PMDB de Brasília inicia movimentação de olho nas eleições de 2018

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Do FatoOnline

Por Suzano Almeida

Tadeu Filippelli, ao centro, renido com lideranças do PMDB | Foto: Divulgação width=

Visando às eleições de 2018, os principais nomes do PMDB no Distrito Federal se reuniram com o presidente regional do partido Tadeu Filippelli, na manhã desta sexta-feira (26), para definir quem fica e quem sai da legenda. 

O deputado federal Rôney Nemer deixa a legenda e assume a presidência do PP, já os distritais Wellington Luiz e Rafael Prudente permanecem na legenda, com o ex-secretário de Segurança Pública Sandro Avelar.

A decisão de quem fica e quem sai do partido foi tomada em comum acordo entre os parlamentares e Filippelli. A ida de Rôney para o PP faz parte da estratégia do presidente peemedebista de concorrer ao governo de Brasília, em 2018, e pode garantir ao PMDB um dos maiores tempos de televisão e rádio na corrida eleitoral, com cerca de cinco minutos de exposição.

“Eu entendo o seguinte: esses movimentos no partido são necessários. Debater o partido e a participação partidária não pode ser vista como um conflito ou uma rebelião. Tivemos a oportunidade de ter uma conversa e acertar o que era melhor. Eu acho que o Roney é uma figura política muito importante de Brasília e de uma bela envergadura. Foi uma boa oportunidade e se fez uma justiça fantástica a ele, ao lhe ser oferecida a chance de presidir, no Distrito Federal, o quarto maior partido do país”, declarou Tadeu Filippelli.

Aliança

O presidente do PMDB/DF não crava a aliança com o PP, mas deixa em aberto a formação de uma chapa com nome dos dois partidos. Rôney Nemer e Filippelli sempre tiveram ótima relação, incluindo apoio mútuo, mesmo quando o ex-vice-governador foi criticado por seus próprios correligionários, acusado de usar o partido para acomodar parentes.

Uma fonte peemedebista confirma que a aliança entre os dois partidos irá vingar, incluindo com o aval do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira. Foi o próprio Ciro quem fez o convite para o ingresso de Rôney, o que deve ser concretizado na próxima semana – entre segunda-feira (29) e terça-feira (1º) –, quando ele deve voltar a Brasília.

Segundo Rôney Nemer, houve apenas uma conversa com o presidente nacional do PP, mas nela o ex-peemedebista afirmou que apresentou suas condições no Distrito Federal para assumir a legenda.

“Eu só tive uma conversa e expus ao presidente Ciro Nogueira quais seriam as minhas condições para comandar o partido. Deixei claro que sou contra o aborto e a favor da família, contra o armamento da população e a favor de políticas de geração de emprego. Também disse que queria liberdade para gerir o partido no Distrito Federal. Tudo isso vai ser confirmado na próxima segunda-feira, quando teremos uma nova reunião”, afirmou Nemer.

Ficam

Apesar de descontentes com algumas das atitudes do presidente do PMDB, Tadeu Filippelli, os distritais Wellington Luiz e Rafael Prudente decidiram permanecer no partido. De acordo com Wellington Luiz , líder do partido na Câmara Legislativa, a decisão foi tomada após os distritais e Filippelli entrarem em acordo sobre pontos divergentes.

Wellington não quis adiantar quais seriam os pontos que foram acertados entre os parlamentares e o presidente do partido, mas disse que nos próximos dias as mudanças serão anunciadas.

Sandro Avelar

Outro nome que teve a confirmação de sua permanência comemorada foi do ex-secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. Com poucas semanas de campanha a deputado federal, em 2014, ele conseguiu ser o segundo nome mais bem votado do PMDB/DF para a Câmara dos Deputados, ficando à frente de nomes como o ex-distrital Patrício Sidney.

“O Sandro é um candidato prioritário do PMDB e um ótimo nome. “Ele foi o segundo mais votado do PMDB em poucas semanas de campanha com 20 mil votos. Mais voto do que muitos candidatos que fizeram campanha durante quatro anos de governo. Ele seria uma pessoa muito importante para qualquer cargo, inclusive na esfera nacional”, elogiou Filippelli.

Robério Negreiros

Com a acomodação de importantes nomes da política local, o que além dos nomes do PMDB inclui ainda o federal Alberto Fraga, que permaneceu no Democratas, após pedido de seus correligionários, e a ida de Rôney Nemer para o PP, o distrital Robério Negreiros ficou parcialmente sem opções para mudar de partido.

Ainda no ano passado, Robério entrou com ação para se desfiliar do PMDB por discordâncias com o presidente da legenda, Tadeu Filippelli e com membros do partido. Ele tinha como prováveis destino o PP, o DEM e até o PMB (Partido da Mulher Brasileira), mas os três acabaram tendo suas presidências ocupadas por desafetos.

Um membro do PMDB local chegou a confidenciar que estava preocupado com o futuro do agora ex-colega, por acreditar que, com importantes legendas já se organizando, o distrital não teria para onde ir. O próprio Tadeu Filippelli disse não ter informações sobre o destino de Robério e não ter mais contato sobre o assunto.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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