Justiça italiana pedirá à Interpol para incluir Robinho em sua “lista vermelha”

Ministério da Justiça do país europeu solicitará alerta internacional para que o atleta seja capturado caso resolva sair do Brasil

Foto: Santos FC

Jornal GGN – Após o anúncio da sentença de 9 anos de prisão decretada pela Justiça Italiana contra o atacante Robinho, por sua participação no estupro coletivo durante uma festa na Itália, o próximo passo é saber quando o atleta começara a cumprir essa pena.

Em matéria do jornalista Lucas Ferraz ao Globo Esporte, o diretor-geral de relações internacionais do Ministério da Justiça da Itália, Stefano Opilio, afirmou que seu país irá solicitar à Interpol a inclusão de Robinho e de seu amigo Ricardo Falco – condenado pelo mesmo crime – na chamada “lista vermelha”.

Tal medida deve tardar algumas semanas em ser concretizada, mas uma vez que seja oficial, a Interpol passará a emitir um alerta internacional de captura contra o jogador, que será enviado a 195 países do mundo, incluindo o Brasil. “Não se trata de Robinho, um jogador conhecido. Essa é uma atividade cotidiana, que fazemos centenas de vezes por dia. São muitos casos como o dele”, justificou Opilio.

O diretor-geral admite que esse alerta não tornará mais fácil a prisão de Robinho e Falco enquanto eles estiverem no Brasil, já que a Constituição de 1988 estabelece que nenhum cidadão brasileiro pode extraditado em caso de crime comum, mas ao menos assegurará que ambos serão detidos caso decidam sair do país.

O crime pelo qual Robinho e Falco foram condenados ocorreu em janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão. Além dos dois, outros quatro brasileiros foram acusados de terem participado do estupro coletivo.

Nesta quinta (20), a vítima de Robinho deu sua primeira entrevista a um meio brasileiro. Em matéria da jornalista Janaína Cesar ao UOL, a jovem R. (que preferiu não revelar seu nome completo), uma imigrante albanesa de 32 anos (tinha 23 quando ocorreu o crime), contou que “mesmo que ela (Justiça) não seja totalmente reconfortante, porque nunca pagará a dor, a raiva ou fará você voltar a ser a pessoa que era antes, a Justiça será reconfortante para outra mulher. Uma mulher que pode ser nossa mãe, nossa amiga, nossa irmã ou nossa filha. Só denunciando podemos evitar que isso volte a acontecer”.

Ela também fez um apelo a outras vítimas de ataques sexuais, como o que ela sofreu: “Mulheres, denunciem, não tenham medo de seus agressores porque diante de cada agressor há outras dez pessoas boas prontas a te ajudar: um amigo, um familiar, um policial competente, um juiz, mas, sobretudo, a Justiça”.

Redação

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