Tecnologia dobra potencial eólico no país

Quando o primeiro Atlas do Potencial Eólico Brasileiro foi concluído, em 2001, a tecnologia das torres era bastante diferente da utilizada na construção dos equipamentos instalados hoje nos parques eólicos. O trabalho, encomendado pelo Ministério de Minas e Energia, estimou para o país uma potência de 140 mil megawatts (MW) de energia eólica, valor dez vezes superior à capacidade da usina de Itaipu, considerando aerogeradores de 600 quilowatts de potência e 48 metros de altura. Hoje, os aerogeradores instalados nos parques eólicos construídos a partir de 2009 possuem 100 metros de altura com potencia entre 1,6 MW e 3 MW . 

“Quando esses dados forem revistos o potencial do Brasil subirá para 300 GW, e regiões que antes não concentravam o potencial eólico como é o caso de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo serão consideradas em novos projetos”, explicou a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Élbia Melo. 
 
O Brasil ocupa hoje a 15ª posição em termos de capacidade instalada, com 2,5 GW, segundo o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês). China ocupa a primeira posição, com 75,5 GW instalados; seguida dos EUA, com 60,0 GW; e Alemanha, com 31,3 GW. 
 
Segundo Élbia, os leilões realizados de 2009 a 2012 resultaram na contratação de aproximadamente 7,1 GW em novos projetos, quantidade que elevará para 8,8 GW a capacidade instalada de eólica, até 2017, triplicando a oferta dessa fonte e permintido, também, que o país ocupe a 10ª no ranking mundial de capacidade instalada dessa fonte.
 
Durante a divulgação do primeiro boletim anual, realizado pela ABEEólica na segunda-feira (15), Élbia destacou, ainda, que a capacidade instalada de energia eólica no Brasil praticamente dobrou entre 2011 e 2012, passando de 1,4 gigawatts (GW), para 2,5 GW. 
 
Em 2010, a capacidade instalada de energia eólica cresceu 44 GW no mundo. Somente a China instalou 13,2 GW, já os EUA, 13,1 GW. Alemanha, Índia e Reino Unido, instalaram de 2GW a 1,8 de GW de potência. 
 
 
Élbia destacou que a constituição do parque eólico brasileiro deve ser dividida em dois momentos. O primeiro, realizado graças a recursos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), foi responsável pela contratação de 1,3 GW até o final de 2008. O restante (1,2 GW), contratado a partir de 2009, marca a 2ª fase, considerada mais competitiva e sem os subsídios do governo. 
 
A demanda por energia elétrica no Brasil cresce de 5 GW a 6 GW por ano, segundo a Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia. A energia eólica contribui apenas com 2% do total de fontes que compõe a matriz elétrica brasileira. Até 2017, essa proporção aumentará para 5,5%. No ano passado, as usinas eólicas abasteceram uma população igual a da cidade do Rio de Janeiro, com 6,3 milhões de habitantes, segundo avaliação da ABEEólica. 
 
Clique aqui e acesse o Boletim Anual da ABEEólica
Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Bravo Milena.
    Que bom que,

    Bravo Milena.

    Que bom que, mesmo com pressões conservadoras daqueles que acham que a exploração de novas hidrelétricas seriam suficientes para sanar os problemas energéticos, o país avança na busca da diversidade.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador