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No início dos anos 2.000, com a Internet avançando na disseminação de dados, imaginei um curso de Economia, para não-economistas, que invertesse a lógica do aprendizado. Em vez de aprender os conceitos para, depois deles, entender as tabelas divulgadas pelos diversos organismos econômicos, fazer o percurso oposto: aprender a ler as tabelas e, a partir delas, entender os conceitos macroeconômicos.
O motivo é simples. A cada divulgação de dados, há uma tabela, um relatório da instituição, e as leituras que são feitas por diversos departamentos econômicos.
O melhor caminho de aprendizado, imaginava, seria entender, em cada tabela, quais os dados principais a serem acompanhados; qual o significado de cada elevação ou queda daquele indicador. E trabalhar com o conceito de cockpit – sistema que permite colocar em um mesmo ambiente diversos indicadores econômicos, de maneira a se ter, visualmente, o quadro amplo de análise de cada setor.
Na época, a tecnologia ainda não era acessível.
Agora, com o avanço dos databases, das planilhas, e dos sistemas de gráfico, a ideia se tornou viável. Hoje em dia, é possível baixar na planilha os principais indicadores e extrair uma quantidade imensa de informações.
A parceria com o Departamento de Economia da PUC-SP foi preciosa, por permitir que os indicadores sejam apresentados pela escola que melhor vem desenvolvendo as análises sobre a economia real.
Por exemplo, trabalhando planilhas do MDIC será possível, na hora, extrair as seguintes informações:
- Balança comercial para cada país parceiro do Brasil.
- Desempenho das exportações, por volume e por país, dos principais produtos exportados pelo Brasil.
- Gráficos sobre o comportamento das exportações e importações, tendências.
Um exemplo recente do uso dessas planilhas é o incidente provocado pelo Ministério das Relações Exteriores, Israel x países árabes. Aprendendo a trabalhar com indicadores, o analista terá a qualquer momento, em seu Excel, tabelas das exportações e importações para Israel e para países árabes. Ou poderá comparar o saldo comercial do Brasil com Estados Unidos, China e União Europeia.
Será possível montar cockpits dos principais setores da economia e acompanhar permanentemente os indicadores, com atualizações automáticas.
Por exemplo, no caso da indústria automobilística, será possível ter à mão produção interna por tipo de veículo, exportações, número de empregados, dados de financiamento para aquisição de veículos etc. Colocando o setor de modo esquemático, será muito mais fácil para o aluno entender a lógica de cada objeto analisado.
Os gráficos permitirão a cada aluno montar seu template de análise sobre cada setor, de maneira que, a cada divulgação da Anfavea (Associação Nacional de Autoveículos), a análise poder ser enriquecida com indicadores do MDIC, Banco Central, IBGE etc.
As inscrições para o curso poderão ser feitas pelo site da PUC-SP
A grande quantidade de matérias jornalísticas e entrevistas sobre economia divulgada diuturnamente pela mídia traz um desafio de selecionar as informações relevantes e compreender a complexa conjuntura econômica.
A maioria das informações nacionais e internacionais está disponível em bancos de dados públicos. Podem ser baixadas em sistemas BI e em planilhas. O grande desafio é a organização, estruturação e análise desses dados e a melhor maneira de acompanha-los, através de painéis gráficos, os chamados Dashboards – um conjunto de gráficos que permitirá acompanhar de forma atualizada o pulso da economia.
Para dominar essas ferramentas, é necessário conhecimento tanto dos conceitos econômicos quanto dos principais índices e informações.
O curso de Conjuntura Econômica Brasileira – análise de dados visa proporcionar aos alunos não só as ferramentas básicas para entender as discussões macroeconômicas, mas também a ter uma compreensão crítica e analítica da conjuntura.
Existe um número elevado de profissionais que entende que os conhecimentos em macroeconomia se tornaram cada vez mais necessários para suas atividades cotidianas. Pode-se destacar jornalistas, advogados, analistas financeiros e administradores como profissionais que atuam diretamente com o tema proposto.
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