Vinde a mim as criancinhas, por Sergio Saraiva

Pela direita e pela esquerda, a juventude, já há um tempo, deixa claro que prescinde dos partidos políticos para fazer política. Porém, ainda não temos um modelo institucional que prescinda dos partidos. Essa é a verdadeira crise política que enfrentamos.

O dedo dos jovens

O poeta Gregório Duvivier, por estes dias, deixou registrado na sua coluna na Folha de São Paulo seu estranhamento com a composição atual do Congresso Nacional:

O Congresso brasileiro não é a cara do Brasil. Ele é a cara da elite do Brasil. O Congresso brasileiro parece o salão de jogos do Country Club: uma versão mais masculina, mais branca, mais hétero, mais velha e mais empresária do Brasil”.

E para que não parecesse apenas opinião, apresentava números:

“Os empresários, apenas 4% da população, são 43% dos deputados. Sim: proporcionalmente, a Câmara dos Deputados tem dez vezes mais empresários do que o Brasil”.

“As mulheres são quase 52% da população. No entanto, você consegue encontrar mais mulheres jogando rúgbi do que na Câmara dos Deputados. O povo brasileiro se declara, em sua maioria, negro ou pardo (53%). O Senado brasileiro tem menos negros que o Senado da Suécia (não é uma expressão, é um fato). O mesmo vale para os gays: apenas um deputado entre os 513 se declara gay. Já os transexuais e a população indígena não tem a mesma sorte. Nenhuma das duas minorias tem sequer um deputado federal ou senado”. 

“Quanto aos jovens, melhor procurar num jogo de bocha. Jovens com até 34 anos são 39% do eleitorado e 10% do Congresso”.

Nesse último grupo, os jovens, podemos colocar o próprio Duvivier com seus 29 anos.

Lembrou Renato Russo e chamou o Congresso de “festa estranha, com gente esquisita”.

No que se refere a pouca participação de jovens no Congresso Nacional – 10%, poderia ter lembrado Cazuza: “não me convidaram pra essa festa pobre, que os homens armaram pra me convencer, a pagar sem ver por toda essa droga, que já vem malhada antes de eu nascer”. Em tempos de Eduardo Cunha, talvez fosse mais apropriado.

Concordando com Duvivier, a Folha traz, neste dia de Natal de 2015, uma matéria que mostra que o problema é provavelmente maior. Para que a representação de jovens cresça no Congresso é preciso antes que ela cresça nos partidos políticos. E ela tem decrescido. Os partidos estão cada vez mais velhos, os partidos estão perdendo seus jovens, ou seja, os militantes entre 16 e 34 anos.

Partidos velhos

Qual seria a explicação?

Em relação ao PT, pode ter sido justamente a sua chegada ao poder.

Como explica o historiador Lincoln Secco: ”antes, a motivação para se filiar ao PT era um ato de rebeldia. Agora, passa por uma expectativa de carreira, de obter um cargo. Essa tendência, que é algo visto em todos partidos sociais democratas que chegam ao poder: atrai um número restrito de pessoas porque fica limitado à capacidade de oferecer cargos”.

Mas e em relação às outras siglas? Por que os partidos de oposição não atraíram os jovens que antes se sentiam atraídos pelo PT?

Creio que a explicação está em que o que se aplica ao PT, se aplica a quase todos os outros partidos:”antes, a motivação para se filiar ao PT era um ato de rebeldia”. E o quase na frase anterior é devido a uma exceção que confirma a regra. O PSOL tem em seus quadros 40,3% de jovens. Coerente.

O Partido Comunista que comia as criancinhas da década de 60 do século XX, hoje, só existe na cabeça de quem ainda é do século XX.

Os partidos já não representariam a possibilidade de transformação, de exercício institucional da rebeldia, da revolução. Seriam todos meio que mais do mesmo. O processo político-partidário do Brasil estaria passando, por essa ótica, pela “síndrome do fim da história” de Fukuyama.

