A cruzada dos norte-coreanos para fugir do país

Documentário produzido por televisão portuguesa mostra a dificuldade dos refugiados para chegar até Coreia do Sul 

https://www.youtube.com/watch?v=vjKgxftL85M width:700

Jornal GGN – Um documentário produzido pelo canal português Sic Notícias mostra a dificuldade que os cidadãos norte-coreanos enfrentam para fugir do país que, desde os anos 1950, está sob a ditadura do Partido dos Trabalhadores da Coreia, hoje liderada por Kim Jong-un, filho de Kim Jong-Il e neto de Kim Il-sung, fundadores do único partido permitido naquela nação. 

Grande maioria dos refugiados são mulheres que são enganadas pelas atravessadores com a promessa de saírem em liberdade da Coreia do Norte pelas rotas ilegais mas que acabam sendo vendidas como trabalhadoras forçadas para prostíbulos na China. A reportagem acompanha também o trabalho de um grupo de religiosos da Coreia do Sul que, com a ajuda de fieis, junta dinheiro para conseguir realizar a travessia de refugiados do país inimigo, fazendo uma rota obrigatória por dentro da China, país parceiro da ditadura do Norte que proíbe a prática. Todos os anos os chineses detém milhares de norte-coreanos que são reenviados ao país de origem onde são condenados por tentarem fugir com penas que vão de trabalhos forçados a execução. 

“Os chineses não têm misericórdia, dão penas muito pesadas”, conta Kin Gin, um coreano do norte que trabalha na travessia de refugiados da China para a Coreia do Sul. Ele chegou a ficar três anos detido no campo de concentração mais rígido do seu país de origem por ter sido pego na China. Assim que voltou em liberdade, fugiu novamente. 

“A Coreia do Norte me envergonha. É o pior local do mundo para se viver em liberdade. Por isso decidi fugir. Agora a minha missão é salvar pessoas”. Ele conta também que o homem que fazia o mesmo trabalho que ele, ajudando refugiados a atravessarem um trecho da perigoso entre a China e o Laos, foi preso e condenado a sete anos de prisão. Cerca de oito mil norte coreanos haviam sido presos no país, no período recente à data em que foi gravada a entrevista, pouco depois da realização dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.  

Do Laos, os refugiados seguem para a embaixada da Coreia do Sul, de onde conseguem visto e transporte para viajarem ao país. As dificuldades dos norte-coreanos não terminam por aí, chegando na Coreia do Sul enfrentam diferenças culturais e muitos ficam desempregados por não conseguirem ingressar no mercado de trabalho competitivo. 

Documentário produzido por televisão portuguesa mostra a dificuldade dos refugiados para chegar até Coreia do Sul

 

Redação

19 Comentários

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  1. Até o Laos ?

        Sempre quando ocorre uma “reportagem” sobre trafico humano, em qualquer região do Mundo, é bom desconfiar, tanto dos jornalistas como de seus entrevistados e/ou “fontes”, mais ainda quando realizado em regiões geopoliticamnte sensiveis, é como dizem lá na : ” Pode -se enxergar muito através de uma cortina de bambú, mas não a realidade “.

         O mundo “cinza” da fronteira China – DPRK sabe, todos sabem, que pessoas “interessantes” ( tanto politicamente como com dinheiro vivo “forte” ) em sair do ” País do Juche “, para a Coréia do Sul, não precisam atravessar a China, basta atravessar o Yalú, com dinheiro ou influência prévia ( tanto de chineses como de norte-coreanos), e serão recebidos na porta do Consulado-Geral da Coréia do Sul na cidade de Shenyang, bem próxima a fronteira Sino-Coreana ( uns 180 km do Yalú ).

          Aliás uma pergunta dificil de responder é qual o nivel “REAL” de interesse que a Coréia do Sul ( governo, chaebols, quem manda ) em uma reunificação que seria absurdamente cara, muito mais que a da Alemanha Oriental pela Ocidental da década de 90 do século XX, geopoliticamente temerária a todos os interesses daquela região, tanto a seus estados limitrofes como a outros estados externos ?

          Pessoas, seres humanos comuns, desinteressantes economicamente e politicamente, no mundo real são considerados como “problemas”, afinal eles comem, bebem, precisam de abrigo, falam, reclamam, e não dão nada em troca, no maximo quando em elevado numero, são peões em um jogo pesado, facilmente descartados mas em constante renovação.

  2. mistura de lugares comuns

    Alô Jornal GGN: o documentário já é antigo. Provavelmente nem o propositor assistiu ao documentário.

    Depois, para falar sobre a República Democrática da Coreía é só misturar as palavras chaves: fome, ditadura, ditador, país fechado, atraso, projeto nuclear  e pronto, está feito mais um documentário chato.

    Deixa eu falar para vocês da experiência que tive ao visitar a Coreía do Norte: é um país maravilhoso. Ninguém passa fome, pelo contrário, as pessoas vivem muito bem e acho pouco provável que exista esta quantidade de gente que queira sair de lá (a não ser o desejo da direita);

    A única coisa que bate: é de fato um país fechado. Para chegar lá é caro, difícl e burocrático  Existem apenas três voos internacionais, um de Vladivostok, outro de Peking e outro de um outro país asiátivo. Mas o que você acha que um país que é diariamente assediado pelos EUA tem de fazer? pedir arrego? não, tem que enfrentar, com todas as armas que tiver à disposição. Por isso vocês da direita perdem tanto temo com eles.

    Outra coisa que esqueceram de falar o principal: as coreanas são lindas. Ao invés de vocês se preocuparem com o principal, ficam com fofoquinhas da mídia apodrecida, enche o saco.

    Para não dizer que não falei de poesia, vejam dois vídeos sobre a República Democrática da Coreía e vejam se aqui temos algo equivalente:

    https://www.youtube.com/watch?v=gSedE5sU3uc

    Aqui são só 55 milhões de espectadores, desculpa aí tá?

    E aqui são o povo miserável, que passa fome, intolerantes, que querem guerra e outra baboseiras, tocando ake on me do acordeão, horrível.

    https://www.youtube.com/watch?v=rBgMeunuviE&list=RDrBgMeunuviE

    Quando na verdade, lindo é ouvir o sertanojo do interior de sp.

    1. The Propaganda Game (2015)

      Documentario de cineasta espanhol Álvaro Longoria muito bom:

      LINK: https://fmovies.is/film/the-propaganda-game.v6w7/z12m43

      LEGENDA BRi: https://www.opensubtitles.org/pt/search/imdbid-4206218/sublanguageid-pob/moviename-the%20propaganda%20game

      SINOPSE: A argumentação do documentário The Propaganda Game baseia-se em contradizer as cenas de felicidade filmadas das rotinas dos norte-coreanos com os discursos do “eixo do mal” mostrados na imprensa do ocidente – não necessariamente nesta mesma ordem. Assim, as conclusões sobre quem é o mocinho e quem é o bandido são deixadas a cargo de quem assiste o documentário. Mas a intenção do documentário não era mesmo condenar ou apoiar o sistema. Era mostrar a lavagem cerebral que a propaganda é capaz de fazer nas sociedades.

      1. O que dizer da propaganda e

        O que dizer da propaganda e da violência que os brasileiros sofrem a ponto de serem obrigados a vestirem uma camisa amarela, de uma instituição corrupta e pedir seu pais de volta? Que ditadura sangrenta existe naquele país chamado República Federativa do Brasil. Aquele povo sofrido da camisa amarela precisa ser liberto, nem que seja nas sessões descarregos.

  3. Esta direita tupiniquim é uma piada

    Vocês pegam um documentário europeu e tentam aplicar no nosso brasilzão varonil;

    Porra, compare como vivem os nossos pobres nas nossas favelas aqui em SP e na grande SP, em algumas regiões como no Vale do Ribeira, Vale do Jequitinhonha, Cariri, interior do Pará,etc, etc, e comparem com esta “desgraça” chamada República Democrática da Coréia. Mas por favor, peçam para alguem de vocês irem lá e apreciarem in loco e não ficar pegando carona nestes documentários que não dizem absolutamente nada e até duvido que as imagens sejam verdadeiras.

    Vamos começar a sermos honestos com o que a gente pensa? e vamos usar mais a razão e menos a emoção?

  4. Realidade dura da Coreia do Norte

    O documentario é realista e não creio ter sido exagerado. Até podia falar mais coisas.

    Interessante é que a uma refugiada que desejava ser musicista comenta que não imaginava como era grande a diferença entre ricos e pobres na Corea do Sul.

    E a futura musicista fala…estou decepcionada porque aqui eu sou pobre…

    Nesta pequena frase é o único momento que se percebe que algumas coisas poderiam ser mais discutidas. Deu-se a impressão que ela não era das pessoas mais prejudicadas no regime. Pois havia os que passavam fome.

     

     

  5. Coréia do Norte…

    A República Popular Democrática da Coréia não é república, não é popular e muito menos democrática. Isto é um fato. Ser uma pedra no sapato dos EUA não muda a realidade de quem a habita.

    Vemos um governante absoluto, vitalício e hereditário, o terceiro da dinastia Kim. O único outro país que consigo imaginar no mesmo nível de opressão ao povo é a Arábia Saudita, governada pela dinastia Al Saud.

    Ser contra o imperialismo americano e a favor da soberania nacional de todo e qualquer país do mundo não deve impedir que vejamos o que ocorre.

    Sabemos que as novas tecnologias e técnicas de manipulação de massa produzem as “revoluções” coloridas, mas é impossível concordar com a realidade imposta pelo governo norte-coreano ao seu povo.

    Em caso de ataque americano, a garantia de sobrevivência dos altos oficiais militares e do partido será a abertura da sua fronteira norte ao ELP, e o seu franco acesso até a zona desmilitarizada.

    De Dandong, ponte sobre o rio Yalu, na China, até a fronteira entre as duas Coréias são cerca de 12 horas de distância para divisões blindadas.

    Após quase setenta anos de separação não vejo a possibilidade de reunificação entre as duas Coréias. As experiências vividas por seus respectivos povos, neste longo período, forjaram duas culturas distintas.

    Em caso de queda da dinastia Kim o provável é o surgimento de uma sucursal do Partido Comunista Chinês governando em Pyongyang.

    Com isto abre uma nova zona para a instalação de indústrias, com salários mais baixos que os pagos na China. Beneficiando as próprias Chaebols do sul…

     

     

    1. Sucursal

           Esta é a idéia original do PCChinês, uma queda ou um entendimento controlado da “dinastia”, que continue possibilitando a China manter e aumentar sua influência na peninsula, esta ação do CCentral do PCC continua como um trabalho de anos, mas as respostas de Kim a estas influências, foram duras, inclusive com execuções de figuras de proa do regime, até mesmo de parentes, visando uma resposta a China, que tentou há dois anos atrás desestabilizar Kim, “por dentro”.

            Mas Kim, e sua “nomemklatura”, a começar da irmã, sabem, tem consciência, que apesar de suas aparentes e reais fragilidades, são importantes no “jogo” de interesses daquela região, sabem que podem operar contra Seoul, e que seus vizinhos, os chineses, tambem destestariam uma reunificação, e de outro lado tambem jogam com russos, americanos e japoneses, as cartas deste jogo estão com ele.

            É fato, que tanto o complexo industrial de Kaesong formado com a Coréia do Sul, como o antes programado complexo industrial/agricola do Yalú ( China – North Korea Friendship ), encontram-se parados, até mesmo a nova ponte do Yalú não teve prosseguimento na Coréia do Norte ( os capitais seriam chineses , da fronteira até Pujon – o “coração” da Coréia do Norte ), mas Kim embarreirou estas atividades, para negocia-las em outras bases.

             Tudo na peninsula coreana é um jogo, que Kim e seus assessores, jogam muito bem, não apenas com a China, como tambem com a Coréia do Sul e seu aliado americano, os quais anualmente realizam demonstrações de força na região, mas Kim e seu Comite Central Militar sabem : É um show de midia, nada alem disto, não assusta na realidade.

              Um problema : Ao contrario dos ocidentais, chineses possuem muita paciência.

