Moradores da periferia explicam porque votaram em João Dória

Jornal GGN – Reportagem da edição brasileira do El País foi ao distrito de José Bonifácio, na zona leste de São Paulo, para ouvir dos moradores porque eles decidiram apoiar João Dória, do PSDB, com 44% dos votos, já que em 2012 o vencedor ali havia sido Fernando Haddad, do PT, com 34,7% dos votos válidos.

Apesar de escolherem o candidato tucano, muitos eleitores de Doria dizem que não votariam em outros nomes do partido, como José Serra ou Geraldo Alckmin. Eles também afirmam que votaram no novo prefeito pela imagem que ele passou durante a campanha, de ser um gestor e não um político. A respeito da gestão Haddad, alguns reclamam da demora na realização de exames, dos radares de trânsito e até mesmo que o prefeito petista “só cuidou dos ricos”.

Leia mais abaixo:

Do El País

A metamorfose do eleitor petista da periferia que decidiu votar em Doria

Moradores do extremo leste de São Paulo apoiam novo prefeito, mas não confiariam em outros nomes da legenda tucana

Na bicicletaria da rua São João Marcos, a 24 quilômetros do centro de São Paulo sentido zona leste, nenhum outro candidato teve vez. O dono da loja, Sérgio da Costa, sua mãe, Lindava Caetano de Amorim, o montador de bicicleta Helton Carlos Lima e o vizinho desempregado Renan Almeida de Goes apertaram o 45 de João Doria no último domingo para elegê-lo prefeito. O único que destoava era o eletricista Jorge Bomfim, 30, que durante os reparos que fazia na loja explicou que preferiu votar em branco. Fosse há quatro anos, qualquer um que chegasse àquela loja escutaria do grupo um veredito diferente: todos, menos Renan, haviam escolhido Fernando Haddad.

Nas ruas do distrito de José Bonifácio, no extremo leste de São Paulo, a guinada foi total. Em 2012, Haddad foi ali o mais votado no primeiro turno: recebeu 24.426 votos, ou 34,7% dos votos válidos na região. No último domingo, apenas 11.974 pessoas apertaram o 13 nas urnas. Em números frios, isso significa que, em quatro anos, o atual prefeito de São Paulo perdeu, apenas neste distrito, 12.452 eleitores, 51% dos que haviam confiado nele em 2012. Neste ano, Doria não ganharia ali no primeiro turno, como ocorreu na cidade, mas com seus 44,62% de votos válidos mais do que dobrou a votação no PSDB na região: José Serra, em 2012, teve 12.753 votos (18,1% dos votos válidos); Doria, agora, 29.066.

Os moradores ouvidos pelo EL PAÍS afirmaram que o voto não reflete necessariamente um apoio ao partido tucano. Dentre os votantes de Doria, há quem diga que jamais votaria em José Serra ou no atual governador, Geraldo Alckmin. Mas todos dizem que sua decisão foi baseada na própria imagem de Doria, que durante a campanha se vendeu como um “gestor” e “administrador”, algo longe das figuras políticas tradicionais, o que reforça a tese de descontentamento do eleitor com o cenário político nacional. Essa leitura aumenta também as expectativas em relação ao Governo do novo prefeito, algo que atingiu, também, Haddad em 2012. O petista, na época, era o nome novo, um professor que não era um político tradicional. Assim como no resto da cidade, a primeira opção do moradores de José Bonifácio foi o não voto: brancos, nulos e abstenções somaram 38.043 eleitores, quase 9.000 a mais que os votos dados ao tucano. O distrito tem 103.182 eleitores aptos a votar.

“Minha ideia mesmo era votar em branco, mas mudei de opinião depois que o Doria falou no debate que vai colocar alguém do bairro para trabalhar na subprefeitura daqui. Tem que acabar com essa história de alguém que mora em Pinheiros vir administrar a região”, conta Sérgio, 34 anos. O comerciante diz que não considera que Haddad tenha feito um mau Governo, opinião compartilhada por todos ali, mas afirma que esperava mais de sua gestão. “Minha mãe já chegou a aguardar um ano por um exame no posto de saúde. É aquela coisa: a pessoa morre e não faz o exame”, conta. Para ele, o Corujão, programa prometido por Doria que pretende disponibilizar hospitais privados na madrugada para exames de usuários da rede municipal, pode funcionar como algo emergencial. “Se for rápido e as pessoas precisarem, elas vão”. Lindalva, que é de poucas palavras, concorda com o filho.

O desempregado Renan, de 22 anos, afirma se preocupar com a proposta do prefeito eleito de iniciar uma desestatização no município. “Acho essa história de privatizar tudo complicada. É preciso expandir os serviços do Estado”, pondera ele. Os amigos discordam. “Tem que vender mesmo! Olha o Pacaembu, só dá gasto! Nem o Corinthians joga mais lá”, destaca Sérgio, que veste um blusão branco e preto do time e acredita que o dinheiro a ser arrecadado com a venda e com as parcerias com o setor privado pode ser investido nos serviços públicos.

A algumas ruas de distância, a dona de casa Julia Ribeiro da Silva, de 45 anos, deixava o posto de saúde do bairro acompanhada da irmã e da filha. Para ela, o que pesou na decisão foi a imagem de que Doria é um “gestor e não um político”. “Votei no João porque é gente nova, que não tem carreira na política. Mas ele vai ter que melhorar a saúde. Os postos não têm pediatra e para marcar um ginecologista e um clínico a demora é de um ano”, reclamava ela. Resolver o problema da fila da saúde, que conta atualmente com 753.811 pedidos, é a principal prioridade para os paulistanos, segundo o Datafolha. Antes de Haddad assumir, o tema já recebia as maiores críticas.

A desilusão com um Governo no qual se nutria grandes expectativas é um mote comum nas justificativas dos novos eleitores tucanos. Helton, o montador de bicicletas, acredita que Haddad não priorizou as coisas certas. “Ele preferiu fazer essa coisa de wi-fi em praça, de ciclovia. É necessário, claro, mas não é o mais importante”, diz. “E teve a história das multas também”, complementa. O eletricista Jorge, de 30 anos, o único que votou em branco no grupo da bicicletaria, diz que deixou de votar no atual prefeito por isso. “Muitos radares instalados. Radar atrás de poste, pegadinha”. Em 2012, ele optou por Haddad depois de o petista anunciar que acabaria com a inspeção veicular obrigatória. O grupo, entretanto, discorda da intenção de Doria de aumentar o limite de velocidades nas marginais, outra medida de Haddad que despertou polêmica. Para eles, a velocidade mais baixa ajuda a salvar vidas.

