As razões por trás da morte do embaixador russo, por Pepe Escobar

 
Jornal GGN – Pepe Escobar, jornalista brasileiro e correspondente internacional, analisa as motivações por trás do assassinato do embaixador da Rússia na Turquia. Andrei Karlov foi morto a tiros na última segunda-feira (19) em uma galeria de arte.
 
Logo de início, Escobar avisa que o incidente não é um prelúdio para a 3ª Guerra Mundial: “Ankara 2016 não é Sarajevo 1914”, ressaltando que o crime ocorreu apenas um dia antes da reunião entre Rússia, Turquia e Irã para discutir soluções sobre a Síria. 
 
Ele argumenta que o assassinato tem como objetivo frustar a aproximação da Turquia com a Eurásia, um “movimento geopolítico essencial” que preocupa Estados Unidos e União Europeia.
 
Leia mais abaixo:
 
Do Outras Palavras
 
As razões de um assassinato
 
POR PEPE ESCOBAR
 
Quem matou o embaixador de Moscou em Ankara queria frustrar um movimento geopolítico crucial: a Turquia está cada vez mais próxima da Eurásia, para desespero dos EUA e União Europeia

Vamos logo ao que interessa: Ankara 2016 não é Sarajevo 1914. Não é prelúdio da 3ª Guerra Mundial. Quem tenha urdido o assassinato do embaixador russo na Turquia Andrey Karlov – diplomata calmo, educado, contido, da velha escola russa – pode esperar revide de altíssima octanagem.

O assassino Mevlut Mert Altintas, graduado da Academia de Polícia, 22 anos, recebeu pena de suspensão da Polícia Nacional Turca por suspeita de laços com a Organização Terrorista Fethullahista [ing. Fethullahist Terrorist Organization (FETO)] depois do fracassado putsch de 15 de julho contra Erdogan, mas retornou ao serviço em novembro.

Não é segredo que os gulenistas estão pesadamente infiltrados dentro da Polícia Nacional Turca; assim sendo, um específico efeito do ataque será ataque ainda mais furioso e incansável, de Erdogan/AKP contra a rede de Gulen. A investigação turca terá de se concentrar na falha (gigantesca) de segurança naquele prédio do moderno centro de artes de Ankara, – mas também terá de alcançar outros muitos pontos. A evidência de que o ministro do Interior turco Suleyman Soylu só se manifestou, em frases tensas, mais de três horas depois do evento mais preocupa que tranquiliza.

O assassino, vestido num terno preto com gravata, gritou slogans sobre vingança “por Aleppo” – incluído o indefectível “Allahu Akbar” – em língua turca e em árabe, coisa que pode estabelecer alguma conexão com a retórica de um grupo islamista, mas não é prova conclusiva.

O momento do crime é crucialmente importante. Aconteceu apenas um dia antes da reunião dos ministros de Relações Exteriores de Rússia, Turquia e Irã, em Moscou, para discussão estratégica sobre a Síria. Já estavam em contato próximo há várias semanas, prontos para firmar um amplo acordo sobre Aleppo – e além de Aleppo.

E isso exatamente depois do acordo crucial, recentemente assinado entre Putin-Erdogan, que implica nada menos que milhares de “rebeldes moderados” sob comando da Turquia serem autorizados a safar-se por um “corredor” para fora de Aleppo. Ankara estava perfeitamente informada sobre esse desenvolvimento. Só esse detalhe basta para eliminar a possibilidade de ataque provocado por Ankara sob falsa bandeira.

O presidente Putin, por sua vez, disse muito claramente que quer saber “quem dirigiu o assassino”. Pode-se interpretar como alguma espécie de código sutil para dizer que a inteligência russa já sabe quem fez o que.

O Grande Quadro

No front bilateral, Moscou e Ankara trabalham atualmente juntas e muito próximas no campo do contraterrorismo. O ministro da Defesa da Turquia foi convidado a visitar a Rússia para negociações do sistema de defesa antiaérea. O comércio biliteral está novamente florescendo, inclusive com a criação de um fundo conjunto de investimentos. No sempre importante front da energia, o gasoduto Ramo Turco, apesar da obsessão no governo Obama para fazê-lo desandar completamente, foi consolidado numa lei do estado turco, em Ankara, no início de dezembro corrente.

