cambio desfavoravel, taxas de juros escorchantes e expectativas de mercado massacrada por vinte anos com impedimento explícito na constituição de qualquer política contra cíclica. Dado que a PEC 55 proíbe o governo de investir no proximo ano mais do que a inflação do ano anterior se não adotar em 2017 qualquer política anti-ciclica ficará impedido de fazê-lo a partir de 2018 e como o montante dos juros da divida ja ultrapassam R$500 bi o risco aumenta e os juros tambem. Como a constituição brasileira foi estuprada nas garantias sociais retira-se do mercado a proteção social, aposentadoria, pensões, fundo de garantia etc e consequentemente poder de compra da população.

        Trocando em miudos: Como alguem pode querer investir na produção sem mercado, sem controle sobre os juros, sem mecanismos de financiamento e com a certeza que em 20 anos a mao de obra sem acesso a educação sera infinitamente menos produtiva do que hoje? 

        1. JUROS: TAXA DE PARIDADE E GASTO COM A DÍVIDA PÚBLICA

          Existe um documento da Fiesp, de autoria de José Ricardo Roriz Coelho publicado em janeiro de 2017 que detalha a trajetoria dos juros reais e pagamento da divida publica indicando que os juros reais no Brasil estão na media dos ultimos 20 anos 4,3 pontos percentuais acima da taxa tecnicamente aceitavel o que ocasionou no periodo um pagamento em excesso de juros de R$2,9 trilhões ou R$156 bilhões ao ano e representa 3% do PIB por ano.

          Isso confirma a analise de que é uma falácia essa historia que os juros vao baixar conforme as metas de inflação forem atingidas

          http://www.poder360.com.br/wp-content/uploads/2017/02/estudo_FIESP.pdf

           

        2. Vou logo lhe avisando
          Vou logo lhe avisando companheiro Palhano.Se está nos seus planos abrir uma empresa baseado nos argumentos sem pé nem cabeça de AA,você está fumado.Se fores abrir em além mares,corre serisseríssimos riscos de seres extraditado
          O episódio da lavanderia do HSBC está aí para você pensar,no mínimo,4 vezes.

      2. Eu fiquei intrigado com o parágrafo abaixo

        Esse registro, de especial relevância, é, também, um louvor ao economista Edmar Bacha, um dos autores do Plano Real. Foi ele o primeiro analista a criticar o fato de que o BNDES operava os financiamentos empresariais promovendo redistribuição de renda às avessas, dos trabalhadores para os grandes empresários. Como? Uma das fontes de provisão financeira do BNDES é o Fundo de Assistência ao Trabalhador (FAT). O banco remunerava o FAT com uma taxa de mais ou menos 4% ao ano, isto é, abaixo da Caderneta de Poupança. Edmar Bacha fez essa crítica há aproximadamente 8 anos. Obviamente, não foi ouvido. A segunda fonte de provisão dos recursos do BNDES é o Tesouro. o governo captava os recursos no mercado pela taxa Selic (acima de 10% ao ano) e repassava ao BNDES pela TJLP, abaixo da Caderneta de Poupança. Esse segundo subsídio aos empresários era pago pelo governo, em detrimento de destinações sociais e outras. Esses mecanismos foram utilizados à exaustão e conduzidos ao paroxismo nos governos Lula e principalmente nos governos Dilma. Em quatro anos, Dilma transferiu R$ 500 bilhões ao BNDES.

  14. A Rússia pode aprender com o

    A Rússia pode aprender com o destino do Brasil?

    Paul Craig Roberts e Michael Hudson

    paulcraigroberts.org

    28 de setembro de 2016

    William Engdahl explicou recentemente como Washington utilizou a corrupta elite brasileira, que responde a Washington, para remover a Dilma Rousseff, presidente do Brasil, devidamente eleita, por representar o povo brasileiro em vez dos interesses de Washington. Incapazes de ver através da propaganda de acusações não comprovadas, os brasileiros consentiram na remoção de sua protetora, proporcionando assim ao mundo outro exemplo da impotência da democracia. http://www.informationclearinghouse.info/article45561.htm

    Todos deveriam ler o artigo de Engdahl. Ele relata que parte do ataque a Rousseff decorreu dos problemas econômicos brasileiros deliberadamente criados pelas agências de classificação de risco dos EUA, como parte do ataque de Washington à dívida brasileira de baixa qualidade, o que provocou um ataque à moeda brasileira.

    A abertura financeira do Brasil fez do país um alvo fácil de atacar. Poder-se-ia esperar que Vladimir Putin tomasse nota dos custos da “abertura econômica”. Putin é um líder da Rússia cuidadoso e pensativo, mas não é economista. Ele tem confiança na neoliberal Elvira Nabiulina, a escolha de Washington para chefiar o banco central russo. Nabiulina não está familiarizada com a Teoria Monetária Moderna, e seu compromisso com a “abertura econômica” deixa a economia russa tão exposta quanto estava a economia do Brasil para a desestabilização de Washington. Nabiulina acredita que um assalto ao rublo seria devido a impessoais “forças do mercado global”, e não à influência financeira de Washington.

    Nabiulina, uma neoliberal adoutrinada e propagandizada, é essencialmente uma serva de Washington, não que ela esteja ciente de seu papel como “idiota útil.” Ela se deleita com os aplausos que recebe do Consenso de Washington por deixar a economia russa aberta à manipulação americana. Sendo uma neoliberal, ela não entende que o Banco Central da Rússia pode criar a custo zero o dinheiro com o qual financiar projetos produtivos na Rússia. Em vez disso, ela acha que o dinheiro proveniente do Banco Central que entra na economia é inflacionário, mas o dinheiro que entra na economia vindo de fontes estrangeiras não é.

    O dinheiro é dinheiro, independentemente de ser disponibilizado pelo Banco Central ou por credores estrangeiros. Enquanto o dinheiro, qualquer que seja a sua fonte, for usado de forma produtiva, ele não será inflacionário.

    Existe uma enorme diferença entre o dinheiro criado pelo Banco Central e o dinheiro criado pelos credores estrangeiros. O dinheiro emprestado por bancos estrangeiros na forma ou de dólares americanos ou de euros deve ser reembolsado com juros na moeda estrangeira em que o dinheiro foi emprestado. E o dinheiro criado pelo Banco Central para financiar projetos de infra-estrutura pública não precisa ser reembolsado, muito menos com juros e câmbio gerado pelas exportações.

    Os fundos adquiridos com empréstimos no exterior trazem muitos riscos. O dinheiro pode ser puxado para fora, desmoronando um rublo que esteja sendo livremente negociado. Os juros que devem ser pagos são um dreno nas reservas em moeda estrangeira da Rússia. O endividamento externo também traz um risco cambial, que se eleva com sanções econômicas. Se o rublo cair em valor ou for derrubado com um ataque orquestrado, o custo do rublo do empréstimo externo pode aumentar drasticamente.

    Nenhum destes riscos e custos estão presentes quando o Banco Central é a fonte do dinheiro. O uso adequado do Banco Central russo poderia criar o dinheiro com o qual fossem financiados projetos públicos, e servir como emprestador de último recurso para empresas russas privadas incapazes de obter financiamento de bancos russos. Este uso do Banco Central isola a economia russa de uma desestabilização orquestrada.

    É lamentável para a Rússia que Nabiulina e o primeiro-ministro Dmitry Medvedev acreditem que a dívida russa financiada por estrangeiros hostis seja preferível ao dinheiro criado pelo próprio Banco Central da Rússia. Glazyev, sozinho entre os conselheiros de Putin, entende isso. Mas suspeitamos que os russos partidários do integracionismo do Atlântico tenham colocado um alvo nas costas de Glazyev, já que esperam integrar a Rússia com o Ocidente, independentemente dos custos para a Rússia. Estes russos “adeptos da América” são o maior problema da Rússia.

    Para Washington, a austeridade neoliberal é uma doutrina que deve ser exportada apenas para países os quais Washington pretende transformar em suas colônias financeiras dependentes. Ao acomodar o objetivo de Washington, Nabiulina está se envolvendo em uma charada. Os dólares e os euros emprestados do exterior não são o dinheiro que vai para os tomadores russos. O empréstimo de moeda estrangeira é detido pelo Banco Central. Nabiulina então cria os rublos correspondentes que financiam os projetos. Não há nenhum ponto de amarração qualquer para empréstimos de moedas estrangeiras como apoio obrigatório para rublos criados no país. Independentemente de a Rússia tomar emprestado ao exterior, o Banco Central poderá criar os rublos com os quais financiar os projetos. Portanto, não há nenhum ponto para o empréstimo estrangeiro.

    Um governo russo que não puder entender isso estará sujeito a profundos problemas.

  15. Perfeita a análise

    Concordo plenamente com o André. O PMDB de longe é simpático aos rentistas. 

    Mas temos que considerar que o quadro economico foi deformado por erros de estratégias.  Como citaram o Brasil foi um dos países que mais cresceu de 50 a 80 porque apostou na estratégia positiva: siderurgia com Vargas, industria automobilistica com Juscelino, infra estrutura com os militares, e por ai vínhamos. O governo Sarnei foi rentista e recessivo, e pior, irresponsavelmente inflacionário. FHC ficou bailando com a derrubada da inflação e a reordenação social sem foco de desenvolvimento.

    Lula assumiu com a casa arrumada e com um bom ministério começou um governo expansionista no comércio com muito sucesso, o que impulsionou fortemente o crescimento. Mas com a bola cheia demais se deu mal na escolha do Pré Sal como estratégia principal. Baseava-se num petróleo de US 90/barril e hoje está abaixo de US 40/barril e caindo. Tudo que investiu objetivando o Pré Sal, e não foi pouco, foi por agua abaixo sem retorno de crescimento. A Dilma piorou a situação pois apostou em Mega Empresas nacionais concentrando ENORMES investimentos nas mãos de poucos, tipo JBS, Odebrecht Internacional, OLX e etc. Fizeram agua.

    Esta foi a causa do buraco. Temer não tem estratégia nenhuma, só rentismo pra agradar os comparças. Não tem interesse em alavancar prosperidade. So quer fortificar banqueiros e rentistas acabando com a previdência. Reformas são muito necessárias mas falta-lhe capacidade de liderança e de confiança para capitanea-las. Sua análise está perfeita no rumo que ele está dando ao país e ao futuro da sua turma.

    Sem sombra de dúvidas o melhor seria novas eleições, com novas estratégias para o desenvolvimento, com gente digna e confiável para propor e conduzir as reformas necessárias. Desemprego é consequência de erros anteriores e não será com bolhas de consumo tipo liberação de FGTS que se aliviará esse drama. Mais uma enganação. Com os investimentos congelados o cenário piorará e mais retórica terão para continuar nesse bailão de banqueiro.

    As reformas de Temer serão tão inócuas e desastrosas para o país quanto foram as falcatruas no comércio da carne: uma hora a coisa fede!

    Sem honestidade nunca se perenisa a prosperidade.

  16. Fritos!

    A politica recessiva por sua vez beneficia extraordinariamente os bancos nacionais  ao sustentar um REAL supervalorizado a custa de swaps cambiais que custam mais que o déficit no Orçamento Federal, a supervalorização do REAL  garante que os créditos do bancos convertidos em dólar sejam muito mais valiosos do que seriam com o REAL no seu cambio natural e ao mesmo tempo sustentam um extraordinário fluxo de capital especulativo intermediado pelos bancos que tomam dinheiro no exterior a 2% ao ano e aplicam no Brasil a 12% ao ano com a segurança de que o cambio lhes favorece na saída.

    Andy , sacanagem , voce escancarou o modo Impiricus de ser!

    E esperar o que de ministro que tem como maior referencia o livro texto para uso em Economics 101 do Presidente do Conselho Económico do Bush Jr.  ?

    Estamos retornando no tempo em ritmo acelerado. Dentro em poucou toda a complexidade da economia brasileira sera reduzida a de uma república bananeira da década de 1950.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador