Carta Maior e Emir Sader vencem na Justiça ex-editor da Veja

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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da Carta Maior

Carta Maior e Emir Sader vencem na Justiça ex-editor da Veja

O STJ manteve decisão anterior do Tribunal de Justiça de São Paulo, contra Mario Sabino, na ação de indenização por danos morais que este movia.

O ministro Moura Ribeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou provimento ao recurso impetrado pelo jornalista Mário Sabino, ex-redator chefe da revista Veja, na ação que este movia contra o sociólogo Emir Sader e contra a Carta Maior. O ministro manteve, assim, decisão anterior do Tribunal de Justiça de São Paulo, contra Sabino, na ação de indenização por danos morais decorrentes de um texto  publicado pelo sociólogo.

No dia 30 de março de 2006, Emir Sader publicou na Carta Maior um comentário sobre a resenha do livro “A arte da política: a História que vivi”, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, feita pelo então redator-chefe de Veja, Mário Sabino. 
 
Em seu comentário, Emir Sader tece críticas ao livro, que faz uma defesa  acalorada do ideário que embalou os anos FHC. Sentindo-se ofendido, o autor da resenha moveu processo de ação indenizatória por ofensas morais e à sua honra. A ação foi julgada improcedente, condenando o autor ao pagamento das custas e despesas processuais e de honorários advocatícios arbitrados em R$ 2.000,00.
Ao negar provimento ao recurso, o ministro Moura Ribeiro afirmou: “O que se vê, na verdade, é a irresignação da parte autora com o resultado que lhe foi desfavorável, pretendendo, por meio dos embargos, obter novo julgamento da matéria, com notório intuito infringente, o que se mostra inviável, já que inexistentes os requisitos elencados no aludido dispositivo da lei adjetiva civil”.

Em relação ao mérito, o magistrado do STJ manteve a seguinte decisão:

“Na matéria jornalística em pauta não há foco algum na pessoa do apelante, aliás, seu nome nem mesmo é citado. A crítica se refere ao livro “A arte da política: a história que vivi” de autoria do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. O último parágrafo do texto em comento, diz respeito à opinião do autor da matéria em relação a uma suposta ligação sorrateira entre a Revista Veja e Fernando Henrique Cardoso. Entretanto, entendendo-se injuriosa essa alegação, o legitimado para buscar eventual reparação é a Revista e não o apelante, cujo nome, reitera-se, sequer vem mencionado na reportagem”.

Emir Sader e a Carta Maior foram representados pelo advogado Marcello Daniel Cristalino e equipe.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

6 Comentários

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  1. Eis o que Sader escreveu

    Sader escreveu:

    “Nem veja. Nem leia

    30/03/2006

    Se você quiser saber como FHC foi fabricado como candidato para o Plano Real e não o Plano para o candidato;

    Se você quiser saber como a inflação foi transformada na multiplicação da dívida pública em 11 vezes, pelo candidato que dizia que ”o Estado gasta muito, o Estado gasta mal”, mas entregou o Estado falido a seu sucessor;

    Se você quiser saber como o presidente dos EUA mandou seu assessor para apoiar a candidatura de FHC e ganhou, de quebra, o Sivam, para uma empresa financiadora de sua campanha;

    Se você quiser saber como parlamentares foram comprados para que a Constituição fosse reformada e a emenda da reeleição, reformada;

    Se você quiser saber como o conluio entre a grade mídia privada e o governo de FHC impediu que houvesse CPI da compra de votos;

    Se você quiser saber como o país foi quebrado três vezes durante o governo de FHC, ao seguir rigorosamente as normas do FMI;

    Se você quiser saber quanto e como se multiplicaram fortunas com a privatização das empresas públicas – o maior negócio de corrupção da história do Brasil;

    Se você quiser saber quanto e como se multiplicaram fortunas com a brutal desvalorização da moeda em janeiro de 1999;

    Se você quiser saber como e por que fracassou o governo de FHC, derrotado estrepitosamente nas eleições para sua sucessão;

    Se você quiser saber estas e outras verdades fundamentais para entender o Brasil contemporâneo e por que o ex-presidente FHC é o mais rejeitado de todos os nomes aventados como candidatos à presidência da República;

    Se você quiser saber por que seus correligionários disseram a FHC que calasse a boca, porque suas intervenções desastrosas ajudavam a recuperação eleitoral de Lula;

    Se você quiser saber por que FHC não conseguiu nenhum cargo internacional – como era seu sonho – e tem que se contentar com o luxuoso escritório no Vale do Anhangabaú, montado por grandes empresários paulistas, em agradecimento pelo que lucraram durante seu governo;

    Se você quiser saber por que FHC se tornou tão rancoroso diante do sucesso de Lula e de sua política externa;

    Se você quiser saber dos vínculos sorrateiros da “Veja” com o ex-presidente, que deram – na única resenha da imprensa – capa do seu livro, apresentada por um escriba de plantão;

    Se você quiser saber tudo isso e muito mais sobre o governo FHC, não leia o livro de auto-ajuda (para ele levantar sua decaída auto-estima), recém publicado pelo ex-presidente, decadente e marginalizado.

    Não leia, porque nada disso está ali, senão autobajulações, autojustificativas, perfeitamente adequadas a que se esqueça antes mesmo de ler. Nem veja, nem leia.”

    Endereço:http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/imprimir/31925 . Acesso: hoje, 15/01/2015.

  2. Conclusão

    Se Sabino processou, é porque deve ter sido ele o verdadeiro escritor (ghost writer) do livro, e não FHC.

     

    Portanto, mais uma vez FHC não é pai de obra que diz ser sua…

  3. Tendo em vista que ninguém

    Tendo em vista que ninguém leu os livros de FHC, mesmo quando ele esteve em alta, nem precisa pedir pra não lerem esse aí. Quem diabo quer ler essas baboseiras, a não ser os que se beneficiaram do governo do tucano? Nem precisam pagar o volume; recebem de graça, senão será mais um lixão.

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