Perto dali, o comerciante Marcos Santos Delila orgulha-se de ter influenciado “muita gente” a votar em João Doria. Eleitor de Lula e de Dilma, em todas as eleições, ele se queixa do envolvimento do partido com os escândalos de corrupção. “Não voto mais no PT. Só votei no [Eduardo] Suplicy [vereador mais votado de São Paulo] porque ele nunca fez nada de errado”, destaca ele, que nas municipais passadas votou em Gabriel Chalita, no primeiro turno, e em Haddad, no segundo – Chalita era, agora, o vice do atual prefeito. “Não achei que Haddad fez um trabalho bom. Ele prometeu muitas coisas e não fez. A única coisa boa foram os ônibus, que são novos, com wi-fi. Doria falou que vai mexer na educação, colocar mais médicos e mais remédios e prometeu luz de LED na cidade toda, o que aumenta a segurança. Ele é empresário, administrador, acho que tem caráter e acredito que vai fazer um bom trabalho.”

O gráfico Domingos dos Santos Araújo, de 65 anos, foi uma das 20.151 abstenções registradas pela zona eleitoral de José Bonifácio, um número 34% maior do que em 2012. Chegou minutos atrasado e não conseguiu votar, conta. Se tivesse acelerado os passos, seria mais um responsável por eleger o candidato tucano. “Mas é só mais uma coisinha e não voto mais em ninguém, nem a minha família”, ressalta ele, que diz que votou no PT a vida toda. “Agora votei no Doria pelo histórico dele, por ele ter começado de baixo, como o Lula”, compara, muito embora as duas biografias guardem diferença. “Ele é um trabalhador e convenceu a classe trabalhadora. Haddad só cuidou dos ricos”, lamenta.

 

Redação

67 Comentários

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    1. Esqueceu

      O Brasil é o único Pais em que além de puta gozar, cafetão sentir ciúmes e traficante ser viciado, o pobre é de direita.

      Tim Maia

  1. Não precisa explicar. Querem

    Não precisa explicar. Querem um cashmere no pescoço como Dória. Pois que façam bom proveito junto com os meios de comunicação, os empresários e os incorporadores amigos do eleito que é a cara da “periferia’. Para a elite eles dão desconto na corrupção, já as acusações ao PT são sempre verdadeiras e nunca manipuladas. Elegeram e em alguns casos reelegeram pilares da honestidade como Maluf, Pita, Serra, Kassab e a cidade continuou com as mesmas carências. Pois a carência vai continuar e eles vão reeleger Dória porque ele tem o cobiçado … cashmere no pescoço. É a miragem que importa, o fato de partilhar do voto dos moradores dos bairros nobres da cidade.

     

     

    1. Representação

      Eles se acham representados por terem votado no Dória.

      Primeiro erro: votaram no Dória porque não conhecem o Dória como ficou demonstrado na matéria.

      Segundo erro: mesmo conhecendo acho que votariam da mesma forma no Dória, por são analfabetos políticos e funcionais.

      Prova dos nove: quando o prefeito caviar (e duvido que esses seus eleitores sabe ao menos o que é caviar) tomar posse, façam o teste de fidelidade a la João Kleber (esse sim eles devem conhecer bastante) e tentem agendar uma reunião com o prefeito empresário produtor de vácuo.

      Se conseguirem ao menos entrar na prefeitura, serão imediatamente enquadradas pela polícia, por atitudes altamentes suspeitas.

  2. Eles quererem continuar a

    Eles quererem continuar a fazer parte da senzala é um direito deles.

    Tem gente que nasceu para ser escravo e se contenta com a sua condição.

    Eles adoram o sinhozinho, votar no sinhozinho, fazer com que o sinhozinho fique cada vez mais rico..

    Pobres criaturas.

    Mas, enquanto eu puder, continuarei a batalhar para que eles saiam por si mesmos dessa condição de indigência mental, cegueira política e oportunismo eleitoral.

    Provavelmente, não será no meu tempo de vida que isto irá acontecer.

    Enfim !.

     

    1. Meu Deus, que

      Meu Deus, que arrogância…esta esquerda Freixo zona sul é que quer voltar ao poder? Que falta faz o povo da esquerda amassar um barro e pegar no basquete…talvez não falassem esses impropérios…

  3. Algum destes caras já

    Algum destes caras já conheciam dória antes da campanha? Repetiu-se o mesmo que aconteceu com collor, inclusive em realção á mídia. Espero que se ferrem bastante. É meio trágico, mas a melhor coisa que pode acontecer em são paulo e no brasil é que as coisas fiquem muito, muito ruins mesmo. Mas não me iludo: este zé povinho se ferra, mas nunca aprende porque se a mídia disser que comer merda é bom, eles comem.

  4. As esquerdas tem de refazer
    As esquerdas tem de refazer seus conceitos sobre a “inocência” dos desassistidos. É preciso rever algumas pautas sem que se abra māo da luta por justiça social (hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás). Somente quem carrega o sonho de uma sociedade menos injusta e envereda pelo discurso progressista, sabe o quão duro é viver entre hienas e carniças.

  5. Pobre que vota em rico precisa ser tratado como adulto

    http://www.ocafezinho.com/2016/10/04/pobre-que-vota-em-rico-precisa-ser-tratado-como-adulto/

    Pobre que vota em rico precisa ser tratado como adulto

    Por Renato Janine Ribeiro, no Facebook

    Bem, vai lá uma pergunta bem difícil.

    Durante doze anos, os dois mandatos de Lula e Dilma 1, o PT fez uma série de políticas que beneficiaram — muito — os mais pobres.

    Mas bastou a grana faltar e os mais pobres se mandaram.

    Votaram em massa no Doria.

