De olho nas urnas, Campos expõe vida política e pessoal em programa popular

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Foi destaque em portais noticiosos, essa semana, o vísivel desconforto do presidenciável Eduardo Campos (PSB) com a pauta diferenciada do programa Luciana By Night, apresentado pela ex-modelo Luciana Gimenez. Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Campos adotou a estratégia de aparecer em programas populares, ainda que sem fundo jornalístico, para alavancar sua imagem. Foi o que fez ao ir à Rede TV.

O candidato à sucessão de Dilma Rousseff até tentou emplacar algumas opiniões e propostas para a eleição deste ano, mas foi cortato, inúmeras vezes, pela apresentadora. Luciana tentou tornar o bate-papo pessoal, e se ocupou em arrancar de Campos o signo, o número de filhos, o que gosta de fazer em horários livres, os pratos que não digere de maneira nenhuma, entre outras amenidades.

O pessebista, ao final de tudo, conseguiu expor um pouco da trajetória no Ministério da Ciência e Tecnologia, com a revisão do programa espacial brasileiro; discutiu sobre os estudos com células tronco – ele é pai de Miguel, que tem quatro meses e é portador de Síndrome de Down -, e até deu uma cutucada na política econômica de Dilma, lembrando que a inflação não está no centro da meta. Foi interrompido por Luciana, que estava ficando “depressiva” com um assunto mais sério. 

Campos foi questionado sobre como irá investir em inovação, e respondeu, a partir da deixa, que temos muito conhecimento acumulado em universidades e centros de pesquisas que precisam ser colocados em prática. “Tem muita tecnologia dsponível que tem que trazer para o mundo real das pessoas. Hoje a administração pública é muito arcaica, cheia de papel. Precisamos inovar”, pontuou.

https://www.youtube.com/watch?v=FgFfwoQutI8&feature=youtu.be

O ex-governador de Pernambuco, torcedor do Náutico, casado com a economista Renata, conseguiu falar um pouco do histórico familiar a partir da anistia do avô Miguel Arraes, perseguido no período ditatorial. Contou que uma geração inteira ficou um pouco traumatizada com o episódio e, por conta disso, ele deve ter sido um dos poucos descendentes que se interessaram por política. 

Embora a política tenha ficado em segundo plano, Campos conseguiu passar um pouco do homem metido com gestão pública. Comentou sobre as manifestações de junho de 2013 e, a pedido da apresentadora, até perdeu alguns minutos respondendo a pegadinhas, testes de memória e falando dos ataques de tubarão na orla de Recife. Com paciência e sorrisos sobrando.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

20 Comentários

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  1. Não é verdade que Campos seja

    Não é verdade que Campos seja o único descendente de Arraes a ter interesse pela atividade política.

    Êle indicou alguém para disputar a presidência da Juventude do PSB, não apoiando uma prima ou irmã que pleiteava o mesmo cargo, talvez por conta da independência de sua parente.

    1. Campos o derrubador.

      Derrubou a prima para beneficiar o filho.

      O estilo confiável de Campos

      “Eduardo Campos, o presidenciável do PSB, foi acusado nesta segunda-feira de atentar contra a democracia partidária. A acusação não partiu de nenhum inimigo. Foi feita, de forma velada, por uma prima do candidato, Marília Arraes. Ela é vereadora do PSB, em Recife.”

      http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2014/06/02/prima-acusa-campos-de-favorecer-filho-no-psb/

    2. o filho …

      Dudu indicou o filho pra Juventude e ignorou a prima, vereadora e candidata a deputada, que rachou com ele e está com a Dilma e Cia.

    1. Normal.
      No TCU, 2/3 dos

      Normal.

      No TCU, 2/3 dos Ministros são indicações do Congresso, por força constitucional. Se não fosse ela, seria outro(a) deputado(a).

  2. Causa boa impressão este

    Causa boa impressão este rapaz. Vem de um dinastia politica de esquerda. Parece ser mais inteligente e menos teimoso que sua concorrente. Era pra ser ele mas Lula escolheu Dilma. O que se passou ?

    1. Passou o seguinte

      O Eduardo Campos não soube esperar. Era pra apoiar Dilma agora e ser o sucessor dela em 2018 – com o apoio dela e do Lula. Mas ele ouviu cantos de sereia, deixou-se levar pela mídia (que o usa pra tirar votos de Dilma e tentar forçar um 2° turno) e achou que estava podendo.

      Resultado: vai perder a eleição e ficar sem espaço, sem aparecer na mídia – que o abandonará antes de outubro chegar. Sepultou sua carreira cum laude – e só com os próprios movimentos. Não pode culpar a mais ninguém pelo que virá.

      1. Eu acompanho política faz
        Eu acompanho política faz algum tempo, e não me lembro da idéia de Eduardo ser uma alternativa do PT para 2018 existir antes de 2013, fico com a impressão de que esse discurso foi uma tentativa de tentar mantê-lo na base de governo!!

        Fora que não vejo porque o PT apoiaria alguém de outro partido para o cargo mais importante do pais!

          1. ixatamente

            è exatamente isso que eu pensava, agora que campos se tornou candidato, muitos PT apareceram com esse canto da sereia para tentar tirar campos da disputa!

  3. entrevistadora despreparada

    A Gimenez é uma das piores entrevistadoras da TV brasileira. Campos fez mal em ir em um programa tão raso que tem pouca audiência, não chega a seis. ACho que só tem três pontos. Que superficialidade, ele não merecia.

  4. Errou

    Num programa de variedades, Campos, ou qualquer outro candidato, erra tentando falar de política ou mostrar apenas as suas propostas. A idéia de que todos os eleitores procuram informação dura sobre um candidato é errada. Não é assim como muitas pessoas formam sua opinião sobre um candidato. E não há nada de errado nisso. Ao contrário.

    Numa democracia, os eleitores são livres para formar a sua opinião sobre a oferta de candidatos a ocupar uma vaga para um cargo. Acredito que a soma dos critérios é muito mais eficiênte para escolher o melhor candidato disponível que apenas um ou outro critério. Por isso acredito na democracia. Se todos apenas olhassem para o currículum, ou para as propostas, ou para a ideología, estaría faltando o olhar sobre a personalidade, o senso de humor, a personalidade, o jogo de cintura, a perspicácia, o carisma, e tantos outros atributos menos intelectuais mas não por isso menos necessários para ocupar um cargo de responsabilidade pública, sobre todo o máximo, que é a presidência da república. O ser humano tem uma capacidade nata para observar o que não se diz. O ser humano sabe mentir. E sabe descobrir a mentira em outro ser humano, muitas vezes apenas olhando seu rosto.

    Quando os candidatos pretendem falar de política num âmbito que não é político, se mostram chatos. Se ficam chateados, mostram ser duplamente chatos.

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