Do Marco Zero
A crise brasileira deve se agravar com mais arrocho e desemprego até que setores do mundo político tenham o bom senso de fechar um acordo para tirar o país do caos. Essa é a expectativa do jornalista e blogueiro Luis Nassif. Profissional com décadas de experiência na cobertura da cena política e do mundo dos negócios, Nassif tem sido um dos analistas mais produtivos e argutos do turbulento quadro nacional.
Recentemente, o jornalista esteve no Recife para duas palestras, uma a estudantes da Faculdade de Direito e outra numa Plenária do movimento sindical, no Sindicatos dos Bancários, por iniciativa da Tempus Comunicação e da CUT. Entre as duas, bateu um papo com a reportagem da Marco Zero Conteúdo. Nassif fez um diagnóstico perturbador sobre as origens da crise brasileira e avaliou os males que rondam o nosso futuro. Mas ele ainda aposta na busca de entendimento de atores políticos antagônicos para tirar o país do atoleiro.
A Doutrina do Choque
Cunhada pela cientista social canadense Naomi Klein a expressão “doutrina do choque” está relacionada à teoria desenvolvida pelo economista norte-americano Milton Friedman (1912-2006). Países impactados por guerras, ataques terroristas, desastres naturais e golpes de estado estariam aptos a serem submetidos ao cardápio neoliberal das desregulamentações, privatizações e cortes em programas sociais.
Esse receituário precisa ser adotado rapidamente, entre seis e nove meses pós-choque, apontava Friedman, no momento do vazio mental causado pelo impacto do trauma.
A brutalidade da teoria fica ainda mais evidente quando se conhece sua origem. As experiências patrocinadas pela CIA para “desenvolver” novas técnicas de tortura. No Allan Memorial Hospital, em Montreal, Canadá, o psiquiatra Ewen Cameron e sua equipe dopavam pacientes e os submetiam à extrema privação sensorial, nos anos 1960, para esvaziar suas mentes, levando-as ao estado infantil, prontas para serem reprogramadas.
Essa regressão atraiu a CIA e foi implementada na Base Militar de Guantánamo (Cuba) e em Abu Ghraib (Iraque). Friedman levou o mesmo princípio para o mundo da economia e o pôs para rodar no Chile pós-golpe militar do general Augusto Pinochet, modelo seguido depois pela ditadura militar da Argentina. Naomi Klein em seu livro A Doutrina do Choque (Nova Fronteira, 2008) diz que o receituário do choque neoliberal foi aplicado também na Rússia e no Leste Europeu, pós dissolução da União Soviética; no Iraque, pós 11 de setembro; e na cidade de New Orleans destruída pelo Furacão Katrina.
Para Nassif, o “capitalismo de desastre” chega agora com tudo ao Brasil, depois do golpe parlamentar que tirou Dilma Rousseff da Presidência da República. “Depois que um país vive um choque, ele perde suas referências. Como pregava Friedman, você tem seis meses para implementar ideias que não seriam aceitas pelos eleitores em outras condições: reforma da previdência, redução dos gastos sociais e abertura para os capitais financeiros. É o que estamos vendo agora no Brasil”.
A financeirização do mundo
Para se compreender o jogo que está sendo disputado no Brasil, é necessário entender o processo de financeirização do mercado a partir dos anos 1990, avalia Nassif.
A política da maior potência do mundo, os Estados Unidos, passou a ser controlada pelo mercado financeiro. Com o processo de globalização, esse domínio se alastrou por todo o mundo. O discurso passa a ser um só: a máxima eficiência para cada empresa refletiria na eficiência global. Em 2008, o cenário é de monopolização financeira.
“Com a eclosão da crise do sistema financeiro, em 2008, o discurso de onipotência desse mercado perde força e acaba a possibilidade dele interferir na política por meio do processo democrático”.
A política anticíclica adotada pelo governo Lula em plena crise financeira mundial fortalece a economia nacional e a posição de protagonismo do Brasil no mundo. A China ganha força como nova potência econômica. Os países emergentes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) passam a ser uma referência num mundo cada vez mais multipolar. “É quando a geopolítica norte-americana surge para mudar isso”, alerta Nassif.
A razão de Estado
“A razão de ser do Estado é outra. Ele foi criado para proteger os desprotegidos. O Estado tem que ter um projeto nacional, um projeto para o país. Para a saúde, para a educação, a assistência social, a segurança. Sua atuação esbarra nos interesses de curto prazo do mercado financeiro. A dívida pública sempre foi um grande negócio do mercado financeiro. O orçamento público sempre esteve na mira de interesse do mercado”.
A análise de Luis Nassif abre uma porta para entendermos os interesses por trás da recente aprovação da PEC 55 pelo Congresso Nacional: congelamento de despesas primárias (despesas com pessoal, investimentos em infraestrutura e gastos sociais) e garantia de recursos para pagar os juros da dívida, remunerando os rentistas nacionais e internacionais. Em resumo: redução da capacidade de ação do Estado e fortalecimento do mercado financeiro.
2013: o ano em que o Brasil piscou
Com o agravamento da crise econômica e o início do fim dos tempos de bonança, a partir de 2012, setores do mercado financeiro norte-americano associados a segmentos das elites econômica, política e burocrática brasileiras ficaram em alerta. As manifestações de junho de 2013 deram o sinal de que o governo Dilma começava a perder apoio na opinião pública. Sua popularidade, afinal, depois de bater recorde, estava sendo abalada.
“Em 2013 você tinha uma estado difuso, de confusão. Sempre que você tem esse estado de coisas, o mais fácil é focar no presidente. Nos anos 80, quando as pessoas foram para as ruas protestar, elas focaram no presidente, que era um militar. Daí o apoio à democracia. Agora, a revolta mais uma vez atingiu o presidente da República, na figura de Dilma. Desta vez, enfraquecendo a democracia”, argumenta Nassif.
“Pra você fazer o contradiscurso você tem que elaborar muito mais. Agora quem tem a capacidade de elaborar mais, tem os instrumentos, a visibilidade, é a presidenta da República, então se ela não te dá as bandeiras, não faz o discurso político, aquilo não tem jeito”. O jornalista avalia que faltou a Dilma e ao PT o entendimento de que era preciso fazer um esforço para entender e desenvolver uma aproximação política junto aos novos grupos de esquerda que foram para as ruas, tais como o Movimento Passe Livre (MPL). A falta de visão e a burocracia interna do PT impediram essa aproximação.
As forças políticas de direita não perderam tempo e avançaram. Em 2013, quando as elites locais associadas ao sistema financeiro internacional veem que a população está pronta, eles planejam dois escândalos de interesse geopolítico americano: Petrobras e FIFA. O Ministério Público entra de cabeça nisso e fecha diretamente acordos de cooperação com os Estados Unidos, sem que estes sejam avalizados pelo Ministério da Justiça brasileiro.
O escândalo da Petrobras tem o objetivo de desmantelar a base de operação da maior empresa nacional e, portanto, toda a cadeia brasileira de petróleo e gás, abrindo espaço para o controle dessa indústria pelas empresas multinacionais. O escândalo da FIFA serviria para expor e abrir o segmento de mídia no Brasil, o único mercado nacional fechado para o capital internacional.
Os norte-americanos percebem então que as informações sobre a Petrobras fluem rapidamente e em grande quantidade, mas o mesmo não acontece com o escândalo da FIFA, informa Nassif. Tinha a Rede Globo no meio do caminho. “A corrupção da FIFA é uma criação do Brasil. Uma criação da Rede Globo”, pontua o jornalista.
A partir daí, a mídia, a oposição e o “mercado” começam a tocar, sem trégua, a agenda do caos. Nada presta, nada funciona. E a culpa é sempre do governo federal. É por exemplo o que acontece com as previsões catastróficas em torno da realização da Copa do Mundo. “No mundo real, tudo foi um show. Os estádios ficaram todos prontos a tempo, apesar das previsões da imprensa. As matérias então deixam de ser sobre a construção e começam a falar que falta sabonete nos banheiros dos estádios. Um absurdo completo. O que importava era bater”, critica Nassif. A teoria do choque começa a rodar.
Com a derrota eleitoral em 2014, “Aécio, José Serra e Fernando Henrique Cardoso tornaram-se os porta-vozes do caos estimulando o movimento golpista nas ruas e nos jornais, enquanto a parceria Procuradoria Geral da República/Lava Jato/mídia tratava de incendiar a classe média com as denúncias de corrupção focadas exclusivamente no PT e em Lula”.
Aos erros praticados pela própria presidenta, de implantar a agenda econômica restritiva pregada pelo seu adversário (Aécio Neves, na campanha de 2014), designando Joaquim Levy para comandar o ajuste fiscal, somaram-se a perda da base parlamentar e a atuação de Eduardo Cunha e do PSDB para inviabilizar, no Congresso Nacional, os projetos do governo que tentavam de alguma forma consertar seus próprios desacertos.
Nassif explica que a indústria sofreu profundamente com a sobrevalorização cambial durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso. No governo Lula, as empreiteiras passaram a ter um papel fundamental na política industrial nacional, na construção de estaleiros, na defesa nacional. Mas tudo isso muda com a chegada da Operação Lava Jato, comprometendo a saúde financeira e o status das empresas investigadas.
“A Lava Jato podia punir os executivos, mas preservar a empresa. A contrapartida dessas empresas foi fomentar uma grande base tecnológica no Brasil. O cenário agora é de desolação, deixando cidades do Rio Grande do Sul na miséria e uma situação de caos no Rio de Janeiro”. Estados que tiveram que demitir milhares de trabalhadores nos segmentos de indústria naval e petróleo e gás.
“Você hoje tem 16 projetos de empresas nacionais que venceram concorrências no exterior e que o BNDES já não pode mais financiar. Vivemos o inferno brasileiro. Montaram um inferno no Brasil para ser governado pelo Michel Temer. Não tem jeito de uma coisa assim funcionar”.
Pior, as investigações da Lava Jato são dirigidas, seletivas, acusa Nassif. “Estamos chegando a uma situação clara em que o procurador-geral trabalha para proteger o PSDB. Veja a que ponto chegamos”.
Um novo acordo
Para tirar o Brasil do atoleiro, só um pacto, um acordo entre forças políticas distintas. “A questão é qual é o tempo para tudo mudar. O governo Temer ia ficar dois anos e meio e já acabou. O PSDB quer jogar FHC. Ele não tem esse dinamismo. Tem 85 anos.”
No caso de uma radicalização à direita, Nassif chega a apontar a possibilidade, “gravíssima”, de uma brecha para as Forças Armadas. Mas seria uma saída ruim para os dois lados, tanto para a esquerda quanto para a direita aliada do capital estrangeiro, segundo o jornalista. Para a esquerda porque as Forças Armadas veem um inimigo comum (justamente os partidos de esquerda). Para a direita, porque as Forças Armadas têm um projeto nacional (de desenvolvimento, nacionalista), que deve se chocar com os interesses nem um pouco patrióticos do mercado financeiro.
“Neste cenário, a saída é algum tipo de entendimento. A crise que temos é uma crise política. Mas temos também os economistas tucanos, eles não estão nem um pouco interessados em resolver os problemas da economia, mas em desestruturar o pais. É preciso vir algum tipo de acordo”.
Questionado se esse acordo teria que passar pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula, Nassif diz que não tem outro jeito: “No fundo acaba dando neles. Infelizmente porque nós não conseguimos criar outras referências. Estou falando eles e chamando outros aí também, né? O Supremo. Você tem dois fatores aí que vão dar o tempo do acordo. O primeiro fator é o grau de consciência dessas elites nossas. Elas são muito ruins. O segundo fator é a velocidade do aprofundamento da crise, que é muito rápida. A última chance que essas elites políticas têm de preservar o poder – e acabar evitando um aventureiro de fora – é um acordo para impedir o aprofundamento da crise, e isso significa um grande pacto que passa por renegociação de dívidas das empresas e pessoas físicas, aumento de gastos, reativação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), reativação da indústria de petróleo e gás”.
O fortalecimento dos novos e também dos tradicionais movimentos sociais joga um papel importante no pêndulo político de um futuro acordo, incluindo aí o movimento estudantil e os movimentos feminista e negro, MST e MTST, entre outros. “É importante porque você tem que ter uma preservação desses avanços, dessas políticas sociais, disso tudo. Você tem que ter uma pacificação nacional. E uma pacificação nacional significa você atender os reclamos justos dos movimentos sociais”.
Recuperação exige agenda anticíclica
Esse acordo, de que fala Nassif, teria, segundo o jornalista, que “atropelar os princípios neoliberais”. O acordo precisa primar pelo aumento de gastos públicos e despesas sociais para os grupos de baixa renda voltarem a consumir. “A cultura brasileira, esses valores nacionais, vão estar por trás da recuperação do nosso país”. Em resumo, um novo receituário econômico entraria em pauta, anticíclico: choque de despesa pública (relação dívida/PIB é grande por causa dos juros), retomada das obras do PAC para reativar a base de infraestrutura do país. Retomada de obras do polo petroquímico, mais incentivos às políticas sociais, renegociação das dívidas das empresas. Tudo para sanar os efeitos recessivos das políticas implementadas por Dilma/Joaquim Levy e Temer/Meirelles.
Essas seriam as duas principais bases de um acordo: tirar o país da recessão e prepará-lo para novas eleições diretas.
“A crise é maior do que a ideologia, não tem como passar do primeiro semestre (de 2017). Eu acho que o Bolsonaro não vai adiante. Acho o Ciro (Gomes) uma ameaça maior do que o Bolsonaro. É preparado, mas não tem a menor noção de relação de forças. Ele seria um grande assessor de um presidente que soubesse negociar. A fala dele é desproporcional ao poder dele. Aliás, quem tem muito poder, fala pouco”.
“A empresa jornalística tem o direito de propriedade. A liberdade de expressão é do jornalista”
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Depois do tanto que lutaram e
Depois do tanto que lutaram e dos trilhões que gastaram para jogar o país na mérda, tem que ser muito otimista acreditar que exista algum pensamento em devolver o país aos trilhos, né não? Os problemas dos eua são 2 com relação ao Brasil: A) interno = PT Lula Dilma e B) externo = BRICS. O gigante está desesperado, alem de não abrir mão de absolutamente nada, se perceber alguma ameaça ao seu plano diabólico, a jiripóca vai piá…
Ainda não está óbvio para a
Ainda não está óbvio para a Troskada que eles destruiraqm o Brasil em 2013 ???
Vai precisas esfregar na cara deles quantas décadas para eles verem a merda que fizeram.
Marcelo33, certamente, vc não morava debaixo da ponte em 20122
O capitalismo acabou com as esperanças do Marcelo33 mas ele não culpa o capitalismo culpa a Dilma.
Antes de 2013 pessoas vivivam debaixo de pontes, em barracas, em palafitas, em favelas, desempregadas, sem saúde e sem educação. Em 2013 a Dilma acabou com o Brasil prá essas pessoas. A culpa delas viverem assim não é do capitalismo, é do PT.
Tomara que o Marcelo33 tenha que tomar chupa da boca de jumento prá ver se ele cai na real e enxergue que o problema é econômico, não político.
Esse país está morto.
Lula e
Esse país está morto.
Lula e FHC não tem como fazer um acordo. Primeiro por que um agora é todo Poderoso (FHC) eLula não tem poder nenhum. O único acordo que FHC ofereceria a Lula é livrá-lo da cadeia em troca de poderdestruir o Brasilç a Vontade.
FHC tem TUDO no atual momento. Ele quer destruir o Brasil, por que fará algum acordo para salvá-lo ??
Esse país está morto. O único acordo que vejo é um acordo para conseguir tocar minimamente a terra arrasada, daqui há uns 20 anos, com FHC morto de morte naturais e Lula assassinado. O acordo CARACÚ da redemocratização só foi possível com praticamente todas as lideranças militares pré-64 mortas. O único que estava vivo foi o Brizola, mas ele era justamente por isso o menos palatável para ocupar a presidência Até Lula era muito mais aceitável que ele.
“Para Nassif, em algum tempo
“Para Nassif, em algum tempo no futuro – “eu não sei em quantos anos” – a atuação dos integrantes da Lava Jato deverá ser julgada, considerando os males que causaram ao sistema político e à indústria nacional. “Você tem várias coisas em que eles podem dizer que estavam cumprindo a lei. Agora, você fazer acordo nos Estados Unidos contra empresas brasileiras e contra a Petrobras? Isso não tem quem livres eles não”, avalia o jornalista e analista político.”
Comissão da verdade 2.0, com 99,99% dessa galera Morta, e com os 0,01 % restantes impossibilitados de serem jogados na cadeia, por algum acordo idiota tipo a Auto-Anistia.
Daqui há 40 anos, nossa elite irá falar de MORO, o terror de Luís Inmácio Lula da Silva. O Neto de Bolsonaro irá dedicar o voto do impeachment de daqui há 40 anos a memória de Moro e Dallagnol….
E outra coisa. Traição a pátria no Brasil não dá cadeia e não dá morte. Traição a pátria no Brasil te transforma em nome de Bairro, nome de Avenida importante, nome de Rua. O Destino dos traidores do Brasil sempre foi esse.
O Brasil é um país que se odeia, logo, a traição aqui é sempre bem-vista.
Não tenho dificuldade de me ver sentado daqui há 50 anos na esquina da Moro com Dallagnol, na Esquina da Rodrigo Janot com Gilmar Mendes. Tenho dificuldade é de me ver aposentado nessa época.
Kyenes tem seu posto ocupado por Bastiat
Então se eu quebrar uma janela, isso é benéfico ou maléfico para a sociedade?
Bastiat achava que era maléfico; os neoliberais acham que é benéfico.
Vai gerar demanda por uma nova janela, mantendo os empregos. Em vez de quebrar janelas trabalhar menos, não vem ao caso, pois não cria possibilidade de investimentos com retornos satisfatórios.
Bastiat, Keynes e os Neoliberais
Bastiat viveu numa época em que o que faltavam não eram opções de investimento mas poupança, em que o problema era eminentemente a oferta, a escassez, não a demanda, a superprodução. Marx foi contemporâneo de Bastiat mas via muito além do seu tempo e conseguiu que o problema não era a escassez, mas a superprodução. Assim, a sua solução era não provocar desastres, pois os recursos investidos na reperação dos desastres podiam ser investidos na produção de outros bens. Keynes também achava que os desastres eram desnecessários, bastaria o estado dinamizar a economia, fazendo com que a iniciativa privada voltasse a investir seu dinheiro. Para ele, o problema não é falta de opção de investimento rentável, o problema é a desconfiança do empreendedor na expectiva da demanda efetiva e segurança do retorno dos investimentos.
Para os neoliberais, o desastre é benefíco socialmente, porque, o problema aqui não é a ausência de poupança, ou seja, o problema não é a escassez, ao contrário, o problema é a falta de opção de investimentos rentáveis e ao mesmo tempo manter a população trabalhando. Eles jamais pensariam, tal qual Keynes e Bastiat em reduzir a jornada de trabalho para manter os empregos, mas em possibilidade de investir em outras coisas e manter o povo trabalhando para aumentar a oferta, Para todos eles, em suma, o problema é a escassez, a oferta, não a superprodução, ou seja, a demanda. Mas os neoliberais acham que os desastres dinamizam a demanda e mantem o povo ocupado, sem tempo de lazer.
grande entrevista
Grande entrevista de Luis Nassif ao Marco Zero. Reunidos todos ingredientes de um bom artigo : Lucidez, imparcialidade, independencia, equidistancia, argumentação objetiva e não trivial. Consolida Luis Nassif como um dos grandes jornalistas e pensadores em atuação no Brasil.
Temer desperta só o espírito de porco dos homens de negócio
Porque Temer não desperta a confiança dos homens de negócio no cenário econômico?
O problema aqui não é a destruição nem a escassez, como em Bastiat, é que os nossos capitalistas só aceitam taxas de lucro estratosféricas, eles nem suspeitam que quanto menor a taxa de lucro, maior a massa de lucro, porque o sujeito vende mais barato do que os seus concorrentes mas em compensação rouba-lhes a clientela, levando-os à falência.
