Do chamamento à união, das reformas populares e da superação

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – “Dilma, da maneira mais altiva, da maneira mais humilde, ao invés de tripudiar sobre tudo que ela viveu, sobretudo nos últimos três dias, estendeu a mão e conclamou ao País a unidade em torno do Brasil. É muito importante o que a presidente falou hoje. É muito do jeito dela de governar. Ela venceu uma das disputas mais difíceis, mas soube vencer.” Foi assim que Fernando Haddad, prefeito pelo PT na capital paulista, resumiu o primeiro discurso de Dilma Rousseff após reeleição dada em 26 de outubro de 2014.

Com 51% dos votos válidos, a sucessora de Lula deixou para trás o projeto político da oposição, representado, dessa vez, pelo senador Aécio Neves (PSDB), que chegou à casa dos 48%.

No pronunciamento de vitória, Dilma incorporou uma estadista, falou em nome dos jovens, das mulheres e dos negros, não citou Aécio nem a adversária Marina Silva (PSB), com quem travou uma batalha intensa no primeiro turno. Não citou a campanha da mídia tradicional tupiniquim, que funcionou como um braço do projeto de deposição do atual governo, e tampouco, como disse Haddad, tripudiu sobre a capa da revista Veja – aquela que cravava sem provas, a dois dias do segundo turno, que Dilma e Lula “sabiam de tudo” no caso Petrobras.

Após a vitória apertada nas urnas, Dilma subiu num palanque montando em Brasília para “agradecer, sem exceções, a todos os brasileiros”. À militância política de esquerda, à oportunidade, segundo ela, de ser uma presidente melhor do que foi de 2010 até aqui, e de poder responder ao pleito que mais fez barulho nessa disputa eleitoral: o desejo de mudança. Mas com um norte progressista.

Reeleita com um placar apertado, Dilma afirmou desacreditar, “do fundo do coração”, que essa eleição rachou a Nação ao meio. Pelo contrário. “Em lugar de ampliar divergências, de criar um fosso, tenho forte esperança de que a energia mobilizadora tenha preparado um bom terreno para a construção de pontes. O calor liberado no fragor da disputa pode e deve ser transformado em energia construtiva de um novo momento para o Brasil. Algumas vezes, na história, resultados apertados produziram mudanças mais fortes e mais rápidas do que vitórias muito amplas. O debate das ideias, o choque de posições pode produzir espaços de concensos capazes de colocar a sociedade nas trilhas das mudanças que precisamos”, disse.

“Minhas primeiras palavras são, portanto, de chamamento à paz e à união. Nas democracias maduras, união não significa necessariamente unidade de ideias, nem ação monolítica conjunta. Pressupõe, em primeiro lugar, abertura e disposição para o diálogo. Esta presidenta aqui está disposta ao diálogo, e é este o meu primeiro compromisso de segundo mandato: diálogo”, complementou a presidente.

Dilma firmou compromisso urgente e inadiável com melhorias na gestão econômica do Brasil, com a inclusão social, com o desenvolvimento tecnológico, com a educação, saúde e todas as áreas que clamam por avanços. Mas destacou que o povo deve ser soberano nas discussões sobre as reformas emergenciais. A primeira delas, a reforma política, “uma responsabilidade constitucional do Congresso que deve mobilizar a sociedade em um plebiscito, por meio de uma consulta popular”. A segunda, uma reforma na legislação atual para combater a impunidade e frear a corrupção nas esferas do poder.

“Sei que estou sendo reconduzida à Presidência para fazer as grandes mudanças que a sociedade brasileira exige. Naquilo que meu esforço, meu papel e meu poder alcançam, podem ter certeza que estou pronta para responder a essa convocação”, sentenciou.

https://www.youtube.com/watch?v=tQWr6y_1PtI width:700 height:394

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

32 Comentários

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  1. Se ela detonou as pontes que

    Se ela detonou as pontes que tinha com o PMDB, que é seu maior aliado, por que alguém deveria acreditar em pontes com a oposição.

