Jornal GGN – Uma juíza próxima da família Bolsonaro ignorou apontamentos feitos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) em torno da investigação de empresários envolvidos com garimpo ilegal em território indígena.
A atuação desses empresários do setor de táxi aéreo, suspeitos de integrar uma organização para exploração ilegal de ouro, lavagem de dinheiro e crimes ambientais, levou ao bloqueio de bens – entre eles nove helicópteros – pela Justiça Federal em Roraima.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a operação de tais empresas dentro da exploração ilegal do território indígena ianomâmi envolve extração de ouro, gastos com empreendimentos de compra e venda, saques em espécie e até mesmo a criação de grupo de mensagem para troca de informações sobre fiscalização.
Todos esses apontamentos foram feitos pela MPF e Polícia Federal, mas ignorados pela juíza federal do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) Maria do Carmo Cardoso, amiga do senador Flávio Bolsonaro (PL) e apontada como conselheira jurídica da família.
A juíza acabou por acatou o pedido da defesa, sem fazer referência às acusações apresentadas pela Procuradoria – encontradas no curso de um habeas corpus apresentado pela defesa dos empresários investigados.
Além de dar um salvo conduto aos empresários (o que impede a prisão deles durante as investigações), a juíza determinou a liberação de 50% dos valores e bens sequestrados, incluindo aeronaves suspeitas de serem usadas na extração de ouro ilegal.
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