    Claro que podemos dizer que a mídia perversa, o preconceito etc, etc.

    O problema de dizer isso é que é muito condescendente, quase paternalismo: é dizer que os pobres são manipulados fácil fácil, que precisam ser orientados.

    (Tipo o Lula subir num caminhão e dar a volta na periferia avisando que Marta saiu do PT. Ora, os pobres não sabem disso? Precisa alguém dizer para eles?)

    A outra interpretação é: eles realmente não estão ligando.

    Parou a grana, eles mudaram de lado.

    Esta interpretação tem uma vantagem: trata-os como adultos.

    Respeita o voto deles como uma decisão consciente.

    E para de ter pena deles.

    Para mim, é difícil escolher uma destas interpretações.

    Sei das deficiências enormes de formação — e educação — inclusive cultura política — de nosso povo.

    Mas não gosto de ter pena de gente maior, vacinada etc. Penso que têm que ter responsabilidade por suas escolhas.

    Uma lembrança de meu pai. Em 1985 os funcionários mais pobres da firma em que ele era funcionário graduado o zoaram:

    — Nós elegemos o Jânio, que era o candidato dos pobres, em vez dos candidatos dos ricos!

    Meu pai não gostou, não respondeu. Nem fez nada contra eles, ele jamais faria isso.

    Dois meses depois, Jânio começou o pacote de maldades contra os pobres.

    Um deles veio ver meu pai, pedir que escrevesse uma carta aos jornais protestando contra uma medida de Jânio.

    (Naquela época, carta a jornais significava alguma coisa).

    Meu pai devolveu:

    – Vocês não votaram nele? Não disseram que era o candidato dos pobres?

    (E o curioso é que em 1989 rolou, de novo, essa de candidato dos pobres, que no caso seria Collor…)

     

  6. Vão se roçar nas ostras.

    Vão se roçar nas ostras. Lembram os pobres que votaram em Collor em 89. Vão padecer. Espero que cresçam.

     

     

  7. Breves considerações à margem da tragédia

    Breves considerações à margem da tragédia

    1. Quando o PSDB lançou o Doria, questionei a sanidade da sua direção ao abraçar uma caricatura, e ainda a forma como se deu a vitória nas prévias;

    2. Até uma semana antes da eleição, se alguém dissesse que Doria seria eleito no 1º turno, corria o risco de ganhar uma camisa de força;

    3. No sábado 1, quando os dois institutos de pesquisa mostraram os números, 44% e 48%, duvidei, claro, de tamanha vantagem. Não era crível, afinal para ter esses números, teria de haver participação maciça da periferia, portanto não era possível. A se acreditar nesses números, mesmo que Haddad saísse com 30% dos votos, o segundo turno seria um passeio pro Doria;

    4. O primeiro e único alerta que li sobre a possibilidade de não haver segundo turno em SP veio do jornalista Lino Bocchini, ex-Carta Capital, às 20p7 horas do sábado, véspera da tragédia, o que indica claramente a surpresa geral. Aplausos para o Lino. Era tarde, porém. Eis:

     

    Lino Bocchini – 1 de outubro às 20:27 · São Paulo · 

    As bases das duas pesquisas de SP divulgadas há pouco são completamente diferentes: o DataFolha ouviu 4.022 pessoas sexta e sábado, e o Ibope, 1.024 pessoas quinta, sexta e sábado. Ou seja, o Datafolha é mais mais próximo do clima desta noite de sábado e ouviu mais gente. Neste caso é mais confiável e é a pesquisa melhor para Haddad. O problema é outra novidade: talvez NÃO TENHA segundo turno, e Dória vire prefeito já neste domingo. Logo, por amor a São Paulo, peça voto para o Haddad para TODO MUNDO que você conhece, online e off line, até o último minuto de urna aberta neste domingo.

    5. O meu autoengano foi influenciado por ter feito uma panfletagem na quarta e quinta da semana passada, distribuindo 3.500 boletins na esquina da rua dona Veridiana com Jaguaribe. Entreguei exclusivamente para o povo, evitei pessoas de classe média por motivos óbvios, conversei com eles e ouvi relatos de que o “Haddad estava forte na periferia”, senti receptividade. Além disso, confiava na…..juventude. Ora, o eleitorado está cada vez mais rejuvenescido, cada vez mais os jovens participam de atos e manifestações, portanto o fiel da balança “estaria” com eles. Não teria porque acreditar que a juventude não se identificaria com a campanha do Haddad. Ledo e Ivo engano;

    6. A direita é organizada. Do mesmo modo que as Federações de empresários desembarcavam em Brasília em março e abril para dar uma prensa nos deputados para a votação de 17 de abril, a esquerda, reduzida a 16,7% sabe-se agora, cantava nas ruas “Não vai ter golpe”, articularam-se e descarregaram tudo em cima do Doria;

    7. Sobre a matéria do El Pais, lamento, mas a periferia foi vítima da contrainformação, da contrapropaganda, vítima da desconstrução diária da imagem do prefeito, vítimas da hegemonia da mídia. É preciso reconhecer de uma vez por todas a centralidade da mídia no Golpe, a eleição de SP é um capítulo a mais;

    8. Quais são os 3 principais cargos da República outrora democrática do Brasil? Pela ordem, a  Presidência da República, o governo do Estado de São Paulo e a prefeitura da capital de SP. Ora, ora, ora…autoexplicativo.

    1. Permita-me!

      Acredito que a questão não foi ou é Dória, o ponto X da questão é o perfil do eleitor de São Paulo. Diz que eleitores de outras regiões não sabem votar, que se queria estabelecer uma ditadura petista no poder federal;anos a fio, porém, mantém no governo estado um mesmo partido, com denúncias e mais denúncias de corrupção – metrô, merenda… -, com nítidos sinais de incompetência administrativa – ver questão hídrica -, sob o julgo de uma polícia violenta e que persegue um lado da população. Isso tudo somado à perda de grande protagonista nacional em decorrência dessa visão elitista de ver o Brasil. É um caso complexo e difícil análise. 

      1. É isso, Macêdo

        Claro que não foi pelo topete do picareta, foi anti-PT o voto, acho no mínimo bizarro eles dizerem que preferiram o picareta a outros do PSDB, totalmente sem sentido, não fecha. 

