Falta de verba pode levar instituições federais a interromper atividades

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Pelo menos 17 universidades e institutos correm risco de parar até o final do ano; algumas só tem verba para funcionar até novembro

Pelo menos 17 universidades e institutos de ensino federais podem interromper suas atividades até o final deste ano devido ao corte de verbas realizado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

Levantamento do jornal O Globo mostra que instituições como as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), da Bahia (UFBA), do Pará (UFPA) e de Juiz de Fora (UFJF) possuem poucos recursos inclusive para o pagamento de contas como água e luz.

Apenas em 2022, as universidades federais perderam mais de R$ 400 milhões em recursos discricionários – que, ao contrário dos gastos obrigatórios, podem ser remanejados para outras áreas.

Entretanto, esses recursos são usados para manter o funcionamento das instituições por serem usados no pagamento de contas de água, luz, limpeza, segurança e manutenção predial, além de bolsas, auxílio estudantil, equipamentos e insumos.

O governo de Bolsonaro tem realizado sucessivos cortes nas verbas das instituições educacionais federais: entre 2011 e 2021, o orçamento discricionário despencou de R$ 12 bilhões para R$ 4,4 bilhões – para 2022, o ajuste para R$ 5,1 bilhões não foi suficiente para a recomposição das atividades presenciais após o auge da pandemia de covid-19.

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