Os jogadores e grande parte da comissão técnica do Irã não cantaram o hino nacional do país na estreia da seleção na Copa do Mundo. A atitude foi interpretada como apoio aos protestos que ocorrem há pelo menos dois meses na luta por direitos femininos no local.
Durante o ato, a TV estatal iraniana censurou a imagem dos atletas em silêncio, no momento que estavam alinhados durante a execução do hino.
Nas arquibancadas, torcedores persas não ficaram em silêncio.
Protestos
Segundo a ONG Iran Human Rights Watch, 380 pessoas, sendo 47 crianças, já morreram na repressão aos protestos. O estopim para a revolta foi a morte de uma jovem de 22 anos.
Mahsa Amini apareceu sem vida após ser presa pela polícia “dos bons costumes”. Ela foi detida por utilizar de forma inadequada o véu islâmico. A hijabi é obrigatória a mulheres no Irã. Assim, os protestantes pedem igualidade de direitos à população feminina
Desde a Revolução Iraniana de 1979, a nação vive sob um regime teocrático com base em interpretação radical do islamismo.
Capitão simpatiza com manifestantes
Na véspera da estreia iraniana contra a Inglaterra, o capitão do país do Oriente Médio declarou apoio aos que estão se manifestando:
Estamos com eles. E os apoiamos. E nós simpatizamos com eles.
disse Ehsan Hajsafi, lateral esquerdo que joga no AEK Atenas, da Grécia
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Mais uma revolução colorida via CIA.