Governo é criticado por alardear novo remédio contra COVID-19

Teste divulgado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia foi feito em células e pode não ter resultados bons em organismos complexos

Jornal GGN – O Ministério da Ciência e Tecnologia sob Marcos Pontes anunciou nesta quarta (15) que teve 94% de sucesso com o uso de um medicamento pediátrico, de fácil fabricação nacional e de preço acessível, na luta contra o coronavírus. Nas redes sociais, a repercussão do anúncio dividiu opiniões.

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Enquanto alguns postavam que há esperança de retorno à normalidade em breve – e o próprio ministro projetou ter novidades até meados de maio – outros chamaram atenção para um fator determinante: o teste alardeado pelo governo foi feito in vitro, com células, não humanos.

Neste mesmo cenário, a cloroquina também manifestou alta taxa de sucesso, escreveram internautas em grupos de debate sobre o coronavírus. A questão é que, quando a substância é utilizada em organismo mais complexos, a eficácia caiu consideravelmente e não chega a ser comprovada.

Para os críticos, o governo errou em gerar esperança em cima de uma informação tão embrionária. Por outro lado, é elogiável a decisão de, pelo menos, não ter revelado o nome da substância em teste, para não atrapalhar os estudos nem provocar uma corrida às farmácias.

 

Redação

1 Comentário

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  1. Lógico que a gente precisa torcer por qualquer medicamento ou vacina que neutralize definitiva e eficazmente a Covid-19.
    O problema é que enquanto ficam anunciando, apostando e advinhando o que vai ser, além de transformar tudo em política (de boteco) e conflito, até dentro do próprio (des)governo, imaginando milagres como bons crentes ideológicos (que combinação!), milhares de pessoas vão morrendo cada vez mais.
    Comportamento moleque, em vez de cumprirem seu papel de providenciar o que COMPROVADAMENTE está salvando vidas em vários países: testes, respiradores, leitos, EPI’s (máscaras, aventais, etc.), médicos, enfermeiros,. Tudo faltando e daqui a pouco, até espaço, caixões e covas.
    Invariavelmente, morrerão muitos milhares até que eventualmente aconteça qualquer “milagre anunciado” (e Bolsonaro receba o prêmio Nobel, pela “descoberto e desenvolvido” a hidroxicloroquina e azitromicina). O que de fato se encaminha é a TRAGÉDIA anunciada!
    A Alemanha (5a. em casos), um dos líderes mundiais em leitos e respiradores e demais recursos, junto com o Japão, tem uma taxa de letalidade de apenas 2,8%. Reino Unido, França, Itália, Espanha e Bélgica* têm todos entre 10,4% e 13,2%.
    Fazendo uma simples regra de 3, se a Alemanha (~135 mil casos) tivesse uma letalidade de 13%, teria ~17.550 mortos. Como tem ~3.800, pode-se inferir que salvaram-se quase 14 mil pessoas. Se o inverso acontecesse na Itália (de 13,1% para os 2,8%), seriam salvas outras ~17 mil pessoas.
    Fazendo o cálculo para o mundo (L=7%), a redução seria de 135 mil para 58 mil ou ~77 mil salvos, até agora.
    Evidente que haveria variações, mas TODAS seriam favoráveis e resultariam em menos mortes.
    No Brasil já seriam quase mil salvos (mortos “à mais”). Na conta do (des)governo?
    Neste exato número, certamente não.
    Mas parte dele (e crescendo)?
    Com certeza!

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