Desenvolvimento exige expansão da oferta de energia

Jornal GGN – Existe uma relação direta entre energia e melhora da qualidade de vida,  revelou o professor e pesquisador sênior do Gesel (Grupo de Estudo do setor de Energia Elétrica), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Guilherme Dantas. Por isso, quando há um debate acirrado, e nem sempre iluminado, sobre a construção da Usina de Belo Monte, ele propõe que se faça a seguinte pergunta: “Estamos satisfeitos com o nosso nível de desenvolvimento socioeconômico?”. Se a resposta for negativa, “vamos precisar de mais energia”, diz.
 
Se não for Belo Monte, há alternativas? Sempre há, mas é preciso pesar os custos. Dantas lembra que o impacto ambiental se dá em diferentes níveis. Por exemplo, a energia hidrelétrica tem entre cinco e 20 gramas de emissões de CO2 por KWh gerado; enquanto a eólica tem entre dez e 30 gramas; o gás, entre 400 e 440; o óleo, 550; e o carvão, 800.
 
Para o pesquisador, que participou do seminário promovido pelo Jornal GGN, “As Hidrelétricas da Amazônia e o Meio Ambiente”, medidas adotadas por políticas industriais e de eficiência são insuficientes e não anulam a necessidade de expansão energética.

Tanto ele como o presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior, admitem que houve uma certa banalização do licenciamento ambiental. “Virou apenas um atestado de conformidade ambiental; uma visão burocrática”, diz Zanardi. Para ele, o objetivo do licenciamento não é barrar ou atrasar obras, mas melhorar a performance ambiental das construtoras.
 
No que diz respeito às hidrelétricas, a principal conclusão entre os participnate do seminário foi a de que há uma comunicação falha entre cientistas, pesquisadores, governo e empresas com a sociedade. Um caminho ainda a ser trilhado, com a disseminação de informações corretas e de qualidade.

 

Redação

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