  8. questão da fraude fora de pauta

    Sempre fui critico destas urnas eletronicas sem comprovante de voto. Mesmo quando Haddad, Dilma ou Lula venceram as eleições. Pelas suas caracteristicas de enorme impessoalidade e enorme eleitorado, São Paulo é o estado da federação onde a fraude eleitoral pode ser mais facilmente aplicada.  Na eleição folgada de Alckmin para governador já havia me manifestado. Não duvido que Dória estivesse à frente nas urmas. Mas vitória em primeiro turno é caso de recontagem de votos. Que na ausência de comprovantes não faz sentido.

  9. Doria é o estereótipo que quase todos os paulistanos querem ser

    Na real a maioria dos paulistanos/paulistas tem o sonho de ser um cara “bacana” que nem o Dolar ops Doria

  10. Não adianta tirar pobre da pobreza

    Não adianta tirar pobre da pobreza, esta vai continuar nele, é um problema de cárater, é só conversar com algum que conseguiu uma cazinha e um carro nestes 13 anos, eles acham que é só porque trabalharam, o governo não teve nada a ver com isso.

    Mesmo para os empresários que estão chorando a paradeira, quando tem para quem vender, é porque se acham os jênios (com j mesmo), quando não tem para quem vender, a culpa é do governo.

    Brasileiro é mau caráter por natureza, haja vista quando querem elogiar alguém dizem: “Fulano é honesto e trabalhador”, como se honestidade fosse virtude.

    1. Comentário perfeito

      O que eu acho bizarro é que muitos que melhoram um pouco suas vidas financeiramente passam acreditar que são ricos e passam a votar na casa grande. Isso eu nunca entendi. De uma coisa eu tenho certeza: não vai demorar para essas pessoas sentirem na pele o que é voltar para a miséria. Esses pobres metidos a ricos vão sentir a maldade da casa grande.

       

       

       

    2. “Brasileiro é mau caráter por

      “Brasileiro é mau caráter por natureza”; será que é por isso que o PT foi eleito para a presidencia 4 vezes? Nada como cuspir para o alto.

  11. Nessa vida todos nascem

    Nessa vida todos nascem ignorantes. Depois disso você tem duas opções: 1) continua ignorante o resto da vida e paga por isso; ou 2) procura sair da ignorância, vai errar, mas tenta.  Os paulistanos, paulistas e brasileiros em geral escolheram uma terceira opção: nascer ignorantes e aperfeiçoar a burrice. 

    É assim que interpreto o que vem acontecendo no país: é um povo que se apegou com unhas e dentes a burrice.

    1. Dei cinco estrelas.
      Mas quem

      Dei cinco estrelas.

      Mas quem é apegado a burrice mesmo são os paulistas.

      Eita povinho burro.

      Veja que identificam o Alckmin e o Serra com o PSDB e afirmam que jamais votariam neles.

      Mas votaram em outro do PSDB tão ruim quanto os outros dois, ou talvez ainda pior.

      Vamos ver se ele é Gestor ou Jestor.

      Eu aposto na segunda hipótese.

  12. Joguei a toalha,
    Da minha

    Joguei a toalha,

    Da minha parte chega. Muitas vezes votei e apoiei propostas que nada “acrescentavam” diretamente para  mim e minha familia. 

    Se a periferia prefere votar em candidato de rico, se eles acham que o Haddad governou para ricos e resolveram votar no Dória, então tá.

    Talvez seja mesmo problema de memória curta. Pois o Dória vai mostrar para eles o que é governar para os ricos. 

    Não sei se é falta de inteligência ou o que: vejam o que o golpista em menos de 6 meses está preparando para os “pobres” que prefiriam acreditar na narrativa da rede Golpista de Televisão , CBN e Jovem Pan. Nem digo no jornalismo de esgoto da Veja, da Epóca e da Folha, pois teriam que comprar jornais.

    Mais depois não tem barriga me doi … preferem assistir novelas e ver futebol … dane-se todos então.

    A minha raiva é que vou ter que aturar tudo isto, ainda que não prejudicará diretamente a mim ou minha familia.

     

     

  13. Dados interessantes da
    Dados interessantes da matéria:

    – não votariam em Serra ou Alckmin (alô, 2018 não é garantido p/ vocês) nas eleições presidenciais;
    – a esquerda tem rever inúmeros pontos de sua atuação; um exemplo p/ seguir, a admirável campanha de Freixo no RJ (sou de SP e votei no professor);
    – votaram no personagem que a campanha de Dória apresentou ao público, o João trabalhador (lembram do ‘caçador de marajás’ no final da década de 1980? pois é…)
    – sáude é o que pega, e a promessa de exames na rede privada pesou muito, afinal não pode-se esquecer daqueles que estão desempregados (e muitos tinha plano de saúde como benefício da empresa);
    – provável que Lula não seja candidato em 2018, talvez outro nome, alguém que apareça como um pitbull e combine com boa formação; me ocorre o nome de Ciro Gomes (gostem ou não), lembrando que até o momento não foi citado em nenhuma investigação ou dedodurismo (à confirmar);
    – a vida segue, em luta sempre;

  14. Duas conclusões se tiram desta ótima reportagem

    Prezados,

    Quando lemos uma reportagem do conservador jornal espanhol El País, percebemos a miséria e insignificância que tomaram conta do PIG/PPV brasileiro. Ao contrário do PIG/PPV que apenas publicou matérias produzidas a partir de processamento estatístico dos dados oficiais do TSE feitos pelos próprios veículos ou por institutos especializados, como o IBOPE, o jornal espanhol enviou repórter à periferia, para entrevistar uma família que mora e trabalha na região mais pobre da capital paulista, que historicamente votava nos candidatos do PT e que agora optou pelo falso-novo, o tucano João Dória Jr.

