Haddad empunha bandeira de resistência e luta: “É hora de erguer a cabeça e ganhar a eleição”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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“Temos um líder chamado Lula e ele nos inspira a todos. Eles nos batem, a gente enverga e pode até cair, mas a gente levanta. No dia seguinte, a gente levanta e diz: ‘É mais um dia de luta”, disse Haddad durante evento que oficializou sua candidatura à Presidência

Jornal GGN – Certamente é uma tarefa nada fácil, essa de receber das mãos de Lula a missão de ser o candidato do PT à Presidência da República, principalmente na atual quadra histórica, com o partido, o próprio ex-presidente e a militância sendo sistematicamente chacoalhados por uma aliança entre setores do Judiciário e da grande mídia, que canalizam interesses difusos e interferem sem nenhuma cerimônica na eleição presidencial. Mas Fernando Haddad, que incorporou a missão oficialmente nesta terça (11), não deixou a peteca cair nem por um minuto.
 
Em discurso realizado em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula está preso há mais de 150 dias, Haddad empunhou a bandeira da resistência e da luta, e reacendeu a esperança em quem ali assistia à substituição forçada pela Justiça Eleitoral.
 
“Temos um líder chamado Lula e ele nos inspira a todos. Eles [a turma do golpe] nos batem, a gente enverga e pode até cair, mas a gente levanta. No dia seguinte, a gente levanta e diz: ‘É mais um dia de luta”, disparou Haddad.
 
“É mais um dia de batalha por um Brasil diferente”, continuou. “Não vamos aceitar o Brasil do século 18. Não queremos o Brasil desigual. Não queremos mais o Brasil intolerante. Sabemos do Brasil que queremos ser. Sabemos nosso potencial. Nós deixamos de sonhar para realizar o sonho.”
 
Minutos antes do discurso de Haddad, a carta de Lula passando o bastão para o ex-ministro da Educação foi tornada pública e, com ela, o apelo do ex-presidente aos eleitores: “Quero pedir, de coração, a todos que votariam em mim, que votem no companheiro Haddad para presidente.”
 
Haddad respondeu preocupado com a perda dos brasileiros que colocaram Lula na liderança isolada de todas as pesquisas de opinião feitas até a impugnação do registro de candidatura do petista, no dia 1º de setembro. “Estou emocionado porque sinto a dor de muitos brasileiros que vão receber hoje a notícia de que não vão poder votar naquele que gostariam de ver subir a rampa do Palácio do Planalto no dia primeiro de janeiro”, disse. Alguém da platéia retrucou e não passou despercebido: “Você vai subir a rampa, Haddad!”
 
Ao longo do discurso, Haddad lembrou dos projetos de Lula enquanto presidente, dos direitos conquistados para os mais pobres, e discutiu os motivos que teriam levado o petista a ser golpeado pela Lava Jato: a intolerância das elites, de maneira geral. Seguiu discutindo também os efeitos do golpe em Dilma Rousseff.
 
“Eu pensei que depois de Lula, nunca mais a gente iria ver um irmão enfrentar a fome. Bastou 2 anos para o Brasil voltar para o mapa da fome.”
 
A fala de Haddad foi no sentido de que, com um futuro governo do PT, os direitos e conquistas sociais serão perseguidos novamente, e a ordem e respeito pela democracia, restabelecidos.
 
“É uma tarefa monumental que temos pela frente, mas não temos nenhum problema maior do que devolver o Brasil para os brasileiros.”
 
Em pesquisa Datafolha divulgada na noite de segunda (10), Haddad aparece com 9% das intenções de voto. Ele está em empate técnico com Ciro Gomes (13%), Marina Silva (11%) e Geraldo Alckmin (10%). Contra Jair Bolsonaro (que lidera no primeiro turno com 24%), Haddad está numericamente à frente num cenário de segundo turno, com 39% das intenções de voto, ante 38% do deputado.
 
O Tribunal Superior Eleitoral deu até as 19h desta terça (11) para o PT fazer a substituição da chapa, inscrevendo Haddad no lugar de Lula e Manuela D’Ávila (PCdoB) como candidata a vice-presidente.
 
A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, reclamou do fato de que não deixaram Lula disputar a eleição com o registro sub judice, mesmo existindo jurisprudência.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

13 Comentários

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    1. Chargista imbecil

      Esse Kácio é outro chargista descartável. Sem graça, sem percepção, sem noção do que está acontecendo, totalmente preso ao senso comum, parece aqueles chargistas tristemente famosos do Der Stürmer…

       

  1. Rumo a 5a sapatada seguida, 2
    Rumo a 5a sapatada seguida, 2 com poste, na elite escrota, nos golpistas, no judiciário vendido e no STF Golpista e filho da Puta.

    Perder para o Lula não seria nada demais, Lula é um dos maiores líderes mundiais.

    Agora, se perderem para o Haddad, o 2o poste do Lula, a humilhação mundial será grande.

  2. A disputa….

    agora é entre Ciro e o BoçalNato pra ver quem enfrenta Haddad no segundo turno…. Se é que vai haver um segundo turno, pois Haddad corre o sério risco de levar logo  no primeiro.

    #LulaLivre

    #LulaÉHaddad

    #HaddadÉLula

    Viva O Povo Brasileiro!

  3. Bem…

    Vamos falar de eleições.

    Seguindo o script dos argumentos vociferados aqui, temos:

    – ciro de bosta deve renunciar para formar uma frente ampla com haddad.

    Que vergonha!

    Sim, se com a candidatura dele patinando há meses, e um candidato que só agora foi lançado já fernandinho já o alcançou quase na banguela, sem engatar marcha, parece que o moço deve chegar em quarto ou quinto de novo.

    Sorte que tem só 27 dias, que se fosse aquela eleição de três meses de campanha, ele terminava devendo votos.

    Brincadeiras à parte, cabe ao boquirroto de harvard cumprir seu papel e não inviabilizar sua posição no segundo turno, se houver, é claro.

    Ahhhh, e o jn revela agora que o bolsobosta se curou por milagre! Saiu da cti e já se alimenta pelo bebedor de lavagem…

    Foi só o hadadd sair às ruas que ele se curou rápido!!! (risos).

    Uma pena, repito, que o capital político gigantesco do Lula seja desperdiçado em eleições que só nos levarão até o próximo golpe.

    Bem, se bem que eu acho que haddad vai nos dar uma bela rasteira!

  4. O Tita!

    Se o bolsonaro de Harvard começar a bater forte em hadadd e no PT.

    Agora conheceremos (bem, só quem se enganou com ele) o ciro de sempre!

    ciro me lembra o Tita no Flamengo.

    O cara jogava o fino, mas deu um puta azar de ter nascido na mesma época que Zico!

     

  5. DISPUTA e DESAFIO: unir esquerdaS rosa,lilás,vermelha, roxa, etc

    e jogar essa hegemonia forjada a ferro e fogo e com golpes divisionistas. É virar a página de uma época e contexto que deve ficar no passado, a repetição não pode acontecer porque não há as mesmas condições internacionais e nacionais. E o messianismo despolitizante. “O lulismo é a perversão do petismo”, Francisco de Oliveira, sob um ponto de vista marxista (aviso aos navegantes, há inúmeros pontos de vista marxistas). F. de Oliveira não é qualquer um pra ser homenageado, inclusive pelo maior intelectual do PT, veja-se a dedicatória da reunião de ensaios de  “As contradições do lulismo: A que ponto chegamos? ” Por André Singer, Isabel Loureiro (org.). Por uma Frente Ampla Democrática, com esquerdas não excludentes..

  6. É, vai ser Haddad contra

    É, vai ser Haddad contra todos os outros candidatos,

    a rede golpe, o pig porcalhão, e a maioria dos institutos de pesquisas que vão torturar os números até a exaustão…….

  7.  – legitimação do golpe

     – legitimação do golpe

    – judiciário aliviado

    – brincadeirinha com a ONU

    – derrota contratada

    – Lula em prisão perpétua

    – capitulação vergonhosa

  8. Haddad, ex-ministro da Cultura?!

    De novo? Outro dia disseram que era professor de Direito, agora ex-ministro da Cultura? Ex-ministro da Educação… E talvez um dos melhores ministros da Educação. Assim como foi considerado um dos melhores prefeitos do mundo, “um visionário”, nas palavras do Wall Street Journal, por exemplo. 

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Haddad

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