Para especialistas, leilão foi “fracasso” e concessão geraria mesma quantidade de recursos

Jornal GGN – O governo poderia obter a mesma quantidade de recursos tanto pelo modelo de concessão, quanto pelo modelo de partilha. A opinião é do pesquisador da área de Economia Aplicada do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV-RJ (Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro), Fernando de Holanda Barbosa Filho. Ele participou da edição desta segunda-feira (28) do programa Brasilianas.org, na TV Brasil.
 
O apresentador Luis Nassif e especialistas no assunto discutiram os erros e acertos do modelo de partilha adotado pelo Governo Federal para promover o leilão do Campo de Libra, que aconteceu em 21 de outubro.
 
Para o pesquisador da FGV-Rio, o leilão foi um “fracasso”. “Fizemos um leilão em que ninguém disputou o prêmio”, criticou. Na opinião dele, “aparentemente” o governo queria que a estatal brasileira saísse vencedora, empregando a menor quantidade de recursos possível. “Para a Petrobras foi bom, mas talvez isso não seja o melhor para o Brasil”, disse, explicando que esta não é a melhor forma de maximizar os ganhos do pré-sal.
 
O debate contou, ainda, com a presença do professor de economia brasileira da Universidade Federal do ABC (UFABC), Vitor Schincariol, que considera o modelo de partilha “mais positivo”, pois aumenta a participação do Estado sobre o controle do petróleo.
 
Por outro lado, Barbosa também ressaltou que, “do ponto de vista técnico, a entrada da Shell e da Total é benéfica”, citando as empresas britânica e francesa, respectivamente, que integram o consórcio vencedor, também composto pelas chinesas CNPC e CNOOC, e pela própria Petrobras.
 
O professor da USP Ildo Luis Sauer, ex-diretor de Gás e Energia da estatal discordou do especialista da FGV nesse aspecto. “Não vejo um aporte técnico das sócias (as empresas do exterior), elas são um mero aporte financeiro”, disse. “A única função dos grupos estrangeiros é trazer finanças.”
 
Mas há pontos de convergência entre os dois especialistas. Sauer também classificou o leilão como um “fracasso” e disse que ambos os modelos proporcionariam praticamente a mesma quantidade de ganhos.
Redação

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  1. O discurso contraditório sobre Libra e a clausula 4.3 do edital

    A opinião de Sauer era conhecida  – um dos críticos do leilão de Libra.

    Entretanto, mais uma vez a questão de onde viria o dinheiro para a exploração de Libra não foi respondida.

     A mera alegação de que basta ir ao mercado internacional, pegar dinheiro e dar em garantia o petróleo,  potencialmente encontrável  no pré-sal,  esbarra na total incoerência  dos interlocutores, cujo discurso não resiste a uma mera contraposição das idéias por eles expostas.

    Explico.

    Se por um lado, dizem que o petróleo é tão garantido, que seria dinheiro vivo para obtenção de financiamento frente aos banqueiros internacionais, por outro lado, falam do desastre que seria se a exploração resultar em obtenção de petróleo em quantidade igual ou inferior a  4.000 barris/dia poço – no cenário projetado antes do leilão seriam 10.000 a 12.000 barris diários no preço atual de U$$ 100,00 o barril.

    Nessa mesma hipótese, consubstanciada na famigerada cláusula 4.3 do edital, afirmam que, da mesma forma, se o preço do petróleo cair a menos de 60 dólares a rentabilidade cairia expressivamente, inclusive para níveis inferiores a exploração na forma de concessão (em comparação com o sistema de partilha)  e, para dar força a seus argumentos citam a OPEP  como potencialmente passível de tomar tal atitude, pois esta poderia vender até a U$ 30,00.

    A incoerência é de tal monta que custa crer que ninguém aponte isso.  A OPEP, controlando preços ao nível de U$$ 30, inviabiliza o mundo e não apenas Libra – o petróleo do mar do norte, o shale americano, todo o petróleo extraído em alto-mar, golfo do México, etc, tem custos de extração impossíveis perante tal preço de venda.

    Mas, e ai vem a pergunta, se o petróleo de Libra é tão garantido e sua exploração tão factível que num passe de mágica poderia gerar centenas de bilhões para sua exploração, qual a veracidade e credibilidade dos dois cenários de catástrofe acima citados como potencialmente capazes de inviabilizarem Libra(e tornarem a cláusula quarta ponto três o horror econômico que pregam).

    Das duas uma, ou o cenário em que Libra é vendido como dinheiro em caixa é verdadeiro e  o risco potencial apontado com ares apocalípticos é mera fantasia, ou essa hipótese que inviabilizaria a exploração é  real  e,  nesse caso,  os ingleses holandeses,  chineses e franceses fizeram um negócio de risco ou mesmo um péssimo negócio,  e Libra pode ter sido um engodo.

     Nesse caso,  todos perdem… também o Brasil.

    Mas, se tudo der certo e Libra for um sucesso (também faz parte do discurso), mas isso, na análise da mesma cláusula quarta,  eles nem mencionam, pois, deste cenário resulta mais de 80% de retorno para o país, algo parece que inimaginável (apesar de ser esta uma projeção muitas vezes taxada como sendo comedida).

    Eis o paradoxo, para que seu discurso seja verdadeiro Libra tem que ser um fracasso, mas se Libra for um fracasso seu discurso não é verdadeiro.

    Para  piorar as coisas,  mencionam um  contexto político em que os EUA e a Europa destroem os países em razão do petróleo (não que isso não corresponda em parte à realidade – mas num país como o tamanho econômico e os interesses estrangeiros aqui presentes, isso revela-se descabido – nos termos em que colocados ). No caso do Brasil,  citam até a Quarta frota americana em manobras de intimidação e coerção– típica teoria da conspiração anos sessenta.

    Num mundo dominado pelo capital internacional, o Brasil como ente participante ativo deste mercado, para ser neutralizado (descarto a hipótese de destruição por inverossímil),  a última coisa a ser feita seria usar a força bruta.

    A seguir, prosseguem numa ladainha incompreensível  – pois,  frente a tais afirmações da geopolítica dominante (intervencionista), no mesmo discurso, dizem que o Brasil poderia ter sido o único a explorar 100%  de Libra e do restante do pré-sal.

    Espera um pouco, o risco potencial de termos uma intervenção externa diminui se nos isolarmos na exploração???

    A resposta é inegavelmente oposta a tal conclusão.

