Pimentel: Desafios da crise fiscal de Minas Gerais e a retomada do crescimento

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Assista, abaixo, à entrevista concedida por Fernando Pimentel ao GGN
 

Foto: Agência PT MG
 
Jornal GGN – Com a difícil tarefa de uma campanha marcada pela crise fiscal em Minas Gerais e um adversário que lidera as pesquisas de intenções de voto com uma coligação de 12 partidos e maior tempo de televisão, Fernando Pimentel (PT) contou ao GGN como pretende chegar ao segundo turno e conseguir a reeleição ao Palácio da Liberdade, os obstáculos para enfrentar a crise econômica e as propostas de retomada do crescimento.
 
“Não é uma tarefa fácil, mas a gente tem que acreditar na capacidade das pessoas de refletirem sobre o que aconteceu no Brasil, não só em Minas Gerais”, afirmou.
 
Pimentel narrou que, para isso, estabelecerá uma campanha com base na transparência, explicar para o eleitorado a situação do Estado, de uma crise estrutural, do pacto federativo, com origem no desequilíbrio da Previdência pública. O objetivo, segundo o candidato, é “evitar que propostas mistificadoras ganhem espaço nesse terreno eleitoral”. 
 
O candidato do PT ressaltou que essa crise estrutural vem “de há muito tempo” e que poderia ter “começado a ser enfrentada nos governos dos tucanos e não foi, ao contrário, eles aprofundaram essa crise”. 
 
Pimentel também destacou que o modelo de gestão proposto pelo PT é diferente do que foi feito até agora, “ouvindo as pessoas” e “abre a participação popular”, a exemplo da criação dos Foruns Regionais de Minas e Assembleias para definir as prioridades locais. 
 
O candidato abordou, ainda, a denúncia da herança fiscal, ao retirar da Assebleia o Orçamento apresentado pelo governo de Anastasia, que antecedeu Pimentel, que era “falso, mistificado, mostrava um superávit fictício” para o ano de 2015. “Era mentira”. “Nós retiramos e apresentamos o Orçamento real na Assembleia, com um déficit já no primeiro ano de 7,8 bilhões de reais, se eu não me engano, aprovado unanimemente”, relembra.
 
Como uma das soluções para a situação crítica do Estado, Pimentel mostrou-se realista sobre a necessidade de se fazer uma reforma da Previdência, mas diferente da criada pelo governo Temer, que retira direitos dos trabalhadores, servidores e aposentados. “Fazer uma reforma séria, preservando os direitos, criando uma outra fonte de financiamento da Previdência Pública, que não seja apenas os impostos correntes”, disse.
 
Também criticou a paralisação pelo governo atual de Temer contra as dívidas da União a Minas. “Esse encontro de contas não avançou com o governo Temer, ao contrário, está tudo paralisado, é realmente um governo que despreza a questão federativa, por isso a importância de se eleger um presidente da República comprometido com essas causas, com o verdadeiro ajuste fiscal”.
 
Pimentel destacou programas de incentivo ao desenvolvimento regional, criados durante a sua gestão, investimentos à inovação e tecnologia, ao empreendedorismo, os bons índices de segurança no Estado, registrados recentemente, e as estratégias para atender às diferenças culturais e econômicas de cada região de Minas.
 
Acompanhe a entrevista na íntegra:
 
https://www.youtube.com/watch?v=-lnA4bvAs-4 width:700 height:394
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. Não cabe discutir a

    Não cabe discutir a administração de Minas e tão pouco sua medidas inovadoras e a honestidade de seu governador.

    Poderíamos até dizer que o atual governador,por ter o estado de Minas como patrocinador de vários blogs,inclusive esta,é tratado como muita benevolência por eles.

    Independentemente de qualquer avaliação que se faça sobre sua administração é preciso avaliar que,assim como nossa presidenta deposta,o atual governador tem falhado no essencial: A política. Quem candidata-se a um cargo eletivo precisa saber que esta é a área preponderante sobre qualquer outra. Qualquer descuido é fatal,que o diga a presidenta Dilma.

    Hoje,sem o presidente Lula a ajudá-lo a subir a ladeira das pesquisas,e com o governo federal atuando como verdadeiro cabo eleitoral,indo contra o povo mineiro,além das já conhecidas práticas da mídia golpista,parece que será muito difícil manter este posto nas mãos da esquerda.

    É evidente que muita água ainda rolará por baixo desta ponte e,se a presidenta Dilma souber ser política e explorar o golpe em que foi vítima,a situação poderá ser revertida mas,será preciso muito esforço.

    1. O que não cabe discutir? A
      O que não cabe discutir? A privataria que ele promoveu na Cemig e Codemig? O desmonte na educação estadual? O envio de tropas de choque para “lidar” com meia dúzia de professoras idosas?

  2. Edição do vídeo ruim; som falhando

    A edição do vídeo está ruim, a fala do governador é cortada enquanto ele ainda está falando. A partir de 1:13 o som fica muito baixo.

  3. o patrocínio do governo

    o patrocínio do governo mineiro – sem o meu consentimento, sem qualquer consulta aos cidadãos; além disso, governo não tiem que patrocinar blog – implica na colocação como postagem neutra de “notícias” no blog?

    um governador que se nega ao diálogo direto com a população acha que vai alcançar “formadores de opinião” através de blogs com prestígio?

    nassif fala sempre da inovação

    inovação é sustentar o blog com financiamento coletivo

    mídia depender de governo é antigo demais, é sarney, é ACM …

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