    Ela que se vire. Não separarm o país em dois? Não eram os bons de um lado e os fascistas de outro?

    A oposição, se for esperta, ficará de franco-atirador, apenas observando, de longe, o castelo de cartas cair.

    1. Ah tá. Até porque a campanha

      Ah tá. Até porque a campanha da oposição foi superconstrutiva, propositiva e nada messiânica.

      Aécio falou até o ultimo debate que “a medida mais importante pra acabar com a corrupção é tirar o PT do poder”. O cumulo da hipocrisia é falar que o PT “queimou pontes”, como se só o partido tivesse sido responsavel pelo baixo nivel da campanha, e como se fosse obrigação deles responder a udenismo oferecendo a outra face.

        1. Não acho isso, não, Rodrigo;

          Não acho isso, não, Rodrigo; mas muita gente se aproveitou do tal temperamento da Dilma para acirrar o clima de guerra.

    2. Quem separou o país em dois

      Quem separou o país em dois foi a mídia mas, de qq forma, não tem problema; relaxa pq Dilma tem mais da metade do eleitorado com ela; considerando que voto anti não é de ninguém, tá muito bem para iniciar seu governo e apresentar suas propostas. Não se preocupe pq ela se vira e se vira muito bem; foi tratorado por todas as forças conservadoras do país e saiu vitoriosa. 

  2. Finalmente um post para dar

    Finalmente um post para dar vazão a nossa alegria. Sofremos tanto e ansiosos esperamos o resultado das urnas. Agora é comemorar. Dilma venceu e seu discurso mostrou que buscará o diálogo e também demonstrou que o convívio com o povo lhe fez um bem danado. Viva Dilma! Viva o Brasil!

  3. Para Cristiana Lobo e Gerson

    Para Cristiana Lobo e Gerson Camerotti, ainda agora no “Estúdio i”, não foi nada disso que Dilma falou.

    Literalmente Cristiana disse que Dilma fechou o diálogo com o congresso quando no discurso sobre a reforma política ela mencionou a participação popular

    Para Camerotti, ao se reportar ao belíssimo discurso de Mantega sobre os compromissos do governo na área econômica, se limitou a afirmar que não valia de nada pois Mantega perdeu credibilidade.

    Outras passagens dos dois seguiram com a acidez

    Não haverá clima de união pois a mídia assim não quer, o que ficou demonstrado pelo tom da cobertura dos resultados das eleições desde o dia de ontem.

  4. Reforma da comunicação

    Uma das reformas necessárias, urgentes mesmo, parece haver consenso, é aquela nominada reforma do mercado de opinião em outro post do Nassif: o marco regulatório da comunicação e da mídia. Porém não acho, sinceramente, que haverá condições políticas de que ela saia nos próximos quatro anos.  Penso que é possível mexer  no vespeiro com políticas públicas que estão à mão, cujos desdobramentos  são no mínimo reunir condições políticas para que se discuta a legislação específica. Penso por exemplo na lei, recente, que fornece diretrizes para compras públicas: apenas aquelas comprovadamente “responsáveis socialmente” podem participar de licitações. A compra de espaço publicitário, pela União, empresas públicas e com capital majoritário da União, também poderia ser enquadrada na lei, certo? Apenas empresa de comunicação que mantenha conselhos de redação e que incentive a vinculação de tais conselhos a conselhos públicos, de constituição múltipla,poderia receber anúncios. Paralelamente,seria amadurecido, o que já existe aliás, o conjunto de propostas sobre Conselho Federal Jornalismo ou de Comunicação, ou Agência Reguladora. Posso estar errado, mas não vejo saída para a proposição dessa reforma urgente senão por táticas oblíquas. 

    1. Concordo, mas como faz pra passar?

      Já ouço os gritos de CENSURA. “Querem nos censurar, não podemos permitir.” Como derrubar esse discurso fácil da grande mídia?

