Para presidente da Cemig, energia limpa é fundamental para desenvolvimento sustentável

Jornal GGNDurante evento realizado na última semana em São Paulo, o presidente da Cemig, Mauro Borges, afirmou que o país tem pilares sólidos para conquistar o desenvolvimento econômico sustentável. Por um lado, ele apontou que o país está longe de atender as demandas sociais, mas que tem grandes avanços na regulação que possibilita a utilização de combustíveis renováveis.

“Somos ricos para a geração da tradicional hidrelétrica e também para qualquer uma das novas fontes renováveis, como eólica e solar, todas com um nível de sustentabilidade enorme”, afirmou.

Borges pontuou que, dentro do aspecto social, o país está longe de ser uma sociedade com desenvolvimento estrutural e de longo prazo, mas disse que é importante “almejar um crescimento que possa se manter no tempo e gerar benefícios para toda a sociedade”.

Para ele, não se pode falar em matriz energética limpa sem lidar com questões de sustentabilidade urbana, como o lixo, lembrando que os resíduos sólidos podem ser convertidos em energia. “Precisamos da atuação do poder público. Trata-se de uma geração sem retorno interessante para a iniciativa privada, mas fundamental quando falamos de solução ambiental”, disse.

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Da Carta Capital

Brasil pode usar potencial renovável também nas questões sociais

Para Mauro Borges, presidente da Cemig, energia limpa é fundamental para o desenvolvimento econômico sustentável e melhoria de condições sociais

O Brasil tem um dos pilares mais sólidos para conquistar o desenvolvimento econômico sustentável, que é a riqueza natural para gerar a riqueza material. A avaliação é do presidente da Cemig, Mauro Borges, em palestra na manhã desta sexta-feira 16 no Diálogos Capitais: Energia Limpa, que aconteceu em São Paulo.

Para o executivo, quando se fala em desenvolvimento econômico sustentável o Brasil tem hoje “um copo meio cheio e meio vazio”. Se de um lado houve avanços, ficou um lado vazio, que é aquele das demandas sociais, ainda longe de serem supridas.

“No aspecto social, estamos muito longe de uma sociedade com desenvolvimento estrutural e de longo prazo, mas é crucial, ainda que distante, almejar um crescimento que possa se manter no tempo e gerar benefícios para toda a sociedade”, afirmou. Para ele, trata-se de um ponto de grande frustração ver que o País não consegue equacionar definitivamente as demandas da sociedade.

Por outro lado, Borges vê no lado cheio o grande avanço regulatório que torna possível usar os combustíveis que a própria natureza oferece para que a economia cresça. “Somos ricos para a geração da tradicional hidrelétrica e também para qualquer uma das novas fontes renováveis, como eólica e solar, todas com um nível de sustentabilidade enorme.”

Para o executivo, as questões do setor elétrico estão muito bem endereçadas e há uma agenda otimista. “Não vou fazer discurso de complexo de vira-latas. Temos uma capacidade muito especial de geração de riqueza nessa área, talvez comparável apenas com os Estados Unidos.”

Ele lembra ainda que além da geração hidráulica, eólica e solar, a enorme área agricultável possibilita a geração de energia pela biomassa. “Com esse portfólio, podemos ser referência mundial em todas as metas estabelecidas para o clima.”

Questão urbana

Para Borges, porém, não basta falar em meio ambiente apenas considerando as áreas rurais ou florestais. Há um déficit ambiental urbano gigantesco tanto em áreas do interior profundo – com falta de saneamento básico, por exemplo – quanto nas grandes cidades, com nós, além do saneamento, também na coleta de lixo e poluição atmosférica.

“Não se pode falar em matriz energética limpa sem endereçar questões da sustentabilidade urbana”. O lixo, para ele, é um bom exemplo, já que ele pode ser convertido em energia. “Mas aí precisamos da atuação do poder público. Trata-se de uma geração sem retorno interessante para a iniciativa privada, mas fundamental quando falamos de solução ambiental”, conclui.

Quando se fala particularmente do interesse das empresas surge a chamada perda não-técnica, que é aquela causada pelos chamamos “gatos”. A Light, empresa do grupo Cemig que fornece energia para a cidade do Rio de Janeiro, calcula que esse tipo de fraude gera uma perda de 40%, integralmente repassada aos consumidores.

Uma solução, já contemplada pela regulação do setor, é a geração distribuída, que permite a geração de energia em locais próximos ao consumo. No caso específico das comunidades cariocas, Borges conta que há projetos para a instalação de placas de energia solar nesses locais.

O custo corre por conta da empresa, mas a formalização de consumidores torna a troca atraente. Além disso, trata-se de geração de energia com impacto ambiental mínimo. “É uma forma de usar esse potencial de fontes renováveis, o sol neste caso, como solução para unir a sustentabilidade social e ambiental”, conclui.

Redação

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