Главы МИД РФ, Турции и Ирана возложили цветы в память о погибшем после России в Турции А. Карлове

Os atlanticistas estão em pânico, agora que Moscou, Ankara e Teerã estão trabalhando em tempo integral para traçar as linhas de um futuro para a Síria depois da Batalha de Aleppo e exclusão e vergonhosa expulsão de lá, de todo o combo OTAN-CCG (Conselho de Cooperação do Golfo).

Sob esse contexto é que de deve interpretar a recente noticiada captura pelas Forças Especiais Sírias em Aleppo, de um punhado de agentes de OTAN-CCG – operando na Síria camuflados” dentro da “coalizão” que os EUA lideram pela retaguarda.

Fares Shahabi, deputado do Parlamento sírio, presidente da Câmara de Comércio em Aleppo, publicou os nomes dos agentes presos. A maioria são sauditas; há um qatari; a presença de um marroquino e um jordaniano explica-se porque Marrocos e Jordânia são membros “não oficiais” do CCG. Mais um turco, um norte-americano (David Scott Winer) e um israelense. Apenas dois agentes da OTAN, mas a conexão OTAN-CCG está super estabelecida. Se essa informação procede – ainda há um grande “se” – esses todos podem bem ser a coalizão de pessoal militar e comandantes de campo que antes dava aconselhamento aos “rebeldes moderados” e agora está convertida em formidável moeda de troca nas mãos de Damasco.

Ambos, OTAN e CCG não disseram uma palavra; nem negações do tipo “não nego que…” apareceram até agora. Pode significar algum acordo clandestino já firmado para a saída de prisioneiros de alto valor, o que dá ainda mais peso à posição de Damasco.

Foi o presidente Putin que realmente estabeleceu um eixo de fato Rússia-Irã-Turquia para lidar com fatos em campo na Síria – ação paralela ao embuste e solução-zero dos “trabalhos” em andamento na ONU em Genebra. Moscou enfatiza diplomaticamente que o trabalho do eixo complementa o que se faz em Genebra. De fato, o russo é o único trabalho baseado na vida real. Espera-se que tudo esteja assinado, com parâmetros definitivos bem fixados em campo ainda antes de Donald Trump entrar na Casa Branca.

Resumidamente: o projeto combo de mudança de regime, cinco anos (e ainda não terminou), que custou à OTAN-CCG multibilhões de dólares, para expulsar Assad da Síria… fracassou miseravelmente. Erdogan, o matreiro, parece que afinal aprendeu sua lição de realpolitik. Mesmo assim, foram abertas no front atlanticista miríades de avenidas para canalizar o ressentimento geopolítico .

O grande quadro não poderia ser mais absolutamente insuportável para os atlanticistas neoliberais/neoconservadores. Lentamente, mas sem parar de andar, Ankara vai tomando o rumo da Eurásia. Bye bye União Europeia e, talvez, OTAN; bem-vindas as Novas Rotas da Seda, também chamadas Projeto Um Cinturão, uma Estrada [ing. One Belt, One Road (OBOR)], puxado pela China; bem-vinda a União Econômica Eurasiana [Eurasia Economic Union (EEU)] puxada pela Rússia; bem-vinda a Organização de Cooperação de Xangai [Shanghai Cooperation Organization (SCO)]; a parceria estratégica Rússia-China; e a Turquia como nodo chave de entroncamento na integração da Eurásia.

Para que tudo isso aconteça, Erdogan concluiu que Ankara tem de estar a bordo da estratégia de longo prazo de Rússia-China-Irã para pacificar e reconstruir a Síria e fazer dela um nodo chave também das Novas Rotas da Seda. Entre isso e uma “aliança” de interesses em conflito, com Qatar, Arábia Saudita e EUA, a escolha não é difícil.

Mas que ninguém se engane. Ainda haverá sangue.

Pepe Escobar

Jornalista brasileiro, correspondente internacional desde 1985, morou em Paris, Los Angeles, Milão, Singapura, Bangkok e Hong Kong. Escreve sobre Asia central e Oriente Médio para as revistas Asia Times Online, Al Jazeera, The Nation e The Huffington Post.

 

Redação

20 Comentários

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  1. Grande rapaz, eu o acompanho

    Grande rapaz, eu o acompanho desde o finado O Pasquim. Hoje só me restam ele, Nassif e Janio de Freitas em termos de credibilidade. É pouco e é uma pena.