    Duas conclusões importantes tiramos a partir desta reportagem:

    1ª) Ao contrário do que pensam as cúpulas (tanto da Direita como da Esquerda) os moradores da periferia são conscientes e muito pragmáticos na hora de escolher o candidato em que vão votar. Os integrantes da família mostraram que deixaram de votar no PT e no candidato desse partido, o atual prefeito Frernando Haddad, devido ao não atendimento de serviços públicos básicos, como os de saúde e transporte, além do descumprimento de promessas de campanha. Notem que o tema corrupção e o massacre midiático contra o PT, contra o prefeito e contra a Esquerda, foi secundário na tomada de decisão dos eleitores.

    2ª) Fica claro que falta aos moradores da periferia capacidade analítica de perceber claramente quem são, o que representam e o que de fato podem fazer os candidatos que disputaram a prefeitura paulistana. Essa falta de percepção e capacidade analítica fica clarmente mostrada quando os moradores repetem o discurso usado por João Dória Jr., como se mostra em trechos da reportagem

    ” …todos dizem que sua decisão foi baseada na própria imagem de Doria, que durante a campanha se vendeu como um “gestor” e “administrador”, algo longe das figuras políticas tradicionais, o que reforça a tese de descontentamento do eleitor com o cenário político nacional.”

    “. Para ela, o que pesou na decisão foi a imagem de que Doria é um “gestor e não um político”. “Votei no João porque é gente nova, que não tem carreira na política. Mas ele vai ter que melhorar a saúde.”

    Tão boa e rica em informação é a reportagem que poderia render extenso comentário. Mas não é preciso fazer isso, para demonstrar e explicar brevemente o sucesso da empreitada tucana em eleger João Dória Jr. e primeiro turno.

    Mais uma vez ficou evidente o papel decisivo que a campanha pelo rádio e sobretudo pela televisão tem para influenciar a escolha dos eleitores. O PSDB negociou (e bota negociação e negociatas aí) apoio com mais de uma dezena de partidos, de modo  ampliar o tempo de propganda no rádio e na televisão. Antenada e auxiliada diretamente pelos partidos golpistas da Fraude a Jato e do PIG/PPV, a equipe de marketing dos tucanos explorou a anti-política e apresentou um político como sendo ‘empresário’ e ‘gestor’. A estratégia colou e surtiu o efeito desejado. Alguns mais iludidos e visionários (acredito que até mesmo  prefeito Fernando Haddad) previam que na era da internet a campanha no rádio e na televisão não tivesse papel tão decisivo; erraram. 

    Outro fato decisivo, certamente muito bem calculado pela ORCRIM da Fraude a Jato, pelo PIG/PPV  e pelo criminoso juiz sérgio moro, foi a criminalização e prisão do casal de publicitários João Santana e Mônica Moura, responséveis pelo marketing político das campanhas do PT, tanto em 2012 como em 2014;  o casal conseguiu produzir campanhas maravilhosas para o PT, que lograram vitórias a Dilma Rouseeff e a Fernando Haddad, num cenário totalmente adverso. Sem a Fraude a Jato e com João Santana em campo, a disputa tomaria rumos muito diferentes. Notem que o massacre do PIG/PPV (feito desde 2005 contra o PT, contra os líderes do partido e contra a Esquerda em geral) não se mostrou suficiente nas eleições anteriores.

     

  15. Do salutar hábito de frequentar botequins

    Em janeiro próximo completo 47 anos de militância botequeira, adoro botecos, chamo-os de laboratórios de sociologia. Ali se recolhe muita informação valiosa, é possível tirar o pulso da situação política, principalmente. Por uma circunstância geográfico-amorosa, tenho frequentado um boteco na Av. Mazzei, Bar do César, zona Norte, Tucuruvi, dali já se avistam as montanhas da Cantareira, 20 Km da Sé. Há 2 semanas, era consenso no boteco, ali pelas 18 horas de uma sexta-feira, cheio portanto: 

    1. Todos ali já tinham sido assaltados no centro de SP, perdidos seus celulares;

    2. A culpa era do Haddad, que encheu a cidade de bolivianos, haitianos e africanos, todos ladrões;

    3. A população de rua tinha aumentado muito, culpa do Haddad e da bolsa crack; 

    4. Todos ali pessoas simples, estrato social classes C e D, tinham ódio visceral do Haddad. 

    Todos vítimas da idiotização midiática. 

  16. Entendam que quem ganhou foi

    Entendam que quem ganhou foi o marketing, a imagem passada ao povo,veio de encontro aos

    anseios do povo,TUDO PENSADO,já disse isso aqui,peguei minha filha de doze anos cantando o

    jingle do “João trabalhador”esse jingle impregna na mente e marca,foi coisa de gênio,o Paulistano

    como o brasileiro em geral é muito suscetível a propaganda,cada estabelecimento comercial

    q vc vai tá lá a Globo,até nos Itaús está assim,é isso q aconteceu aqui em SP,foi a competência

    dos tucanos que ganhou,e a incompentência na comunicação petista q perdeu !!!infelizmente !!

        1. A musiquinha foi um fator
          A musiquinha foi um fator importantíssimo sim ,juntos a outros
          lógico,se lembre daquele produto q comprou sem precisar foi
          por causa do quê? MARKETING,PROPAGANDA, não sei qual a
          dificuldade de aceitar isso,o q explica o massacre na periferia
          do PT? Falta de comunicação!! É mérito dos tucanos fazer o quê!

          1. Não se trata só de jingle e

            Não se trata só de jingle e marketing, mas também do plano em marcha nos últimos 20 e poucos anos para destruir a educação publíca do Estado de São Paulo. Duas décadas de sucateamento está dando o resultado esperado por seus idealizadores.

      1. Concordo Marfig,faltou
        Concordo Marfig,faltou raciocínio ao povo,mas aceite foi o q
        aconteceu aqui em Sampa, o povo é burro e mais burro ainda
        quem não mostra a eles a “burrada”q estão fazendo,
        marketing é td,lembra daquele produto q vc comprou por causa
        da propaganda na TV ou viu lindamente exposto? Quem não
        se comunica se estrumbica,emcasa,no trabalho,escola mas sei
        q é fácil pra mim q estou de fora dizer isto ou aquilo,mas que foi
        uma jogada de mestre dos tucanos,infelizmente o foi !!