Mas não que os jovens tenham abandonado o fazer política. Somente que a estão fazendo à margem dos partidos. Isso, aliás, já sabíamos. O que a Folha oportunamente nos traz são os números colhidos junto ao TSE.

“A juventude não se organiza mais nos partidos, tende a ir para movimentos autonomistas em torno de pautas específicas. O MPL [Movimento Passe Livre, que liderou os protestos de 2013 contra o reajuste no transporte] foi uma evidência disso, assim como as ocupações de escolas”. Recorda-nos Secco na matéria da Folha.

Os tempos são velozes.

O MPL e 2013 já estão no passado, recente, mas passado. A garotada que ocupou as escolas, e que, aparentemente, se inspira em movimentos estudantis chilenos, que conheceu e com os quais se comunica pela internet, encarou a polícia de Alckmin e derrubou o secretário da educação e sua “reorganização escolar” fez política da melhor qualidade sem nenhuma bandeira partidária – só cidadania.

E também há seu contraponto.

Kim Kataguiri, de 19 anos, líder do MBL – Movimento Brasil Livre, corruptela de MPL.

Ainda que babe ovo para Eduardo Cunha, é uma extrema direita jovem, com o perdão do oximoro contido em juventude e extrema-direita, que, em princípio, se apoia na internet e não nos partidos políticos. Em princípio, pelo menos.

Na internet também está a neta de Lula, Bia Lula, a loirinha zangada mostrando o dedo do meio, na ilustração que abre este post, e mandando seu recado para a Globo:

“Quero deixar claro que o Grupo Globo não me pauta, e que não vai fazer comigo o que tem feito com minha mãe, desde as eleições de 89, e com os meus tios, diariamente difamados e caluniados pela imprensa golpista. Sem contar o que fazem com o maior amor da minha vida e o melhor Presidente que este País já teve, meu avô, Luiz Inácio Lula da Silva”.

“Quero deixar claro que o Grupo Globo não me pauta”. É, decididamente, ela não necessitou de uma nota de desagravo do partido. Tinha o facebook e o twitter: #FORAGLOBO, #FORACUNHA e #DILMAFICA. Pode ser que ainda a encontremos em uma chapa eleitoral; netos não são incomuns na política brasileira, uns mais novos, outros nem tanto, não vou aqui citá-los; mas até onde fui, Bia investe na carreira de atriz.

Não que o PT esteja ausente das preocupações na nossa mocidade, ele aparece no happening dos ”jovens” que agrediram Chico Buarque de Holanda, esses eram claramente antipetistas. Ainda que, provavelmente, nem saibam o que isso significa. Por certo, analfabetos políticos não deixam de ser políticos. Antipetistas, mas não me consta que, mesmo eles, fossem filiados a algum partido.

Pela direita e pela esquerda, a juventude, já há um tempo, deixa claro que prescinde dos partidos políticos para fazer política. Porém, ainda não temos um modelo institucional que prescinda dos partidos. Essa é a verdadeira crise política que enfrentamos.

Falamos tanto em reforma política. Institucionalizar essa garotada parece-me ser a mais urgente delas, só não sei como. O que temos a lhes oferecer? Filiação partidária?

 

PS1: a Folha, na matéria citada, mais uma vez, desperdiça assunto, talento e informação: “Em 4 anos, proporção de jovens no PT cai mais do que em outras siglas”. Com um material tão rico nas mãos, essa foi a melhor manchete que conseguiu?