    É que, se considerarmos como factível o contexto adotado por estes analistas, a manobra de negociação que resultou no consórcio para exploração de Libra, sem sombra de dúvidas foi a que resguarda os interesses do Brasil frente a sanha exploratória e predatória destes estados hegemônicos e belicistas.

    Isso por um singelo motivo, fez acordos com aliados tão fortes, que obteve salvaguardas ante eventuais tentativas de desestabilização, tanto políticas como monetárias.

    Agora,  os interesses do Brasil e da Petrobras,  em Libra,  são também, os interesses da Shell (Reino Unido e Holanda)  TOTAL (França) e, também de estatais chinesas, que nada mais são que a própria China.

    O convidado da FGV, Fernando Barbosa, em sua manifestação final  reiterou  que não era da área (petróleo). Ora, tal afirmação era dispensável, isso foi  flagrante.  Sua  total falta de convicção está expressa na frase pinçada pelo Nassif “Para a Petrobras foi bom, mas talvez isso não seja o melhor para o Brasil”.

    Mas, voltando, o que Sauer afirmava, e não é infirmado por ninguém, é que a Petrobras poderia  não apenas explorar 100% do pré-sal, mas também ter 100% dos lucros, só que esquece que isso incluiria a assunção total dos riscos decorrentes de tal empreendimento, os quais  não são nada desprezíveis  para uma empresa estatal de um país emergente, num mundo capitalista e dominado financeira e militarmente por potencias  interessadas nestas  riquezas.  

    Qualquer economista  sabe que nestes casos,  a melhor alternativa é repartir os riscos e potenciais lucros e, é claro, ter aliados fortes nesse campo.

    O problema de Sauer é que em seu próprio discurso esta expressa a inviabilidade,  tanto financeira como política da Petrobras, sozinha,  levar adiante tal empreendimento, sem as necessárias costuras inerentes ao mercado globalizado.

     

    1. Não é só capital!

      A Petrobrás por questão de marketing esconde algumas realidades que são verdadeiros segredos de Polichinelo para todas as empresas e pessoas que orbitam o mundo do petróleo. Além do problema de caixa na Petrobrás há imensos problemas de pessoal para levar adiante sozinha não só o pré-sal, mas como o pós-sal!

      Ninguém correlacionou a queda de produção de petróleo da Petrobrás com a descoberta do pré-sal, porém se olharmos com cuidado veremos que a Petrobrás vinha num crescente de produção chegando a criar excedentes exportáveis, e o que ocorreu? Simplesmente por uma questão de prioridade, os campos no que poderemos chamar o pós-sal (campos acima da camada do sal), onde a Petrobrás tem uma saldável reservas de petróleo que permitiria uma alta a produção da petróleo com lucros razoáveis, estes foram deixados em segundo plano, causando uma queda na produção.

      Tem-se a ideia que um campo de petróleo é um enorme reservatório vazio que depois de descoberto é só ficar “mamando” no mesmo, porém a realidade não é esta. Um campo de petróleo depois da descoberto precisa investimentos permanente de capitais na sua exploração. Sempre é necessário a elaboração de novos estudos, a perfuração de novos postos, a manutenção dos antigos e a elaboração de estratégias para a otimização na extração, isto envolve grande capital humano e recursos técnicos.

      Quando foi descoberto oficialmente o présal e revelado todo o seu potencial, a Petrobrás deslocou grande parte do seu contingente técnico para esta nova reserva, junto com este contingente técnico também foi deslocado recursos físicos para garantir a dianteira da empresa, uma questão de estratégia em longo prazo.

      Muitos esquecem que a mesma carência de mão de obra qualificada, que tem em outros setores da economia, é amplificada quando se trata da indústria do petróleo. Na Petrobrás o ingresso de pessoal técnico, tanto de nível superior como de nível médio, é feito via concurso público, e nos últimos anos a Petrobrás tem feito vários destes, porém além do tempo necessário para o treinamento deste pessoal há outro agravante, os salários. Apesar de nos últimos anos ter ocorrido ganhos reais nos níveis salariais da Petrobrás estes ainda não se encontra próximo aos níveis salariais de outras empresas de petróleo, logo por mais estável que seja o emprego na Petrobrás, muitos dos formados nos cursos pertinentes a exploração de petróleo, preferem arriscar uma remuneração melhor sem a mínima garantia do que a estabilidade. Desta forma pode-se dizer que o mercado profissional na área de petróleo no Brasil está “seco” de profissionais.

      Agora vem os dilemas da Petrobrás, se ficasse insistindo em bancar sozinho o présal teria que desviar mais ainda recursos humanos e equipamentos para o présal, com isto certamente causaria uma queda de produção nos campos existentes. Com a queda da produção o preço da mesma também cairia, e com a queda do preço seria inviável a capitalização no mercado internacional.

      Alguns pensam ainda em processos reestatizantes na Petrobrás, isto seria simplesmente impossível, pois criaria tensões internas entre os funcionários da mesma e o funcionalismo público em geral. Com a reestatização da Petrobrás, o quadro funcional da mesma seria equivalente ao quadro técnico do serviço público brasileiro, pois não se justificaria a presença de dois tipos de funcionários, os públicos trabalhando no setor de petróleo e os demais. Se daria o bônus da estabilidade (que já existe de fato) sem o ônus de salários mais modestos, compatíveis com seus congêneres.

      Apesar dos salários da Petrobrás ainda não atingirem os salários das outras petroleiras, eles estão num patamar muito superior a todo o quadro de funcionários do serviço público federal, e com um processo de reestatização dever-se-ia equalizá-los. Há duas formas de promover esta equalização, diminuindo o salário dos funcionários da Petrobrás e causando uma fuga maciça de corpo técnico, ou aumentando o salário do funcionalismo público em geral e falindo o Estado Brasileiro.

      Há setores que simplesmente não avaliam a complexidade que se criou com a internacionalização da exploração do petróleo no Brasil, e há outros setores que conhecendo a complexidade procuram simplesmente criar situações de privilégio para si mesmo.

      A exploração exclusiva do présal pela Petrobrás criaria nos próximos anos déficits crescente nas contas externas brasileiras como aumento no endividamento da empresa e tesouro nacional. Não são investimentos pequenos, são investimentos enormes.

      Também outra solução era atrazar uns dez a quinze anos a exploração do présal levando o pico de produção para as décadas 40 e 50, quando ninguém, em sã consciência, sabe prever o que ocorrerá com o setor de energia como um todo. Lembre-se todos, que o petróleo é uma das fontes possíveis e nesta época provavelmente será necessário novos investimentos para uma nova matriz energética.

