Jornal GGN – Com a mudança no Ministério da Saúde e a tentativa do governo Bolsonaro de acabar com a imagem negativa do país pelo mundo, em meio à polêmica condução da pandemia no Brasil, a pasta participará da reunião da OMS (Organização Mundial da Saúde) que tratará do balanço do coronavírus.
A conferência desta sexta-feira (30) deve contar com a participação de Marcelo Queiroga, após o governo Bolsonaro dar sinalização positiva à instituição, comunicando-se com o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreysus.
A informação, divulgada por coluna de Jamil Chade, do Uol, é que se trata de uma tentativa de aproximação do país à OMS, que pressiona por mudanças de postura e medidas sanitárias não adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro, de forma a evitar a propagação do vírus.
A postura, ainda, seria um sinal aos parlamentares da CPI da Covid, de que o governo estaria disposto a seguir as recomendações da OMS, pela primeira vez há mais de um ano, desde que a pandemia teve início.
Não somente alvo da CPI, internamente, Bolsonaro já foi criticado pelo próprio Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), que encaminhou um relatório à COmissão Interamericana de Direitos HUmanos da OEA (Organização dos Estados Americanos), denunciado o mandatário brasileiro pelo que chamou de “política deliberada” de crise sanitária.
De acordo com Jamil Chade, o documento que chegou às mãos da presidente da Comissão, Antonia Urrejola, lista o cenário brasileiro, após uma observação e acompanhamento realizado pelo órgão.
“O conjunto de fatos e análises narrados nos permite concluir que o governo federal, principalmente pelo seu Ministério da Saúde, adotou o negacionismo como estratégia de lidar com a pandemia, executando de forma sistemática ações ao largo dos conhecimentos científicos existentes e deixando de absorver os avanços ocorridos durante o próprio estado de emergência pandêmica instaurado”, escreveu o CNDH.
“Não foram erros pontuais ou falhas por desconhecimento ou falta de expertise necessária, mas um conjunto de ações e opções deliberadas, conscientes e coerentes, cujo resultado até agora são números estarrecedores. Hoje as mortes chegam perto de 400 mil e os casos confirmados, oficialmente, mais de 14 milhões”, concluiu, no informe.
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