    2. Comer pelas beiradas

      Primeiro é preciso que a Presidente ocupe seu espaço de direito em rede nacional. Deve aproveitar ao máximo esse espaço, ampliá-lo, para criar um canal permanente com a população. Deve defender sua agenda nesse espaço, chamar a população a apoiar na sua implementação, e convocar o Congresso a aprovar essa agenda. Faltou mais Dilma na TV, quando ela o fez, como durante as manifestações, conseguiu bons resultados.

      Depois devemos regulamentar o direito de resposta, ja exste um projeto no senado, se não me engano do Requião.

      Um passo de cada vez, mas precisa andar urgente.

  5. Falei de Cristiana Lobo e de Camarotti. Agora, Cláudio Lembo:

    Com a proclamação dos resultados do segundo turno da eleição presidencial, declarada a vitória da Presidenta Dilma Rousseff, o Brasil profundo explodiu nos pronunciamento da candidata vitoriosa e de seu adversário.

    Todos caminharam para uma vereda única: a conciliação e a união entre todos os brasileiros. É assim que, no decorrer de nossa História, terminaram as grandes contendas.

    Tolo quem afirmou, no sabor da campanha, que haveria uma divisão entre regiões do País. A unidade nacional é amalgamada por um fator fundamental: a língua comum.

    Podem surgir momentos de adversidade. Estes são meramente transitórios. Hoje, com as ligações entre unidades federadas, as imigrações internas romperam qualquer possibilidade de antagonismos.

    Os brasileiros esparramaram-se entre todos os Estados sem preocupação com a naturalidade de cada um. Errou, portanto, de maneira inequívoca quem pregou regionalismo. Coisas do passado.

    O importante, após a vitória da presidente Dilma, é examinar seu discurso de agradecimento. Ficou claro que o tema primordial dos primeiros anos do futuro mandato será a reforma política.

    Aqui o grande desafio. Uma reforma política exige cuidado no arrolamento de novos institutos ou mudança dos atuais. Há, à primeira vista, consenso em alguns temas.

    Por exemplo, no cenário partidário a maioria defende a proibição do financiamento empresarial. As empreiteiras, bancos e congêneres, hoje, participam ativamente dos gastos das campanhas.

    É claro que este fato tem um custo. O tráfego de influência após a vitória eleitoral dos eleitos. Quem concedeu financiamento cobra. Ai começa a corrupção endêmica na vida administrativa do Estado.

    Há outro assunto que chega próximo da unanimidade. Trata-se do fim das coligações nas eleições proporcionais. Realmente, estas coligações levam a uma promiscuidade interpartidária.

    Confundem o eleitor e produzem resultados eleitorais deformados, além de conduzir a graves erros doutrinários. O fim das coligações, neste campo, será salutar.

    Sobra ainda a facilidade com que se estruturam partidos políticos. Não pode permanecer o atual cenário. Trinta e duas agremiações formam um cipoal de posições.

    O espectro de idéias políticas não é tão intenso. As linhas do pensamento doutrinário são resumidas. A grosso modo existem três posições clássicas: à direita, o centro e a esquerda.

    O mais é pura encenação sem qualquer respaldo no pensamento político consolidado no Ocidente. Pode ser mera exposição de personalismos. Ou o que é pior, a busca de fonte de renda.

    Começou bem a presidente Dilma em apontar para reforma política e foi melhor ainda quando apontou para o diálogo entre os vários segmentos que compõe a sociedade.

    Pareceu um exercício de humildade a presidenta propor um futuro reencontro com todas os segmentos da sociedade. O mero monólogo não é oportuno nas democracias.

    Espera-se que a oposição saiba responder ao aceno de paz da vitoriosa. Assim a sociedade continuará preservando seu valor mais importante: a tolerância e a cordialidade.

    O Brasil mostrou – ainda uma vez – maturidade em pleitos eleitorais. Uma tradição que nasceu no longínquo 1532 na Vila de São Vicente.

    http://terramagazine.terra.com.br/blogdoclaudiolembo/blog/2014/10/27/retorno-aos-valores-historicos/

    1. [   A unidade nacional é

      [   A unidade nacional é amalgamada por um fator fundamental: a língua comum.]   nem me diga. Agora o ¨nós pega peiches¨ não é mais uma expresão de outra língua tão válida quando da burguesa machadiana?

  6. Dilma, a Presidente atual e

    Dilma, a Presidente atual e já escolhida como a futura para o próximos 4 anos deveria fazer um pronunciamento em cadeia nacional. Ela é a representante máxima do país, deve ser respeitada e reconhecida como tal.

    Deve levar paz de espírito a todos, inclusive àqueles que foram bombardeados com a notícia plantada de que ela era conivente com pessoas corruptas. Que coloque no ar tb, alem de seu recado aos brasileiros sobre o transcurso das votações, a decisão na íntegra do TSE.

  7. Se tudo que faltava era

    Se tudo que faltava era duscurso lindo, agora não falta mais. De fato, ainda ontem chorei lendo um  belo discurso de Fidel antes de executar um paredon com mais de trinta condenados

  8. O Ministro da Casa Civil deve rapidamente…

    Criar um blog do Planalto, acesso livre, com pessoas sendo cadastradas com Foto, CPF e RG e senha de acesso. Todas com direito a fazer sugestões e críticas ao Governo Federal. Deste modo aumentando a participação da população. Com chamamentos em fóruns e reuniões da presidencia. Acredito que de início 10 assessores possuem capacidade para realizar a conferência e tabulação das idéias, depois repassá-las a Presidenta Dilma.

    Se a Presidenta quer a participação do povo, a forma mais rápida e fácil de fazer é esta.

  9. União requer agenda

    A desconstrução do discurso sectario da mídia e da oposição é a tarefa mais urgente desse novo mandato. Um pais dividido entre petistas e psdbistas, entre pobres e ricos, informados e ignorantes, sul e norte, modernos e retrógados, e outras categorias parecidas só interessa aos grupelhos que querem sempre dividir para reinar.

    Perguntem à população se ela concorda que num momento de crise os bancos publicos compensem a redução da oferta de crédito dos bancos privados. A grande maioria concordará.

    Perguntem se alguém concorda com o Arminio Fraga quando ele diz que o salario minimo subiu demais. A grande maioria discordará.

    Se é preciso cortar gastos sociais para equilibrar o orçamento, ou basta melhorar a eficiencia e combater a corrupção.

    Perguntem o que acham dos juros, se devem ser reduzidos. Se a educação não deve ser em tempo integral, se é mais importante que os lucros do pré-sal sejam destinados à Sáude e a Educação ou a engordar ainda mais o lucro da Petrobras e de seus acionistas.

    Perguntem se não acham que as campanhas eleitorais estão muito caras e assim a maioria que se elege já começa com o rabo preso com sos patrocinadores de sua eleição.

    É só olharmos para a politica e a economia reais e deixar de olhar apenas o que se publica na mídia. Existe uma enorme agenda consensual esperando alguém para abraçá-la e apresentar ao país.

    O discurso sectário cada vez mais se torna um discurso de ódio a espera de uma fagulha ou um palito de fósforo. Os primeiros a abandona-lo devem ser as forças progressistas, comprometidas com a transformação de fato do país.

    Deixemos os colunistas raivosos se intoxicarem com esse discurso.Isso deixará bem claro para a sociedade quem são os terroristas e como devemos lidar com eles. Passemos a pensar no que interesssa, a montagem e a explicitação de uma agenda capaz de funcionar como uma farol nesse segundo mandato.

    Dilma disse que não fugirá à luta, falta agora reconhecer qual é o bom combate. Uma agenda didática, de facil entendimento e identificação pelo eleitorado, de 5 a 7 pontos bem explicitados que cubram a maior parte possivel da expectativa da maioria da população, é disso que precisamos para acordar desse pesadelo que foi esse processo eleitoral.

     

     

  10. NASCE NOVO TEMPO

    Excelente discurso de vitória. O momento é mesmo de clamar pela união da sociedade em busca do bem comum da Nação Brasileira. Dilma fala hoje com a postura sóbria e equilibrada que deve ter alguém capaz de entender a missão de estadista. E para brindar este momento festivo e ressaltar o clima de conciliação construtiva, venho mostrar o breve poema que cometi no alvorecer deste novo tempo:

     

    CANÇÃO DA VITÓRIA

     

    Quando o sol, lá no nascente,

    S’elevou com seu crescente,

    Fulgurante, refulgente,

    Esplendor resplandecente,

    Sentimento efervescente,

    Felicíssimo, excelente,

    Já surgira, sorridente,

    N’ocidente e n’oriente.

    O futuro no presente

    Construção é consistente,

    Dilma, coração valente,

    Novamente Presidente.

     

    Firmão! Bão, sô! Massa, oxente!

    Tri legal! Tá dez! É quente!

    Brasilzão tá tão contente!

    Há amor suficiente

    Pra união ser permanente!

    Viva Dilma Presidente!

                                        

                                         27/10/2014

                                              MAAR

  11. Abaixo-Assinado Requerendo O ‘Paper-Track’

    Boa tarde.
    Car@s postantes do GGN:

    Desculpem pelo fora de tópico, mas Minha página de Abaixo-Assinado, requerendo ao TSE o “Paper Track”, o Papelzinho do velho Brizola, já está criada. Entro com este Manifesto e quero que vocês disseminem este linque, por favor. Precisamos pressionar o TSE para implantar este vital recurso de auditabilidade e de segurança, a viger já nas próximas eleições.

  12. Eu acho que sou cético. FAlar

    Eu acho que sou cético. FAlar que Dilma incorporou uma estadista soa um tanto exagerado. Uma preidente eleita qeu fez discurso de vitoriosa e conclamando a todos para se unirem pelo país e apresentando, mui vagamente, as necessidades e/ou prioridades primeiras. Acho que se fosse um discurso de estadista teria ficado às lágrimas.

  13. Ás vezes esquecemos as
    Ás vezes esquecemos as profundas desigualdades sociais, raciais e regionais que marcam historicamente a realidade brasileira, portanto, não nos dividimos por causa das eleições, a divisão já estava ai.. A novidade é que pela primeira vez os pobres souberam identificar seus reais representantes e os mais bem aquinhoados tomaram consciência de seus privilégios e daquilo que não querem perder.

    1. bem lembrado…

      mas ainda dá para ter esperança, justamente pelos desejos de cada grupo serem ainda bem diferentes

      de um lado, que é muito grande ainda e em todos os sentidos, mas principalmente no que se refere a educação, temos, praticamente, apenas necessidades básicas. E de carência estadual e municipal, principalmente

      e do outro lado, cuja carência educacional não é muito diferente, pelo menos no que se refere a maneira como se informam sobre os problemas do país,  praticamente apenas ganhar mais

      e, pelo que entendo do projeto de governo escolhido, todos serão atendidos;

      alguns menos, outros mais, mas tudo a depender do esforço de cada um

       

      visão errada? sonho? ficção? não sei ao certo!

      mas que é o caminho mais curto para que a união ou a boa convivência sejam firmes e permanentes, acredito

    2. Desigualdade não é sectarismo

      Se é verdade que o Brasil é marcado por enormes desigualdes regionais, sociais, raciais, também é verdade que essas desigualdades nunca foram motivo para promover o sectarismo e o ódio de um grupo contra o outro.

      Sempre soubemos que apesar das diferenças, somos um só povo unido não só pela língua e cultura, como também por objetivos comuns, de uma vida digna, em paz, e com as necessidades fundamentais e os direitos de cidadão plenamente respeitados.

      Agora querem nos convencer que a culpa por não termos alcançado esse objetivo é do outro lado, como se ser pobre ou nordestino ou eleitor do Aécio nos tornasse automaticamente membros de uma seita inimiga, que deve ser exterminada antes que nos extermine.

      Conheci eleitor do Aécio que era a favor da utilização dos bancos publicos em momentos de crise, sem saber que isso jamais aconteceria num governo do PSDB. Essa enxurrada de votos para o Aécio, apesar de suas evidente falta de qualidades pessoais mínimas para o cargo, não se deve às concordâncias com as teses do partido, mas sim ao clima de terrorismo semeado pela mídia durante anos contra o PT. eleitores de Aécio de ontem não são todos playboys filhinhos de papai pou anti-pobres. São vítimas da despolitização da sociedade e da manipulação da informaçãompor uns poucos grupos de privilegiados,

      Vamos precisar reconquistar esses eleitores iludidos, eles também apoiam as teses progressistas se devidamente informados sobre elas.

       

      1. Infelizmente, não é o que a

        Infelizmente, não é o que a nossa história recente nos informa. Senão vejamos, temos um drama terrível há pelo menos mais de 20 anos, que é o extermínio de jovens negros e muito pouca coisa é feita para resolvê-lo. Esta para mim é a maior tragédia brasileira, nada se compara ao feito. As políticas de direitos humanos pouco avançaram no sentido de garantir o respeito e a valorização da vida humana. Embora, tenhamos uma comissão da verdade a investigar os crimes da ditadura militar, a tortura permanece como uma prática comum das nossas polícias. Devemos avançar muito neste tema e em muitos outros como uma reforma urbana que permita aos pobres acessar a moradia cidadã nas cidades. Precisamos de uma reforma agrária que possibilite a agricultura familiar mais do que sobreviver ao lado do grande latifúndio. Enfim, precisamos de mudanças qualitativas que passam pela quebra de privilégios das classes dominantes e de amplas parcelas tradicionais das classes médias. Se esta análise é sectária é porque as contradições sociais, raciais e regionais se encontram ai e não basta o discurso para dirimi-las. A consciência dos trabalhadores em relação às contradições sociais e a compreensão acerca dos seus reais interesses se converte assim em um dado novo. Se falta-lhes ainda a apreensão do papel do legislativo isto se dará com a continuidade do sistema democrático. Contudo, não podemos tirar dos mais pobres o direito de reconhecer seus interesses e de avançar em suas lutas.

         

        1. “exterminio de jovens negros”

          É uma expressão inadequada. Seria correta se estivessem matando jovens negros por serem jovens e negros, por odiarem jovens e negros, por acharem que eles são a causa dos nosso problemas então devem ser eliminados.

          Jovens negros morrem assasinados como consequencia da falencia de nossa politica educacional, de nossa politica urbana, de segurança pública e pela falta de dinamismo da economia.

          E apesar deles serem as maiores vítimas dessas politicas, não são as únicas. Boa parte da classe média e da classe alta também sofre com elas e serias aliadas dos joverns negros em um programa de reforma radical dessas politicas.

          Se quiser buscar mesmo divisão na sociedade, será entre psicopatas encastelados em algumas posições da politica, do setor financeiro, da mídia e o restante da sociedade.

          É uma divisão de 1% contra 99%, e não esses 50/50 que querem nos mostrar. Devemos recusar o dividir para reinar da mídia e da oposição, não só por ser uma análise falsa, mas por ser uma armadilha que desvia nossa atenção de uma agenda muito mais importante.

  14. Conciliaçao sim, mas NAO COM A MÍDIA

    Para a mídia, Lei da Mïdia. Franklin Martins de volta. E nem um centavo de propaganda oficial. 

    Sobretudo, a Dilma nao pode se enganar com “bandeiras brancas” erguidas pela Globo. Aí seria burrice. 

  15. Grande discurso

    Deu as linhas gerais que a presidente vai trilhar. Vamos apoia-la, esclarecendo as pessoas da importância da reforma politica para o Brasil. E, presidente, não esquece da regulamentação dos meios de Comunicação. Como esta, não da mais. 

    E, outra questão, não menos importante: Quando a presidente podera anunciar os novos ministros? 

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