      .

      1. Outro ponto importante que

        Outro ponto importante que você citou rdmaestri: a contínua evolução tecnológica. Se um dos projetos: o ITER (fusão nuclear por confinamento), o stellarator alemão (também fusão por confinamento), ou os projetos de fusão inercial (por laser) dos EUA funcionar, teremos, por volta dos anos 50, o sol na Terra. Basta construirmos usinas de produção de hidrogênio ao lado de um reator de fusão nuclear e convertermos todos os  carros para a propulsão elétrica, via combinação de células combustível-motores elétricos, para praticamente banirmos a gasolina e o álcool como combustíveis. Ah, o meio ambiente agradece pois o resíduo da queima do hidrogênio na célula combustível é a água.

  2. Ambos foi um fracasso e o

    Ambos foi um fracasso e o governo teria gerado “a mesma” quantidade de recursos de outra maneira?!

    Ou um ou outro, os dois nao.

  3. Acho que faltou no debate

    Acho que faltou no debate algum especialista que tivesse argumentos a favor do leilão. Iria enriquecê-lo e criar um contraponto bastante saudável para uma compreensão mais ampla do assunto e dos cenários e possibilidae que envolvem o campo de Libra.

  4. Óbvio que esse leilão foi

    Óbvio que esse leilão foi ruim; partiu-se de uma idéia excelente (mudar de concessão para partilha), que no entanto foi alterada para o governo fazer caixa e conseguir superávit primário. Bônus de 15 bi é incompatível com partilha, é coisa de contrato de concessão.

    O governo, para atender a necessidades imediatas (fazer caixa), vendeu barato patrimônio do povo brasileiro. Oh, exatamente igual fizeram os tucanos. Petê, quem te viu, que te vê…

  5. O governo  queria que a

    O governo  queria que a estatal brasileira saísse vencedora, empregando a menor quantidade de recursos possível. “Para a Petrobras foi bom, mas talvez isso não seja o melhor para o Brasil”, disse, explicando que esta não é a melhor forma de maximizar os ganhos do pré-sal.

    Se foi isso foi uma vitória estrondosa do governo.

    E para o Brasil?

    Aí só a história demonstrará.

    Se os bilhões que serão auferidos em tempo mais curto serão mais importantes para o Brasil do que os bilhões e algo a mais que o Brasil obteria em tempo mais longo.

    O Brasil tendo que correr “alucinadamente” rumo ao crescimento (é o que todos, absolutamente todos, pedem), a falta de recursos públicos ( BNDES já relativamente comprometido), a necessidade mais urgente do governo em realizar obras de infraestruturas principalmente em estradas, escolas, saúde, parecem justificar a vitória do que o governo queria.

  6. É…

    Muito simplista esse post.

     

    O professor da FGV é um conhecido liberal, deixou bem claro que não gostou nenhum pouco da mudança do regime de concessão para partilha, justamente porque ele considera que o regime de partilha aumentou de forma demasiada a participação do Estado na exploração petrolífera, prejudicando o ‘excelente’ regime de concessão anterior, onde a presença estatal era bem mais restrita.

     

    Quanto ao Ildo Sauer, nada mais previsível. Agora ele é contra o regime de concessão e de partilha. Agora ele é a favor do regime de prestação de serviços! E, no final, deu a estocada que o desmascarou de vez. Estocou na mesma fala o PSDB e o PT, só faltou pedir licença para solicitar aos telespectadores que se filiassem à Rede da Marina Silva, força política com a qual ele hoje se identifica.

     

    Achei que o programa de ontem pudesse ter algo novo sobre o assunto em questão, mas nada de novo, velhos argumentos que até as pedras do fundo dos rios já conheciam…

  7. Análise / Delfim NettoO saldo

    Análise / Delfim Netto

    O saldo de Libra

    O sucesso do leilão derrota a visão pessimista segundo a qual prevaleceria entre os investidores estrangeiros uma enorme desconfiança diante do intervencionismopor Delfim Netto — publicado 27/10/2013 09:26 Fernando Frazão / Agência BrasilPetrobras

    O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; a presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster; a diretora-geral da ANP, Magda Chambriand; e o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, sobem ao palco ao lado de representantes das empresas que integram o consórcio vencedor

    Leia tambémA serviço de quem?O DNA brasileiroCom o leilão, o governo conseguiu o que buscava: recursosAs críticas ao leilão do campo de Libra 

    Frustração, mesmo, só para quem apostava que o leilão de Libra seria um fracasso por causa da desconfiança de duas ou três das mais “notáveis” multinacionais do petróleo em relação à funcionalidade do modelo imaginado para a exploração das reservas do pré-sal no litoral brasileiro.

    A ilusão foi pensar que o governo não tinha consciência clara de que poderia haver predominância de empresas de propriedade estatal interessadas na parceria com a Petrobras, sem que isso significasse excluir as demais gigantes de capital privado, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total. Ambas estão entre as seis maiores produtoras mundiais de óleo e gás e formaram o consórcio para explorar Libra com a gigante estatal Petrobras e as chinesas China National Offshore Oil Corporation (Cnooc) e China National Petroleum Corporation (CNPC).

    Shell e Total dispensam apresentações ao leitor brasileiro, a primeira com mais de um século em nosso mercado de combustíveis, produzindo por dia em suas operações mundiais cerca de 3 milhões de barris de óleo equivalente. A Shell já possui atividades em blocos de exploração na Bacia de Campos e é parceira da gigante nacional Cosan na Raízen Combustíveis, operadora de uma rede de postos de serviço (gasolina, etanol, lubrificantes etc.).

    A francesa Total é também uma operadora mundial de grande porte, com produção diária de 2,2 milhões de barris em diversos continentes, com experiência inclusive na extração de petróleo em águas ultraprofundas na costa oeste do continente africano. Participa igualmente da exploração na costa brasileira, em associação com outras empresas internacionais.

    A estatal Cnooc é outra petroleira gigante, com 70% do capital pertencente ao governo chinês, com a extração diária de 500 mil barris de petróleo em operações em meia dúzia de países da África e na Indonésia, Austrália e Iraque.

    E, finalmente, a quarta parceira do consórcio liderado pela Petrobras, a também estatal CNPC, é outra gigante com operações em 30 países, dentre os quais Rússia, Irã, Argélia, Canadá e, em nosso continente, Peru, Venezuela e Equador. Mais da metade de sua produção de óleo e gás é no próprio território chinês.