  2. O Escobar vive dentro de um
    O Escobar vive dentro de um romance de James Bond de Ian Fleming, só que invertendo os papéis de bandidos e mocinhos. Obama é o terrivel Dr. No e Putin o über-herói que não erra um tiro.
    Ele é mais um que fala do presente e do futuro como se os fenômenos históricos se descortinassem perante seus olhos de pitonisa como numa tela gigante de cristal de alta resolução. Tudo é perfeitamente claro e já definido. Ai o mundo gira em outro direção, ele esquece o que escreveu mas não desiste de chutar com convicção sobre um futuro cada vez mais obscuro e imprevisível.

    1. É André, temos que continuar

      É André, temos que continuar nos informando pela nossa “imparcial” mídia brasileira, que recebe as notícias via EUA, não é? . Esses não mentem. 

    2. Direto ao ponto

      Excelente comentário André, Pepe Escobar no anseio de criar um Eixo Russia/China/India/Turquia/Irã/Tonga/Turcomenistão/Burundi…etc.. etc… para se contrapor aos EUA, esquece que o maior parceiro comercial de todas estas economias são o próprio EUA e a Europa que ele tanto demoniza. Até o mais insano dos mortais sabe que você não briga com quem faz bons negócios, sendo assim tome fanfic de espionagem barata. Pepe RT Escobar envelheceu mal.

       

    3. “Putin o über-herói que não

      “Putin o über-herói que não erra um tiro”:

      O Uber ja paga mais que 7 dolares por hora na sua cidade pros herois deles?

    4. relativamente,

      O sentido dessa nova geopolítica eurasiática tem sido, paralelamente aos conflitos da Síria no Oriente Médio, um hot-topic mundial. Só aqui no Brasil, atualmente travado por essa ecatombe politiqueira-institucional provincianamente curitibana, é que não apercebemos nitidamente tal questão.

      Não se trata de narrativas discutidas meramente entre círculos putinianos ou chineses. O assunto já aterrisou nas grandes consultorias de empresas internacionais do naipe McKinsey, BCG, e similares. Vide como andam as ponderações acerca desse Obor (A Nova Rota da Seda) pautado pelo Pepe Escobar.

      http://www.mckinsey.com/industries/capital-projects-and-infrastructure/our-insights/one-belt-and-one-road-connecting-china-and-the-world

      http://www.mckinsey.com/global-themes/china/chinas-one-belt-one-road-will-it-reshape-global-trade

       

       

       

  3. Ótima análise como sempre do

    Ótima análise como sempre do Escobar.

    No mesmo dia do assassinato do embaixador Russo pelo policial foi encontrado morto em seu apartamento em Moscou outro diplomata com um tiro na testa. http://www.voltairenet.org/article194662.html

    Esse contexto geopolítico trazido por Pepe Escobar é algo que a mídia de referência nunca trata. Há um mundo inteiro girando ignorado pelo mainstream media. Por isso o André Oliveira ficou tão assustado com a colocação que Putin tem agido de forma coerente e defendendo interesses legítimos russos, assim como a China do Mar do Sul da China.

  4. RICST (agora sem a República das Bananas)

    O Escobar vive dentro do mundo real, sem os filtros imbecilizantes da Globo “et caterva”. Ele analisa em perspectiva a geopolítica, de tal forma que um brasileiro mediano, nesta República das Bananas, não tem bases informativas para alcançar. A tendência é o fortalecimento dos RICST. Agora sem a República das Bananas em que nossa colônia se enquadrou, mas com a Turquia. Enfim, países soberanos e nacionalistas, onde entreguistas como temos aqui em todos os setores do Estado estariam presos.

  5. Cada um tem um jeito de

    Cada um tem um jeito de analisar–e todas são válidas.

    Eu prefiro esta de Clovis Rossi:

    O alvo não é Berlim, é a liberdade

    Se o de Berlim foi de fato um atentado terrorista, como estão dizendo as autoridades alemãs, dificilmente se encontraria outro local no mundo que contivesse tantos símbolos daquilo que realmente era o alvo: o modo de vida ocidental, o que inclui uma preciosidade inestimável, a liberdade.

    Para quem não conhece Berlim, examinemos um pouco o que há na Breitscheidplatz, o local onde se instala o mercadinho anual de Natal, e imediações

    1 – Há a Igreja Memorial do Imperador Guilherme, severamente danificado durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), mas mantida como ficou para ser uma espécie de relicário sobre os horrores da guerra.

    Ao atingir esse local, o que os terroristas estão querendo dizer é que há outra guerra em curso, desta vez movida por fanáticos religiosos contra tanto os vencedores como os perdedores da grande guerra.

