Jornal GGN – O Ministério Público Federal (MPF) acusou as mineradoras Vale e BHP Billiton de unirem forças com um advogado para reduzir a indenização das vítimas do rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. O desastre é considerado o maior crime ambiental da história.
As gigantes da mineração, responsáveis pela Samarco – empresa que controla a barragem rompida, também são acusadas de interferir em um processo judicial histórico movido por 200 mil pessoas e grupos do Brasil que tramita no Reino Unido contra a BHP e que custaria cerca 6,3 bilhões de dólares, segundo informações da Reuters.
Em um documento de 91 páginas, procuradores de Minas Gerais expõe indignação contra a decisão de um juiz que aceitou impor limites de compensação a nove requerentes e, depois, limitou os recursos para todas as vítimas de Baixo Guandu, no Espírito Santo, afetadas pelo rio de lama consequência do desastre.
De acordo com o relatório, as reivindicações de danos morais foram limitadas a R$ 10 mil. No entanto, outros detalhes da decisão estão sob sigilo, o que também foi contestado pelo MPF.
Segundo os procuradores, o juiz decidiu o caso sob sigilo, sem a devida participação do MPF, apesar dos pedidos para acesso.
Para eles, a decisão colocaria fim às responsabilidades da BHP, Vale e Samarco pelas vítimas que aceitaram a indenização. Além disso, as vítimas que receberam pagamentos com base na decisão não teriam a oportunidade de pedir uma indenização adicional fora do país.
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