    O governo festejou o resultado do leilão e a composição do consórcio, o qual, avalia a presidenta Dilma Rousseff, “somou empresas de alta tecnologia, com visões de longo prazo e capacidade financeira, três elementos fundamentais para o sucesso da exploração do pré-sal”. De quebra, derrotou a visão pessimista segundo a qual prevaleceria entre os investidores estrangeiros uma enorme desconfiança diante do excesso de intervencionismo permitido pelo modelo brasileiro.

    O governo sabia que os chineses queriam participar porque é do interesse deles comprar a garantia do suprimento de petróleo pelos próximos anos. Não havia nenhuma razão para mudanças no edital pela conveniência de atrair o maior número de participantes ao leilão, porque o modelo não foi feito para estimular a competitividade. Igualmente não prevaleceram as dúvidas atribuídas a competidores estrangeiros sobre a ingerência dos administradores da Pré-Sal Petróleo S.A. na execução dos contratos no regime de partilha da produção.

    Essa nova empresa que vai gerir os contratos está nas mãos de gente séria, profissionais de competência provada durante muitos anos, no próprio setor. Nas palavras do diretor-geral da operação brasileira da Total, Denis Besset, em entrevista ao Valor na terça-feira 22, “foi fundamental a escolha do presidente e todos os diretores da PPSA porque são profissionais que conhecem esse tipo de trabalho, não são pessoas que vão manejar isso politicamente”.

    Há quem ache que o gerenciamento da exploração poderia ser muito mais simples, mas o governo tinha razão em mudar o regime, pois o pré-sal não é propriedade da Petrobras, mas um patrimônio de toda a sociedade brasileira, no presente e no futuro. Às vezes assusta a ideia de mudar um regime que estava funcionando muito bem. Talvez por isso a criação dessa empresa eventualmente contribuiu para afastar potenciais concorrentes ao leilão, o que não impediu o seu sucesso.

     

  8. Caro Nassif e demais
    Apoiei e

    Caro Nassif e demais

    Apoiei e apoio esse leilão. Mas  a esquerda está embarcando na desmoralização da Dilma, a direita, está chamando para entrevistas,  e dando destaques para setores da esquerda e do PT,  para dividir o PT, na campanha de 2014.

    Saudações

  9. Se levará 60, 75, ou 85 é

    Se levará 60, 75, ou 85 é questão de fundo. 

    Mesmo que se chegue ao impressionante patamar de 85%, só parte será em óleo, o resto será em $$. Isto significa que cerca de 40% do petróleo de Libra, depois de extraído, estará disponível para petroleiras estrangeiras fazerem o que bem entender.

    Infelizmente, a Petrobras já foi em grande parte entregue a estrangeiros (40%, processo que o governo está repetindo com o Banco do Brasil), mas pelo menos o governo ainda detém o controle acionário e pode decidir o que fazer com o petróleo.

    E decidir o que fazer com a totalidade do petróleo seria fundamental, pois o óleo bruto a ser extraído de Libra vale uma fração do que valeria após o seu refino. Então, se o governo vai receber por volta de US$ 750 bi, US$ 1 tri, multiplique-se este valor várias vezes caso o país transformasse este óleo todo em derivados.

    Aliás, o país já tem ou já está investindo em tecnologia para refinar o petróleo encontrado em Libra? 

    Infelizmente, quando só olhamos os ganhos financeiros e ignoramos a quantidade de recurso natural nosso que vai para o exterior, repetimos um ciclo que já vimos com a borracha, com o café, com o minério de ferro. 

    Claro, com Libra e a “partilha” o Estado ficará com um quinhão muito maior que dos outros ciclos, mas me parece que estamos fadados a repetir os mesmos equívocos anteriores. Que o diga a Nippon Steel, que extraiu nossos minérios a preço de banana, que voltaram ao Brasil na forma de bens de consumo de altíssimo valor agregado.

    Sem planejamento, daqui há pouco estamos importando combustível da Shell extraído em…Libra.

     E por falar em planejamento, quando se diz que não temos capacidade financeira, impossível não relacionar com a política econômica do governo nos últimos anos.

    Ao erigir o veículo automotor como símbolo máximo de inclusão social, e sem calcular se o país teria como fornecer combustível em quantidade suficiente para suprir a demanda que iria explodir, a Petrobras se viu numa situação de importar gasolina a preços de mercado que a chamada Classe C suportaria com muita dificuldade.

    Esta “segurada de preços” que o governo promoveu e ainda promove acarretou em intensa descapitalização da Petrobras, chegando no patamar de hoje, “vamos entregar! Não temos dinheiro! Não temos recursos!”. Uma mistura explosiva de falta de planejamento + interesses paroquiais que coloca o Pré-Sal brasileiro sujeito a exploração por estrangeiros. 

    Portanto, temos que maltratar menos nossa estatal.

    Petróleo vale muito porque é fonte energética. Quando os americanos ou chineses vêem um poço de petróleo, enxergam a energia que manterá suas indústrias a pleno vapor. Quando nós vemos petróleo, enxergamos como podemos maximizar lucros importando petróleo cru ao exterior.

    Por isto esta discussão tão ferrenha quanto inócua de ganhos financeiros sobre a Partilha e sobre a Concessão. Até parece que não queremos nos desenvolver, que garantir a maior quantidade de fontes energéticas possível para o futuro é bobagem.

    Uma diferença de visão que explica em grande parte nosso subdesenvolvimento.

  10. Conversa de economista

    Economista não entende nada de ecoomia mas usa sua linguagem tecnica, o economês, para falar bobagens politicas. Foi fracasso mas foi bom para o país; foi apressada, devia ter esperado um pouco; não, foi demorada, perdeu-se tempo e dinheiro; foi um sucesso o fracasso do leilão; foi um  fracasso o sucesso do leilão, foi bom para o governo e para o país mas ruim para a sociedade em geral; etc, etc. 

    Melhor dizendo: devia ser feito de maneira diferente, não sei como, mas diferente.

    Esqueceram o 4000 bilhões ( quarto mil bilhões, quatro trilhões) de reais e o que representa sua movimentação na economia, vale nada…. Nem se falou nisso.

    O que prevaleceu foi o pessimismo sobre a grandeza da contribuição ao país. O fato foi um desastre para quem não gosta do governo atual, isto sim. Conversa de economistas que perderam o rumo e tentam fazer política, péssima.

    1. hc coelho.
      Penso como vc.
      De

      hc coelho.

      Penso como vc.

