Para presidente do Coaf, Brasil é exemplo no combate à lavagem de dinheiro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: reprodução da revista Época

Jornal GGN – Em entrevista publicada pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (12), o presidente do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) Antonio Gustavo Rodrigues disse que o Brasil serve de exemplo até para outros países quando o assunto é o combate aos crimes de lavagem de dinheiro. Para ele, a Operação Lava Jato e outras que despontaram na mídia nos últimos anos são a prova disso.

Segundo observou Rodrigues, o “problema” do Brasil hoje – algo que, inclusive, pode gerar sanções perante órgãos internacionais – seria a falta de uma legislação que trate do financiamento do terrorismo. “Do ponto de vista de crítica ao sistema que o Brasil está sujeito, é quanto à questão do financiamento ao terrorismo. A Lava Jato, se ela gerar alguma coisa, é elogio”.

As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal sobre os crimes envolvendo a Petrobras surgiram a partir de análises financeiras feitas pelo Coaf. Segundo relatório do Conselho, que pessoas físicas e jurídicas investigadas na Lava Jato fizeram movimentações consideradas atípicas no valor de R$ 23,7 bilhões entre 2011 e 2014. Só em espécie, o grupo movimentou R$ 906,8 milhões. Os números não são absolutos.

Ao todo, o Coaf produziu uma centena de relatórios com alertas sobre irregularidades nas movimentações financeiras do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e empreiteiras.

Hoje, de acordo com o presidente do órgão, o Coaf tem “tem pouco a acrescentar ao caso e está debruçado sobre indícios de irregularidades que serão investigados e devem aparecer na imprensa daqui um ou dois anos: ‘A parte fácil do trabalho é a nossa, que é cruzamento de informação. Aí começa o trabalho mais difícil, obter as provas’.”

Para Rodrigues, o sistema bancário continua sendo o principal canal para a lavagem do dinheiro, e as instituições financeiras são a principal fonte de informações do Coaf. 

Ele ainda comentou que o Judiciário ainda precisa evoluir a ponto de aumentar o volume de condenações de poderosos investigados pelo Coaf e outros órgãos de controle e fiscalização.

Estrutura

O presidente do Coaf está no cargo há quase 11 anos e mantém uma equipe relativamente modesta, com cerca de 50 funcionários. Segundo ele, pedir mais pessoal ou mais poderes seria competir com outras áreas investigativas.

Ainda de acordo com a Folha, em 2014 o órgão produziu 3 mil relatórios. Aproximadamente dois terços desse volume foi feito em colaboração com outros órgãos.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. A pretexto de se comabter

    A pretexto de se comabter “”lavagem de dinheiro”” seja lá o que isso significa, PARALISA-SE A ECONOMIA,

    porque se atacam pessoas e empresas em 99% dos casos legitimas que podem cometer irregularidades ou serem descuidadas com contabilidade MAS RARAMENTE ESSES ORGÃOS PEGAM UM TRAFICANTE DE DROGAS, DE ARMAS, DE ROUBO DE CARGAS, NEGOCIANTES DE JOGADORES DE FUTEBOL, CHINESES DA PIRATARIA DE BOLSAS PRADA, RELOGIOS, AGIOTAS, MILICIANOS, CONTRABANDISTAS, etc. O  contrabando de produtos piratas movimenta

    BILHÕES DE DOLARES tudo caixa2 e 3, o COAF já pegou quantos?

    Esses mecanismos que nasceram nos EUA a pretexto de combater o terrorismo, não pegaram um centavo do Grupo terrorista ISIS , que movimenta centenas de milhões de dolares e que não se tranporta em malas. O comercio de drogas do Afganistão movimenta 15 bilhões de dolares por ano, cadê o compliance de lavagem de dinheiro?

    Nesse tema entra a “TEORIA DO RISCO CONTRA CUSTOS E BENEFICIOS”, certos riscos é muita mais barato deixar solto do que instituir mecanismos que custam muitas vezes mais do que o eventual prejuizo do risco.

    Esse conceito vago e ilimitado de “”LAVAGEM DE DINHEIRO”, trava inestimentos, desestimula gente que tem espirito de aventura para instalar novos negocios, requer que bancos, corporações, instituições MONTEM CARISSIMOS SETORES PARA MONITORAR OS RISCOS DE SEREM PERSEGUIDOS POR ESSES ORGANISMOS, enormes Departamentos de Compliance, com um Diretor só para isso, é a burocratização ad liminem de toda a economia mundial, depois

    NÃO SABEM PORQUE O MUNDO NÃO CRESCE.

    Se essa mentalidade existisse ao tempo de Cristovão Colombo a America não teria sido descoberta.

     

  2. A Escola Sergio Moro de

    A Escola Sergio Moro de Economia fecha 23 empreiteiras, desemprega dezenas de milhares de peões, milhares de engenheiros, impede duzentas PPP e projetos novos,  trava grandes projetos em andamento mas ao fim pode dizer:

    CUMPRIMOS NOSSA MISSÃO, liquidamos com todo um setor, abalamos para sempre a imagem da Petrobras que dificilmente tera capacidade de levantar recursos no exterior, mas fizemos justiça.

    http://oglobo.globo.com/brasil/lava-jato-cgu-tentou-limitar-punicoes-de-empreiteiras-multas-15016532

    A Controladoria Geral da União, usando o bom senso, propõe para as empreiteiras uma pena de multa mas deixando-as funcionar, se for declarada improbidade elas fecham. Mas vem o justiceiro MPF e diz que não, DEIXA FECHAR.

    Só vão entender quano a arrecadação cair e o Tesouro não terá dinheiro para pagar seus sagrados vencimentos.

    A turma do concurso publico ainda vai causar muito estrago, eles não vem aceitam a existencia de gente que fez empresas em ver de fazer concurso.

    1. Triste falar isso, mas Andre

      Triste falar isso, mas Andre Motta Araújo deve ter um monte de amigos engaiolafos pela Operação Lava Jato. Faz parte da fidelidade. 

      Já li, vários, muitos, até demais, artigos de “Gente de Mercado” com visão completamente diferente, obras de engenharia civil é de pouca tecnologia, não existe “guetos tecnológicos” nesta área, sai um entra outro e o pais não para.

      Ou no final das contas, é só remanejar equipamentos e engenheiros para outros grupos, grupos que dessa vez pelo menos pareçam honestos. 

      Conheço vários empreiteiros médios de Civil que não paticipam de licitações, embora construam shoppings e prédios monumentais, são honestos, cunprem as regras, preferem convesar com os mestres de obras, os engenheiros e o financeiro do que que falar com fiscal com boquinha no governo de ocasião. 

  3. É verdade !! Basta ver o

    É verdade !! Basta ver o número de lavadores de dinheiro que estão na cadeia no Brasil: ‘0’ Esse cara tá de brincadeira, ou o quê !?!

     

    “O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SOENGAÇÂO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

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