PS2: a Oficina de Concertos Gerais e Poesia apoia o Movimento Golpe Nunca Mais

golpe nunca mais1
Redação

13 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. A Folha
    Sergio,
    para haver desperdício de talento e informação, há que se tê-los em estoque e em uso em primeiro lugar. Desconfio de que a Folha tem carecido destes ativos, e com a crescente fadiga de seu material humano, não tem sequer para desperdiçar.
    O assunto é importantíssimo.
    A Folha não fez a manchete – colocar “PT” e “caiu mais do que em outras” na mesma sentença é mais do mesmo, repetição diária e sem efeito – e te deu mote e oportunidade. Ela deveria te oferecer teu peso em ouro por este post. Não perderia a manchete, nem a declinante reputação. E ganharia no produto final a ofertar.
    Análise alarmante, é verdade, mas a realidade também, considerados os dados apresentados.
    Aqui não houve desperdício. 100% de aproveitamento. Produção para a frente, se ainda me lembro dos tempos de faculdade.
    Excelente análise.

  2. Proposta politica

    Conforme o texto acima o Brasil não é representado no Congresso Nacional. Porque não adotar o critério de representatividade no congresso nacional conforme a realidade do povo brasileiro. 53% mulheres, destas x 5 de negras, acima de x idade; x % de jovens…. etc, conforme dados do IBGE

  3. Afinal o que desejam os jovens?

    Um governo serio, forte e competente poderia durar 4, 8 ou mais anos. Um fraco, incompetente deveria cair em 1 mês.  O Brasil é um país hoje em que a administração política está anulada. Um governo que tem dez partidos com 320 deputados, e nenhum partido tem fidelidade ao governo, nenhum deputado tem fidelidade ao partido.

    Discursos demagógicos e populista no mundo, com a guerra fria duas forças se confrontaram para se tornar preeminente, surgiu o discurso da luta de classes e o confronto de empregados versus patrões. As forças surgidas nestas circunstancias ascenderam o poder, democracia de mercado e socialismo que criaram leis demagógicas que em vez de favorecer a prosperidade coletiva, que a bem da verdade, nunca foram realmente criadas para tal, continuam impedindo o surgimento de um verdadeiro estado de direito, e por fim cooptadas pelo PODER ancestral que domina verdadeiramente a riqueza nacional, repetiram os mesmos erros que combatiam.

    Sem legitimidade os verdadeiros interesses da Nação são relegados as pautas não prioritárias de interesse popular e vigoram os discursos demagógicos e populistas, tanto da dita esquerda qdo da direita. Tanto um como outro do espectro da vida politica brasileira sem representatividade e sem projeto sócio-economico, são incapazes de erradicar a burocracia e estabelecer uma administração, tal como acontece nas empresas particulares, de capacitação e mérito profissional, inviabilizando desta maneira a prosperidade da Nação. Assim os discursos demagógicos se espalham de forma sistêmica por toda sociedade e mantem o Brasil de mãos amarradas, de acordo com o paradigma de desenvolvimento que o Brasil esta submetido, jamais fara parte das Nações do primeiro mundo, esta destinado a submissão de uma sociedade governada por uma elite que não permite esta ascensão, a justiça social e a distribuição de renda sera um eterno anseio jamais realizado.

    Todo o sistema de governança do Brasil é ilegitimo , em razão de negar de forma contraditória a democracia que diz defender, sem representatividade não existe legitimidade. Diz se que a democracia no Brasil é a indireta, mesmo esta é falsa porque o sistema eleitoral é um engodo, muito politico assume cargo sem ter votos para tanto, neste sentido sim é indireto, é quase um deboche e um dos motivos da corrupção. E a coisa ta tão encracalada, tão enraizada como junção histórica, que nem os períodos ditatoriais conseguiram extirpar este câncer da vida brasileira. A única coisa que os períodos ditatoriais conseguiram evitar é que o Brasil se tornasse algo parecido com Cuba, Argentina ou Venezuela.

    A politica no Brasil sempre foi incapaz de unir os variados interesses da sociedade, e, por suas riquezas, sempre foi cobiçado pelas demais potências do mundo. A política brasileira é, portanto, muito complexa e os interesses políticos sempre divididos. Somente por períodos curtíssimos, estas forças heterogêneas estiveram de alguma forma convergentes, por esta razão, jamais houve projetos de desenvolvimento de longa duração. Sem projeto de longa duração a politica no Brasil, além de ser ilegítima, no sentido de reverberar os anseios popular, sempre foi uma politica das circunstancias, impedida de como sempre foi, de agregar os diversos interesses num sentido único no intuito da prosperidade de todos.

    Lamentável, triste desanimador qdo se percebe a extraordinária capacidade de um povo valoroso, criativo e dinâmico como o brasileiro, desperdiçado desde os primórdios da colonização, protelando indefinidamente o direito da Nação ocupar seu espaço dentre as grandes Nações do mundo. E tudo por mesquinharias e ganancia de uma elite que rouba e não pode aproveitar do espolio, porque tem que manter escondido o roubo e no muito das vezes, para simplesmente continuar roubando, mesmo que a morte o impeça definitivamente de aproveitar a fortuna amealhada. O que adianta uma fortuna conseguida deste jeito, senão se pode ostentar, usufruir.

    Por falta de projeto de Nação, a figura do salvador da pátria foi uma constante na historia do Brasil e geralmente tais salvadores, apenas acentuaram as diferenças e manteram as possibilidades da distribuição da renda nacional um sonho distante. Desta maneira a corrupção veio num crescente até os dias atuais eclodindo recentemente, expondo as pústulas que não tinham mais como esconder. Os miasmas atingiram principalmente o atual governo, que se debate para se manter no poder. O que aconteceu? Realmente.

    O que mudou?

    De um momento para outro todo o arcabouço, solidamente instalado do assalto da riqueza da coisa publica, desmanchou, como manteiga sob o calor.

    É motivo para teses academicas e estudos de antropologia.

    O que realmente aconteceu?

    Afirmar de que o mundo ruiu porque é o PT que esta no poder, merece maiores considerações. Sera mesmo? Sera que fosse outro partido no poder a coisa toda não eclodiria, da mesma maneira?

    Sera que a nova geração de magistrados, juizes, delegados da PF, promotores agiriam de forma diferente se fosse outra agremiação politica no poder?

    Uma coisa é certa foram com muita sede ao pote…

    Não é inteligente querer roubar no grito. Enquanto os mais espertos roubam uma fatia do bolo  roubaram o bolo inteiro. Mataram a galinha dos ovos de ouro….

    Intui-se necessário estabelecer um pacto com as forças produtivas para conseguir-se um novo norte para o destino da Nação. Para se tornar possível tal pacto seria necessário desmontar todo um arcabouço de pseudo socialismo que se tentou implantar, conjugado com a irresponsabilidade daqueles que administraram a economia e que remonta ao fracasso do sistema economico atual.

    Uma coisa esta conjugada com a outra. Como tentar um pacto agora com as forças produtivas se tudo que fizeram nas ultimas décadas foi um desmonte persistente e inflexível destas forças?

    É verdade que os fortes partidos comunistas da França e da Itália não eram muito simpáticos à ideia de uma economia de pleno emprego porque isso de uma certa forma retardava as condições para a revolução proletária a seu ver inevitável. E o que vem fazendo os políticos, desde então? Institui-se leis de cunho demagógico no próprio proveito, prejudicando reiteradamente esta mesma força que agora se tenta cooptar.

     Claro, quem, em sã consciência, pode repelir a ideia do pleno emprego? De fato, nos anos gloriosos do pós-guerra as políticas keynesianas de pleno emprego reinaram absolutas na Europa Ocidental. Houve momentos, na Alemanha e na França, em que a taxa de desemprego ficou próxima de 1%. O mesmo ocorreu no Japão. Foi considerado a era gloriosa do capitalismo, conciliando interesses do capital e do trabalho. O que acontecia então nos chãos das fabricas e nos departamentos de venda das industrias? O patrão não era considerado o inimigo a ser combatido, o explorador de pobrezinhos empregados desprotegidos. De la pra ca, regeram a orquestra de forma intermitente, batendo na mesma tecla da proteção do empregado contra patrões desalmados, instituíram-se leis que confrontavam diretamente os custos da produção sem se importar com quem pagaria a fatura, isto acontece até hoje, a ultima aqui no Brasil com as empregadas domesticas.