    2 – Há a Kurfürsterdamm, uma avenida comercial que era o epicentro do comércio chique enquanto Berlim estava dividida em duas.

    A Kudamm, como é comumente chamada, representava, naqueles tempos, o contraste entre a exuberância do capitalismo e a singeleza do comunismo, concentrada na Unter den Linden, a sua equivalente no lado oriental.

    Como se sabe, a Kudamm ganhou de goleada de sua rival oriental, ainda que, hoje, o charme esteja de novo concentrado no lado oriental, revigorado pela vitória do capitalismo.

    Editoria de Arte/FolhapressOnde foi atropelamento em Berlim

    3 – Há, nesta época do ano, o mercado de Natal, uma tradição que, na Alemanha, vem do século 15.

    É, pois, uma mescla de cristianismo com capitalismo, outra característica ocidental.

    4 – Há, por fim, a liberdade de circulação, ditada pela importância da Kudamm e ruas próximas para a circulação em Berlim.

    Depois do atentado, fica fácil criticar a desproteção de um alvo potencial tão óbvio. Ainda mais depois que, em 2000, quatro jovens argelinos foram presos enquanto planejavam um atentado justamente contra um mercado de Natal em Estrasburgo (fronteiro franco-alemã).

    Em outro mercado natalino de Berlim, o da Gendarmenmarkt, até foram estabelecidas barreiras de proteção, mas, na Kudamm/Breitscheidplatz, não há como conciliar a liberdade de ir e vir, pressuposto da vida urbana, com barreiras que de fato pudessem impedir a movimentação de um caminhão/arma.

    Como disse à emissora Deutsche Welle o jornalista Rolf Tophoven, do IFTUS (sigla alemã para Instituto para a Prevenção de Crises), “o Estado não pode garantir 100% de segurança”.

    De fato, depois dos ataques recentes em Ansbach e Würburg, o ministro do Interior, Thomas de Maiziere, já havia dito que uma sociedade aberta e livre tem que se acostumar a lidar com situações extremas —como a de Berlim na segunda-feira (19).

    Completa Tophoven: “Temos que nos acostumar com esse tipo de tragédias se queremos manter abertas nossas sociedades”.

    O problema é que, à espreita em situações como as de Berlim, estão os que buscam restringir as liberdades.

    Marcus Pretzell, líder regional da AfD (Alternativa para a Alemanha), xenófobo e de extrema-direita, já jogou no colo da chanceler Angela Merkel as vítimas de Berlim. “São os mortos de Merkel”, disparou.

    Não, não são. São os mortos da liberdade de um modo de vida para o qual não se encontrou ainda alternativa melhor.

    Se a AfD ganhar a eleição de setembro na Alemanha, os terroristas terão vencido a sua guerra

    PS : O cara, hoje, foi morto em Milão.

  6. O jogo

    Quem são os países consumidores da EEU? Os ocidentais já não são importantes para as transações comerciais com esta “União”, não mais  possuem moeda forte? Quando será que o dolar cairá?  Perguntas que o Escobar certamente pode responder. Acho muito cedo para subestimar o poder de fogo dos ocidentais do norte. Esta cantilena existe desde a década de 1960.

  7. O Escobar nos liga ao mundo da Asia

    Existe dois mundos bipolares, de um lado os americanos e os europeus. Ligados a si, 

    por seus próprios interesses. Não há chance nenhuma para América Latina com esse grupo.

    Do outro, a Eurásia; Rússia, China, ìndia, enfim. O Brasil, tem acento nesses lugares.

    Infelizmente, os tucanos enfraqueceram nossa diplomacia, nossa autoestima, nossa democracia

    e nossa soberania. Fomos traídos e enganados (nós não os trouxas).

    Teremos que lutar para ter nosso país de volta.

  8. Conspiração?

    O artigo parece afirmar que Putin e Erdogan sabiam com antecedência do assassinato, e que o resultado beneficia as camapnhas de cada um para reforçarem seus poderes ditatoriais sobre seus países. Pode bem ser; mas fico me perguntando como o autor saberia disso.

  9. Tudo quanto é de porcaria

    Tudo quanto é de porcaria mundo afora,você encontra as digitais de sangue da CIA,impondo o imperialismo ianque.Para essa República mais bananeira do que nunca chamada Brasil,eles enfiaram Sérgio Moro,provinciano,desprovido de caráter,um cretino que sequer sabe produzir uma frase de saber jurídico,aí já contabilizado o bordão digno de um calhorda:”viu doutor,mas aí doutor,tá bom doutor,pera aí doutor,tá anotado doutor,é doutor,veja bem doutor,e tome-lhe “doutor”a demonstrar e esconder o tamanho da sua mediocridade.”O emperucado exótico Donald Trump,dá ao Brasil a mesma importância que concede ao peru de natal que repousará hoje à noite,sobre sua farta e deslumbrante ceia natalina.

  10. Será que demora muito até que

    Será que demora muito até que os EUA se tornem um país capitalista? Aceite regras capitalistas como a concorrência e, acima da imposição bélica, o diálogo e a negociação, quem sabe? Por enquanto o que temos visto é um estado terrorista que se baseia na sabotagem dos méritos alheios – e não na excelência dos próprios méritos – como recurso de vitória.

    Seria bom para esse país que fosse logo pois que, demorando, certamente será cada vez mais posto de lado no que realmente importa a todos os outros paises. O eixo Rússia, Turquia e Irã assim como o BRICS são apenas dois dos milhares de exemplo de exclusão que os EUA estão sofrendo. Não demora e todos os países do mundo – exceto, talvez, Israel e o Reino Unido – voltarão as costas a eles. E afinal a opção à adoção do capitalismo – manter-se no terrorismo – implica em ter que atacar um número cada vez maior de países até ter que atacar o mundo todo.

    1. será….

      Um baile de estratégia, guerra e diplomacia por parte de Putin e Lavrov. Aprendamos. (Aqui tinhamos Celso Amorim,  Samuel P. Guimarães e o Almirante Othon e desperdiçamos tamanho conhecimento) Aprendamos. A morte do embaixador foi um recado do Ocidente que não gostou muito da derrota vexatória na Síria. Os interesses ocidentais cada dia mais isolados como Arábia e Israel. Aprendamos novamente. Democracia, terrorismo, interferência na soberania de um país, resoluções da ONU, Politicamente Correto, proteção à sociedade civil. Depende para quem interessea. Esta crise está revelando tamanha hipocrisia dos EUA, potências ocidentais e ONU. E a responsabilidade que um país deve ter em sua segurança e soberania. 

  11. A América Latina não tem chance NENHUMA

    A América Latina sem chance nenhuma com esse linha de poder: Estados Unidos e Europa.

    Somos para eles: NADA. Estamos apenas um pouco melhor que a Africa.

    Já para a Eurásia, podemos crescer como nações.

    A América Latina deve fortalecer seus laços para o progresso dos povos.

    Vamos para onde tenha SOL.

  12. A América Latina não tem chance NENHUMA

    A América Latina sem chance nenhuma com esse linha de poder: Estados Unidos e Europa.

    Somos para eles: NADA. Estamos apenas um pouco melhor que a Africa.

    Já para a Eurásia, podemos crescer como nações.

    A América Latina deve fortalecer seus laços para o progresso dos povos.

    Vamos para onde tenha SOL.

  13. Defesa anti – aerea

         A Turquia havia realizado um acordo com a China em 2013 de parceria tecnologica e desenvolvimento local, de uma versão turca do HQ-9 ( versão chinesa do S-300 V ), no valor de US$ 3,4 Bilhões, á época foram derrotados na licitação os sistema SAMP-T Aster-30 da Eurosam ( holding européia ), e o Patriot PAC-3 da LM-Raytheon/Boeing (americano ), sistemas NATO que seriam fornecidos aos turcos, sem compartilhamento de tecnologia ou fabricação local.

          A NATO pressionou bastante a Turquia, e tb. os chineses falharam em certos itens contratuais, esta soma de fatores levaram os turcos a cancelarem este acordo no inicio de 2016.

          Mas a Almaz-Antey (russa ) fabricante do sistema S-400 continuou desde 2012 os contatos com a Roketsan (estatal turca ), independente das relações de “governo-governo”, e em setembro deste ano começou a alinhavar um acordo semelhante ao que possui na Coréia do Sul ( KM-SAM/Cheolmae 2 ), com os turcos, com apoio de ambos os governos

           A NATO vai pressionar de novo ?  Vai, mas as condições politicas mudaram, Obama se vai, e a NATO no momento nem conseguiu pressionar a Bulgaria, que assinou recentemente um contrato com a RSK Mig para reforma de seus Mig – 29, muito menos anos passados, conseguiu que a Grécia anula-se sua aquisição de misseis S-300 PMI da Russia.

            Quanto ao “eixo” Eurásia :  Vai alcançar o Adriático.

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