Sugerido por Lair Amaro
Do Correio Braziliense
Por votos, governo deixou de fazer reformas que inibem o crescimento. Futuro chefe do Executivo terá de acertar contas com o atraso
Paulo Silva Pinto
Todo ano eleitoral costuma ser associado a baixas expectativas quanto a realizações políticas. Há limite de data para o desembolso de verbas públicas, de modo a evitar que os gastos sejam usados, mesmo indiretamente, para turbinar os candidatos do governo. Além disso, com muitos detentores de mandatos no Executivo e no Legislativo buscando a reeleição, sobra menos tempo para votar projetos de lei que podem tornar o país mais competitivo e para cuidar de obras de infraestrutura e de programas que realmente interessam à população.
Quando 2015 chegar, porém, o próximo presidente da República não terá escapatória. Com o Brasil atolado em um quadro desanimador, de inflação alta e baixo crescimento, as reformas constitucionais que foram adiadas por mais de uma década, como a tributária, a trabalhista e a previdenciária, deverão sair das promessas, apesar do elevado custo político que elas carregam.
Um dos motivos de o Brasil estar hoje envolto em uma nuvem de pessimismo e desconfiança decorre justamente do abandono das reformas — em muitos momentos, por populismo. Enquanto a economia mundial crescia a passos largos e as nações emergentes, entre elas, o Brasil, despontavam como nova fronteira para se ganhar dinheiro fácil, boa parte dos problemas estruturais da economia brasileira acabaram sendo relegados a segundo plano pelos investidores. Agora, porém, que o planeta tenta se recuperar de uma crise que já dura cinco anos, os defeitos do país se agigantaram, sobretudo pela fragilidade fiscal combinada a uma infraestrutura deficiente.
“Portanto, é importante que, desde já, os candidatos à Presidência da República explicitem o quanto estão comprometidos com as reformas de que o Brasil precisa. A entrada das mudanças estruturais na agenda política é necessária para garantir, ao menos, um efeito preventivo. País que não discute questões de longo prazo abre espaço para que se crie uma agenda ruim”, diz a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. “Precisamos fazer uma transição muito rápida do Brasil do atraso para um país moderno, com bases sólidas para crescer a um ritmo consistente sem pressionar a inflação”, acrescenta.
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Discursinho neoliberal
Trata-se do mesmo discursinho neoliberal que ouvimos a mais de 20 anos. Nenhuma novidade, apenas a velha cantilena recomendando arrocho em cima da população e folga ao grande capital.
Você então acredita que
Você então acredita que algumas (todas?) reformas sugeridas não são necessárias?
Então de todo o texto a única
Então de todo o texto a única coisa que você extraiu foi que o país precisa de reformas?
Há uma clara demonstração no texto do pessimismo que o próprio artigo condena, o país não está a mil maravilhas, muito longe disso, no entanto, uma taxa de desemprego de 4,6% quer dizer exatamente o que?
Citando algumas, a guerra
Citando algumas, a guerra fiscal entre estados com o ICMS além de ser um absurdo, é uma loucura pra quem tem de vender a um estado e comprar de outro. O que não surge de garacutaia- além das já existentes- para se livrar dos impostos é uma festa. Tme gente que prefere comprar bem em outro estado(quem pode) a comprar onde mora.
A reforma política eu nem comento, só o número de partidos de aluguel salata aos olhos.
A tributária é uma festa, só o fato de numa canetada o executivo (qualquer nível) poder aumentar os impostos a seu bel prazer e o quanto quizer diz o que? É só olhar para o salto do IOF recente (dólar)
E a reforma política?
A trabalhista e a previdenciária são reformas do patronato. O povo não precisa destas reformas.
A reforma tributária é impedida pelos governos estaduais.
Mas e a reforma política?
1) Quando teremos mais democracia com participação popular, com a institucionalização do caráter deliberativo das Conferências de políticas públicas e dos Conselhos Nacionais?
2) Quando acabará o financiamento privado a “cãodidatos”?
3) Quando teremos eleição para ministro do STF?
4) Quando acabará as coligações?
5) Quando acabará o Senado?
6) Quando acabará a imunidade parlamentar (ou seria a impunidade parlamentar) para crimes penais e de corrupção?
7) Quando os salários de servidores públicos, juízes e políticos será definido pela população, por referendo?
8) Quano acabará a farra das funções comissionadas e terceirzação no serviço público, que apenas cria nicho e assédio moral?
Essa é a principal reforma: a política!
Mas essa conversa de atraso
Mas essa conversa de atraso nas reformas por falta de apoio político ja tem 30 anos , desde o governo Sarney .
A cada novo governo é uma esperança que se reacende , para ser apagada rapidamente após poucos meses de governo. Logo após a vitória de Dilma, Luis Nassif escreveu aqui no seu blog que acabara de visitar o comitê de planejamento da nova presidente , e estava embargado pela emoção com o que vira , com a nova era que se anunciava para o Brasil.
Estamos com a mesma agenda há 30 anos , só que a cada ano que passa ela torna-se mais e mais premente : reforma tributária , reforma política , reforma administrativa , reforma previdenciária , reforma judiciário , reforma sistema penal , sistema educacional , capacidade de investimento do Estado .
Quem tem mais de 30 já perdeu as esperanças de ver este pais sair do atoleiro um dia .
As reformas necessárias
As diversas reformas necessárias para o destravamento da expansão econômica do país estão paradas desde o ciclo ditatorial.
A ditadura, que tinha condições políticas de fazê-las, não tinha foco e interesse no assunto. Além do legado político desastroso nada avançou no caminho das reformas.
O avanço que teve, se é que existiu, foi pífio diante do mal causado ao país.
De outra parte, com os presidentes eleitos o assunto submergiu por interesses eleitoreiros de curto prazo. Nenhum se arriscou a mexer no assunto diante de um Congresso cada vez mais manipulado pelos grandes grupos nacionais e estrangeiros.
Assim vamos postergando medidas mais do que necessárias; a ampla discussão pública do assunto fica difícil diante da situação política contaminada e pela mídia partidária.
Assim esquerda e direita, através seus protagnistas nacionalistas, sérios e conscientes, são barrados pelos grupos que preferem o “em time que está ganhando não se mexe”.
Êsse é o Brasil que temos.
Padrão Veja…
Parecia que eu estava lendo um editorial de um daqueles “jornalões”.
Lixo!
A reforma da reforma
Confesso o pecado de nem ter lido o conteudo, bastaram o título e dois comentários para fazer este:
1) Quem faz refoma não é o “governo”, mas principalmente o Legislativo.
E apoio da imprensa (e mundo da propaganda, marketing assessorias e relações públicas).
Que sabe-se que reformas apoiam, já que saõ patrocinada$ e vive de seus “cliente$”
E tudo isso interfere na eleição parlamentar.
E como eles mesmos já perceberam, nem tanto na executiva.
Portanto jogar reformas nas costas do Executivo é cínica (e seletiva) malandragem.
Reforma não é fazer diferente (como quer a atual oposição);
É fazer melhor.
E se eles deixarem*
Muito melhor!
(*) nem precisa ajudar, só não atrapalhar:
…
Inacreditável!
as reformas tem a visão de melhorar nosso país
num periodo de uns trinta ou cinquenta anos, mas infelizmente a agenda eleitoral a cada quatro anos faz os políticos esquecerem delas, mesmo que tenham sido tema da campanha.
atualmente por exemplo a reforma agrária já entrou pro brejo, vamos terminar um mandato e teremos menos desapropriações do que em um ano do governo neoliberal.