    2. Depende do conceito do que é

      Depende do conceito do que é democracia e popular.

      O que eu posso dizer e repito é: um país maravilhoso: Limpo, calmo, culto, com mulheres bonitas, etc.

      Isto para mim é o conceito de democracia, ou seja, o povo vivendo bem, culto, seguro, com direito ao lazer, com direito a educação e saúde de qualidade. Coisa que nem brasileiros de classe média não tem.

      A única coisa que reparei lá, no curto período que estive, é que a carga horária me pareceu muito alta. Mas neste caso, basta você trabalhar na nossa construção civil e virá que aqui se trabalha tanto quanto lá (os tais salários baixos, compensados com horas extras).

      E os estrangeiros como eu tinham dificuldade de “passear”, caso quisessem. Era tudo dentro de um script e não ousem burlar. Neste caso é comprrensivo, um país diariamente assediado, tem que se defender.

      O resto é pura ideologia.

  6. Ah, manda esses refugiados

    Ah, manda esses refugiados aqui pro interior do Ceará para que possam desfrutar de uma democracia plena. Água, bom eles podem beber de algum barreiro. Não é tão boa. Num copo d’água, com boa vontade ele enxerga o outro lado do conteúdo que está bebendo. Tem um feijãozinho. Não todo dia, é claro. Assim é querer demais, comer todo dia. Tem também uma casinha de taipa. A terra não é sua. Mas, por enquanto, o patrão não precisando da terra, vai ficando. Á noite, ah, aí eles podem se realizar: Assistir aquelas novelas de luxo e glamour, onde as futilidades e superficialidades são tratadas como assunto sério. Aí eles podem se realizar, se imaginar um daqueles artistas em casarões, carros de luxo, banquetes, dinheiro à vontade. Isso é que é democracia!!!!!!!!!!!!!!

  7. Só um pequeno detalhe

    Como na antiga “República Democrática” Alemã, a ex Alemanha Oriental, o simples fato de uma pessoa  decidir arriscar sua vida e consequente de toda sua família que ficou para trás (pois no caso de a fuga ser bem sucedida o  Estado punia severamente todos os familiares), mostra quão paradisìaco é viver em tais “repúblicas democráticas”. 
     

  8. Documentário russo

    Eu assisti um documentário do canal espanhol da tv russa RT sobre a Coreia do Norte.

    Achei interessante porque é um documentário, do início ao fim, crítico ao regime norte-coreano.

    Mas, em meio às críticas, ele solta umas migalhas de informação interessantes.

    No mínimo curioso foi saber que nesse país os professores universitários tem direito e vivem em apartamentos de 240 m2, algo que, no Brasil, eu duvido muito que ocorra, ao menos entre os que trabalham exclusivamente como professores.

    O link é este: https://www.youtube.com/watch?v=bWRnG8iEJMQ

  9. A maioria das pessoas do

    A maioria das pessoas do mundo vive na merda, enquanto uma pequena minoria desfruta de todas aquelas maravilhas maravilhosas que o capitalismo do “mundo livre” oferece. Nâo sei como é na Coreia Norte. Nunca fui lá, não conheço ninguém que veio de lá. Só sei de coisas que são ditas através da mídia do “Mundo Livre” S.A. Nestas horas eu me lembro das famosas entrevistas do Peticovich, inclusive falando sobre a vida infeliz na infancia sob uma terrível ditadura socialista…

    https://www.youtube.com/watch?v=B80AsDP2IaM

    https://www.youtube.com/watch?v=THqRcePrpDw

  10. Dominação de cérebros.

    Quem quiser ver um pouco como é a alienação  fruto da lavagem cerebral feita pelos “deuses”  Kim, basta  assistir pela Netflix  um documentário intitulado   “Visita ao Inferno”. Não  se trata da Coreia do Norte, mas de vulcões e já quase no final do programa, os  produtores aproveitam para mostrar o cotidiano da população e um vulcão onde o “primeiro”  Kim acampou e segundo o próprio, teve “uma visão profética.”   O local é um dos muitos que são alvos de peregrinações dos norte coreanos.

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