  17. Creio que o primeiro político

    Creio que o primeiro político em cargo executivo que fez obras para a melhoria da qualidade de vida dos moradores da favela da Rocinha, no Rio, foi Leonel Brizola, quando assumiu em 1983. Eu morava no Rio. Sua campanha eleitoral ali foi atuante, e a Rocinha votou em peso nele.

    Quatro anos depois, a mesma Rocinha, em peso, ajudou a eleger Moreira Franco.

    A razão, segundo algumas entrevistas: Não sabiam quem era Darcy Ribeiro.

    O Carlos Eduardo Novaes, então alguém que valia a pena ler, fez uma crônica arrasadora no JB, mas bastante amarga, em que finalizava dizendo que teria sido melhor se os moradores de lá houvessem sido mantidos no escuro, pois assim não fariam besteira (a iluminação pública foi uma das iniciativas de Brizola, em seu 1º governo no Rio).

    Mais de 30 anos depois, e o nível geral de desinformação e ignorância nessas periferias (numa das quais eu moro hoje, em Salvador) continua a mesma.

    Melhor dizendo, creio que piorou.

  18. Preciso de um analista

    Sinceramente, gente como FHC, Dória, etc, só beneficia a classe social a qual pertenço, e consequentemente, a mim.

    O problema, então, sou eu.

    Vou a restaurante caro, usufruo de uma boa comida, um bom vinho, gasto um salário mínimo para dois, ao sair de lá vejo um mendigo, uma criança de rua, gente trabalhando na madrugada por uma merreca, sem possibilidade de estudar, tendo que pegar um ônibus sem segurança para chegar em casa uma ou duas horas depois do trabalho…sinceramente, o tal jantar vira um lixo, me vem uma culpa, uma revolta, um sentimento de injustiça…

    Aí voto na esquerda, fico mal visto no meio meio social, faço doações para creches, ongs de direitos humanos, médicos sem fronteiras, esculhambo dória, fhc, serra, aécio, esses que me beneficiam..

    Então acho que o problema sou eu…preciso de um analista para resolver esse meu sentimento de culpa, de querer ajudar quem não quer ou não precisa de ajuda, e cuidar da minha vida como a maioria está fazendo,

    1. Parei
      Desde ontem eu larguei mão de discutir política no WhatsApp, é sempre aquele clima pesado. Vou só retuitar aquilo que achar importante, mas não tenho seguidores, a massa da periferia está no Facebook e não tem como competir com o PIG.

  19. Ah é seus babacas !!!
    Tem

    Ah é seus babacas !!!

    Tem mais é que se ferrarem, perder todos os direitos conquistados.

    Típico pobre coxinha, são racistas e preconceituoso.

    Quero mais que esse povo se lasque, não tenho mais pena de pobre.

    Convivo no meio desse povo, e sei quanto são ingratos.

    Tem mais é que sifu !!!

    1. Acho que não e por aí, essas

      Acho que não e por aí, essas pessoas não possuem a mímina consciência política, não sabem como funcionam as instituições do estado, nem possum consciência de classe, além de não terem a mínima ideia da história política brasileira e seus conflitos, falta politização, o que o PT em mais de 13 anos não ofecereu a nação.

      1. Gustavo,

        Somos uma família nordestina, índia e negra. Não mudamos pra SP para fazer turismo.

        Desde a chegada do PT eu tentei dizer o que acontecia, como era o Brasil antes , o que estava mudando e o quanto faltava

        para se resolver 500 anos de atraso. E nunca tentei convencer a aceitar o PT, só explicar porque o país tem uma sociedade tão atrasada e quem nunca deixou andar pra frente.

        Minha família usou a internet para manifestar o preconceito e continuou se informando pelo pig. Quem é o inocente útil ?

        Mandaram o país para o passado em vez de mandar para o futuro.

        Boa parte resolveu lavar as mãos com voto nulo/branco/abstenção. Outra boa parte massacrou o PT  e glorificou PSDB e PMDB, basta ver o número de prefeituras que eles ganharam e  as que o PT perdeu.

        Nós lutamos por uma sociedade que insiste em ficar pra trás, que não se preocupa com corrupção, com justiça injusta…

        Gustavo, minha família não é exceção. É regra.

         

      2. É Um Bálsamo, Ouvir A Sensatez, Daqui P´rali
        Boa noite.
        Alguns comentários reproduzem, queiramos ou não, o desrespeito à pouca instrução (em todos os sentidos) dos eleitores e passam ao largo dos erros do PT, do Lula e de todas as forças social-democratas, ou, se quiser, os neosansimonianos.
        As duas vitais e inadiáveis reformas foram postergadas ad aeternu, para deleite da UDN: a político-eleitoral, pois, pasme-se, este modelo de coalizão e fragmentação partidária não tinha como dar certo, e a reforma na zona de conforto dos golpistas, a Judiciária. Levou com a barriga e levou-se ferro.
        Ficar emitindo impropérios contra o eleitor é confortável; uma catarse. Mas não resolve. No máximo, nos aproxima das Mayaras da vida.

  20. maioria não sabe que o voto tem consequências…

    e como não puderam acompanhar o desempenho total do Prefeito anterior, porque mídia tucana e golpista sempre escondeu, mostrando apenas o que podia dar errado, pensaram apenas em substituir o Prefeito anterior

    é só para isso mesmo que os tucanos pagam a mídia com o dinheiro dessa gente sem noção de cidadania

    quando é tucano, mídia faz o contrário, faz de tudo para que não pensem em substituição

  21. Eu digo que é burrice mesmo.

    Eu digo que é burrice mesmo. Achar que o Dória vai fazer alguma coisa para a periferia é falta de QI. Ainda mais depois de vinte anos de pósdb no governo e o total descaso com os pobres. Se ainda tivessem votado em branco ainda poderíamos ter alguma esperança. Sabe que mais. Que se fodam. 

  22. Haddad perdeu por culpa da midia

        Este mantra já encheu o saco, pois apesar de possuir certa verdade, a esquerda deve antes de mais nada, reconhecer que não foi apenas este dado que levou Dória a vencer, muito menos acusar o povo de burro, uma manifestação péssima de perdedor, elitista, que tem um unico objetivo : jogar para outros suas deficiências, suas “cagadas”, e terceirizar a derrota, com argumentos deste nivel, ou mesmo referindo-se a baixa votação, é querer renegar que a esquerda necessita de mudanças, afinal quem foi derrotado não foi ela, foi o POVO que é burro votando errado, a Midia que é canalha ( como se vcs. não soubessem disto há anos ), que o “marketing venceu ” ( outra fuga, pois diz que o mkt de Haddad foi um lixo , incompetente ).

         Exemplo :  O ” Corujão” de Dória, seria facilmente arrasado, pois qualquer pessoa desta area sabe, que os planos privados de saude já ocupam, as noites e madrugadas, varios equipamentos ociosos em hospitais, e quanto a laboratórios/centros de diagnóstico privados, com capacidade ociosa noturna, somente temos os da multinacional DASA , com a qual Dória poderá, em tese, conveniar, desde que tenha subsidios diretos dos governos estadual e federal, pois teria que negociar acima da tabela SUS.

    1. exatamente, Junior

      A culpa de tudo que dá errado (para o PT) é dos outros. Incluem-se nos “outros” agora também os pobres, até ontem queridinhos pq sabiam votar.

      Os outros partidos ou intelectuais de esquerda sempre que não se alinhavam imediatamente ao PT já levavam a culpa. Faltavam os pobres… Não falta mais nada.

      Então, a culpa é de TODO MUNDO, menos “nossa”.

  23. “pela imagem que ele passou

    “pela imagem que ele passou durante a campanha, de ser um gestor e não um político.”

    Agora o farsante terá a oportunidade de provar se é gestor mesmo ou apenas um ladrãozinho barato como a maioria dos tucanos.

    Veremos a qualidade de sua “gestão”.

    As periferias , tenho certeza, não verão, mas vão sentir.

     

  24. Essa história de pessoas da

    Essa história de pessoas da periferia de SP dizer que votou em Dória, não apenas por desgostar do governo de Hadad, mas por ser contra o PT, embora tenha votado no partido em outras eleições, me faz lembrar um personagem da Praça da Alegria, encarnando um político muito esculhambado, que usa o bordão: “Tenho horror a pobre”.

    O que Lula deve se perguntar a todo instante é por que razão esse povo, que ele tanto ajudou no Brasil inteiro, virou as costas para ele. 

    Cadê os que não tinham luz? As mães que receberam o Bolsa Família? Os filhos delas que chegaram a cursar Universidades, hoje já formados? O nordestino, que sempre viu a seca pegar a todos sem piedade e sem nenhuma ajuda do Governo Federal, que só apareceu nos governos petistas? Sobre isso, a maior constatação de terem sido ajdados foi a permanência dele nos seus municípios, sem mais aqueles saques em mercados pelo desespero. O salário mínimo, valorizado ano a ano, incomparavelmente superior ao que se via até a gestão de FHC, que era uma baita miséria. Pronatec, Fies, universidades, bolsas para o Exterior, investimentos em pesquisas, nada, enfim, fez essa gente de Norte a Sul, gente pobre e miserável, ir às urnas para dizer um obrigado Lula.

    Não fui a favor dos governos de Dilma. Ela deixou muito a desejar, e se mostrou muito incompetente. Não soube escolher seus assessores; se não sabia se comunicar, pecou duplamente em não ter um porta-voz à altura, como teve Sarney, FHC e o próprio Lula. Deixou um vasio a ser prenchido pelos seus ministros, que nem ela soube ver o quão negativos eram para servir-lhe. Sequer ouviu os conselhos de quem a indicou. 

    Não me conforme mesmo, de jeito nenhum, é com o que essa escória vem fazendo contra Lula, e com o apoio de todos que dele se beneficiaram.

    Lula não terminará o ano fora da prisão, porque é assim que deseja Moro, e Moro é a própria justiça; pode tudo. A Lava Jato vai acabar até dezembro, mas somente depois que Lula estiver detrás das grades. 

    A esses pobres, e mal-agradecidos, desejo imensamente que vivam bastante para sentirem o que os esperam. 

    1. Agora voces lembram que

      Agora voces lembram que existe pobre. Passaram 13 anos dizendo que não havia pobres no Brasil, todos tinham virado ‘nova classe média’. O que aconteceu com a tal ‘nova classe média”?

  25. Infelizmente essas pessoas. . .

    Infelizmente essas pessoas são as mesmas que vem votando há mais de 20 anos no PSDB para governador e para presidente, mesmo vendo que o governo do estado não tem feito praticamente nada para melhorar a vida deles. A frase “Haddad só cuidou dos ricos” foi de arrasar. É um crime o que a mídia e os marqueteiros fazem com a cabeça desse povo.

  26. Resumo dos comentários aqui:

    Pobre só é bom quando vota no PT. Caso contrário é burro, ignorante, ingrato e tem mais que sifu… Não é muito diferente do que dizem cidadãos de direita quando pobre vota no PT; Ou seja, para a classe alta/média (direita ou esquerda) os pobres são sempre culpados e ignorantes. 

    Que a direita pense assim, faz parte de sua ideologia. O espanto é ver gente que se diz humanista fazendo igual.

    Mea-culpa nem pensar.

  27. ‘Pojeto’ de Deslegitimação da Política
    Boa noite.
    ‘…imagem de Doria, que durante a campanha se vendeu como um “gestor” e “administrador”, algo longe das figuras políticas tradicionais…’.
    O âmago do discurso demonstra que o ‘Pojeto’ de Deslegitimização da Política atingiu seu objetivo. Talvez não o tivesse se não contasse com o tácito apoio da esquerda “boazinha”, sequiosa de se mostrar confiável à UDN. Certo que os canalhas venceram. Não parece muito sensato não reconhecer. Os que mais lutaram pela mobilidade estão à beira da prisão, com ‘provas’ obtidas via PowerPoint; os canalhas, vendilhões, Quintas e assemelhados, estão recebendo comendas e “fazendo a diferença”. Brasil, cria corvos…

  28. Vânia e Junior50 .. concordo em parte

    Com o que vcs falam! Acho que um partido que teima em achar que ZéDuardo, Mercadante e Falcão são “the best” uma hora se phode. Foi o que aconteceu. Agora queria que vocês 2 e mais um monte de blognautas que por aqui trafegam me explicasse: Como que um sujeito que não tem carro fala em industria de multas? Como que um sujeito que não tem carro fala em indústria de radares? Como que um sujeito que tem uma bicicleta é contra ciclovias?

    Sobre a Ciclovia: esse caso da bike me fez cair o restinho de cabelo. A Cida que trabalha aqui em casa há 10 anos comentou  comigo que uma  família, vizinha de parede,  na Cohab de Itaquera,  o pai e dois filhos que são pedreiros. Tem tipo uma firminha. Todo dia os 3 saem de bicicleta para ir para o trabalho. Usam uma ciclovia que percorre toda a Itaquera, Patriarca e Arthur Alvim etc pois trabalham na região…Pois a Cida me disse que a vizinha comentou que ela, o marido e os filhos iam votar no Dória. A Cida perguntou para ela pq já que a ciclovia era tão boa para eles e que o Haddad prometeu fazer mais .. a vizinha respondeu: “ah, esse negocio da ciclovia é bom mas atrapalha o trânsito e o comércio. Todo dia a gente vê no jornal problema com escola, comércio… e esse negócio de pintar a ciclovia de vermelho eu não concordo”

     

  29. Muito claro

    Cada povo tem o governo que merece.

    A meta não deve ser conquistar o poder, mas sim a consciência do povo, auto regenerativa, com geração de novos lideres, com comunidades que sejam autossuficientes ao ponto de manter a fidelidade política e não ter que Lula ir todos os dias a passar a mão na cabeça.

    O PT fez o discurso, achou bom, ganhou os votos e foi para Brasília, esquecendo da manutenção das bases, bases estas que encheram de deputados que acabaram impichando o PT

  30. As igrejas evangélicas influenciam o voto dessa turma

    Antigamente a esquerda era muito forte na zona leste por conta dos sindicatos, hoje, com o crescimento das igrejas evangélicas, quem dá as cartas é a direita que manda esses “assistidos” votarem em candidatos da direito e “demonizam” a esquerda. A ordem era, não votar no PT.

  31. A ideologia da ‘nova classe média’

    Muito interessante e significativa a declaração do Grafico de que votaria no Dória porque ‘como o Lula ele começou de baixo’. Isso e a preferencia em votar em um ‘administrador’ ‘gerente’ e empresário, revela. o quão longe foi a ideologia do empreendor, do voce pode subir para a elite como resultado do esforço próprio, a ideologia da ‘nova classe média’. O governo do PT ajudou e muito a difundir essa ideologia de direita do ‘self-made man’ entre os trabalhadores pobres, dizendo para eles que agora eles não eram mais trabalhadores, eram classe média. Dória representam no imaginário de alguns trabalhadores a ‘nova classe média’ e por isso acham que estão representados por essa figura. Pelo menos a maioria no bairro não votou o que significa que ainda há chances de reverter o estrago ideologico que os governos do PT fizeram nas bases da esquerda.

     

  32. O que seria uma “volta às origens” do PT?

    Autocrítica e humildade é importante sim. É necessário avaliar os erros, aprender e adaptar-se à realidade. Mas não se trata de fazer penitência nem ficar chicoteando as próprias costas assumindo a culpa do mundo. É necessário dosar. Eu sou contra tratar o povão com uma perspectiva paternalista. São alienados, são. Mas ninguém pode concientizar uma pessoa, ela tem que tomar conciência por si mesma.

    A medida em que a falta de informação leva à alienação ou ao apoio a um projeto político contrário a seus interesses, eu entendo que pode-se falar em uma ação da esquerda buscando dar acesso a essa informação, mas uma vez que haja essa informação as escolhas que adultos concientes fazem são de responsabilidade deles mesmos.

    Pode-se identificar erros na comunicação do governo do Haddad, mas também é inegável que a população não reconheceu os avanços. Por favor, não vamos fazer esse joguinho de palavras medíocre dizendo que o PT só acha que o povo está certo quando vota nele. 

    A questão me parece ser que ninguém dá valor aquilo que é concedido. Eleger um governante e receber algo como por exemplo a redução do tempo de transporte nos ônibus como uma concessão não leva ao reconhecimento. As pessoas só vão dar valor quando for conquistado. O aprendizado que eu vejo como sendo importante é que os governantes de esquerda tem que ouvir os movimentos sociais, sindicatos, etc e dar espaço para que as reivindicações destes se concretizem como conquistas.

    Só assim se fortalece a conciência política e a participação. Quem se organiza e participa mais tem mais , quem se aliena tem menos. Na minha opinião um dos erros fundamentais do PT (junto com a falta de enfrentamento na guerra da comunicação e o excesso de concessões à direita e ao sistema vigente), foi descuidar da questão política e colocar as realizações em benefício dos mais pobres como concessões, desvinculando os avanços das lutas e gerando concessões no lugar de conquistas. Nesse sentido a autocrítica é válida e até mesmo fundamental.

    As necessidades do povão estão aí, as reivindicações da classe trabalhadora também, o PT deve ser um canal para a luta política visando atender a essas reivindicações. No meu ponto de vista o PT nunca foi um partido socialista, é um partido trabalhista a medida que sua criação foi com objetivo de defender os interesses da classe trabalhadora. Existem socialistas no partido, pode-se concluir no processo que somente alterando a sociedade pode-se defender os trabalhadores, pode-se incluir objetivos humanistas de defender os que vivem na extrema miséria mas com objetivo também deintegrá-los às massas trabalhadoras. Enfim, o PT pode até ser um canal para uma grande mudança social, mas isso como consequência de sua missão maior que é a de ser o braço político da classe trabalhadora. É nesse sentido que eu considero o PT um partido trabalhista e é essa a volta às origens que o PT tem que fazer.

    A medida em que volte a canalizar as lutas da classe trabalhadora, o PT voltará a ser um canal de conquistas e a participação da população será cada vez maior. É verdade que a população é ingrata, alienada e até burra por não ver que o GOLPE é contra ela mesma, mas a questão não é dizer o que poderia ser e sim trabalhar com o que é. As pessoas precisam conquistar para valorizar (e olha que há quem não valorize mesmo assim).

     

     

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