    O caso das empregadas domesticas é o exemplo mais recente desta distorção que beneficia somente os políticos que lutam por si mesmos para ficarem bem na foto. Usar a empregada domestica como exemplo de justiça trabalhista é de uma é de uma ineficácia real e factual, dizer que se pretende esperar o filho da empregada domestica, estudando junto com o filho do patrão, faz parte do discurso populista que levaram as sociedades latino americana para o buraco que se encontram. É fumaça, desprezando as graves questões estruturais que verdadeiramente boicotam com qualquer avanço social.

    As leis trabalhistas no Brasil, verdadeiramente desestimulam e afastam as possibilidades de implantação de um mercado solido, bem estruturado e justo. Ao apertar o garrote dificultando as possibilidades do empreendimento o que acontece é que o crescimento que traria a justiça social é na verdade boicotado. É o contrario que acontece, leis que deveriam distribuir justiça, tornam-se criadoras de guetos, privilegiando alguns trabalhadores e excluindo a maioria.

    O caso das empregadas domesticas se tornou exemplar neste assunto. Enquanto algumas poucas, ganharam tudo, ou aparentemente ganharam, porque tem que pagar pelos pretensos direitos, a maioria não ganhou nada, muito pelo contrario, perderam o pouco que tinham. Dizimaram com as oportunidades de algum ganho, mesmo que precário de outras milhares de empregadas. E as agruras sem limites que as atuais patroas tem passado com a burocracia para legalizar a situação de suas empregadas?

    Qdo era jovem o ambiente de trabalho era muito diferente do que é hoje, os funcionários eram considerados parte da estrutura que existia para conquistar o mercado através da produtividade e da melhor capacitação frente ao concorrente. A fidelidade do empregado diante da empresa era indiscutível. A coisa de vestir a camisa, a paixão do torcedor hoje com seu time de futebol era os sentimento que o empregado sentia com a empresa que trabalhava. A greve era sinal de traição. Lembro que era estagiário de vendas na antiga Bozano, que posteriormente foi vendida para a Revlon americana, de qdo surgiu uma greve na fabrica, como nosso departamento era mais próximo da diretoria, sentíamos na pele a animosidade que se instalou, até brincávamos entre nós da aderência ao movimento e do disparate da possibilidade, era como se um recruta desertasse em pleno campo de batalha. Lembro que nas gondolas dos S.Mercados se travavam batalhas diárias entre os estagiários de venda de empresas rivais, para melhor se expor os produtos. O funcionário era valorizado e até disputados pelos concorrentes.

    Hoje os funcionários são inimigos dos próprios empregadores, isto muito por culpa de uma legislação trabalhista que o induz a extorquir quem lhe da condição de levar o sustento para sua família. Jurisprudencia dos tribunais que institucionalizou a extorsão. Qualquer sujeito, faça parte ou não do regime da CLT, consegue entrar na justiça exigindo “direitos” inexistentes. O que se procura hoje é parasitar a empresa que trabalha, não existe qualquer motivação como se não existisse futuro, o que interessa é o seguro desemprego até o próximo emprego.

    Sem a vontade nem a legitimidade para interromper a espiral infernal na qual a demagogia meteu o país, governo algum terá condições de recuperar a confiança empresarial, imprescindível para o restabelecimento da estabilidade econômica.

    A ideologia dos direitos sociais levando em consideração a tal luta de classes e o confronto com o patrimonialismo, caducou, principalmente aqui no Brasil, que o fisiologismo, a corrupção e o oportunismo politico corre solto.

    Vai ser difícil reverter a situação que a demagogia jogou o setor produtivo.

    Talvez… O parlamentarismo?