      De que adiantaria mantermos 100% desse óleo conosco, se ele permanecesse inerte, há mais de 10.000 metros da superfície, por falta de recursos no curto prazo?

      O que interessa é transformar possibilidade em realidade. E já!

      O país precisa desses investimentos para transformar a possibilidade (óleo) em realidade (Dólares ou Reais) e começar a pagar suas dívidas com a sociedade (educação e saúde) e se desenvolver movimentando muito toda a economia.

      O resto é muita propaganda negativa, saudosismo e vaidades!

      Quem está adorando esta discussão é a oposição, que assiste sentada em confortável ambiente condicionado toda esta fútil briga interna que deveria ser intitulada “eu faria melhor”!. 

       

       

       

  11. MST: Nem paraíso do governo,

    MST: Nem paraíso do governo, nem inferno dos que se opõem

     

    Qual será o resultado da renda petroleira da exploração do pré-sal?

    da Secretaria Geral do MST, via e-mail, com o propósito de submeter à crítica dos leitores

    Tem saído muitos artigos e comentários a respeito dos resultados da exploração do Pré-sal.

    Cada setor social ou corrente ideológica coloca as lentes de seus interesses para analisar a realidade e procura puxar a brasa para sua sardinha.

    O governo federal disse em rede nacional que o resultado do pré-sal vai garantir 85% da renda para a União!

    A direita (imprensa, tucanos e articulistas) criticou que poucas empresas estrangeiras participaram e, portanto, foi um fracasso. Pasmem!

    A Diretoria da Petrobras e a ANP [Agência Nacional do Petróleo]  comemoraram, pois afinal as empresas vão colocar recursos para explorar o pré-sal.

    Setores petistas e de correntes partidárias de apoio ao governo comemoraram alegando que os investimentos no pré-sal vão reativar a economia e o emprego.

    Um exagero: afinal, os investimentos serão aplicados em plataformas de alta tecnologia, pouco emprego e provalvemente serão encomendadas no exterior.

    Além disso, os resultados econômicos do pré-sal, além de serem sentidos na economia apenas a partir de 2018, tem um peso relativamente pequeno no PIB nacional.

    Outros setores, mais críticos ao governo, denunciam a quebra da soberania e a privatização do nosso petróleo.

    A realidade parece não ser nem o paraíso propagandeado pelo governo, nem o inferno denunciado por alguns.

    Consultados setores dos sindicatos de petroleiros e especialistas na área, montou-se a tabela anexa, de como será a divisão da renda petroleira da exploração do pré-sal.

    Claro que essa tabela é um arrendondamento e que ainda haveria mais detalhes, como os impostos que podem advir, mas depois que a riqueza estiver circulando na economia.

    O custo de extração do barril do petróleo foi estimado, pois ninguém sabe ao certo quanto custará extrair e as estimativas variam de 15 a 25 dólares por barril.

    Por isso adotou-se a estimativa mais otimista, de 15 dólares/barril.

    Feitos os cálculos gerais, pode-se concluir que a partir de um nivel médio de exploração, haveria renda equivalente a 30 bilhões de dólares por ano, ao longo de trinta anos, a partir de 2018.

    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/mst-nem-paraiso-do-governo-nem-inferno-dos-que-se-opoem.html

    1. Sinceramente, ta tudo errado

      Sinceramente, ta tudo errado neste quadro.

      Verifique pelos royalties.

      Se erram no mais simples…imagine no resto.

      O custo tb está incorreto…

       

      O Azenha está fazendo política há um tempo já…

  12. Dilma: R$ 1 trilhão em 35 anos

    Dilma: R$ 1 trilhão em 35 anos; partilha será mantida

    Leilão de Libra é passaporte para um futuro de prosperidade para o Brasil, afirma Dilma

    do blog do Planalto

    A presidenta Dilma Rousseff explicou, no programa Café com a Presidenta desta segunda-feira (28), a importância e os principais benefícios do leilão do Campo de Libra para o país.

    “Com esse leilão, demos um grande passo para a exploração do petróleo no pré-sal, usando um novo modelo, chamado modelo de partilha. Nesse novo modelo, o Brasil fica com 85% do petróleo retirado do fundo do mar e pode transformar essa riqueza em educação, em saúde, em desenvolvimento e criação de empregos para o povo brasileiro.”

    De acordo com a presidenta, além de render R$ 1 trilhão para o Brasil nos próximos 35 anos, a exploração ainda vai fortalecer a indústria naval brasileira.

    “Exigimos que o fornecimento de plataformas, navios, equipamentos, serviços tenha o que a gente chama de conteúdo nacional. Isso significa que o que pode ser produzido no Brasil deve ser produzido no Brasil. Com isso, vai haver mais investimentos, mais tecnologia será produzida e vai haver mais emprego e mais renda para os nossos trabalhadores.”

    Dilma ainda detalhou como os recursos do petróleo serão investidos em educação – “o principal pilar para transformar o Brasil em uma grande nação”. De acordo com a presidenta, serão criadas mais creches por todo o país, principalmente para as crianças mais pobres. Também será ampliado o número de escolas com educação em tempo integral. “Creches e ensino em tempo integral são fundamentais para alfabetizar as nossas crianças na idade certa”, destaca Dilma.

    http://www.viomundo.com.br/politica/a-visao-completa-de-dilma-sobre-o-leilao-de-libra.html

  13. Praticamente igual a fracasso é fracasso

    Entendi que a opinião dele é que o leilão foi fracasso e que o modelo de concessão teria o enorme, incomensurável, resplandescente benefício de gerar os mesmos rendimentos que esse fracasso, é isso? Parece apenas exploração política, não uma opinião séria. Além do quê não parece nada claro como seria conseguido o mesmo nível de controle de produção e o mesmo nível de retorno do rendimento para a União com o sistema de concessões.

    O que gostaria mesmo é de ver alguém comparar, sem ter o objetivo de fazer marola política, o leilão assim como foi realizado com um modelo de outorga à Petrobras.

    1. O “pior do pior” do mundo…

      Hehe, sua primeira frase é ótima:

      O prof. Uspiano conclui que “o fracasso da partilha é marromenu igual à concessão”…

      O que desminto, atendendo ao seu “gostaria”, em:

      https://jornalggn.com.br/blog/ed/simulacoes-e-comentarios-sobre-alternativas-em-libra-e-pre-sal-complementacao-do-original-em-28-10-13-as-1711h

      Note-se que numa tabela de partilha com 84 possibilidades, peguei as 4 piores situações comparando-as contra a prevista no leilão de Libra e o PAÍS não perde em nenhuma delas para o modelo de concessão. Ganhamos em todas.

      Fora os ganhos intangíveis (know-how, empregos, controle da produção, giro da economia, etc.).

      Quanto aos desejos de termos 100%, favor enviar(em) suas reclamações para:

      Caixa postal FHC1995/2002.

      1. Muito bom!

        Caixa postal FHC1995/2002 – Estou rindo até agora!!!! Muito bom!

        Todo caso não é porque alquém é especialista que se deve acreditar automaticamente nele, é preciso que se demostre, prove as suas posições. Senão, as críticas são levianas e cheiram a má fé, visto que parte de um especialista.

        Aprovo o modelo de partilha tanto pelos números aqui já apresentados, quanto pelos ganhos intangíveis (os quais ainda acho mais importantes). Se alguém poder me demostra com fatos o contrário, fica o desafio.

        Além disso, há um ponto que não vi ninguém aqui debatendo: a presenta de participação internacional no empreendimento é uma defesa contra outros interesses internacionais no campo de Libra.

        Ou alguém acha que temos poderio belico (dissuasório) para defender nossos recursos? Ainda não temos nossa bomda atômica.

         

  14. A Petrobras e o China Development Bank

    Petrobras conclui contrato de US$ 10 bi com China Development Bank
    Petrobras– Fatos e Dados— 4 de novembro de 2009 / 10:58 Informes

    A Petrobras assinou ontem (03/11) com o China Development Bank Corporation (CDB) os contratos que concluem e operacionalizam o financiamento entre as duas instituições, no valor de US$ 10 bilhões e prazo de dez anos. Os contratos estavam sendo negociados desde maio de 2009, quando o financiamento foi acordado entra as partes e divulgado pela Companhia.

    Os recursos serão utilizados para financiar o Plano de Negócios da Petrobras 2009-2013 e deverão ingressar no caixa da empresa em várias etapas, de acordo com os avisos de saques a serem emitidos pela Companhia nos próximos meses.

    “Este financiamento tornou-se simbólico pelo valor financeiro envolvido e por representar uma nova fase de evolução das relações entre mercados de países em franco desenvolvimento”, afirmou o Diretor Financeiro, Almir Barbassa, que representou a Petrobras nas assinaturas.

    Quando for realizado o primeiro saque do contrato com o CDB também entrará em vigor o acordo de longo prazo de exportação de petróleo entre a Petrobras e a Unipec Ásia, subsidiária da Sinopec, que prevê volumes de exportação de 150.000 barris de petróleo por dia para o primeiro ano e de 200.000 barris de petróleo por dia nos nove anos subseqüentes. Embora o início do contrato de exportação esteja condicionado ao inicio do financiamento, os contratos são independentes, não constituindo uma operação de securitização.

    URL:

    http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2009/11/04/petrobras-conclui-contrato-de-us-10-bi-com-banco-chines/

  15. Petrobras assina Acordo de Cooperação com a China

    Petrobras– Fatos e Dados—15 de abril de 2010 / 20:27 Informes

    A Petrobras assinou hoje (15/4) com a China Petrochemical Cooperation (Sinopec) e o China Development Bank Corporation (CDB) um Acordo de Cooperação Estratégica com o objetivo de avaliar oportunidades em áreas de cooperação que possam gerar benefícios mútuos para as partes. O Acordo é um desdobramento do Memorando de Entendimento (MOU) assinado entre a Petrobras e a Sinopec em 19 de Maio de 2009.

    O acordo inclui a cooperação entre a Petrobras e a Sinopec nas seguintes áreas: Exploração e Produção (E&P); Refino, Transporte e Comercialização (RTC); Petroquímica e fertilizantes; e fornecimento de bens e serviços em geral.

    Na área de E&P destaca-se a intenção de avaliar futuras parcerias, incluindo a possibilidade de venda de parte da participação da Petrobras nos blocos BM-PAMA-3 e BM-PAMA-8, localizados na Bacia Pará-Maranhão.

    Em RTC e Petroquímica, as partes pretendem avaliar oportunidades de parceria no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – Comperj, além da possibilidade de novos contratos de fornecimento de petróleo para a Sinopec.

    O acordo inclui ainda a cooperação com o CDB em relação à possibilidade de financiamentos bilaterais, a serem negociados entre as partes, caso a Petrobras demande financiamento no âmbito do Acordo de Cooperação.
    URL:
    http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2010/04/15/petrobras-assina-acordo-de-cooperacao-com-a-china/#sthash.A7kgMeDS.dpuf
     

  16. Foi razoável, nem fracasso e nem um grande sucesso.

    O governo conseguiu seu objetivo, que era um contrato para que uma empresa, ou com grupo de empresas associada a Petrobras iniciasse os investimentos no campo de Libra.

    O fato de não ter muitos empresas disputando o leilão, pode indicar também que o governo não está cobrando barato pelo direito de exploração, ou seja o bônus de assinatura de contrato e os 40% de participação na produção foram bem definidos pelo governo.

    Caso houvesse um grande ágio, os especialistas poderiam afirmar que o governo teria errado na pedida.

    Quanto as empresas participantes, creio que as empresas chinesas estão a procura de garantir mais um fornecedor de petróleo, nada mais do que isso, é mais uma ação do Governo da China que já vinha financiando a Petrobras em troca de fornecimento de Petróleo e venda de  máquinas e equipamentos.

    Quanto as outras empresas, elas estão tentando acessar parte da tecnologia desenvolvida pela Petrobras, além do potencial de lucro da operação.

    De qualquer maneira teremos que esperar os próximos leilões para saber se o resultado obtido com o campo de libra poderia ter sido melhor.

    O mais importante, é que já obtivemos os primeiros rendimentos com campo de libra, que são os R$ 15 bilhões do bônus de assinatura(equivalente a cerca de 70 milhões de barris de petróleo), mais os juros da Selic que o governo deixará de pagar, que nos próximos 7 anos será equivalente a cerca de 70 milhões de barris.

    Além disso, já temos também um programa mínimo de investimento no campo de Libra, que deve iniciar  a produção de petróleo e  gás em 2018 ou 2020.

  17. ‘ a entrada da Shell e da

    ‘ a entrada da Shell e da Total é benéfica’. Nem precisa dizer mais nada.

    Seo Barbosa acharia um sucesso se o governo doasse Libra para a Chevron.

    Francamente…

  18. hummmm…esses especialistas!

    hummmm…esses especialistas!  Por que ninguém fala que o Campo de Libra já foi da Shell?  E agora ela voltou……burra essa Shell, não??  O governo não vai colocar dinheiro…..o petróleo, uma parte razoável, será do Brasil e o não explorado continuará sendo do Brasil. Em havendo prejuízo, o governo nada perde…simplesmente deixa de ganhar.  O ônus será das parceiras…nada mais justo que fiquem com uma parte do petróleo ou queriam filantropia??  E, o petróleo não explorado permanecerá para o Brasil…..  Novidade é……os royalties serão para educação e saúde.  

    1. É isso aí Dê! A oposição tá

      É isso aí Dê! A oposição tá cheia de ex que querem fundar “novas políticas”. Se a gente se lembra do fato revelado recentemente do general mui amigo do João Goulart, que por várias malas de dólares da CIA, mudou de opinião…

      O fato real em pauta é que estamos em plena guerra de libertação. Esta não ocorreu em 1822, mas está acontecendo agora mesmo!

  19. Ildo Sauer, mais um que

    Ildo Sauer, mais um que chegou a fazer parte do Governo trabalhista e, depois de defenestrado resolveu mdificar o seu enfoque, passando para o lado oposicionista.             A lista desses trânsfugas descontentes tende a aumentar a cada dia.          É encabeçada pelo  Cristóvão Buarque, segue com o Carlos Lessa, Heloísa Helena, Marina Silva, e segue por aí. 

  20. Roda Morta, Nassif?

    Me desculpa, Nassif, mas esse debate ficou parecendo o programa do TV Cultura. Qual a novidade de um sujeito com tendências psolistas concordar com outro do PSDB, em se tratando de constatar o fracasso do governo do PT?

    Faltou um Fernando Brito, por exemplo, que diz que foi um sucesso porque foi o melhor possível dentro das circunstâncias. E o Brito desmontaria a opinião “especializadamente” entreguista e privateira do professor da FGV com um tijolaço de argumentos. A tal pós-graduada figura pouco argumentou, apelando para a carteirada

  21. O título da matéria do GGN tá um pouco forçado, não?

    Infelizmente no programa só havia um especialista, o professor da GV carioca estava com um discurso tão vazio que eu até pensei que tinha trocado de canal e caído na GloboNews. A GloboNews é especialista em consultar esse tipo de especialista. Infelizmente acabou sendo a opinião de um especialista, o único no programa, que é realmente respeitado e vem de um instituto da USP bastante interessante que “recentemente” deixou de ser de eletrotécnica e energia para se tornar departamento de energia e (meio?) ambiente se juntando ao PROCAM – Programa de Ciência Ambiental, e não houve um grande debate de fato.

    Outro ponto a se notar é que se houvesse um ambientalista no programa, sabe daqueles que reconhecem que são ambientalistas, ele certamente afirmaria que o leilão foi um fracasso e seria absolutamente contrário ao regime de partilha ou concessão, para um ambientalista qualquer modelo que impulsione a extração de petróleo é ruim.

    Nassif, vocês não coseguiram nenhum especialista pra debater com o Sauer? Um que estivesse do outro lado dessa história?

  22. Fala sério

    Ah, Nassif, faz de novo esse debate e chama também alguém de peso que defenda o modelo.

    Será que não dá pra chamar um representante do consórcio vencedor, um representante do governo que tenha trabalhado na elaboração do contrato, um representante de alguma petroleira estrangeira, tipo Chevron, alguns diretores da Petrobras?

    Esses “especialistas” aí estão é querendo fazer política.

    1. Tens toda razão porque é

      Tens toda razão porque é óbvio que um leilão sem concorrentes em que se obtem o lance mínimo foi um estrondoso sucesso.

  23. Fracasso do sucesso ou sucesso do fracasso

    Precisamos decidir urgetemente se o que houve foi um fracasso do sucesso do leilão ou um sucesso do fracasso do leilão. Em outras palavras encontrar uma outra maneira de fazer o leilão de maneira bem diferente mas que desse os mesmos gigantes 4 trilhões ( prefiro 4 mil bilhões) de reasi à economia do país. Foi só um leilãozinho bobo e muito mal feito e mal definido e fracassado que rendeu 4 tri. Que venham mais meia duzias destes, mas por favor com a mesma dose de precariedade, ruindade e fracasso.

    Este governo é mesmo uma merda, faz um leilãozinho besta, todo mal feito, apressado por um lado e demorado por outro, o pig nem noticiou direito, não merecia mesmo, coisa de nada, e nos trás 4 tilhões, quatro mil bilhões, cem mil mega senas de 40 milhões.. Que conversa mais idiota. E o Nassif entrou nessa. Vi o programa. Perdi meu tempo.

  24. Zero à zero??!!

    Deixa eu entender:

    O leilão do pré sal foi um fracasso e se o modelo usado fosse o outro, o governo obteria os mesmos valores. Então qual seria a vantagem de adotar o outro modelo??!!

  25. Ah, Jessica Biel! …

    Eu gostaria muito de passar meu próximo fim de semana num aconchegante refúgio alpino, sozinho com a Jessica …

    Mas como diz a Mafalda (e a Dê), quem mandou caber a mim ser apenas eu?…

    Eu também gostaria muito que o Brasil ficasse com 100% do petróleo de Libra (e do Pré-sal).

    Mas como procuro demonstrar (para não repetir) em:

    https://jornalggn.com.br/blog/ed/simulacoes-e-comentarios-sobre-alternativas-em-libra-e-pre-sal-complementacao-do-original-em-28-10-13-as-1711h

    O ótimo é inimigo do bom e a perfeição e um meta. Existem múltiplas variáveis e razões nas decisões estratégicas de uma pessoa, empresa ou país e é perigoso ficar preso só em algumas delas e desconsderar outras (ou todas as possíveis)

    Mas … (ah, a Biel!)… complementando o que já comentei::

    1) Toda esta discussão foi iniciada com a lambança fernandista em sua devastadora e nefasta (como se não houvessem outras prioridades no Brasil) rota privatarista atropelante, inconclusa no caso Petrobrax (onde “the hole is a little bit belower”). Vejamos:

    1.1) Aumentou bastante a participação estrangeira na Petrobrás. 1.2) Diminuiu o controle da empresa pela União; 1.3) Quebrou o monopólio que a Petrobras detinha sobre exploração, refino e transporte de petróleo no Brasil. 1.4) Criou o “relaxado” modelo de concessões; 1.5) Depois do inacreditável “feito” da vendoação da Vale, qual seria o 5o. passo?…

    Portanto, reclamações sobre monopólio ou (agora impossíveis) “100%” de Petrobrás, favor enviá-las à caixa postal FHC1995/2002.

    2) Curiosamente, uma parte da esquerda juntou suas vozes com as da direita (uso estes termos pra simplificar). É como se parte do time começasse a reclamar do jogo de outra parte (“pô, passa a bola!, chuta direto!, joga mais duro!”…) e aí começasse a jogar para (ou não se importar de) fazer gol contra…

    O adversário agradece.

    3) Precisamos organizar a discussão: o foco é Brasil, União, Petrobrás ou Mercado? Modelo ou leilão? Sim, porque se a Petrobrás perde mas o governo ganha, a manchete e o ponto serão: “Petrobrás perde!”. Se a União perde, mas o Brasil ganha, será: “A União perde!” Se o leilão perde, porque beneficia a Petrobrás e a União, a manchete será: “ Leilão foi um fracasso!”. Ou seja, como sempre, a míRdia e oposição determinam a agenda de discussão. E parte da oposição embarca na dela, por razões diferentes, mas o resultado é semelhante: tomar gol ou fazer gol contra.

    4) Insisto em cobrir (e tentar esgotar se fosse possível) este assunto, porque é gasto ruim de energia que pode ser utilizado em outras temáticas e não em fazer eco à uma oposição que evidencia todos os sinais de ser contra o Brasil.  Uma parte da esquerda (disfarçada, extremada ou ingênua) reclama de ser desqualificada pelos demais. Mas também desqualifica ou deprecia a outra parte (novos adversários na esquerda? novos aliados na direita?) como “governistas, pelegos, chapas bancas”, etc.. Frequentemente, não argumentam consistentemente (muito achismo emocional) sobre o que consideram erros, mas insinuam que o governo é “traidor, neo-neoliberal, insensível social”, etc.  Ou seja, desqualificação, julgamento, e não argumentação sobre eventuais erros. O jogo Brasil x AntiBrasil passa a ter 3 times em campo:

    Brasil com uniforme de Brasil,

    Brasil com uniforme de antiBrasil

    AntiBrasil com uniforme de Brasil (mas com a camiseta antiBrasil escondida embaixo da outra)

    5) A ordem de prioridades que parece adequada é: Brasil (brasileiros), União (“governo”), Petrobrás, alianças estratégicas. Quem deve ter sucesso é o Brasil (fim), não o “leilão” (meio). E salvo contrargumentos (tragam), já ficou demonstrado que o Brasil ganha no modelo adotado, exceto se apelarmos para opções irreais ou que já foram inviabilizadas no nefasto passado neoliberalíssimo.

    6) Esta discussão toda de “entrega” esquece que 80% a 90% do Pre-Sal ainda será explorado. Por pior que fosse (e não é) o resultado em Libra, ele é só o pedaço inicial, que nos dará a maior experiência em todos os casos (que podem ser no futuro, desde 100% Petrobrás até 70% no máximo estrangeiros. O modeloé bom porque permite, no melhor caso,, 100% Petrobrás, e no pior 30%, apenas 10% menos que em Libra. Já cada leilão poderá ser formatado (dentro do modelo), de acordo com cada cisrcunstância. O pior será 30/70 em vez dos 40/60 já demonstrados bons.

    7) Observe-se ao alinhamento com o interesse estrangeiro (puro lobby da oposição) em “aperfeiçoar a partilha”: a) tirar os 30% obrigatórios da Petrobrás; b) Deixar que as estrangeiras operem e não a Petrobrás. Vcs sabiam que na concessão a produção é medida por uma “fiscalização” trimestral? Imagino o que pode acontecer em 3 meses ou em colocar um “fiscal” permanente no meio de “tanta genete boa estrangeira” e sujeito a uns jabazinhos… A Chevron e sua perfuração não autorizada/conhecida que o diga… Por que será que a oposição não quer que “o boi engorde com o olhar do dono”?!

    8) Observe-se que os especialistas de oposição não estão preocupados com a qualidade de suas opiniões, mas sim com seus efeitos, qualquer que seja a pataquada, falácia ou mentira… São lobistas! … Querem resultados!… Que importa a opinião pública, se pelo “serviço”, ganharem o prêmio deles?

    9) No programa de ontem a única (e boa) novidade relevante que ouvi foi que o custo no pré-sal já é de $15 /b. Até recentemente, os “especialistas” da míRdia (lobbies) diziam (e quando interessa, dizem) que o preço de extração pida chegar a uns $45 ou até $70 (ouvi ~$100), o que tornava o pré-sal “inviável”. Graças a competentíssima Petrobrás(que já produz no pré-sal em Tupi), este custo agora é de $15?  (acho que é só o operacional conseguido, ainda haverá a amortização dos investimentos em Libra). De resto não ouvi nada que mudasse muito o que já foi argumentado e demonstrado (a favor do resultado obtido em Libra).

    10) A parte da esquerda que, mesmo com razão de reclamar que alguns passes não estejam redondos, e com o legítimo direito de fazê-lo, não pode é ficar na ânsia de fazer gol contra nem de perder o jogo.

    O importante é ganhar o jogo.

    E o jogo é melhorar o Brasil.

    Se vamos ganhá-lo jogando bonito ou duro, na retranca ou atacando, com drible ou chuveirinho, de goleada ou por 1×0, aí é conversa pro bar.

    O do adversário, evidente e sabidamente, também é fazer gol.

    Do outro lado.

     

  26. CONCESSÕES PODEM VOLTAL?

    Se as reservas são maiores do que a Petrobras dá conta de explorar e o governo está mais interessado no bônus de assinatura do que em resultados futuros, uma solução é angariar recursos em parte do Pré-sal no regime de concessão – cujo bônus de assinatura é maior – e utilizar estes recursos na exploração do campo de Libra recém leiloado.     

    “Na prática um bônus de assinatura maior é mais compatível com o regime de Concessão, no qual o governo nacional privilegia a antecipação de receitas e não se preocupa com a otimização da produção e da arrecadação de longo prazo. O valor de bônus fixado pode expressar a opção por maximizar a arrecadação de curto prazo e também reduzir a atratividade do leilão de um campo, a princípio, muito promissor como é o caso de Libra. Bônus de assinatura alto também comprometeria mais a disponibilidade de caixa da Petrobras”. Fonte: Thales Viegas, Blog Infopetro.

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