Copa do Mundo: Ex-jogadora é barrada no Catar por chapéu com arco-íris

Johnny Negreiros
Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.
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País tem coibido manifestações LGBT+ no torneio

Laura McAllister. Foto: Reprodução/ITV

A ex-jogadora e professora universitária galesa, Laura McAllister, foi barrada ao tentar entrar no Ahmed Bin Ali Stadium, no Catar. A atleta queria assistir à estreia de País de Gales contra os Estados Unidos.

O motivo para o impedimento se deu por conta de chapéu com as cores do arco-íris que ela utilizava. O objeto defende a comunidade LGBT+. O país-sede da Copa do Mundo proíbe relações homossexuai, que podem levar até a eventual pena de morte dos infratores.

Logo ao passar pela revista policial no estádio, a equipe de segurança pediu que ela removesse o adereço. Eles argumentaram que se tratava de um “símbolo banido”. Assista.

Nas redes sociais, McAllister disse:

Portanto, apesar das belas palavras da Fifa antes do evento, os chapéus de balde arco-íris do País de Gales foram confiscados no estádio, incluindo o meu. Tive uma conversa sobre isso com os comissários. Temos evidências em vídeo. Esta Copa do Mundo só ficará melhor, mas continuaremos defendendo nossos valores.

Posteriormente, em entrevista ao portal britânico ITVX, ela relatou que conseguiu uma “pequena vitória moral” ao conseguir levar o boné escondido dentro de sua mala de mão.

Além da ex-jogadora, um grupo de torcedores galeses se manifestou sobre o assunto. O Rainbow Wall (parede arco-íris, na tradução livre) usou o Twitter:

Faixa de capitão

Não é a primeira polêmica desta Copa em torno da população LGBT+. Ainda na primeira rodada do torneio, seleções emitiram comunicado desistindo de usar a faixa de capitão nas cores do arco-íris. A decisão veio após a FIFA, por pressão do país-sede, ameçar punir os jogadores que usassem o objeto com cartão amarelo. Saiba mais aqui.

O Catar tem sido criticado pela imprensa mundial por conta de desrespeito aos direitos humanos, tanto na convivêncial social catari quando na construção dos estádios.

Segundo a Organização Mundial do Trabalho, 50 pessoas morreram e outras 37.500 sofreram lesões leves e moderadas nas obras, entre 2014 e 2020. Para saber mais, clique aqui.

Porém, o espetáculo de abertura da Copa realizado neste domingo (20) no confrontro entra Catar e Equador teve dom de diversidade e inclusão social.

LEIA: Protesto: jogadores do Irã não cantam hino nacional

Johnny Negreiros

Estudante de Jornalismo na ESPM. Estagiário desde abril de 2022.

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  1. O mundo da bola
    Não dá bola para o mundo.
    Para o mundo da bola
    O mundo não passa de uma sacola.

    O mundo da bola não joga pra fora.
    O mundo da bola deita e rola.
    Deita tudo que não está na direita.
    Deixa a bola, faz escola de cola perfeita.

    Pela direita pode se manifestar.
    Pela esquerda não pode se mostrar.
    No juízo dos juízes
    A imparcialidade causa prejuízo às raízes.

    O mundo da bola não se mistura com o mundo.
    O mundo da bola é um instrumento do fundo.
    O mundo da bola é muito ligeiro,
    Finge estar no meio, mas joga pra direita o tempo inteiro.

    O mundo da bola é o circo que me distrai.
    Eu sou um bagaço que ele suga e abstrai.
    Eu tenho que suar sangue para continuar suando.
    A bola tem que rolar pro rebanho viver voando.

    Se a bola for pra direita a jogada é perfeita.
    Se algum louco joga pra esquerda é uma grande desfeita.
    E assim tudo se ajeita, levando na brincadeira
    O brinco de brincar de tapar o sol com a peneira.

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