  4. reflexão…

    Como as escolas e os professores de humanas dessas têm contribuido para esse caos? Esses seriam os reponsáveis por trazerem uma reflexão para esses garotos e garotas. 

    Devemos lembrar que a composição do Congresso foi escolha da sociedade, portanto a representa. A discussão é porque ela optou por essas escolhas? Por que acabou com os representantes sindicais e populares e encheu o Congresso de uma direita conservadora e fisiológica?

  5. “O poeta Gregório Duvivier”,

    “O poeta Gregório Duvivier”, a que nível de decadência chegamos. Aliás, isso é característico das esquerdas, tranformar bons letristas de música em poetas, é assim com Chico, Cazuza e Renato Russo, daí classificar o garotinho progressista do circuito Porta dos Fundos-Projac-Leblon é humor puro…hehe

    Nem humorista o “poeta” é, ele só é risível quando se lê esse tipo de matéria sobre ele….

     

    1. Deus nos guarde dos críticos.

      No meio do caminho tinha uma pedra
      tinha uma pedra no meio do caminho
      tinha uma pedra
      no meio do caminho tinha uma pedra.

       

      A bem da verdade, isso não é poesia. Trata-se tão somente da mesma oração, sequer uma frase, repetida por várias vezes e, em todas elas, contendo o mesmo erro gramatical. Confunde o verbo ter com o verbo haver.

  6. para subir nas árvores e

    para subir nas árvores e derrubar os frutos,  todo bando precisa da força jovem , mas para pegar os frutos que caem, só os mais experientes é que sabem como fazer

  7. Os partidos em Santos são espelho do Brasil

    Só filhos de dinastias políticas têm lugar nos partidos, se não for filho de político a chance é mínima, só tendo votos, pois os cargos dentro da agremiação e nas administrações são dado com exclusividade a eles, onde começam a conhecer as entranhas da administração e da cabalagem de votos profissional.

    Basta fazer uma checagem por este Brasil afora para constatar que os partidos nos Estados e Municípios se tornaram feudos de “famílias”.

    No PSB de São Paulo o filho do presidente é deputado estadual, no PSDB o neto do Covas é deputado federal, o prefeito de Santos é filho do ex-prefeito nomeado pela Ditadura e por aí vai.

    Partido hoje no Brasil é capitania hereditária para uso e proveito próprio, fim de papo.

  8. Existe poucos jovens no

    Existe poucos jovens no Congresso porque existe poucas lideranças jovens, Mozarts e Darwins na política, então o eleitor não confia, o que é correto.

    Existe poucas mulheres no Congresso porque existe poucas liderançcas femininas capazes de seduzir o eleitor, quando as temos (caso da presidenta) foi imposta por um macho alfa.

    Existe poucos negros no Congresso porque temos poucas lideranças negras capazes de se “infiltrar” dentro da máquina partidária, liderar e se fazer ver. Qual partido tem lideranças negras? Nenhum, nem PT, nem PCdoB, nem PSDB, nem na direita, nem na esquerda. Obs. outro dia Dilma fez a frase mais infame dos últimos tempos, indagada sobre a exclusão de negros no governo, como uma sinhazinha do século XIX, ela se saiu com a pérola, eu tenho vários negros no segundo escalão.

     

  9. Explicação simples
    Porque o congresso e o senso (para não dizer prefeituras, câmeras de vereadores, governos e assembleias legislativas estaduais) não tem negros, mulheres, jovens ou gays? Porque negros, mulheres, jovens e gays preferem votar em homens brancos, heterossexuais e velhos.

    Porque existe uma sobre-representação de diplomados em humanas? Engenheiros, químicos, biólogos, médicos, enfermeiros, arquitetos não fazem parte da sociedade também ou será que não tem nada à contribuir na política?

    Espero que isso não seja alguma senha para estabelecer cotas para cargos eletivos (embora seja razoável cotas para candidatos); obrigar um eleitor a votar em um candidato que ele não quer apenas para preencher cotas seria um enorme retrocesso democrático.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador