Meirelles tenta turbinar campanha com auto-doação de R$ 20 milhões

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Marcelo Camargo/ABr
 
Jornal GGN – Após conflitar com Geraldo Alckmin (PSDB), nome do principal aliado do governo Michel Temer e, portanto de seu partido, com baixas intenções de votos e pouca adesão eleitoral, o candidato à Presidência Henrique Meirelles (MDB) usa outros meios para sustentar a sua campanha e resolveu fazer a maior auto-doação das eleições 2018.
 
Então ministro da Fazenda de Temer, o ex-banqueiro se auto doou a maior quantia individual já registrada nas eleições 2018, R$ 20 milhões. A quantia representa 5% do total de sua campanha, que agora acumula R$ 377 milhões.
 
De acordo com o patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a doação de Meirelles a ele próprio só perde para as doações dos próprios partidos políticos a candidatos à Presidência. 
 
Sem muitos atrativos para doações externas, com apenas 1% das intenções de votos nas pesquisas do Ibope e do Datafolha, e sendo o segundo candidato mais rico da disputa ao Planalto, atrás apenas de João Amoedo, do Partido Novo, o ex-banqueiro e candidato do MDB decidiu aportar para a sua auto-campanha.
 
A doação de R$ 20 milhões foi registrada na Justiça Eleitoral nesta quarta-feira (22), representando quase um terço do limite legal de repasses, que é de R$ 70 mil.
 
Até então, a maior doação individual já registrada nas campanhas do pleito 2018 era de Carlos Enrique Amastha (PSB), candidato ao governo de Tocantins, que havia repassado para a sua campanha R$ 2,9 milhões, ou seja, pouco mais de um décimo do que transferiu Meirelles.
 
Além da estratégia financeira, a campanha do candidato do MDB está tentando atrair o eleitorado pelas mídias digitais. Nas plataformas, o ex-banqueiro tenta fazer campanhas que se comuniquem com eleitorado jovem, mas alguns de seus vídeos viraram sátira nas redes sociais:
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. Ajuda divina
     

    Pois é. Deus ajuda a quem se ajuda, principalmente se tiver dinheiro.

    Quero ver o jacaré careca se eleger.

     

    Se tinha uma crise econômica, lá estava o meirelles…

    Pra ajudar ou para afundar, conforme a vontade política da época

    ê,ô, meirelles paz e amor!

     

    (Eu vou arranjar dinheiro pra alguem falar bem de mim.

    Parece ser  legal pra caramba!)

     

    [video:https://youtu.be/8-KdjRnvob0%5D

     

     

  2. Meirelles é o Caixa2 legalizado do PMDB

    Meirelles recebeu 200 milhões da JBS… agora decide “doar” 20 milhões para o PMDB.

    A Lava-Jato praticamente legalizou o Caixa2 do PMDB. 

    ALGUÉM ACREDITA QUE MEIRELLES APOSTARIA 20 MILHÕES DO SEU BOLSO NESSA CAMPANHA RIDÍCULA???

    Meirelles nem está se esforçando para os debates, sabe que está ali para servir de escada para Alckmin. 

    É óbvio que esses 20 milhões já saíram da JBS com destino certo para o PMDB… porém a Lava-Jato apareceu… e legalizou a tramoia! Se não fosse a Lava-Jato esse dinheiro estaria no apartamento do Geddel.

    Serra e Aécio também vão doar para o PSDB??? só falta essa…

  3. Dá para explica?
    Vejamos: “[…] com apenas 1% das intenções de votos nas pesquisas do Ibope e do Datafolha, […] atrás apenas de João Amoedo, do Partido Novo[…]

    Além da estratégia financeira, a campanha […] está tentando atrair o eleitorado pelas mídias digitais.[…]mas alguns de seus vídeos viraram sátira nas redes sociais.”

    Com esse quadro, finca 20 milhões do seu suado-mas-nem-tanto dindim na campanha.

    Dá para explicar?

    Eu não consigo. As hipóteses são inúmeras:

    a) resolveu injetar liquidez na economia para tentar dar um boost na dita cuja?

    b) o orgulho e a vaidade o cegaram?

    c) o convívio com o louco-chefe e seus louquinhos do hospício do Jaburú queimaram-lhe a mufa?

    d) anda consumindo chá de ayuasca?

    Seja qual for o Brasil não aguenta um Presidente que rasga dinheiro. Como diz o malvado favorito do Lula, “é no que dá bater palma prá doido dançar”

     

     

  4. #

    Putz… eu nem sequer sabia que isso era permitido.

    Então, se o candidato for um bilionário ele pode injetar uma fortuna em sua campanha?

    De que serviu a proibição de doações de empresas a campanhas políticas?

    O poder econômico continua ditando as regras.

    Aqui os políticos não dão ponto sem nó.

    E boa parte dos brasileiros continuam comendo mosca e embarcando nessas ondas de “fora Dilma” e “Lula na cadeia”.

     

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