Ele triunfa sobre os concorrentes porque extrai com um grau de eficiência mais elevado do que o do seus concorrentes a mais-valia dos seus empregados.
Assim é. País sem pudor!
SE EU FOSSE VOCÊ, PROCURARIA ENTENDER UM POUQUINHO MAIS!EU LI E ENTENDI MELHOR ALGUMAS COISAS… Só há uma saída… Assim é. País sem pudor! USE SUA ARMA MAIS PODEROSA, MAIS LETAL!> https://gustavohorta.wordpress.com/2016/12/26/assim-e-pais-sem-pudor-use-sua-arma-mais-poderosa-mais-letal/ “Oi.Oi você que terá que trabalhar até morrer.Oi você que não tem mais o direito de se aposentar com dignidade, pois roubaram seu direito para dar aos mais ricos que você, aos muito mais ricos…Oi você que não tem gás lacrimogêneo para usar, pois os que roubam de você têm a exclusividade para usá-lo contra você.Oi você que não tem balas de borracha. pois os que te manipulam e estupram têm a exclusividade de usá-las contra você.Oi você que não tem mais direito à saúde pública, …”
Keynes é subconsumista, Bastiat o problema é a oferta
Keynes escreveu; “Pyramid building, earthquakes, even wars may serve to increase wealth.” Para Keynes, o problema não era a escassez nem a superprodução, era o subconsumismo. Desse ponto de vista, disastres naturais e sociais ajustavam a oferta ao baixo consumo, além de absorver mão-de-obra ociosa, aumentando o consumo.
Fiquei surpreso na entrevista
Fiquei surpreso na entrevista ao ver que Nassif considera Ciro Gomes um risco parecido com Bolsonaro. Ciro tem lá os seus defeitos mas não vejo grandes opções no quadro atual, ainda mais com Lula forçando a barra para continuar a ser o grande líder das esquerdas (ou melhor seria dizer dos nacionalistas ?) e impedindo uma renovação que já deveria ter ocorrido em 2010 caso tivesse a mínima noção de que Dilma não tinha cacife político próprio para lidar com a presidência da república. Lula, para ser um candidato viável, não pode se escorar apenas em 25 % de projeção de votos dados por um eleitorado fiel, sem considerar os outros 75 % que tem um perfil bem diferente. Ele teria que fazer uma autocrítica consistente de como tudo chegou nesse patamar justamente depois de um grande período de seu reinado, seja direto (até 2010) ou indireto (pós-2010). Corremos o risco de Lula voltar e falhar nas suas tentativas por tentar reeditar sua “fórmula vencedora” sem entender porque isso deu certo em certo momento e não daria mais certo. Isso para mim jogaria toda a esquerda no caos e seria pule de 10 para implantar uma ditadura sem eufemismos. Uma outra hipótese também ruim é a continuação da orientação neoliberal num novo governo eleito, possivelmente um governo Alckmin, que imagino seja o provável candidato competitivo pela direita tradicional.
Só existe uma forma de
Só existe uma forma de abortar rapidamente o projeto de Michel Temer de foder os brasileiros com ajuda dos investidores internacionais.
Aterrorizando os investidores internacionais:
@georgesoros Forget the “positive thought” of @MichelTemer and remember what I said: we’re going to burn all the money you put in Brazil.
Bom, a única possibilidade do
Bom, a única possibilidade do tal acordo entre Lula e FHC rolar, ao invés de uma intervanção militar, é se esse acordo em si for uma intervenção militar da qual nunca o grande público tenha conhecimento (Tipo a suposta “Intervenção militar” no episódio da condução coercitiva do Lula).
Seria algum acordo tipo quando eu brigava com meus irmãos e minha mãe falava que ia esfregar a cara um na cara do outro até sair Sangue….
Mais para as esquerdas esse acordo seria péssimo, afinal, os militares não são um intermediário justo entre esquerda e direita. Na prática, seria uma Rendição negociada da esquerda (Lembrando que a batalha política do Brasil Hoje é a batalha entre grupelhos de direita, que cada um deles isoldado, é mais forte que todas as esquerdas). A guerra direita x esquerda no Brasil de hoje é uma guerra de aniquilação total, estilo Canudos, com a direita querendo erradicar a esquerda. Com esse acordo, a esquerda conseguiria uma rendição negociada.
Possíveis pontos desse acordo:
1-Lula seria absolvido de todas s acusações, mas estaria impedido de se candidatar novamente a presidência da república, nem em 2018, nem adiante (O acordo poderia ir além e exigir a retirada de Lula da vida pública, ele não poderia sequer mais apoiar algum candidato a presidência).
2-Em troca da absolvição de Lula, Moro, Dallagnol e afins permaneceriam em seus cargos e intocados. De forma alguma, a atuação dos integrantes da Lava Jato será ser julgada, considerando os males que causaram ao sistema político e à indústria nacional. Janot não será reconduzido e possivelmente pedirá aposentadoria
3-O Ministério Público e o Judiciário teriam seus poderes contidos como um todo. A Imprensa não deverá se empenhar em sentido contrário. Em compensação, ninguém mexeria com os supersalários nem com quaisquer privilégios por um determinado prazo X.
4-Como parte de um acordo com o legislativo, a Petrobrás não seria privatizada, podendo ser cabide de empregos e fonte de recursos de corrupção. Em compensação, a legislação do petróleo ficaria como está hoje (Pelo menos inicialmente). Os campos do pré-sal privatizados tenderiam a permanecer com quem os levou. Por outro lado, não seriam feitos novos leilões por um prazo Y (Aqui eu tenho dúvidas. os militares talvez quisessem desfazer isso, por preocupações Nacionalistas, etc… mas acho que se nossos militares tivesse alguma coisa de Nacionalistas, a situação não chegaria a esse ponto).
5-A PEC 55 seria derrubada na câmara e no Senado. PSDB e DEM seriam votos vencidos. O Centrão receberia um dinheiro polpudo para derrubar a PEC. A PEC inviabiliza a recuperação da economia, logo não poderá se manter. E pode ter sido aprovada justamente como moeda de troca para esse acordo.
6-A reforma trabalhista sairia, talvez um pouco abrandada em relação ao que sairia sem o acordo. A reforma da previdência sairia, porém menos Draconiana. Militares ficariam Fora da reforma da previdência. Possivelmente o Judiciário também.
7-Temer sairia e Nelson Jobim, com bom trânsito junto as FA (De verdade, Não aquela Mentira deslavada sobre o Aldo Rebelo), entraria via eleição indireta.
8-Os ganhos pecuniários dos golpistas seriam mantidos
9-Possivelmente, haveria um novo plesbiscito, no meio do mandato do próximo presidente, para tentar reinserir o parlamentarismo.
10-O PT teria que abandonar o discursdo do golpe. A partir do pacto, tudo estaria legitimado, o novo presidente, as novas eleições… o PT jamais poderia falar novamente de golpe em 2016. O Impeachment seria legitimado e Dilma tb teria de se afastar da vida pública.
Consequencias desse acordo.
– Estenderia-se um tapete vermelho para o PSDB na presidência a partir de 2018.
– A esquerda ficaria no ostracismo por NO MÍNIMO uma década.
– O Estado de Bem-Estar Social da constituição de 1988 não morreria, porém, seria fortemente abalado, e permaneceria sob ameaça constante.
Eu acho esse acordo uma bosta. Mas talvez seja o possível.
Todos esses vagabundos
Todos esses vagabundos enriqueceram roubando toas as instituições brasileiras. Formaram imensas quadrilhas mafiosas que se acham donas das riquezas nacionais. Um dia o povo haverá de entender tudo isso e aí sim, TEREMOS UM JUDICIÁRIO DECENTE, UM LEGISLATIVO E UM EXECUTIVO, vigiados pela população brasileira, diuturnamente. Por enquanto, todas as instituições públi8cas estão abarrotadas de bandidos familiares de todos esses canalhas sujos.
Este desafio não tem solução.
Por isto rabisquei sua mão.
Processo de catequese como
Processo de catequese como parcerias, cursos, etc. Não mencionou as medalhas. Tem juiz e procurador doido por uma medalha. Então, a distribuição de medalhinhas (de lata?) é muito importante.