FHC diz que política externa precisa estreitar relações com EUA

Do O Globo

Fernando Henrique Cardoso: Mudar o rumo
 
A política externa precisa rever seu foco; é necessário que o Brasil estreite relações com os Estados Unidos e a Europa, faça múltiplos acordos comerciais, não tema a concorrência e volte a assumir seu papel na América Latina

Ano Novo, esperanças de renovação. Mas como? Só se mudarmos o rumo. A começar pela visão sobre o mundo que ressurgirá da crise de 2007/08. O governo petista, sem o dizer, colocou suas fichas no “declínio do Ocidente”. Da crise surgiria uma nova situação de poder na qual os Brics, o mundo árabe e o que pudesse se assemelhar ao ex-terceiro mundo teriam papel de destaque. A Europa, abatida, faria contraponto aos Estados Unidos minguantes. Não é o que está acontecendo: os americanos saíram à frente, depois de umas quantas estripulias para salvar seu sistema financeiro e afogar o mundo em dólares, e deram uma arrancada forte na produção de energia barata. O mundo árabe, depois da Primavera, continua se estraçalhando entre xiitas, sunitas, militares, seculares, talibãs e o que mais seja; a Rússia passou a ser produtora de matérias-primas. Só a China foi capaz de dar ímpeto à sua economia. Provavelmente as próximas décadas serão de “coexistência competitiva” entre os dois gigantes, Estados Unidos e China, com partes da Europa integradas ao sistema produtivo americano e com as potências emergentes, inclusive nós, o México, a África do Sul e tantas outras, buscando espaços de integração comercial e produtiva para não perderem relevância.

Nessa ótica, é óbvio que a política externa brasileira precisará mudar de foco, abrir-se ao Pacífico, estreitar relações com os Estados Unidos e a Europa, fazer múltiplos acordos comerciais, não temer a concorrência e ajudar o país a se preparar para ela. O Brasil terá de voltar a assumir seu papel na América Latina, hoje diminuído pelo bolivarianismo prevalecente em alguns países e pelo Arco do Pacífico, com o qual devemos nos engajar, pois não deve nem pode ser visto como excludente do Mercosul. Não devemos ficar isolados em nossa região, hesitantes quanto ao bolivarianismo, abraçados às irracionalidades da política argentina, que tomara se reduzam, e pouco preparados face à investida americana no Pacífico.

Para que exportemos mais e para dinamizar nossa produção para o mercado interno, a ênfase dada ao consumo precisará ser equilibrada por maior atenção ao aumento da produtividade, sem redução dos programas sociais e demais iniciativas de integração social. A promoção do aumento da produtividade, no caso, não se restringe ao interior das fábricas, abrange toda a economia e a sociedade. Na fábrica, depende das inovações e do entrosamento com as cadeias produtivas globais, fonte de renovação. Na economia, depende de um ousado programa de ampliação e renovação da infraestrutura e, na sociedade, de maior atenção à qualificação das pessoas (Educação) e às suas condições de saúde, segurança e transporte. Sem dizer que já é hora de abaixar os impostos sem selecionar setores beneficiários e de abrir mais a economia, sem temer a competição.

Isso tudo em um contexto de fortalecimento das instituições e práticas democráticas e de redefinição das relações entre o governo e a sociedade, entre o Estado e o mercado. Será necessário despolitizar as agências reguladoras, robustecê-las, estabilizar os marcos regulatórios, revigorar e estimular as parcerias público-privadas para investimentos fundamentais. Noutros termos, fazer com competência o que o governo petista paralisou nos últimos dez anos e que o atual governo, de Dilma Rousseff, vê-se obrigado a fazer, mas o faz atabalhoadamente, abusando do direito de aprender por ensaios e erros deixando no ar a impressão de amadorismo e a dúvida sobre a estabilidade das regras do jogo. Com isso, não se mobilizam, no setor privado, os investimentos na escala e na velocidade necessárias para o país dar um salto em matéria de infraestrutura e produtividade.

Mordido ainda pelo DNA antiprivatista e estatizante, persiste o governo atual nos erros cometidos na definição do modelo de exploração do pré-sal. A imposição de que a Petrobras seja operadora única e responda por pelo menos 30% da participação acionária em cada consórcio, somada ao poder de veto dado às PPSA nas decisões dos comitês operacionais, afugenta número maior de interessados nos leilões do pré-sal, reduz o potencial de investimento em sua exploração e diminui os recursos que o Estado poderia obter com decantado regime de partilha. É ruim para a Petrobras e péssimo para o país.

Além de insistir em erros palmares, o atual governo faz contorcionismo verbal para negar que concessões sejam modalidades de privatização. É patético. Também para negar a realidade, se desdobra em explicações sobre a inflação, que só não está fora da meta porque os preços públicos estão artificialmente represados, e sobre a solidez das contas públicas, objeto de declarações e contabilidades oficiais às vezes criativas, não raro desencontradas, em geral divorciadas dos fatos.

Tão necessário quanto recuperar o tempo perdido e acertar o passo nas obras de infraestrutura, será desentranhar da máquina pública e, sobretudo, nas empresas estatais (felizmente nem todas cederam à sanha partidária), os nódulos de interesses privados e/ou partidários que dificultam a eficiência e facilitam a corrupção. Não menos necessário será restabelecer o sentido de serviço público nas áreas sociais, de Educação, Saúde e reforma agrária, resguardando-as do uso para fins eleitorais, partidários ou corporativos. Só revalorizando a meritocracia e com obsessão pelo cumprimento de metas o Brasil dará o salto que precisa dar na qualidade dos serviços públicos. Com uma carga tributária de 36% do PIB, recursos não faltam. Falta uma cultura de planejamento, cobrança por desempenho e avaliação de resultados, sem “marketismo”. Ou alguém acredita que mantido o sistema de cooptação, barganhas generalizadas, corrupção, despreparo administrativo e voluntarismo, enfrentaremos com sucesso o desafio?

É preciso redesenhar a rota do país. Dois terços dos entrevistados em recentes pesquisas eleitorais dizem desejar mudanças no governo. Há um grito parado no ar, um sentimento difuso, mas que está presente. Cabe às oposições expressá-lo e dar-lhe consequências políticas. É a esperança que tenho para 2014 e são meus votos para que o ano seja bom.

 

Redação

64 Comentários

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  1. Pô, FHC, podia ter

    Pô, FHC, podia ter aproveitado a viagem e explicar pra gente de onde vem esse complexo de vira-latas de nossa Academia, né não? Ô paixão avassaladora pelos EEUU e Europa, sobretudo nas ciências sociais… Saí fora, que vergonha.

      1. Ahahaha! tem também aquele vídeo, já clássico….

        ….do Clinton dando uma reprimenda no FHC, que vergonha alheia, shame on you Mr. Cardoso.

      2. Uma demonstração cabal

        Esta foto é uma demonstração cabal do sentido de “estreitar relações”  com os eua na visão de thc.

        Olhe só a cara de alegria do gajo! E tome bafo no cangote e chute no calcanhar!

        A foto deve ser de um dia de celebração de um acordo entre países do tipo caracú, a cerveja!

  2. FFHHCC – Vergonha tripla!

    Caramba! tem gente que acredita nessas baboseiras desse cara!

    Olha, não vou comentar muito, pq a vontade de escrever uma lista de adjetivos perjorativos contra essa coisa chamada FFHCC ta grande viu!

    Se os States financiarem ele ele vira rapidinho um reacionário, botaria submarios e navios militares na costa Brasileira e fariam como fizeram com o jango.

     

    O idi… ainda ataca a Argentina por ter feito lei de imprensa e punido a banda podre que privatizou e vendeu o patrimonio da Argentina, claro que ele teria que atacar já pensou o Brasil seguir esses dois caminhos também….! 

     

    Affff, nem de papel higienico a escrita dele em papel vale

  3. Neoliberais rasgam a fantasia

    Quem disse que o neoliberalismo morreu e foi enterrado?

     

    Aí está, nítido e cristalino, o programa de governo do PSDB e do PS(D)B. Esse artigo é um primor de platitudes e de sensos comuns oriundos da visão de mundo dos neoliberais. Diz o Princípe da Privataria que o Brasil deve “estreitar” laços com os EUA e a Europa… Ora, e desde quando o Brasil deixou de ter sólidos laços com os EUA e a Europa?

     

    O que tem acontecido nos últimos dez anos é que o Brasil deixou de ter ‘relações carnais’ com os EUA (imperdoável para a elite vira-latas de Pindorama…) e ampliou o leque de relações econômicas e políticas com a África, o Oriente Médio, a América Latina e os países dos BRICS. O PSDB quer que o Brasil volte a ser um satélite dos EUA!

     

    Com que cara de pau o Farol de Alexandria ousa falar em Educação! Pois não foi no desgoverno do PSDB que o Brasil ficou sem construir uma única Universidade Federal? Não sabe o sociólogo, que pensa em inglês e sonha em francês, que a partir do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva já foram construídas 14 novas Universidades Federais, quase três centenas de Escolas Técnicas e dezenas de extensões universitárias nos municípios do interior?

     

    Desconhece o ilustre mentor do pensamento colonizado que o Brasil tem hoje PROUNI, FUNDEB, PRONATEC, SISU, ENEM, CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS e uma infinidade de programas educacionais e profissionalizantes que foram feitos pelos governos do PT? Logo ele, que não fez absolutamente nada pela educação pública brasileira vem discorrer sobre este tema?

     

    É inacreditável o grau de cinismo deste octogenário cidadão ao vir falar em “fortalecimento das instituições e práticas democráticas”! É o cúmulo da dissimulação! O desgoverno do PSDB aparelhou de forma vexaminosa o Ministério Público Federal, colocando na sua chefia, durante longos e tenebrosos oito anos, o Engavetador Geral da República Geraldo Brindeiro.

     

    Alguém por acaso não lembra deste triste tempo onde prevalecia a blindagem escancarada da corrupção tucana (generalizada e na casa dos bilhões de reais)? Como alguém que comprou a própria reeleição, no meio do mandato para beneficiar a si próprio e ao seu partido, num dos maiores golpes feitos contra a democracia brasileira desde 1964, vem agora falar em “práticas democráticas”?

     

    E tem mais… Vejam agora a cereja do bolo do programa neoliberal, reacionário, colonizado e entreguista do PSDB e do PS(D)B. Reclamam os neoliberais do regime de partilha feito pelo Lula em 2010 e implementado magistralmente por Dilma Rousseff em 2013! Perceberam onde os tucanos pretendem chegar? O PSDB quer destruir o regime de partilha para a exploração do pré-sal, quer destruir a participação mínima de 30% da Petrobrás na exploração deste valiosíssimo ativo e quer destruir a PPSA (Petrosal)!

     

    Afinal de contas, na cabeça dos colonizados, é impossível que uma empresa 100% Estatal (Petrosal) seja a operadora ÚNICA na exploração do pré-sal e, onde já se viu, imaginem o “absurdo” que é esta empresa 100% Estatal criada por Lula e Dilma ter o direito de VETO nas decisões sobre o preço e o ritmo da produção! A raposa perde o pelo mas não perde a vergonha… O PSDB quer doar o petróleo do pré-sal para as multinacionais e retirar a Petrobrás desta exploração. É um acinte completo e absoluto!

     

    Como é possível que um incompetente como esse FHC pretenda falar em inflação? Vejamos o que a realidade concreta e objetiva dos fatos nos diz:

     

    -Nos 08 anos de FHC-PSDB, a inflação oficial (IPCA) fechou em 100,6%. Média de 9,1% ao ano;

    -Nos 08 anos de Lula-PT, a inflação oficial (IPCA) fechou em 56,6%. Média de 5,7% ao ano;

    -Nos 03 primeiros anos de Dilma-PT, a inflação oficial (IPCA) fechou em 19,1%. Média de 6,0% ao ano;

    -Nos 11 anos de Lula-Dilma-PT, a inflação oficial (IPCA) fechou em 86,67%. Média de 5,8% ao ano;

    -Nos 03 primeiros anos de Lula-PT, a inflação oficial (IPCA) fechou em 24,29%. Média de 7,5% ao ano.

    E não é só isso:

    -2011, inflação oficial (IPCA): 6,50%;

    -2012, inflação oficial (IPCA): 5,84%;

    -2013, inflação oficial (IPCA): 5,73% (segundo a última projeção).

    Todos os dados apresentados apenas corroboram que ao contrário do que a imprensa terrorista afirma, o PT tem infinita competência para cuidar da inflação, coisa que os incompetentes tucanos nunca tiveram. A inflação dos 11 anos dos governos do PT é menor do que a inflação acumulada nos 08 anos de desgovernos do PSDB! A inflação no governo Dilma, repetindo, está ampla, geral e irrestritamente controlada e, melhor ainda, a sua trajetória é DESCENDENTE.

     

    Os 03 primeiros anos de Dilma Rousseff são, inclusive, melhores do que os 03 primeiros anos de Lula nesta matéria. Mais do que isto, fecharemos em 2014 os primeiros 12 anos de governos federais capitaneados pelo Partido dos Trabalhadores. Pasmem, a inflação acumulada nestes 12 anos do PT será menor do que a inflação acumulada em apenas 08 anos do PSDB. 

     

    Por fim, o ilustre líder da oposição fracassada tem o displante de falar em investimentos públicos! Em 1994 a dívida pública do Brasil (DLSP) estava em 30% do PIB. Em 2002 estava em 56% do PIB. O Brasil quebrou três vezes pela mão dos entreguistas tucanos, vivia de pires na mão junto ao FMI e ao Clube de Paris e era exatamente por isso que não havia recursos para se investir em infraestrutura. Isso o colonizado não diz…

     

    E por que ele não falou sobre o PAC? O PAC é o maior programa de investimentos públicos e privados existente no Brasil em mais de 30 anos. O Brasil está agora construindo 04 novas Refinarias de petróleo, sendo que a última refinaria que inauguramos foi ainda no início dos anos 80. 

     

    O PSDB é a desgraça deste país. E pretendem voltar. Voltar para completar o serviço sujo que iniciaram em 1994. Não há “terceira via” hoje no Brasil, há o projeto atual em curso desde 2003, caracterizado pelo pleno emprego, pelo controle total e absoluto da inflação, pela distribuição de renda, pela diminuição das desigualdades sociais e regionais e pelo segundo maior programa de investimentos públicos e privados do globo terrestre, feito através do PAC.

     

    E há o projeto conservador e neoliberal, que pretende destruir a Petrobrás, o Regime de Partilha, a Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo, a inserção soberana do Brasil no conserto internacional e que pretende retornar com o Estado Mínimo, com os juros estratosféricos, com o arrocho salarial, de crédito e fiscal. 

     

    A disputa em 2014 é esta. Não há como escapar. É manter o projeto atual ou voltar ao tenebroso tempo do neoliberalismo galopante dos anos 90, seja com a velha direita representada pelo PSDB ou com a nova direita, representada pelos “socialistas” do PS(D)B, que defendem também o mesmo programa, falido, de Fernando Henrique Cardoso et caterva.

  4. Dar … de ombros

    Ele não falou explicitamente, pois “dar de ombros” tem comumente outro significado.

    Mas o “estreitamento” a que se refere, na verdade é aquele “clintoniano” que ele teve, bem estreitinho.

  5. Posição preferida de FHC

    De fato FHC indica a melhor posição para o Brasil.

    A escolha dos caças foi crucial para FHC se posicionar. 

     

  6. Fora as contradições técnicas

    Fora as contradições técnicas ,que estão sendo exploradas em outras análises, pela rede, o que torna mais evidente é o cinismo descarado desse sr de 80anos, até outro dia vivia dizendo, entre outras coisas, que a agenda desse governo na verdade era a do governo dele,que quem arrumou o país foi ele,que tinha estabilizado a econômia e bla bla bla (ou nhemnhemnhem ,como ele prefere..).

    Agora , na ansia de atacar o adversário , admite que o País tomou novos rumos que não foram traçados por  ele, que de tão arrogante não é capaz de enxergar suas declarações contraditórias .

  7. Como desmascarar a canalhice intelectual de FHC

    Tijolaço

     

     

    Gadelha faz picadinho de “aula” de FHC e seu “túnel do tempo”

     

    6 de janeiro de 2014 | 12:58 Autor: Fernando Britotuneldotempo   Meu bom amigo, o publicitário Hayle Gadelha, publica em seu blog umadissecação do artigo publicado ontem pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.Para ajudar a compreensão do que Gadelha diz, fui buscar o índice do jornal de 1999 que ele menciona.Fernando Henrique pode fingir que não se lembra.A gente, não.E, porque lembra, tem a obrigação de dizer para quem, muito jovem, não pode lembrar. 

    Para Fernando Henrique, “mudar

    o rumo” é “voltar atrás no tempo”

    Hayle Gadelha

    O artigo de Fernando Henrique Cardoso publicado neste domingo (“Mudar o rumo”) é de uma ousadia monumental. Começa pela chamada: “a política externa precisa rever seu foco”. Qual foco? Aquele do seu Ministro das Relações Exteriores, que tirou os sapatos para poder entrar nos Estados Unidos? Política de submissão geopolítica? Ficar de braços cruzados enquanto os Estados Unidos espalham bases em torno do Brasil e ficam de olho grande no Atlântico Sul?

    Dando continuidade a sua “aula”, FHC escreve:“Para que exportemos mais e para dinamizar nossa produção para o mercado interno, a ênfase dada ao consumo precisará ser equilibrada por maior atenção ao aumento da produtividade, sem redução dos programas sociais e demais iniciativas de integração social”.Exportemos mais? Nos seus governos, o ano em que exportamos mais foi 2002, com pouco mais de 60 bilhões de dólares. Desde 2005, nunca mais exportamos menos do que 118 bilhões de dólares e em 2013 exportamos mais de 142 bilhões de dólares.Sobre a participação da Petrobras nos leilões do pré-sal, escreve: “A imposição de que a Petrobras seja operadora única e responda por pelo menos 30% da participação acionária em cada consórcio, somada ao poder de veto dado às PPSA nas decisões dos comitês operacionais, afugenta número maior de interessados nos leilões do pré-sal, reduz o potencial de investimento em sua exploração e diminui os recursos que o Estado poderia obter com decantado regime de partilha”. Como reduz?!? O Estado torna-se sócio, participando diretamente dos ganhos. Além disso, a Petrobras é uma das maiores empresas do mundo, domina como ninguém a exploração em águas profundas e tem realizado um trabalho excepcional para o país. Se ela não serve para essa função, quem mais serviria?

    jornalvelho

    Ataca também a inflação, que, segundo ele, só não estaria fora da meta “porque os preços públicos estão artificialmente represados”.  Será que ele esqueceu que nos seus últimos quatro anos de governo a inflação foi de 8,9% (1999), 6,0%(2000), 7,7%(2001) e 12,5%(2002)? Isso apesar das taxas de juros altíssimas: 18,99% (dez/1999), 15,76% (dez/2000), 19,05%(dez/2001) e 24,9% (dez/2002).Fernando Henrique tem a suprema ousadia de encerrar seu artigo dizendo que a esperança que tem é a da vitória das oposições em 2014. Ou seja, quer sua turma de volta ao poder. Mas para que ninguém perca o rumo por causa dessas loucuras de verão de um ex-presidente, reapresento algumas manchetes da Folha de 3 de março de 1999:“Desemprego em SP é recorde com 9,18%”, “Trabalhador perdeu 0,5% da renda em 98”, “Emprego industrial cai pelo nono ano”, “Governo aperta ainda mais o crédito”, “Dólar bate novo recorde apesar da atuação conjunta do BC e BB”, “Crise no Brasil afeta indústria argentina”, “Reservas externas caem para US$ 35,6 bilhões em fevereiro”, “Empresas tentam rolar dívida externa dando mais garantias”, “CNI defende intervenção do BC no câmbio e vê risco de calote”, “TST já admite conceder reajuste salarial com alta da inflação”, “Bolsa cai 1,38% e título da dívida despenca”.Nesse túnel do tempo ninguém quer entrar. O povo é contra o “meia-volta, volver”” da oposição.

     

     

    1. Well, Sir,
      Partindo da sua

      Well, Sir,

      Partindo da sua sábia premissa, ficamos desde 1822 bem distantes da Bolívia (e de tantos outros “indigentes” latinoamericanos), estivemos sempre bem “íntimos” dos patróns ao Norte, até 2002, e:

      Nossa situação era boa?

      Ou melhorando a pergunta:

      Era melhor que hoje, em quê exatamente?

      Não lhe passa pela iluminada cabeça que é justamente esta distância entre nós, que nos fez tão distantes (e tão dependentes) dos EEUU?

  8. O ano em que o Brasil rompeu com os Estados Unidos.

    Darío Pignotti/ Página12

    Foi o ano diplomático menos pensado. Em 31 de maio de 2013, quando o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, desembarcou em Brasília para definir os detalhes dos acordos a serem firmados durante a reunião entre Dilma Rousseff e Barack Obama, ninguém, possivelmente nem a presidenta, imaginava qual seria o grande desenlace dessa aproximação a Washington, sem precedentes nos onze anos de governo do Partido dos Trabalhadores.

    “Não existe obstáculo que não possa ser superado por nossos países… estamos ansiosos por recebe-la (a Dilma) em outubro em Washington”, assegurava Joe Biden ao deixar o Palácio do Planalto com seu sorriso invicto.

    Não é usual que Dilma receba a vice-presidentes em seu despacho e se o faz é para cumprir algum protocolo rápido: ter concedido 90 minutos de seu tempo ao número dois da Casa Branca alimentou especulações fundamentadas sobre o tamanho dos pactos que se estavam gestando. Porta-vozes anônimos do governo, possivelmente alguma fonte militar interessada, deixaram transcender que logo depois da conversação com o emissário de Obama, a presidenta tinha resolvido comprar 36 cazas F-18 Super Hornet fabricados pela Boeing, uma das empresas que formam o complexo industrial militar norte-americano, cujo poderio gigantesco cresceu ainda mais desde a declaração de guerra ao terror anunciada em 2010 por Geroge Walker Bush, depois dos atentados contra as Torres Gêmeas nova-yorquinas.

    O sonriso, agora vitorioso, de Joe Binden ao estreitar as mãos do sempre contido chanceler Antonio Patriota selava o momento mais regressivo da política externa brasileira desde 2003, com a virtual derrubada da posição “altiva” ante a Casa Branca mantida durante o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, secundado por seu ministro de Exteriores Celso Amorim e o assessor especial Marco Aurélio García, uma troika que se completava com Samuel Pinheiro Guimarães, o “enfant terrible” do Itamaraty, a quem coube a tarefa de revisar planos de estudo e sistemas de admissão na inexpugnável estrutura do Serviço Exterior.

    Autor de livros seguidamente citados por Hugo Chaves, Pinheiro Guimarães tinha sido condenado ao ostracismo pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nos anos 90, como “escarmiento” por ter denunciado a Área de Livre Comércio das Américas.

    Dilma, conhecida por suas posições nacionalistas de esquerda, não parecia totalmente convencida com a aproximação abusiva aos Estados Unidos, tecida desde 2011 pelo seu chanceler Antonio Patriota. Afim de estabelecer comparações, poderíamos situar Patriota nas antípodas de Amorim e Pinheiro Guimarães: diplomata submisso aos poderes estabelecidos no Itamaraty, muito bem relacionado em Washington, onde se desempenhou como embaixador, e um dos brasileiros prediletos da ex-secretária de Estado Hillarty Clinton, que costuma nomea-lo como “meu amigo Antonio”. Afeto que é recíproco.

    Roussef costuma pronunciar-se através de gestos e com frequência sua cara parecia o de uma mulher obrigada a calçar sapatos dois números menores que sua forma cada vez que aparecia em público junto a Patriota, isso especialmente logo da incompetência com que este atuou frente ao golpe que derrubou o ex-mandatário paraguaio Fernando Lugo, em junho de 2012.

    Em rigor, Patriota foi algo assim como o chanceler de uma nota só, a de Washington, a despeito da agenda sul-americana, em que logo da gafe paraguaia de 2012 ocorreu o escândalo com a Bolívia em agosto de 2013, quando os responsáveis pela embaixada brasileira facilitaram a fuga de um dirigente opositor acusado de desestabilizar o presidente Evo Morales.

    Essa assimetria diplomática a favor do Estados Unidos erra o desejado pelas facções do Palácio Itamaraty (Chanceleria) nostálgicas do mandato de Fernando Henrique Cardoso, que deveriam suportar com desgosto a heterodoxia e o latino-americanismo que imperaram durante os 8 anos de Lula-Amorim-García.

    O certo é que em agosto de 2014, a política externa de Dilma, seguindo os postulados da velha-guarda do Itamaraty, era criticada por baixo no PT quando parecia encaminhar-se para um pacto de subordinação relativa com Washington, a ser referendado na visita de Estado à Casa Branca prevista para 23 de outubro.

    Foi então, entre julho e setembro, que se conheceram centenas de documentos obtidos pelo ex-analista da NSA Edward Snowden, revelando que baixo pretexto de dar cassa a terroristas imaginários, essa agência instalou uma central de operações clandestinas em Brasília desde a qual foram violadas as comunicações de Dilma e roubados dados, provavelmente sensíveis, da petroleira estatal Petrobrás.

    Ofendida pela violação da “soberania nacional” perpetrada pelos Estados Unidos, Roussef solicitou uma reunião urgente com Obama, na qual este não pode brindar as explicações exigidas enquanto admitia ser impotente frente ao poder da comunidade de informações, prima-irmã do complexo-industrial-militar.

    A fracassada conversa com Obama e, em menor medida, a caída de Patriota, fatos ocorridos no tempo de um mês, certificaram a defunção da política externa inaugurada em 2011, e sinalizaram o reencontro com várias das tesis firmadas desde 2002.

    A partir desse corte, inesperado e drástico, Dilma assumiu em setembro do ano passado o comando das relacões exteriores, executando uma bateria de movimentos convergentes. Suspendeu a visita de Estado a Washington, em que pese os esforços em contrário realizados pelo sorridente Joe Biden e o secretário de Estado John Kerry, também enviado a Brasília para reparar os danos causados pelo dossiê Snowden.

    Propos e obteve o acordo dos países do Mercosul para elaborar uma estratégia conjunta contra a espionagem eletrônica, iniciativa que posteriormente formulou, com algumas modificações, ante a Assembléia das Nações Unidas, que no mês passado a aprovou com o apoio conjunto dos países emergentes e várias potências como Alemanha, apesar das reservas iniciais de Angela Merkel.

    Pouco depois de assumir, o novo chanceler, Luiz Alberto Figueiredo, empreendeu em setembro um giro por vários países em que qualificou a espionagem norte-americana como “inaceitável” e “violatória dos direitos humanos”. Uma simples análise contrafactual autoriza supor que se Dilma tivesse realizado a tão anunciada visita a Washington, provavelmente as petroleiras norte-americanas teriam sido fortes candidatas no leilão do mega-poço Libra, com 15 bilhôes de barris, e os aviôes Super Hornet da Boeing poderiam ter sido escolhidos pela Força Aérea para modernizar sua frota de guerra.

    Como se sabe, nenhuma petroleira estado-unidense se inscreveu para disputar Libra, na licitação ganha em outubro por um consórcio encabeçado pela Petrobrás associada a duas companhias chinesas, uma francesa e uma anglo-holandesa. E em dezembro, o agora ministro de Defesa, o diplomata de carreira Celso Amorim, seguindo instruções do Planalto, finalmente optou por comprar 36 caza-bombardeiros Gripen NG, de fabricação sueca, deixando de lado os norte-americanos F-18, que antes do data-gate pareciam imbatíveis.

    Foram duas medidas de Estado que transcendem o conjuntural, nas quais se materializa um giro vantajoso para a autonomia nacional e antipático para grupos hegemônicos das indústrias petroleira e militar, o que gera ressonâncias nas grandes empresas mediáticas.

    Quem repase a linha editorial da CNN, The Economist ou The Financial Times, advertirá como mudou o tratamento dado a Roussef. Deixou de ser aquela estadista de 2011 para tornar-se uma presidente “intervencionista e contrária ao livre jogo das forças de mercado”, um modelo inconveniente para os demais países latino-americanos, aos quais se recomenda, desde essas usinas de opinião global, descartar o exemplo do Brasil e seguir o aplicado no México pelo presidente Enrique Peña Nieto.

     

    http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-237045-2014-01-05.html

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  9. Amigos para siempre!

    Prezados e prezadas,

    Um dia antes do Juízo final, o Diabo reuniu a todos em uma sala: Clinton, Bush pai e filho, Tatcher, Reagan, Nixon, Helmut Kohl, João Paulo II, Dick Cheney, Tony Blair, Sarkozy, Merkel etc.

    Iriam todos para um compartimento, onde a cada dia o nível de esgoto sanitário iria subindo.

    Passado o tempo que o Senhor das Trevas julgou que seria o necessário para que estivessem com os narizes sob a merda, o diabo olhou pela escotilha e viu Clinton com merda pela cintura, todo pimpão.

    Encucado, o coisa ruim mandou tirar o presidente Clinton e lhe perguntou: “Como pode?”

    Clintou acendeu um charuto, e lhe disse: “Bem amigo, eu trouxe comigo o Fernando.”

    O capiroto: “Fernando, que porra de Fernando é este?”

    Clinton sorriu e respondeu: “Aquele, o presidente do Brazil, trouxe ele para me carregar nos ombros”.

  10. Não mudou nada. Pretende

    Não mudou nada. Pretende reintroduzir a política de tirar os sapatos. Inegável que a aproximação com os EUA eh vantajosa mas pressupõe que seja um caminho percorrido pelas duas partes. Enquanto. Os E UA não se mostrarem interessados ela não ocorrerá ,independente da vontade da Dilma.

  11. “deram uma arrancada forte na

    “deram uma arrancada forte na produção de energia barata.”

    Só FHC está acreditando nesta historinha de fracking como fonte de energia barata. Não dura 4 meses a produção de gás de um poço e toda a água do lençol freático da região fica contaminada e explosiva … cheia de gás dissolvido, igual água com gás.

    Quem FHC acha que está enganando ?

     

  12. alienado ou mau caráter ?

    Descarto a possibilidade de fhc ser um alienado.

    Acho que a mídia e o psdb deram o movimento inicial do tabuleiro eleitoral de 2014. A minha dúvida é : Será que  a rede globo teria promovido o escarcéu da espionagem americana caso o psdb fosse governo ?

    Ora, rede globo e psdb são peças atuantes no esquema de espionagem americana, fhc participou ativamente da implantação do modelo no Brasil. Especulação ?  Para quem acompanha a tempos este sistema de modelagem social criado nos anos 90, é quase impossível imaginar que a mídia e o psdb não sejam braços armados da NSA.

    Acredito que prossegue o ideal, da mídia e do psdb, em se criar um constrangimento entre o governo Dilma e o governo americano. 

  13. Quando esse senhor estava no

    Quando esse senhor estava no governo não via solução nenhuma para o país e as que via não serviam eram só de subserviência. Gastou 8 anos desnorteado, bem… desnorteado em soluções para o país, mas quanto a soluções para os amigos, ele era completamente norteado. Oras, vai dormir FHC, pare de dar pitaco no governo dos outros e nos deixe em paz!

    1. O governo FHC promoveu

      O governo FHC promoveu mudanças estruturais importantissimas ao País.

       

      Lei de reposnsabilidade fiscal

      Privatizações

      Alteraçoes na Previdencia

      Criação do Plano real e controle da inflação

      Renegociação e estruturação da dívida externa

      Criação dos pilares da economia (cambio flutuante, meta de inflação,responsabilidade fiscal)

       

      Quem for criticar,  favor dizer o que o PT alterou em relação aos tópicos acima???????????

      1. Ótima lembrança.

        Prezado senhor, aproveitando sua inclinação para os fatos, esclareça minhas dúvidas, e veja bem, não são críticas:

        Lei de reposnsabilidade fiscal

        Pergunta: Adianta alguma responsabilidade fiscal sem responsabilidade social?

        Privatizações

        Pergunta: As privatizações foram bom negócio para quem? Quem pronunciou a frase: “Estamos no limite da irresponsabilidade”. O que esta frase significa?

        Alteraçoes na Previdencia

        Pergunta: Embora concorde que necessárias as alterações, fica a dúvida, dá para comemorar isto?

        Criação do Plano real e controle da inflação

        Pergunta: Não foi o Itamar que criou o plano? E, como um presidente que entregou uma inflação acumulada que é mais que o dobro do seu sucessor no mesmo período (08 anos de Lula) pode dizer que controlava este indicador?

        Renegociação e estruturação da dívida externa

        Pergunta: Como é que se considera que alguém “negocia” algo, pendurado no default, e com algumas merrecas de reservaas cambiais (eram 17 ou 37 bi de dólares?). Tem certeza que o nome é “negociação”? Não seria melhor chamar de contrato de adesão desesperada?

        Criação dos pilares da economia (cambio flutuante, meta de inflação,responsabilidade fiscal)

        Pergunta: Em qual economia dinâmica, no campo do G20, estes macroindicadores são levados a sério, e ao pé da letra? Qual era a meta de inflação de FHC, alcançar a Lua? Era câmbio que flutuava ou afundava (3,97 real por dólar em 2002)? Que responsabilidade fiscal é esta que pagava em 2002, mais que 29% de juros a banca?

        Veja, eu sou um gaulês estúpido, e gostaria de aprender com o senhor a ampliar meus conceitos parcos sobre economia e política econômica. Estou ansioso pelas respostas.

        Cordial saudação.

         

        1. Caro Obelix
          Vamos lá:
           
          Lei

          Caro Obelix

          Vamos lá:

           

          Lei de reposnsabilidade fiscal

          Pergunta: Adianta alguma responsabilidade fiscal sem responsabilidade social?

          Não adianta responsabilidade fiscal sem responsabilidade social. Mas quando FHC assumiu o governo o Brasil beirava o caos. A poupança ja havia sido confiscada para controlar a inflação e o país não tinha crédito. FHC teve coragem de fazer medidas impopulares mas extremamente nescessárias. Além do mais no governo FHc somente com o controle da inflação milhoes e milhoes de pessoas melhoraram de vida no Brasil. Ninguem conseguia planejar e comprar com crédito. No campo da educação as ,mudanças foram enormes com criação de sistemas de avaliação que mudaram de nome mais ainda persistem. Na saúde tivemos muitas transformações com os remédios genéricos com o sistema de tratamento da aids (o melhor do mundo). Alem disto foi plantada a semente do bolsa familia com a criação do bolsa escola.

           

          Privatizações

          Pergunta: As privatizações foram bom negócio para quem? Quem pronunciou a frase: “Estamos no limite da irresponsabilidade”. O que esta frase significa?

          Esta frase significa que grupos foram privilegiados nas privatizações, é um descalabro. Quase tudo no Brasil tem pessoas dando um jeitnho e levando vantagem (vide o aeroporto do Skaf).  Mas o conceito de privatizar foi importante para o Brasil, as empresas privatizadas cresceram muito, pagaram milhoes e milhoes em impostos e antes davam prejuizos e empregavam os privilegiados.

          Alteraçoes na Previdencia

          Pergunta: Embora concorde que necessárias as alterações, fica a dúvida, dá para comemorar isto?

          Não dá para comemorar. Mas demonstra maturidade em lidar com os problemas reias. Tiro como exemplo meu pai, que trabalhou em serviço duro por 28 anos e se aposentou com 45 anos. Como pode alguem colaborar com 8% ou 11% a previdencia e depois se aposentar e receber o beneficio por 30 ….35 anos. A conta não fecha e no futuro poderemos ter muitos problemas.

           

          Criação do Plano real e controle da inflação

          Pergunta: Não foi o Itamar que criou o plano? E, como um presidente que entregou uma inflação acumulada que é mais que o dobro do seu sucessor no mesmo período (08 anos de Lula) pode dizer que controlava este indicador?

          Dizer que foi Itamar quem criou o plano real não é honesto com a historia. Se for assim podemos dizer que FHC criou o bolsa familia. O bolsa familia é a expansao do bolsa escola que foi criado em seu governo. mas nos sabemos que o plano real foi criado por Edmar Bacha,Pérsio Arida,Gustavo Franco, todos eles ligados ao PSDB.

           

          Renegociação e estruturação da dívida externa

          Pergunta: Como é que se considera que alguém “negocia” algo, pendurado no default, e com algumas merrecas de reservaas cambiais (eram 17 ou 37 bi de dólares?). Tem certeza que o nome é “negociação”? Não seria melhor chamar de contrato de adesão desesperada?

          O governo estruturou a divida fez os governos estaduais venderem os bancos estaduais (que eram fontes de rombos e mais rombos) e implantou a disciplina fiscal.

          Criação dos pilares da economia (cambio flutuante, meta de inflação,responsabilidade fiscal)

          Pergunta: Em qual economia dinâmica, no campo do G20, estes macroindicadores são levados a sério, e ao pé da letra? Qual era a meta de inflação de FHC, alcançar a Lua? Era câmbio que flutuava ou afundava (3,97 real por dólar em 2002)? Que responsabilidade fiscal é esta que pagava em 2002, mais que 29% de juros a banca?

          O periodo do governo FHC enfrentou inúmeras crises (pesquise como o mundo cresceu entre 1994 e 2002) foi um periodo dificil. O governo do PT está enfrentando a primeira crise no governo Dilma.

          SDS

  14. Muito bom que o EFEAGACÊÊ

    Muito bom que o EFEAGACÊÊ queira resgatar sua Agenda Liberal dos anos 90. Inclusive suas Privatarias, a promoção  do desemprego em massa e a redução “gradual” do SM para os míseros 67 dólares de sua época, em …. anos. Talvez algum Tucano proponha também liquidar com as reservas acumuladas pelo PT de 370 bilhões de dólares para acolhermos o FMI novamente de braços abertos. ASSIM FICA MAIS FÁCIL.

  15. FHC  poucas vezes esteve tão

    FHC  poucas vezes esteve tão certo. A politica exterior não se faz, só, de politica pró comunas – o mundo é muito maior e não raro melhor.  Bolívia, Venezuela, Argentina, economicamnente, levam o Brasil para trás. O Mercosul é um natimorto e o Brasil paga o Pato por isso. E a ultra protecionista China mais vende do que compra.

    1. Orlando, você está certo, mas em parte!

      Quem expandiu as fronteiras comerciais do Brasil mais que Lula? Que criou possibildiades na África, Oriente Médio e Ásia que eram inexsistentes? Qual a razão de o Brasil não ter afundado em 2008? Exatamente as expanções promovidas por quem enxergou além de EUA e Europa.

      E agora que precisam voltar a ter avanços economicos nós devemos nos curvar?

       

  16. O senhor   fernando  henrique

    O senhor   fernando  henrique quer a volta  da política externa  dos sem sapatos…. ?  Ou  quer que o Brasil  ponha a mão nos joelhos,  dê uma abaixadinha e balance… Como  no  seu  governo ?

    1. Quer, pois sempre foi um

      Quer, pois sempre foi um vassalo, financiado pela  fundação FORD/CIA para repetir como um papagaio os interesses dos EUA no Brasil.

      Para se ter uma boa política externa e economica, não precisa pensar muitio, bastar fazer tudo ao contrário que FHC dizer, a chance é grande de acertar.

  17. ki dilícia

    adoro post falando de fegacê.

    nos comentários dá para ver o quanto a população gosta do farol da alexandria.

    e o povo não nega,

    fegacê apanha mais que boneco de judas em sabado de aleluia.

    merece!

    1. adoro post falando de fegacê.

      “adoro post falando de fegacê.”

      Os post sobre FHC, é legal ser lido nos blogs sujos, porque nos limpinhos, ele ainda é o cara, é o rei da cocada preta.É lido e relido com entusiasmos pelas suas viúvas.

  18. Tá maluco … tá doidão

    Há um claro erro de “time” desse Sr de 80 anos. É bem provável que a conjuntura formada desde as jornadas de Junho de 2013, ou seja, o sentimento de mudança; associada as políticas de concessões públicas iniciadas pelo Governo Dilma Roussef, estejam conduzindo FHC ao ledo engando de que a sociedade brasileira quer de fato o retorno ao passado, mais especificamente aos tempos de seu governo, onde o Mercado, muito mais do que agora, tinha feições de um “muleque mimado” habilitado a todo tipo de mal criações para se dar bem em detrimento do social, equanto o pai (Estado) fazia a “vista grossa”. 

    1. Prezado senhor, se voce não

      Prezado senhor, se voce não domina um idioma, por favor não o use . O correto é “timing” ao invés de time, como o senhor escreveu .

      A propósito, dada a qualidade do resto do seu texto em portugues, por favor, tambem deveria considerar não usa-lo.

       

  19. muito mais forte que o cinismo, o gosto pela subserviência

    vejam como até hoje se encaixa perfeitamente em FHC………………….( do DiplomataZ )

     

    Brevíssimo Tratado da Subserviência

    Paulo Roberto de Almeida

    (um raro escrito dedicado a terceiros)

    O subserviente é aquele que se dobra às conveniências de uma autoridade superior, mesmo quando essa autoridade atua manifestamente em detrimento de seus próprios interesses pessoais; o subserviente prefere submeter-se às inconveniências cometidas por aquela autoridade, e o faz de livre e espontânea vontade, ainda que de modo vergonhoso, a ter de corrigir, mesmo gentilmente, essa mesma autoridade. O subserviente, que também pode ser considerado um sabujo, no sentido estrito, não hesita em desmentir-se, a posteriori, negar declarações suas, previamente tornadas públicas, ou em afastar-se de posições anteriormente assumidas, ou defendidas historicamente, apenas para se conformar à vontade, muitas vezes irracional e inexplicável, dessa mesma autoridade superior. Obviamente, ele não seria subserviente sem essa degradação moral.

    O subserviente profissional considera que sua própria sorte, sua sobrevivência funcional, assim como seu futuro destino estão indissoluvelmente ligados ao grau de subserviência máximo que ele conseguir expressar em favor de sua autoridade oficial. Ele pertence, de corpo e alma, quando não de coração e mente, a essa autoridade, à qual ele devota fidelidade canina e pela qual ele está disposto a sacrificar seu conforto pessoal, sua coerência moral (se é que dispõe de alguma) e até sua ética profissional, quando não sua consciência mais íntima (se existir, claro) em favor do bem estar de sua autoridade, tudo isso por escolha própria, não por imposição daquela autoridade. Sua sabujice dedicada é, assim, introjetada, a ponto que ele não mais distingue entre o que humanamente aceitável, e socialmente respeitável, e o que é subserviência pura, sem qualquer hesitação ou exame de consciência. Ele não seria um subserviente perfeito sem essa diminuição intelectual (se o termo se aplica).

    O subserviente completo se antecipa, de certa forma, aos problemas que poderiam advir de alguma frase mal posta de sua autoridade. Em consequência de uma circunstância do gênero, ele constrói toda uma teoria justificadora das bobagens superiores com base numa suposta má compreensão por parte dos ouvintes ou interlocutores, imputando aos demais as legítimas dúvidas que estes possam ter em relação às inconveniências do chefe, o que o faz atribuir os equívocos de entendimento aos próprios questionadores. Um subserviente assim tão bem construído é algo raro, mas especialmente valorizado nas situações em que é preciso conter a autoridade numa gaiola de ferro, compatível com a dimensão das bobagens produzidas.

    Não é fácil encontrar um subserviente perfeito. Existem muitos, claro, por propensão inata de caráter, mas nem sempre eles são selecionados para servir diretamente uma autoridade, embora alguns se esforcem bastante para conseguir uma tal distinção (se o termo se aplica). Geralmente, um subserviente é construído aos poucos, com a degradação gradual de caráter acompanhando os progressos da carreira, até o ponto em que a subserviência se converte em segunda natureza, algo assim indistinguível das características originais, ou construídas, do personagem em questão. Essa promiscuidade entre o Dr. Jeckyll e Mister Hyde passa então a não mais ser considerada uma alternância de personalidades, mas constitui-se em algo sólido, um bloco unificado que acompanha o novo personagem em toda e qualquer situação de subserviência prática (e as oportunidades são muitas, posto que o subserviente existe sempre em função de uma autoridade medíocre, cuja quantidade, infelizmente, parece se multiplicar ao ritmo da erosão de qualidade das autoridades públicas).

    Talvez exista algum manual da subserviência, assim como existem muitos “Idiot’s Guide” para qualquer coisa humanamente concebível, mas não foi possível encontrar algum disponível no mercado, com essa abrangência teórica e essas pretensões práticas. Talvez algum subserviente despertado de sua letargia intelectual possa vir a conceber algum, o que seria útil para todo e qualquer candidato à carreira de sabujo profissional. Não se espera que ele o subscreva em seu próprio nome, a menos que suas deficiências morais e sua total falta de caráter o autorizem a continuar a defender as bobagens de “sua” autoridade, mesmo quando esta deixou de representar poder e prepotência. Afinal de contas, um bom subserviente tem um currículo a defender, mesmo quando este não é o que parece, ou aquele que é proclamado.

     

     

    (http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/03/1781-brevissimo-tratado-da.html)

     

     

    Shanghai, 12.03.2010

     

     

     

     

  20. O falseamento da história é

    O falseamento da história é prática comum entre os irmão obreiros da igreja denominada de PT :

    É só relembrar que o partido foi contra o plano real e privatizações. Quanto a moeda, não dá mesmo para mudar, mas quanto as privatizadas, é so reestatiza-las. Legal né .

    Por que será que o partido não o faz ?

    1. Recomprar o que foi privatizado?

      Somente a Vale, que foi vendida à época por pouco mais que 3 bilhões, valia em 2008 módicos 196 bilhões de dólares…parece que foi um bom negóci somene para quem comprou!

      1. O senhor conhece a expressão

        O senhor conhece a expressão matematica “CQD”. Pois é , dada a sua resposta, consegui demonstrar que os obreiros do PT falseiam a história. Veja o absurdo que o senhor escreveu – 196 bilhoes de dólares . Mais cara que a GM, Microsoft, Apple, e por ahi vai .

        Seria o maior negócio do mundo né, e o o capital internacional é todo composto por otarios, pois não participaram deste negócio da China.

        Mas parece que matemática não é sua praia. Aliás, tambem não respondeu se  o PT foi contra o plano real.

        Daqui a pouco vai negar que o mensalão é obra de ficção, que o Hadad nunca se compos com o Maluf, que a Marina é a verdadeira traíra, que o Plinio e Suplicy são loucos, que o Olívio é burro e ingrato, e ……..

        Ou seja, tudo que os santos caciques do partido proferem, é dogmático.(mas só até caírem em desgraça). 

        1. Errou de blog. Tente reinardo

          Errou de blog. Tente reinardo de dos corgo, augusto nunes, noblat, merdal  ou outros menos votados. A propósito, dois livrinhos para ler – O Brasil Privatizado I e II. Somente o boca de sovaco para vender uma empresa lucrativa pelo fluxo de caixa descontado. É fato, não é opinião.

  21. Nossa, ele morreu e não falaram para ele!

    “A política externa precisa rever seu foco; é necessário que o Brasil estreite relações com os Estados Unidos e a Europa, faça múltiplos acordos comerciais, não tema a concorrência e volte a assumir seu papel na América Latina.”

    Nó! Achei que ele ia acabar defendendo a volta do “Aparthaid”!

    Nossa, ele morreu e não falaram para ele!

  22. Um verdadeiro quinta coluna

    Embora com reservas, acabei lendo o artigo, e confesso a vocês que por pouco a náusea não me envolveu!

    Às vezes me pergunto, porquê o ex-presidente, quer gostemos ou não dele, não se recolhe à sua cocheira, pois tudo que disse, seja em entrevistas, artigos, livros, sugestão, aconselhamento, opinião,enfim, não têm mais nenhum valor, pois o tempo passou, e tudo, eu disse tudo o que poderia fazer teria ter feito quando na presidencia, e se não fez, perdeu o bonde da história! Se não  agradou, como mostram esta enorme rejeição ao seu nome, é porque não soube desempenhar o papel que dele a Nação esperava !

    Outra hipótese, até mais provável, é que seus patrões o estejam pressionando, para que tome estas atitudes de falastrão, em virtude dos dividendos auferidos! 

      

  23. 83 anos FHC desabrochou!

    Estou me tornando admirador do FHC.

    Olhem a profundidade das frases que ele proferiu recentemente:

    “Joaquim Barbosa não tem traquejo político”

    “É necessário que o Brasil estreite relações com os Estados Unidos e a Europa”

    Gente, vocês perceberam a sabedoria do FHC ao pronunciar essas frases?

    Vamos apaludir, afinal o sociólogo estudou, debateu, passou noites e dias raciocinando (acho até que não governou bem o Brasil por conta disso) e chegou a essas conclusões interessantes.

    Só posso entender que, aos 83 anos FHC finalmente desabrochou. Que mimo!

     

  24. Impressionante a cara de pau

    Impressionante a cara de pau e a falta de noção, que beira o infinito. As inacreditáveis conquistas  do partido privata até 2002 foram  12 milhões de desempregados, apagão elétrico, e aumento da dívida interna de 60 bilhões para 600 bilhões. Também aumentaram a carga tributária de 25% para 36%.
    Com certeza, com estas credenciais são as pessoas mais capacitadas a falar de crises, só não sabem como resolvê-las.

  25. O Brasil melhor muito

    Em resposta ao Sr. Helbert,

     

    O governo FHC promoveu

    seg, 06/01/2014 – 20:18

     

     

    O governo FHC promoveu mudanças estruturais importantissimas ao País.

     

    Lei de reposnsabilidade fiscal (engessou a economia do país durante muito tempo)

     

    Privatizações (Leia os livros Privataria Tucana e o Príncipe da Privataria)

     

    Alteraçoes na Previdencia (Criou o Fator previdenciário que, além de penalizar os trabalhores, não equilibrou as contas do INSS)

     

    Criação do Plano real e controle da inflação (Plano rela é criação do Itamar Franco)

     

    Renegociação e estruturação da dívida externa (Não fosse o Lula pagar o FMI, até hoje estaríamos com o pires na mão e passando venhonha mundialmente)

     

    Criação dos pilares da economia (cambio flutuante, meta de inflação, responsabilidade fiscal) (Segurou a paridade dólar=Real para ser reeito, com isso arrebentou a economia do Brasil)

     

    Quem for criticar,  favor dizer o que o PT alterou em relação aos tópicos acima???????????

     

    1 – Com PT o Brasil está reeguendo a indústria Naval criando milhares de empregos

    2 – Criou mais 220 escolas técinicas mas de 20 Faculdades.

    3 – Criou Prouni

    4 – Criou Mais Médicos

    5 – Criou Luz para Todos
    6 – Criou Bolsa Família

    7 – Lapidou o ENEM

    8 – Forteleceu a Petrobras 

    9 – Criou o Pre-Sal

    10 – Ampliou os investimentos na Educação
    11 – Ampliou os investiemnto na Saúde

    12 – Tornou o país um país protagonista, pois o Brasil era mero condjuvante 

    13 – Ampliou as exportações

    13 – Está realizando obras estruturantes como: Traposposição do Rio São Fracisco, Refinaria Abreu e Lima, abrindo e e consertando estradas, além de abrir concessões em estradas, portos e aeroportos.

    14 – Com o PT no governo desde 2004 não tivemos défit públibco.

    15 – O país está preste a atingir o pleno emprego.

    16 – As agências reconheceeram o Brasil como uma economia estável e tornaram o uma economia prime.

    O17 – o PT pegou o país como 13ª economia mundial, hoje somo a 6ª economia.

     

    E tantos outros feitos que agora não me lembro e nem tenho  tempo para pesquisar.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  26. Apagão

    Para um país ter uma estrutura mínima, é preciso ter pelo menos energia para criaçnao de indústrias, consequentemente se desenvolver, inovar, criar  empregos, enfim o governo tem que ciar condições para se desenvolver. O FHC criou o apagão energético!

  27. De sabujice ele entende.

    Brasil bom é o Brasil submisso que pede autorização ao império antes de qualquer iniciativa diplomática. E, para variar, lá vem ele com sua eterna submissão. Por que não te calas FHC?

  28. Como  diria o jornalista Mino

    Como  diria o jornalista Mino Carta, o FHC sempre quis o Brasil mais perto dos EUA e de preferência de cócoras, para não dar muito trabalho para montar…

  29. Recitou direitinho…

    Recitou direitinho o discurso preparado pela secretaria de estado do tio Sam. …é pau mandado trazendo um recado com uma ameaça embutida….

  30.  Para uma criatura
     Para uma criatura originalmente projetada como bípede, e, que por algum defeito de fabricação, apresenta desconformidade na coluna além dos limites de tolerância. Seja pela utilização de material muito flexível e poroso, ou, por fadiga prematura dos componentes. Em tais circunstâncias, recomenda-se o reposicionamento da carcaça, postando-a na horizontal, em vez, da posição original indicada em projeto. De quatro, e, quando instados a deslocarem-se, que o façam sobre os quatro membros. Portanto, pode-se dedeuzir que o homem cumpre a norma. A mim, parece ser este o problema do professor Cardoso. Não tem como fazê-lo se posicionar de pé, especialmente, diante dos negócios e dos interesses dos anglo-saxões da gema. Não obstante, deva-se reconhecer, pro cabra portador de tal enfermidade, manter postura ereta com o tronco e membros na vertical, não é fácil, trata-se de alentado desconforto. Lembro que é comum certos indivíduos sofrerem muito com problemas de coluna. Este tipo de infortúnio apresenta variada gama de sintomas.Vejam a coincidência. Queria dizer, dos problemas de coluna. Que ora põe em risco a estabilidade moral, digo, estrutural, do STF, deixando-o em grave risco de colapso. Orlando
     

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